POV Nicklaus Mickaelson

Depois de ter escondido o corpo de Elijah na floresta a minha cabeça ainda rodava tentando entender como aquela garota havia sobrevivido em meio a todo aquele massacre. Eram uma família de bruxos, os mais poderosos da região, seriam impossível que ela estivesse viva, ainda mais com traços de vampira. O que aconteceu?

Eu precisava ir atrás dela, precisava terminar o que havia começado naquela noite há 700, ela poderia ser um grande problema para que concluísse a minha transformação para híbrido. A garota precisava morrer. Mas eu daria sorte se Hector já tivesse feito isso por mim, mas eu precisava garantir.

Caminho até onde o prefeito mora e toco na campanhia.

- Olá Nicklaus – Diz Hector ao abrir a porta para mim – Imagino que esteja aqui para que possamos esclarecer tudo o que aconteceu mais cedo.

- Perfeitamente – Digo com um sorriso de lado.

- E chegou em um momento muito conveniente, pois outros também estão interessados no caso – Aquela fala me intriga – Entre.

Dou o primeiro passo para frente e entro no casarão. Ele me guia até a sala de recepção e haviam outros dois homens sentados em poltronas.

- Cavalheiros, este é Nicklaus Mickaelson – todos acenam com a cabeça para a mim – Estes são James Gilbert e Alex Lockwood, e eles estão muito interessados nesse grande projeto que estou desenvolvendo junto com minha equipe.

Não consigo entender onde tudo aquilo vai me levar.

- Meus senhores, todos estamos aqui essa noite para que ocorra a abertura oficial da Fundação Augostine – Há um entusiasmo em sua fala – Eu sei que para a maioria das pessoas, falar em vampiros garante uma passagem só de ida para o hospício, mas não podemos negar que essas criaturas noturnas sempre caminharam conosco nessa jornada histórica. E depois de muito estudar sobre eles, saber seus hábitos, pontos fortes e fracos, eu reuni meus companheiros de maior confiança para iniciarmos um Conselho nessa cidade, com o intuito de matarmos todos os vampiros que habitam Mystic Falls. E devo compartilhar com os senhores que obtivemos muito sucesso em nosso trabalho, mas então começamos a pensar em maneiras de ampliar ainda mais esse trabalho e, para isso, precisávamos estudar os vampiros mais.... de perto. E foi assim que começou a surgir a Fundação, mas para que ela de fato pudesse nascer precisávamos de um primeiro.

Eu já conseguia perceber que esse era o humano mais sádico que eu já tinha visto.

- Posso dizer que conseguimos, e não é apenas uma reles vampira, trata-se de uma híbrida.

- E o que seria isso? – Gilbert pergunta.

- Ela é metade vampira e metade bruxa e veio até mim por meio do irmão de Nicklaus, o qual, infelizmente, não sobreviveu ataque da criatura – Ele deposita um tapinha nas minhas costas – Seu irmão será honrado por meio de tudo o que conseguiremos conquistar com a Augostine. A minha ideia é de que, em breve, organizemos um torneio entre a híbrida e outro vampiro, aberto aos principais interessados em se vincularem a Fundação, eles duelarão até o fim, muito dinheiro entrará nisso.

- Quando conheceremos a híbrida? – Eu pergunto.

- Imediatamente, mas antes, façamos um brinde – Ele serve whisky para todos nós – Saúde.

Ao chegar com o copo para perto consigo sentir o cheiro da verbena, mas não posso recusar, eu tomo um gole sentindo tudo sendo corroído por dentro, mas me esforço ao máximo para não transparecer, preciso saber se ela está tão viva quanto ele faz transparecer.

- Acompanhem-me, cavalheiros – Disse o prefeito.

Eles nos levou a um lugar que parecia um porão, mas muito maior do que um convencional, parecia mais uma masmorra. O ambiente cheirava a sangue, o que me fez salivar instantaneamente, controle-se. Quando chegamos ao centro do ambiente a garota está lá, sentada com os dois joelhos perfurados com estacas de madeira, um retalho que mal cobria seu copo, havia sangue por todo o seu corpo e o pescoço estava preso por uma coleira banhada de verbena, sendo segurada por meio de cordas, por outras duas pessoas.

- Meus colegas – Hector se aproxima da garota e, com a mão, força que ela olhe para nós – Essa é Audrey, nossa híbrida.

- Ela parece um pouco... fraca – Falou Lockwood – Tem certeza que ela conseguirá participar do duelo.

- Daremos sangue e comida necessários para que ela recobre as forças e essa gracinha fará um grande estrago.

Nesse momento, Audrey emite um resmungo.

- O que você quer dizer, meu bem? – Diz Hector se aproximando dela.

- Você é um imenso tolo – Ela ri com sangue em seus dentes.

- E porque diz isso? – Ele diz pressionando a estaca de madeira no seu joelho esquerdo.

- Porque esse imundo é um vampiro tanto quanto eu – Ela lança seus olhos diferentes para mim. Mas vocês acreditaram facilmente no joguinho dele.

Hector voltou-se para mim.

- Nicklaus?

- Você não tem medo de acusações, não é mesmo garota? – Minha voz transmite raiva, eu quero acabar com ela e com toda essa palhaçada.

- Nem um pouco – Mas ela faz algo que me pega totalmente desprevenido. As velas do ambiente começam a oscilar a luz e o uma corrente gélida perpassa por nós. Audrey está com os olhos fechados e quando os abre, eles estão tomados por luz. Com a ação de um feitiço ela consegue livrar seu corpo das estacas de madeira e se projeta, com muita força, para frente e se livre das amarras dos outros.

- Revele-se seu cretino – Ela corre, com velocidade de vampiro, até uma injeção e injeta em mim antes que eu pudesse reagir, era verbena.

Eu começo a me desequilibrar e não consigo me controlar, ataco-a.

- Detenham-nos – consigo escutar Hector para seus cúmplices, mas estou focado demais tentando terminar o meu serviço com aquela vagabunda. Eu a empurro contra a parede, e a estrutura se quebra, mas ela logo se recupera e revida meu ataque, terminamos no chão golpeando um ao outro. Audrey deve ser até agora a oponente mais forte com que eu já lutei, mas não demora muito para que eu sinta amarras de verbena em mim, junto com uma estaca de madeira na minha coluna.

Gritos de dor saem de nós dois, agora eu sou um prisioneiro, junto com ela e tenho certeza de que eles não nos deixarão sair com facilidade dessa situação.

- Parece que já temos o nosso primeiro duelo decidido – Gilbert fala com um sorriso sádico no rosto.

- Perfeitamente – Diz Hector junto com um suspiro.

Eles implementam mais verbena em nós e amarram nossos pulsos em dois troncos de madeira.

- Comecemos os preparativos do nosso grande evento – Hector se volta para seus convidados –Apaguem todas as velas quando vocês dois saírem – Ele sinaliza os dedos para os dois cúmplices.

Depois de um determinado tempo, todos saem da masmorra e só ficam nós dois naquela situação ridícula.

- Você sabe que só me deu mais motivos para querer sua cabeça em uma estaca – Digo entredentes.

- É recíproco – Audrey diz com um sorrisinho – Mas deixemos isso para outra hora, eu precisava de você aqui comigo, tenho um plano para sairmos daqui. Quer fazer um acordo comigo?

Continua...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.