Paris Doll

Capítulo 20


Pov’s Ally

—Chega. -Joguei o caderno no chão do carro e pus minhas pernas no colo de Austin.

Já era fim da tarde quando voltamos do aeroporto onde eu tinha me despedido de Amber. Ela tinha voltado para Paris.

—Você precisa relaxar. Já conseguiu desenhar 11 peças de roupa, não precisa exigir tanto de si mesma em tão pouco tempo. -Ele disse com os olhos ainda fixos na estrada.

—Eu ainda preciso de uma última lingerie. -Respirei fundo e mordi a ponta do lápis.

—Não você não precisa. É Ally Dawson e se quisesse poderia muito bem ter feito apenas uma única lingerie e ainda assim ser a designer mais comentada do desfile.

—Você fala isso porque quer fazer sexo. -Revirei os olhos e recostei minha cabeça na janela.

—Não era essa a intenção, mas se você quiser eu juro que faço valer a pena. -Um sorriso apareceu em seus lábios

Eu não estava ouvindo aquilo.

—Você é um idiota. -Murmurei ainda sentindo minha cabeça pesar por ter passado as últimas 24 horas tentando desenhar algo. Eu estava com bloqueio.

—É a verdade. Lembra que quando você ficava sem inspiração para os trabalhos da faculdade eu te levava para a sala do diretor e a gente transava? No final você tirava a melhor pontuação da turma. -Pude ver que ele estava se esforçando para não rir.

Imbecíl.

—Então você está dizendo que fazer sexo vai me ajudar a terminar a lingerie? -Arqueei uma sobrancelha o desafiando.

Austin não respondeu, ao invés disso ele estacionou o carro no meio da estrada e puxou mais minhas pernas até que eu estivesse sentada em seu colo.

—Se quiser arriscar eu estou aqui. -Ele deu um beijo molhado em meu ombro.

—Estamos no meio de uma estrada. -O lembrei, mas isso não pareceu comover ele.

—Se serve de consolo estamos estacionados no meio fio. -Outro sorriso despontou dos cantos dos seus lábios e ele me beijou logo em seguida.

Puxei seu cabelo em minhas mãos tentando nos aproximar ainda mais. Não ia rolar nada ali, mas ainda assim eu podia aproveitar um pouco.

Senti uma de suas mãos escorregar por debaixo da minha blusa e subir cada vez mais.

—Eu não vou transar com você até ter terminado a minha coleção senhor Moon. -Respondi ainda um pouco incerta quanto as minhas palavras.

Ele roçou o polegar em meu seio direito o que o fez enrijecer. Arqueei minhas costas e mordi o lábio. Eu não precisava abrir os olhos pra saber que Austin estava excitado.

—Eu posso te fazer mudar de ideia. -Sussurrou em meu ouvido. Seu polegar e indicador beliscaram meu seio o que me fez arfar.

—Não fale como se fossemos dois adolescentes que acabaram de perder a virgindade. -Relutantemente tirei sua mão do meu seio e sai do seu colo.

Arrumei meu cabelo e ajeitei minhas roupas. Pelo canto do olho pude ver que Austin estava me encarando com um ar de surpresa em seus olhos.

—Dirija logo a porra do carro ou eu juro que enfio esse lápis na sua garganta. -Respondi me recostando no carro.

—Eu sou o imaturo aqui? -Arqueou a sobrancelha na minha direção.

Antes que eu pudesse lhe responder meu celular tocou.

—Merda. -Falei baixinho.

Austin deu partida no carro novamente e a medida que passávamos pelas ruas o toque do meu celular se intensificava.

—Se não vai atender pelo menos desligue isso, esse barulho é chato pra caralho. -Respondeu olhando para o meu celular.

Olhei o visor do aparelho e revirei os olhos ao ver quem era.

—Não me diga que é a Cassidy. -Sua voz era quase como um lamento.

—Não. É uma das empregadas dela, Kira. -Com um movimento brusco desliguei na cara dela.

—Você não está falando com nenhuma delas ainda? -Seus olhos voltaram para a rua e eu me tranquilizei mais.

Ele parecia mais cuidadoso em relação a estarmos dentro do mesmo carro ultimamente.

—Nenhuma delas gosta de mim de verdade e eu estou pouco me fodendo pro que aquelas cobras pensam. -Retoquei meu batom pelo espelho retrovisor.

—Acho que Piper não é assim. Ela e Dallas parecem estar em um ótimo relacionamento e pelo que ele fala ela é legal.

Tentei prender um sorriso. Eu não podia culpar Austin por tentar arrumar amigas para mim.

—Piper é como a mãe do grupo e ela é realmente uma boa amiga, mas ainda assim eu não sou sua primeira opção. Sempre será Cassidy.

—Mas não sinta pena de mim. Amber se tornou minha nova confidente e eu amo Elliot, Dallas, Dez e Gavin. Eles são legais. -Sorri para ele.

—O engraçado é que quem está com você aqui nesse momento sou eu. -Ele brincou, mas pude perceber uma ponta de decepção em sua voz.

Revirei os olhos.

—Você é meu melhor amigo Austin. -Alarguei meu sorriso. Nesses últimos dias eu estava dando sorrisos mais sinceros do que nos últimos dois anos.

—Desde que nos conhecemos até hoje você ainda é a pessoa que mais me conhece. Você já viu todas as Ally’s possíveis. Desde a mais arrogante à mais humilde. Você vê em mim o melhor que eu não consigo enxergar.

Suas mãos apertaram com força o volante e ele deu um sorriso que fez seus olhos brilharem.

—Eu sei que você me ama. -Ele brincou com um sorriso sedutor nos lábios.
Eu ri, mas não falei mais nada.

O resto do caminho foi um silêncio aconchegante onde apenas podíamos escutar o rádio.

—Você vai passar a noite aqui? -Perguntei carregando meu lápis e meu caderno para dentro da minha casa.

—Quem decide isso é você. -Ele deu um sorriso divertido e fechou a porta de entrada com o pé.

—Onde estão as suas empregadas? -Ele andou até o meio da sala e percebeu que estávamos sozinhos.

—Eu não faço a mínima ideia. -Respondi despreocupada. Elas eram legais e depois da nossa conversa nos entendemos melhor e eu passei a confiar nelas. Seja lá o que estivessem fazendo ainda assim era algo que não ia além das minhas regras.

Ele assentiu brevemente e foi até a cozinha. Tirei meu celular do bolso da minha saia e fui atrás dele. Duas ligações perdidas da Piper, uma da Kira e quatro mensagens do Bryan. Joguei o celular de qualquer jeito no chão e com o tilintar dos meus saltos agulha fui até a bancada da cozinha onde me apoiei em minhas mãos e reprimi um grito.

Senti as mãos dele em meus quadris e senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas eu logo pisquei para afastá-las.

—Ei. -Ele levantou meu queixo para que eu o olhasse nos olhos.

—O que aconteceu? -Sua voz era apenas um sussurro.

Ele parecia preocupado comigo e eu não queria mentir depois de tudo.

—Eu me sinto mal por ignorar meus amigos. -Pude ver através dos seus olhos o reflexo dos meus e o quanto eu estava assustada.

—Ainda é sobre Cassidy? -Ele acariciou meus cabelos.

Engoli em seco e respirei fundo.

—Eu não sei se consigo voltar a falar com eles sem Cassidy estar envolvida de alguma forma. -O olhei cautelosamente.

—Sei que o que vou falar agora é muito merda, mas você não pensa em resolver as coisas com Cassidy?

—Mais do que tudo, porém eu não acho que ela quer ver a minha cara.
Ele analisou todo o meu rosto e depois sorriu de forma divertida.

—Vai ter um jogo de basquete amanhã e eu estava combinando de ir com o Elliot e os outros. Piper provavelmente vai estar lá com Dallas e eu acho que Trish e Dez estão saindo então o que você me diz? -Ele me puxou contra o seu peito.

O olhei nos olhos e percebi que ele estava falando sério.

—Não acha que seria estranho se fossemos juntos? E Cassidy provavelmente irá estar lá o que só vai criar um clima.

—Não precisamos ir juntos e se ela for é melhor ainda. -Ele deu de ombros. -Vocês podem se acertar.

Era uma ótima oferta.

—Se algo der errado a culpa será sua. -O puxei para um beijo e ele nem hesitou em aprofundá-lo.

Austin nos levou em direção a adega e de lá tirou um vinho.

Entrelacei minhas pernas em seus quadris e fomos em direção as escadas. Em meio a tropeços e risadas finalmente chegamos ao meu quarto.

Tirei meus saltos e com a ajuda de Austin minha saia e minha blusa de cetim também encontraram um lugar no chão.

Meu quarto estava uma bagunça. Papeis espalhados por todo o chão, lápis coloridos amontoados em minha tevê, pedaços de panos em minha estante e milhares de bolinhas de papel preenchiam o meu closet, mas ainda assim o centro de tudo era o vestido de noiva no meio do quarto.

Cassidy tinha devolvido ele dois dias atrás e eu realmente não sabia o que fazer com aquela merda.

Com pressa desabotoei a camisa do Austin e a joguei em algum lugar atrás de mim. Seus lábios estavam em meu pescoço e seus pés ágeis nos conduziam até a cama quando colidimos com o manequim.

Austin quebrou o beijo no mesmo instante e abriu os olhos para ver o que tinha atrapalhado seu plano. Ele não pareceu se importar com a bagunça, porém seus olhos logo encontraram o vestido. Sua expressão indecifrável.

Ele percorreu os olhos por toda a extensão do manequim que servia de suporte.

—Eu conheço esse vestido. – Ele me segurou firme com uma mão enquanto bebia o vinho diretamente da garrafa com a outra mão.

Arqueei a sobrancelha.

—Pensei que você soubesse que ver o vestido da noiva antes do casamento trás azar.

Ele franziu a testa e depois de dar uma última analisada no vestido seus olhos se voltaram para mim

—Não me diga que iria deixar Cassidy usar o vestido que você desenhou para o nosso casamento. -Ele disse com uma voz de decepção.

Eu o encarei perplexa.

—Como você sabe disso? -Perguntei tentando decifrar seu olhar. Nunca consegui entender ele muito bem.

O loiro revirou os olhos e me virou de costas para que eu pudesse encarar o vestido.

—Vista-o. -Foi tudo o que disse.

Austin se jogou na minha cama e pôs uma mão atrás do pescoço enquanto bebericava mais um pouco do vinho.

—Eu não vou vestir esse vestido só porque você pediu. -O encarei com desgosto.

Ele não estava falando sério.

—Ainda estou esperando. -Ele deu uma piscadela pra mim ignorando totalmente meu comentário anterior.

Cruzei os braços sem perder o contato visual com ele.

Ficamos apenas nos encarando por exatos cinco minutos e eu estava prestes a desistir quando ele começou:

—Eu posso jogar esse jogo a noite toda. -Ele colocou a garrafa de vinho ao seu lado e voltou a analisar o vestido. -Gostei dele. -Apontou para o manequim.

—Se gostou tanto então sinta-se livre para vesti-lo. -Respondi o desafiando.

—É uma oferta tentadora, mas eu queria que você fosse minha modelo essa noite. -Disse no mesmo tom de voz quente habitual.

Continuei calada.

—Vista-o ou eu mesmo te visto. -Eu quase pude ver a sombra de um sorriso em seus lábios.

Ele não seria capaz de me vestir, antes disso eu acertaria sua cabeça com a garrafa de vinho e eu quase o provoquei um pouco mais, mas desisti.

—Espero que sua mão seja útil pelo resto da semana.

O ouvi gargalhar quando virei de costas para ele e tirei o vestido do manequim. Por estar usando apenas lingerie não foi difícil de vesti-lo, mas por algum motivo minhas mãos estavam trêmulas. Eu nunca tinha usado um vestido de noiva antes e mesmo quando pensei em um futuro com Austin ainda assim nunca consegui me imaginar vestindo um vestido de noiva.

Terminei de ajeitar o decote do vestido e comecei a caminhar em direção ao espelho que ficava do outro lado do quarto, no entanto por estar de cabeça baixa tentando desamassar a saia não percebi o que estava na minha frente e colidi com algo musculoso e rígido.

Braços me seguraram e levantei a cabeça para Austin que sorria abertamente. Eram raros os momentos que ele fazia isso e quando fazia era porque se sentia bem.

—Você está tão linda com esse vestido que eu não me importaria de casar com você todos os dias apenas para te ver usando ele.

—Já vi pedidos de casamento melhores. -Brinquei enquanto apoiava minhas mãos em seu peito para me firmar melhor no chão.

—Se quiser que adiantemos a lua de mel eu posso te provar que está errada.
Seus lábios se aproximaram dos meus e eu não o afastei.

Era claro que tudo aquilo era apenas uma brincadeira, mas estupidamente fez eu sorrir em meio ao beijo que logo foi se intensificando.

Senti Austin começar a desatar o espartilho e o parei.

—O que foi? -Ele parou seus beijos na extensão de todo o meu pescoço e me encarou desconfiado.

—Eu acho que sei o que fazer para a última lingerie da coleção. -Sussurrei mais para mim mesma do que para ele.

—Ótimo. Amanhã você põe ele em prática. -Ele deu um beijo em minha bochecha o que me fez sorrir ainda perdida em meus devaneios.

—Não posso. Eu preciso fazer isso agora. -Me desvencilhei dos seus braços e fui em direção ao espelho.

Encarei o espelho e vi uma princesa refletida nele. Alguém com sonhos e esperanças, talvez até disposta em ser uma nova pessoa.

Eu estava tão radiante que por um momento pensei não ser eu mesma. E eu estava certa. Aquela era apenas uma linda e bela casca oca.

Eu não merecia aquele vestido de noiva. Eu não era digna dele, mas eu ainda assim era digna de uma lingerie. E era isso o que eu ia fazer.

Sem hesitar rasguei a saia do vestido até que eu pudesse ver minhas pernas.

—Que porra é essa? -Pude ouvir sua voz atrás de mim.

—Você precisa relaxar mais Austin. -Terminei de rasgar a parte inferior do vestido.

—Como você espera que eu relaxe quando você está diante de mim arruinando o vestido que fez para o nosso casamento? -Pude ouvir um toque de magoa em sua voz.

Parei bruscamente e o encarei perplexa. O que ele esperava que eu fizesse com o vestido?

—Não é como se eu fosse usa-lo algum dia. -Abri um sorriso que mais parecia uma faca cravada em meu coração.

—Ally... – O interrompi com um beijo.
Não iriamos brigar por isso, seria estupido demais.

—Eu não sei o que temos Austin e pra falar a verdade não sei se quero saber a resposta, mas eu gosto das coisas como estão. -Dei de ombros. -Só que agora eu preciso que você me deixei terminar a lingerie.

Fiz um movimento para ir até a minha escrivaninha e ele ficou em meu caminho.

—Pergunte o que tanto te incomoda. -Falou roçando seu polegar em meu pulso.

—O que você acha que nós temos? -Indaguei com a respiração pesada.

—Tudo o que sei é que não é apenas sexo. -Falou sem desviar os olhos dos meus.

—Para mim estamos tentando de verdade e eu não quero um rótulo no que estamos tendo, mas eu ainda me sinto como uma amante apesar de tudo. -Falei sem pensar.

Aquilo pareceu um choque para ele e quando vi seus lábios estavam em minha testa.

—Vamos nos sentar -Ele nos guiou até a minha cama onde nos sentamos. O vestido estava quase me engolindo.

—Pensei que estivéssemos namorando. -Um sorriso tímido brotou no rosto dele.

—Você não me pediu em namoro e eu não quero que peça. Tem apenas três dias desde que o seu noivado com a Cassidy acabou e eu ainda sinto que não nos pertencemos ao ponto de um namoro. -Enquanto eu falava pude ver sua expressão se fechar aos poucos até que eu quase tive certeza de que ele iria embora a qualquer instante.

—Esse era o seu medo? -Perguntou em um tom de voz cortante.

Balancei a cabeça em afirmação.

Pensei que ele ficaria com raiva de mim pelo que eu disse ou que talvez terminasse o que nem tinha começado direito, mas ele me surpreendeu ao beijar minha testa.

—Você deveria falar a verdade mais vezes como fez agora. Isso apenas te deixa mais bonita.

Inevitavelmente eu corei. Eu quase nunca fazia isso apesar de sempre receber elogios, mas dessa vez era diferente porque eu estava recebendo um elogio por algo bom.

—Preciso terminar a lingerie. -Estava prestes a me levantar, mas ele segurou meu rosto e selou nossos lábios e eu quase me perdi ali mesmo, no entanto criei forças para o meu real objetivo ali e com a ajuda dele me levantei.

Tirei o vestido de noiva do meu corpo e o coloquei de volta ao manequim.

Enquanto Austin se sentava no chão diante de mim para observar todos os meus passos fui em direção a garrafa de vinho e bebi um grande gole. Eu precisava estar o mais disposta possível se eu quisesse terminar a coleção ainda hoje.

Peguei uma tesoura em uma das minhas gavetas e comecei a cortar a saia do vestido que já estava em pedaços.

Tirei algumas camadas de pano e rodei em círculos ao redor do manequim.

—Você acha que ficaria melhor com cinta-liga ou sem? -Perguntei girando a tesoura em meus dedos.

Austin arqueou as sobrancelhas e olhou do vestido para mim.

—Se eu falar alguma merda você vai descontar em mim? -Um sorriso se formou em seus lábios.

—Provavelmente. -Dei de ombros ainda tentando saber o que fazer com o vestido. -Mas homens por incrível que pareça são grandes compradores da Victoria’s Secret então dê o seu melhor. -Arranquei as alças do vestido.

—Com cinta-liga. -Disse antes de pegar seu celular do bolso e começar a mexer nele.

Só agora me dei conta de que ele ainda estava sem camisa e de como aquilo o deixava desejável.

—Ótimo. -Cortei alguns laços do espartilho tentando focar na lingerie e não em um homem gostoso que estava seminu no chão do meu quarto.

Fui em direção ao meu closet e encontrei um tecido de seda branca que poderia servir.

Foram longas horas na máquina de costura, desenhos rabiscados e dedos sangrando por conta das agulhas.

Pensei que por não termos tido tempo de fazer sexo Austin teria ido embora, mas ele não me deixou sozinha por nenhum momento. O loiro pediu pizza e comemos juntos em minha cama enquanto assistíamos a um filme de ação. Quando voltei para o vestido já era madrugada e não parei desde então. Aos poucos ele ganhava forma e detalhes. Tudo muito preciso e claro em minha mente.

Apenas percebi que tinha adormecido no tapete em meio a tecidos e agulhas quando Austin passou os braços em volta do meu corpo e me levou para a cama. Ele me deitou com cuidado e aproximou seu peito das minhas costas. Eu estava com sono demais para me incomodar com os primeiros raios de sol em meu rosto.

—Pode dormir tranquila. Você terminou a coleção. -Suas palavras foram o bastante para me fazer sonhar com elas e adormecer me sentindo preenchida.