Ele a encontrou afastada das outras crianças, sentada no mesmo lugar que ele costumava ficar quando era criança. Ela não tinha irmãos, mas era tão próxima dos amigos que ficava difícil saber a saber a diferença. O que tornava ainda mais estranha a ideia de ela estar distante deles, até porque era o lugar que ele usava para fugir da irmã e suas amigas.

— Vai falar com ela — Mai disse, tocando seu peito gentilmente — É um problema do seu tipo — completou lhe dando um beijo delicado no rosto antes de sumir para dentro da casa.

Suspirou e então desceu até onde estava a menina, uma bola de fogo em suas mãos e logo a soltou no ar, controlando por alguns metros antes de se desfazer no ar deixando um pequeno cascalho cair.

Ela bufou e refez a bola de fogo, mas sem nada lá dentro. Zuko apenas observou a filha enviar a as chamas ao redor do jardim, observando todo o percurso e então se virou para o pai.

— Oi pai! — ela disse enquanto as chamas se dissiparam mais uma vez.

— O que você está fazendo Iz? — ele perguntou se aproximando dela.

— Tentando fazer a bola de fogo ir e voltar com coisa dentro — ela respondeu, colocando mais uma pedrinha dentro do fogo.

— Porque? — ele perguntou fazendo o mesmo que a filha.

— O tio Sokka queria nos ensinar a usar o bumerangue e eu fui a única que não conseguiu fazer ele voltar — ela respondeu de forma inocente.

— Eu não sei se usar uma bola de fogo era a idéia dele — respondeu com uma risada.

Ela deu de ombros antes de explicar que todos haviam trapaceado em algum grau, menos o Bumi e o viu o pai cair na gargalhada.

— E como você está indo? — ele perguntou vendo ela perder tudo de novo.

Izumi bufou — Eu sou inútil.

Aquilo o atingiu de uma forma que nada lhe atingira antes. Ele havia se sentido inútil por mais da metade da sua vida, demorara a aprender a dobra de fogo, fora exilado e, no momento mais crucial de sua vida, havia perdido a sua habilidade com o fogo.

Mas Izumi… Ela sempre fora perfeita, não apenas por ser sua filha, mas sempre fora dedicada, inteligente, talentosa e, acima de tudo, bondosa. Aprendera a dobrar o fogo antes dos 3 anos e já era praticamente uma mestra aos 8 anos.

Ele sempre a vira se dedicar ao máximo a tudo em sua vida.

— Ei, você não é inútil, querida, você é a melhor — ele respondeu abraçando a pequena — Eu tenho muito orgulho de ser seu pai, porque você se esforça tanto e é tão mais esperta do que eu fui na sua idade — Ele acariciou os cabelos negros enquanto ela retribuia o abraço, afundando o rosto no cabelo do pai — Isso não é importante, mas se for, você vai saber como fazer.

Ela sorriu para o pai mais uma vez e aquele sorriso valia mais do que a Nação do fogo, mais do que o mundo inteiro.

— Eu vou fazer isso, por você — ela respondeu, abraçando ele mais uma vez.