Past said hello

New Feelings and a new idea


POV Elijah Mikaelson

Me vi de novo naquela monstruosidade que era a casa do prefeito, tão perfeitamente mascarada para que todos pensassem que lá era o verdadeiro coração da cidade. Mal sabiam ele das almas sofridas que deveriam vagar por aqueles corredores.

Vou logo ao objetivo e entrego a ele o pacote, Hector me lança um olhar instigante ao receber o embrulho e ao avalia-lo se mostra de fato surpreso.

- Você realmente me surpreende Elijah, quem diria que a querida senhora que trabalhava a tantos anos no bar mais frequentado da cidade pertencesse aquela raça imunda - Diz ele enquanto olha admirado para a cabeça em suas mãos, mas tenho de me conter para não mata-lo por usar tais adjetivos para caracterizar minha espécie - É melhor irmos para baixo Elijah.

Pela primeira vez noto o quanto o tom de voz dele é frio e calculista, conforme vou descendo as escadas rumo ao sótão, mais desejo sair logo daquela casa onde o ar parece pesar mais que montanhas.

Quando enfim entramos no sótão, Hector coloca a cabeça de Ashley em um enorme jarro com um líquido amarelado. Aparentemente ela era o mais novo troféu para sua coleção.

- Você chegou no conselho em um momento bastante interessante - Diz Hector posicionando o jarro em uma das prateleiras.

- O que quer dizer com isso?- Pergunto

- Bem, vamos começar. Esse Conselho já existe há alguns anos e tivemos como objetivo inicial desintoxicar a cidade dessas criaturas sanguinárias que trouxeram tanto sofrimento para o povo de Mystic Falls. Começamos então a captura dos vampiros e fomos muito bem sucedidos e para conseguirmos abranger o máximo, começamos a usar meios mais ''explícitos'' para assim dizer para fazermos eles falarem onde os outros das espécies dele se encontravam - Aquele era o modo ''suave'' dele para explicar a palavra tortura que praticamente estava estampada naquela sala.

- E então depois de muito avançarmos, começamos a pensar se essas criaturas não poderiam nos ser útil para alguma coisa. Afinal elas tem propriedades fantásticas, sua regeneração, velocidade, reflexos. O nosso pensamento começou a ser voltado para como poderíamos trazer isso para os benefícios da vida humana e foi então que eu Natalie e Paul resolvemos dar um propósito mais especial ao Conselho, um centro de pesquisa voltado para descobrir mais as propriedades dos vampiros.

- Aonde está querendo chegar? - Pergunto com curiosidade, mas tudo o que aquele homem já tinha me falado só fez meu estômago ficar embrulhado.

- Seja bem vindo Elijah ao nascimento da Fundação Augostine.

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A única coisa que passava em meus pensamentos era de que aquele homem era uma atrocidade em forma de ser humano, eu estaria colaborando contra a minha própria espécie. Os delírios humanos realmente podem assustar, mas não poderia demonstrar a minha revolta.

- Mas por que Algostine? Seu sobrenome se não me engano é Salvatore - Pergunto tentando manter meu tom de voz o mais normalizado possível.

- Os Salvatore foram uma das famílias fundadoras de Mystic Falls, esse nome não pode estar associado com essa pesquisa. Por isso precisávamos criar um codinome; Algostine. Aquele que encontrar essa pesquisa não saberá que por trás disso havia um Salvatore.

- Pois muito bem, o que pretende fazer agora... Hector? - pergunto olhando em seus olhos.

- Agora é o momento em que atraímos as iscas como fazemos todos os meses. Haverá uma festa hoje a noite, uma besteira que acontece todos os anos para elegermos a mais bela da cidade. Contudo não nesses tipos de eventos onde reunimos a cidade toda que conseguimos nossas capturas. Começará a partir das oito da noite e contará com dança, o desfile das candidatas e comida para todos, aguardo sua presença lá Elijah. Já sabe o que deve fazer.

- Pode ficar tranquilo, mas gostaria de lhe pedir um favor.

- E qual seria? - Pergunta ele curioso.

- Poderia levar uma acompanhante?

- Olha só para você, chegou a pouco tempo e já conseguiu o coração de uma dama - Diz Hector em tom risonho.

- Na verdade é um tanto mais complicado do que isso, conheci ela quando ainda morava na Europa e então ela resolveu vir para cá. Mantivemos o contato por meio das cartas.

- Bastante impressionante, contato que foque em seu trabalho eu não vejo problema em leva-la - Diz ele e eu demonstro um sorriso de canto de boca.

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- Não acha que está muito em cima da hora para ser chamada para uma festa? - Pergunta Audrey enquanto me serve uma xícara de chá.

- Na verdade não acho, será muito importante que você compareça especialmente ao meu lado. Desse modo o prefeito não estranhará caso nos veja juntos em algum momento já que agora ele é praticamente minha sombra - decido não mencionar a Audrey sobre a Fundação Augostine, ela já havia sacrificado muito para me proteger não queria ver ela mais preocupada.

- Concordo... Mas não tenho vestuário apropriado - Diz ela em um tom que eu diria até... envergonhado.

Eu então coloco minha mão sobre a dela.

- Você fica linda de qualquer jeito, vista o que quiser e não se preocupe com isso. Mas tem uma coisa.

- O que? - pergunta ela com um semblante preocupante.

- Acho melhor você começar a morar em minha casa, pelo menos por enquanto. É mais seguro para você, venha aqui ocasionalmente mas torne de minha residência a sua também.

As bochechas dela se coram e em seguida olha para sua casa. Quase que consigo ver sua mente processando tudo, ela sabia que era o melhor para ela, mas aquela era o seu lar onde de fato se sentia segura.

- Vou precisar de um tempo para pegar tudo - E com aquele comentário eu abro um sorriso.

Em cerca de uma hora eu arruma todas as roupas, ervas medicinais, livros de magia e outros pertences que julgou serem necessários. Com isso eu a ajudo a levar tudo e seguimos em direção a minha casa. Como hoje haveria uma festa todos estavam focados nos preparativos por isso não notaram quando passamos rumo a minha casa.

Quando chegamos lá podemos respirar aliviados, eu coloquei as coisas dela no quarto de visitas e logo voltei para a sala onde ela me aguardava.

- Para hoje a noite teremos de tomar todas as precauções possíveis, a primeira é a de você estar bem alimentada para normalizar seus olhos - Ao dizer isso mostro meu pulso para ela

- Não Elijah... - Ela começa mas eu a interrompo me aproximando mais dela.

- Ei, já fizemos isso antes e deu certo - Pego sua mão e a guio até o andar de cima rumo ao meu quarto, pois lá ela poderia se deitar de maneira mais confortável caso fosse necessário.

Nos ajoelhamos na cama e eu entrego meu pulso a ela, em seguida ela passa seus lábios sobre eles para logo cravar suas presas. A sensação era a mesma da última vez, porém mais intensa diria até mais sensual. Um leve gemido escapa de meus lábios e para ajuda-la a conseguir mais sangue coloco seu cabelo de trás de sua orelha.

Quando a boca de Audrey se desconecta de meu pulso ela me olha com aqueles olhos intensos e a boca ensanguentado, seu rosto estava emoldurado com seus fios cor de fogo levemente bagunçados. Por alguma razão meu instinto fala mais forte e eu a deito em minha cama.

Fico por cima dela e a nossa distância era praticamente insistente, deslizo meus dedos sobre seu pescoço e rosto e ela fecha seus olhos para aproveitar cada detalhe dos meus toques. Sua mão vai até a minha nuca e eu me deliciava com cada segundo admirando a beleza do rosto dela.

Até que enfim nossos olhos se encontram, sinto em seus olhos que ela quer tanto quanto eu que a distância entre nós se anule de uma vez, mas no momento em que nossos lábios praticamente estão para se conectar ela usa sua velocidade vampira e se levanta da cama. Com a respiração ofegante.

-Nós não podemos Elijah... não é certo - Diz ela se apoiando em uma das pared, eu me levanto na mesma velocidade que a dela e sussurro em seu ouvido.

- Então me ensine o que seria o certo - Seus olhos se fecham ao ouvir minhas palavras e noto ela mordendo os lábios - Se permita entregar Audrey.

Ela então se vira para mim e novamente estávamos muito próximos.

- Vamos nos atrasar para essa festa - E então ela sai do quarto, ao olhar para a janela ainda era final da tarde e sorriso bobo se forma em meus olhos. Por fim me deito na cama olhando para o teto com apenas um pensamento em mente.

Que sentimentos são esses que ela está me trazendo?