She said, hey, it's alright Does it make you feel alive?

Entro em meu quarto para me vestir, ensinar Loki será um trabalho difícil,provavelmente meu maior desafio afinal estamos falando do cara que acha que a raça humana deveria ser seus escravos e que a sua raça é superior, mas ainda bem que eu cresci no Brasil, onde sempre tem o espertinho, ou a espertinha que se acha melhor que todo mundo e felizmente sei como colocar esse tipo de pessoa no seu devido lugar, o que fode com o plano todo é que Loki é extremamente inconstante e perigoso, não posso trata-lo com ignorância ou como um qualquer, nessa hora cuidado nunca é demais.

Entro no meu closset a procura de algo que seja confortável, mas ao mesmo tempo seja original e por alguma pegadinha do destino encontro minha blusa preferida que estava esquecida á algum tempo. A blusa* que ganhei de Steve logo que cheguei em NY, como um legítimo cavalheiro se ofereceu para me mostrar a cidade e no meio do passeio eu vi a blusa e simplesmente me apaixonei por ela, mas ele não me deixou compra-la e a comprou para mim, nem preciso dizer que foi naquele momento que cai de amores por ele. Nesse instante, com a camiseta nas mãos meu mundo desaba por alguns momentos, sinto que estou perdendo parte de mim, parte de quem eu sou, já que não passo mais meus dias no laboratório com Bruce o ajudando com projetos e criando os meus próprios, e escutando ele contar suas histórias e como sempre lhe falando que o Hulk é uma benção e não uma maldição. Sinto falta de ir para a oficina com meu pai e enquanto ele trabalhava em suas armaduras nós conversávamos sobre a vida, planos para o futuro, e ele tentava me convencer a voltar para escola, já que desde que cheguei o enrolo para não voltar e estudo em casa, sinto falta dele, do seus carinhos e conselhos paternos nada sábios e nem um pouco sóbrios. Uma lagrima cai por meu rosto quando penso há quanto tempo não escuto as histórias sobre Asgard e sobre um dia me levar para conhecer o seu mundo, mas o que me fez chorar com todas minhas forças foi me lembrar dos meus momentos com Steve, eu sei que não temos nada, mas vivíamos juntos, rindo, andando pelas ruas de NY, pelo Central Park e é claro comendo sorvete, por que eu apresentei á ele a melhor coisa já feita pelo homem depois da batata frita, o sundae de chocolate com amendoins, esse com certeza era o melhor momento da minha semana, já era quase uma tradição e desde minha nova responsabilidade nunca mais os tinha visto, não culpo Loki por isso, no momento ele precisa de mim e isso é o que importa e uma hora ou outra eu aprendo a conciliar as coisas.

"Vamos Loki, está na hora de conhecer NY" desço as escadas, mais calma e sem cara de choro e vejo o queridinho olhando os porta retratos na sala.

"Não sabia que era tão próxima aos Vingadores Eduarda" Loki me mostra um retrato lindo que tenho com os meninos, estávamos todos no Central Park e Peper tirou uma foto enquanto riamos de uma piada de Tony, foi totalmente espontânea e a minha preferida.

"Eles são minha família, não me imagino minha vida sem eles" Digo controlando as lágrimas, não iria chorar a falta deles na frente de Loki. " Vamos logo que o dia será longo" o puxo para o elevador.

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Pensei em milhares de possíveis lugares para leva-lo, mas nenhum realmente me agradou, ele precisava ver coisas simples, mas com grandes significados, nada que remetesse á guerras ou mortes.

Primeiro decidi leva-lo ao shopping, ele precisava de um novo visual já que iria ficar por aqui um bom tempo e essa tarefa foi a mais divertida, ele perdia a paciência com as roupas muito fácil, mas finalmente encontramos um estilo que era simplesmente sua cara e logo depois o levei para cortar aquele cabelo que, pelo amo de Deus, já estava grande até demais **

Quando saímos do shopping eu não tinha ideia de onde leva-lo, até pensei em sorvete, mas esse programa era sagrada meu e de Steve, nunca levaria outro cara, mesmo sendo Loki. Então fiz o que sei de melhor, o levei para assistir filme no cinema e por sorte estava passando A Esperança Parte I, Loki provavelmente não entenderia a história, mas isso eu explicaria depois ou lhe entregaria os livros para ler, mas assistir esse filme mostraria a Loki como os humanos funcionam, como há maldade, mas também há o amor, a fidelidade e a vontade de ser livre e era exatamente disso que ele precisava.

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Adoro ir ao cinema, mas dessa vez foi um tanto quanto constrangedora, enquanto o filme rolava, Loki prestava atenção nas motivações humanas, eu sabia tudo o que iria acontecer então separei esse tempo para babar no Gale e no Peeta, mas parece que nós eramos os únicos interessados em realmente assistir o filme, afinal o cinema inteiro resolveu se pegar durante o filme, foi realmente estranho, sorte que Loki não percebeu, porque ai sim iria tensão pura.

Após o filme Loki estava pensativo, mas eu sabia bem que só isso não o faria ver a humanidade com outros olhos.

"Lokito, vamos para casa e se prepare pois seu treino não caba por aqui" Disse com cara de apresentador de Tecpix, e puxo para a escada rolante.

"Já lhe disse o quão interessante são esses mecanismos humanos, uma escada que anda sozinha, não sei se isso é genial ou simplesmente preguiça" Loki faz aquela cara fofa de quem está confuso, juro que me dá vontade de morder, mas me controlo, não sou tão louca assim.

"Pura preguiça, mas eu nem ligo, odeio subir e descer escadas" O ser humano tem muito disso, de facilitar tanto as coisas a ponte de deixar a humanidade cada vez mais preguiçosa, mas contanto que tenha batata frita para sempre eu nem ligo, brincadeira, tenho que deixar de ser sedentária.

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Chegando em casa Loki vai para seus aposentos reais, ou seja sua cela improvisada que meu pai montou para parecer um quarto comum, afinal ele só tem permissão de sair do prédio comigo, tem até uma tornozeleira pra controla-lo, cada dia me assusto mais com a tecnologia, e eu adoro isso.

Fico surpresa ao ver todos os Vingadores na cozinha, numa espécie de reunião do clube do bolinha, com a Nathasha para estragar a piada como sempre. Meu coração fica até mais leve por vê-los ali todos juntos e perto de mim outra vez.

"OMG quantas saudades de vocês" Corro para dentro da cozinha e agarro meu pai e em seguida abraço todos com toda minha força. " Vocês não tem noção de quanto eu sinto falta de passar meus dias com vocês, prometam que não vão sumir assim" eu já estou em prantos nesse momento, juro que ainda tenho um infarto.

"Teoricamente você que andou sumida Duda" Bruce sorri docemente para mim, procuro por raiva ou magoa nos olhos dele e no do resto, mas só encontro aceitação e saudades.

"Gente eu amo vocês demais, nunca mais quero ficar longe, vou dar um jeito e conciliar minhas novas responsabilidades eu juro" abraço meu pai novamente e ele me aceita de braços abertos e me permito chorar como um bebê, por horas talvez em seu colo, com todos os Vingadores me mimando, exceto pela bruxa má da SHIELD, mais conhecida como Ruiva, ou Nathasha.

Acho que esqueço que tenho apenas 15 anos, quase 16, e fico atolada de deveres e nunca me permito ser adolescente, desde cedo sou assim, mesmo antes de vim morar com meu pai eu já tinha que sustentar a casa junto com minha mãe, mas dessa vez eu tinha muito mais a perder, estava tendo oportunidades que nunca tive e estava dando as costas para todas e não precisava ser bem assim, e as coisas vão mudar a partir de hoje.

"E ai, me falem qual o grade motivo para reunião do clubinho" pergunto sentada, ou melhor aninhada a meu pai, me agarrava á ele como se eu fosse perde-lo novamente á qualquer segundo.

" Assunto confidencial pirralha" Romanoff pronuncia, recebendo de mim um belo dedo do meio, e dessa vez não recebi olhares de reprovação de ninguém.

"A SHIELD, vai dar uma festa, para agentes e fomos convidados, mas estamos reunidos para decidir se vamos ou não, isso pode muito bem ser mais um plano de Fury" Steve explica com a testa franzida, a típica marca de que ele está indeciso.

" Fury nunca faria isso, é apenas uma festa" Nathasha como sempre sendo puxa saco.

" Eu vou á festa com a minha linda família, quem quiser vir conosco será bem vindo, não acredito que Fury iria armar uma dessas, festa são sempre festas para os Starks" Papi dá a palavra final deixando todos tomando suas decisões enquanto busca seu copo de whisky na prateleira.