Paris Doll

Capítulo 10


Pov’s Ally
Quando acordei na manhã seguinte Austin já não estava na cama. Sentei-me ainda um pouco zonza, mas ainda assim meus ouvidos estavam atentos o bastante para ouvir o barulho do chuveiro.
Me espreguicei e só então me levantei da cama.Peguei meu celular e mais duas mensagens de Bryan estavam ali.Meu Deus parece que eu não posso ter alguns dias de paz que todos se preocupam comigo,até parece que se importam de verdade.
O sol estava queimando minha pele mais do que eu esperava me obrigando a sair de vez do quarto.
Peguei uma roupa qualquer e bati na porta do banheiro. Austin, porém não respondeu nada nem abriu a porta.
Bati novamente e de novo nada.
—Você morreu ai ou esta apenas se masturbando?-Entrei de vez no banheiro.
Austin estava no chuveiro tomando banho e virou a cabeça em minha direção rapidamente.
Pela primeira vez em muito tempo senti minhas bochechas corarem e as escondi com uma expressão fechada.
—Bom pelo menos esta vivo. -Me virei para ir embora quando senti suas mãos molhadas tocarem meus braços.
—Desculpa é que o banheiro é a prova de som então não pude te ouvir. -Ele se desculpou com um sorriso sínico em seu rosto.
Ou ele esqueceu que esta nu ou esta fazendo de propósito.
—Tudo bem, não é nada que eu nunca tenha visto. -Tentei me livrar dele, mas isso só fez o loiro me prensar ainda mais contra o espelho atrás da gente.
—Pode ficar eu já estava terminando mesmo. -Sussurrou aproximando seus lábios dos meus.
—Ótimo porque eu realmente preciso de um banho, agora vai. -Peguei uma toalha que estava pendurada no canto da parede, lhe entreguei e o empurrei até porta do banheiro a trancando logo em seguida.
Encostei a cabeça na porta e inspirei fundo. Nada de distrações Ally.
Me despi rapidamente e entrei no chuveiro que ainda estava ligado.Eu não ia ficar naquele apartamento por muito tempo mesmo,preciso comprar o vestido de hoje a noite e Austin com certeza deve sair daqui a pouco.Não vou ficar sozinha neste hotel.
Não demorei muito ali e logo eu estava de volta ao quarto. Austin já estava terminando de colocar uma camisa branca.
—Tenho uma reunião em meia hora, quer tomar café da manhã comigo lá embaixo ou prefere que eu chame alguma camareira para vir lhe trazer no quarto?-Perguntou sacudindo seus cabelos molhados com uma toalha.
—Não irei tomar o café da manhã com você ou muito menor ficar nesse quarto, em todo o caso tenho que sair mesmo. -Joguei minha mala em cima da cama e comecei a procurar uma roupa qualquer.
—Tudo bem, acha que chega antes de meia noite?-Perguntou normalmente. Parecia estar perguntando sobre o clima lá fora.
—Acho que não. Talvez eu compre todas as lojas daqui e o caminhão demore a entregar todas elas a esse apartamento. -Ironizei.
—Estou falando sério. Conheço você e sei que se pudesse nunca mais sairia das lojas, então, por favor, apenas chegue antes de meia noite. -Austin estava mais calmo do que o habitual, mas apenas dei de ombros.
—Que hora começa a festa?-Terminei de abotoar meu sutiã.
—Vinte e três horas Dawson.
—Então iremos chegar apenas uma hora depois?O que esta planejando?-Arqueei a sobrancelha.
—Nada, mas não estou muito a fim de ouvir todos aqueles discursos idiotas de sempre, só estou indo para fechar contrato e para beber mesmo. -Deu de ombros.
Terminei de pentear meus cabelos, coloquei meus óculos escuros e bati em sua mão.
—É assim que se fala. -Sai dali sendo seguida por ele.
No elevador não demos uma palavra, cada um perdido em seus próprios pensamentos.
—Bom dia. -Falei para o recepcionista que ontem eu o deixei falando sozinho.
O homem parecia estar surpresa, mas não hesitou em responder.
—Bom dia senhorita. -Gaguejou um pouco e eu lhe dei o melhor dos meus sorrisos.
—Acho que nos separamos aqui. -Ele disse colocando seus óculos escuros e segurando minha mão.
—O que pensa que esta fazendo?-Tentei ser o mais discreta possível em meu tom de voz enquanto brincava com seu cabelo. Estava tentava a arrancar seus fios loiros um por um.
—Somos casados, acho que tenho o direito de pegar em sua mão. -Falou me puxando ainda mais para si.
Comecei a rir.
—Não abuse. -Lhe dei um selinho e virei às costas para ele.
Pretendo ver seu rostinho de cafajeste apenas de noite o que me da o dia inteiro longe dele.
Continuei a caminhar por diversas ruas de Paris, eu podia andar entre elas de olhos fechados e ainda assim não me perderia.
Eram milhares de lojas, alguns que até já desenhei para tais, outras que tenho grande respeito e muitas outras. Não me importaria de passar o dia inteiro admirando elas, porém isso não seria possível hoje. Ainda tinha muita coisa para planejar.
—Bom dia. -Uma das funcionarias veio até mim com um sorriso tão exagerado que pensei que rasgaria sua boca a qualquer instante.
A ignorei já prendendo minha atenção nos mais diversos vestidos de gala ao meu redor. Eram infinitas combinações de echarpe, seda, sapatos de marca e muito mais.
—Eu poderia ajudar em alguma coisa senhorita?-Ela ainda esta aqui?Revirei os olhos já sem paciência.
—Poderia se saísse da frente deste vestido azul bem ai atrás. -Apontei para um dos panos mais caros e finos que existe em todo o mundo.
Ela parecia estar sem jeito, mas mesmo assim me deu espaço. O decote do vestido era generoso, tomara que caia simples e extremamente lindo.
—Desculpa, mas não pode tratar nenhuma das nossas funcionarias desse jeito. -Uma mulher que estava usando o mesmo uniforme da que havia me atendido antes estava ao meu lado. A única diferença é que ela possui um crachá em dourado e que nem me dei ao trabalho de ler seu nome.
—E quem é você lindinha?-A olhei de cima a baixo. Até as roupas de Cassidy são melhores que aquele uniforme asqueroso.
—Sou a gerente. -Levantou o queixo e empinou o nariz. Quase ri dela.
—E você quem é mesmo?-Por mais que eu estivesse impecavelmente vestida ela ainda assim me olhou com desprezo.
—Eu?Não sou ninguém. Apenas Ally Dawson uma das maiores estilistas da indústria da moda viva até hoje. -Tirei os óculos para poder ver melhor a linda carinha de cachorro sem dono dela.
—Me reconhece agora?-Sorri para ela.
—Eu... É que... Me desculp... -A calei com o dedo indicador.
—Você é a gerente não é mesmo?Bom eu sou a chefe do chefe que é chefe do seu chefe e talvez algo mais. -Me permiti caminhar em direção a ela.
—Toma aqui uma moeda. -Lhe entrei uma das muitas que eu sem juntava em meu bolso.
—Talvez você consiga comprar algo para essa loja que não seja da coleção de verão do ano passado. -Sussurrei em seu ouvido e a senti estremecer de medo.
As outras funcionarias me encaram de queixo caído. Nada melhor do que isso para começar um belo dia de mentiras.
—Stella preciso de um vestido de grife lilás com alça fina e acessórios combinando aqui em Paris até o final do dia e não me importa se você esta do outro lado do mundo.As lojas de Paris estão em crise de moda.-Enquanto falava ao telefone o mais alto possível para que as medíocres ouvissem eu sai pela porta principal sem olhar para trás.
Nem esperei que ela respondesse e desliguei ali mesmo. Agora que já arrumei o vestido posso tomar meu café da manhã em paz.
—Um café caribenho com açúcar mascavo e baunilha. -Pedi a uma das atendentes de uma lojinha de café expresso.
Me sentei em uma das mesinhas ali mesmo e só então pude observar a cidade de outro ângulo.As pessoas caminhando felizes pelas ruas,os comerciantes satisfeitos com os lucros arrecadados e Paris ainda sendo a cidade por quem sempre fui apaixonada.Não existe New York ou muito menos Miami que podem me fazer esquecer essa cidade.Aqui eu estou em casa,aqui eu tenho paz.
—Seu pedido senhorita. -Fui até o meu café e quando estava indo embora esbarrei em qualquer ser humano imbecil por cruzar o meu caminho.
—É uma pena o café não ter queimado seus ossos, seu idiota. -Levantei os olhos do chão onde uma poça de café havia se formado.
—E é uma pena você caminhar com o nariz empinado como se tivesse cheirado perfume barato do que olhar por onde anda. -Ela me respondeu no mesmo tom de voz.
Eu não estava acreditando no que estava vendo, porém não deixei que a minha surpresa transparecesse. Nunca.
—Parece que Paris é pequeno demais para nós duas não é mesmo Avery?-Dei o primeiro gole no café, quase o senti derreter minha língua, mas estava tão entretida que nem percebi.
—Acho que a França inteira é na verdade. -Ela me deu um sorriso sarcástico que eu retribui.
Esse era o nosso cumprimento desde a época da faculdade. Não nos dávamos bem e ao mesmo tempo tínhamos tudo em comum, tirando o fato de eu ser melhor que ela em praticamente tudo.
—Como esta a carreira de modelo?Já fez o seu book rosa não é mesmo?-Zombei enquanto caminhava. Ela vinha logo atrás.
—Esta ótima ou você não me vê sempre que pode nos desfiles de moda mais importantes do mundo?-Perguntou tentando acompanhar meu ritmo. Ela era uma modelo reconhecida, mas não uma das melhores, porém não discuti.
—Na verdade não, passar três horas admirando uma vareta com um laço seria mais interessante do que te ver. -Bebi mais três goles de café.
Ela apenas riu. Avery é um amor de pessoa se a conhecer bem. Não é falsa, mas também não é um ser humano perfeito. É apenas ela mesma e é isso o que me fazia ser sua dupla nos trabalhos da faculdade.
—O que esta fazendo em Paris?-Tomou o café da minha mão e bebeu um pouco.
—Apenas fingindo ser esposa do noivo da minha melhor amiga e quase transei com ele ontem. O básico e você?
—Porque esta fingindo ser esposa dele?-Me olhou se divertindo com o assunto.
—Porque hoje tem uma festa aqui em Paris e ele precisa de mim para firmar um contrato com o Max, lembra dele?
—Espera ai. Você vai à festa do Max?Meu Deus eu também vou pra lá Ally. Estou aqui por isso. -Ela me abraçou e deu alguns pulinhos.
—Eba. Todo mundo feliz. -Fingi estar animada.
—Você não mudou nada. -Ela balançou a cabeça e assim continuamos a caminhar. Uma agarrada na outra.
Depois de dois minutos sem dizermos absolutamente nada eu quebrei o silencio.
—Posso te fazer uma proposta Avery?-Um sorriso malicioso moldou meus lábios.
Eu precisava colocar meu plano em ação em algum momento, Paris seria o lugar ideal.
—Contanto que não envolva seqüestro e que não arruíne a minha carreira como modelo estou ao seu dispor. -Deu de ombros.
—Perfeito. -Parei a obrigando a fazer o mesmo.
—Apenas envolve bebida, sexo e fotos. -A olhei nos olhos. Por mais que ela fosse modelo não era muito mais alta que eu.
—Continue. -Seus olhos brilharam.
—Preciso que faça sexo com o Austin e tire algumas fotos de vocês dois na cama. Se quiser gravar um vídeo ou coisa do tipo não me importo. Da bebida cuido eu. Pago muito bem a propósito. -Joguei o copo de café fora.
—De que Austin você esta falando?Do seu namorado?O Moon?-Ela gritou fazendo as pessoas ao nosso redor nos olharem como se fossemos loucas.
—Primeiro que ele é meu ex namorado, segundo que ele é noivo da minha melhor amiga e terceiro que sim é o Moon.
Ela abriu a boca em um perfeito O. Parecia uma estátua viva.
—Demorou demais, esqueça o que eu disse. -Revirei os olhos e voltei a caminhar.
—Espera. - Mesmo que ela não pudesse ver eu estava sorrindo.
—Eu aceito, mas preciso saber por que esta fazendo isso. -Me olhou preocupada.
—Nada que possa te afetar minha linda e doce Avery. Apenas quero mostrá-las a uma pessoa em particular.
—Tudo bem. -Respirou fundo. — Eu aceito. -Estendeu a mão que eu logo a apertei.
—Eu iria pedir para você ser a mais bela hoje à noite, mas não posso mentir quando nós duas sabemos que eu que serei o centro das atenções, não é mesmo?-Não esperei respostas e mudei a rota do meu caminho.
O dia esta apenas começando.
***
Depois de passar o dia inteiro comprando roupas que talvez eu nunca use cheguei à conclusão que já estava na hora de voltar para o hotel.
Disquei o número de Austin e esperei pacientemente que ele me atendesse o que não o fez. Liguei novamente e deu a mesma coisa. Terminei de jogar todas as sacolas no taxi e pedi para que o motorista me levasse ao hotel.
Disquei pela terceira vez e enfim Austin atendeu a ligação.
—O que você quer?Estou no meio de uma reunião de negócios. -Ele falava aos sussurros.
—Meu amor você podia estar em uma reunião com o Papa que eu ainda estaria nem ai. -Deixei meus olhos caírem sobre minhas unhas. Aquele vermelho já estava me deixando enjoada.
—Acho bom ser importante. -Disse respirando fundo.
—E é. Qual a cor do smoking que você vai usar hoje?
—O que?Você me ligou apenas pra perguntar a cor de um smoking? Esta de brincadeira Ally?
—Estou te fazendo uma pergunta para que me dê respostas e não outras perguntas Austin. -Me joguei no banco da janela.
—Você atrapalhou a minha reunião apenas para fazer uma tempestade num copo d’água por causa de um smoking?-Ele estava quase perdendo a pouca paciência que lhe resta comigo.
—Ninguém perde tempo comigo agora me responda o seu smoking será preto não é?-Ajeitei meu cabelo pelo retrovisor do carro.
—Sim agora posso desligar?
—Claro que pode maridinho, mas trate de arrumar um terno branco para combinar com o meu vestido, pois marido meu nenhum irá com uma cor igual a dos outros ou caso contrário arrume outra para ir à festa. -Desliguei antes que ele respondesse.
***
Minha unha, maquiagem e cabelo já estavam prontos. O vestido que conseguiu chegar a tempo aqui em Paris em cima da minha cama e por fim o colar que já estava em meu pescoço. Ele tinha pedras de diamante e esmeralda. Eu podia ir nua que ainda assim apenas ele me faria ser a mais bem vestida.
Estava terminando de abotoar o sutiã quando um loiro furioso entrou batendo a porta e jogando um smoking branco de qualquer jeito em cima da cama.
—Você faz idéia do que eu passei pra comprar esse smoking?-Seu rosto estava vermelho e seus olhos pareciam querer sair das orbitas.
—Você faz idéia de que horas são agora?Acho melhor se adiantar. -Apontei para o banheiro.
Se seu olhar fosse uma bala eu já estaria morta. Porém Austin sabe reconhecer quando esta errado e disfarçar muito bem sua raiva. Ele respirou fundo e entrou no banheiro sem dizer mais nenhuma palavra. Ninguém aqui quer começar uma briga antes de uma festa. Iria acabar mal para nós dois.
Fui até o meu celular e percebi que já era quase meia noite. Mandei uma mensagem para Bryan avisando que tudo estava indo bem em New York e logo guardei o celular em uma pequena pouca branca e prata. Coloquei meu salto alto da mesma cor do vestido. Sim eu coloco meus saltos antes dos vestidos. É esquisito, mas gosto de me vestir assim. Lembro de Kira e Cassidy me chamarem de estranha por isso há muitos anos atrás.
Sentei-me em uma cadeira e mais uma vez retoquei o batom. Ajeitei alguns fios que haviam se desprendido do coque em meu cabelo e por fim me olhei no espelho. Mesmo que na festa ninguém fosse ver a minha calcinha e o sutiã ainda assim eles estavam combinando com o vestido que logo tratei de por, no entanto estava difícil de fechar o zíper que era muito extenso e percorria toda a minha coluna.
Senti as mãos molhadas de Austin tocar as minhas para ajudar a fechar o zíper. Ele havia acabado de sair do banheiro e parecia estar bem mais calmo.
—Obrigada. -Agradeci olhando nosso reflexo no espelho. Ele ainda estava de toalha e gotas do seu cabelo pingavam em meu vestido.
Austin não respondeu, apenas deu um meio sorriso.
E então continuei a me arrumar enquanto ele fazia o mesmo e quando dei por mim já estávamos os dois prontos e indo em direção ao elevador.
—O que acontece se você não conseguir firmar esse contrato?-Perguntei me acomodando melhor na mini caixa de metal.
—Tudo terá sido apenas em vão, mas não se preocupe. Meu dinheiro não irá reduzir Ally. -Ajeitou o terno melhor em seu corpo.
—Não que eu me importe, mas farei o possível para que dê certo. Sei como isso é importante para você. -Admiti.
—E desde quando você liga para o que é importante pra mim?-Suas palavras eram sinceras.
—Não quero que você seja apenas mais um que pensa que não tenho sentimentos Austin. –Comecei a apertar ainda mais forte a bolsa em minhas mãos.
—Posso ter um coração congelado, mas até ele derrete às vezes. -O olhei. Não de forma fria, solene ou até mesmo maliciosa. Era um olhar de tristeza.
—Nunca pensei isso de você Ally. Conheço o seu temperamento e não a nada de errado com ele, é só que...
—Que eu não sou uma pessoa que vale a pena. -Reconheci.
—Eu não ia dizer isso. -Ele tentou se explicar.
—Pois devia, mas eu não consigo evitar ser desse jeito. Eu não consigo fazer amigos de verdade, eu não consigo lidar com as pessoas e eu não consigo lidar com fato de ter vivido a minha vida inteira com inveja da Cassidy. -Fechei os olhos. —Eu sempre serei a vilã de tudo Austin e mesmo que todos achem isso de mim eu apenas sou mais uma garota assustada com a realidade do mundo e que quer ao menos uma vez experimentar a verdadeira felicidade. -Senti meus olhos marejarem, porém logo pisquei para que as lágrimas sumissem.
—Mas quer saber de uma coisa?Eu não me importo com o que pensam de mim. Eu sou Ally Dawson, posso conviver com isso. -Ri da minha própria desgraça.
Aquele não era o momento para dizer aquelas coisas, mas eu queria que ao menos por hoje ele soubesse que pode contar comigo para alguma coisa e que não estou fazendo isso apenas por interesse próprio.
Eu queria ajudá-lo de verdade e estava disposta a dar o meu melhor.
Não sei se por não ter o que dizer ou por já termos chegado ao térreo, mas Austin não disse mais nada. Apenas segurou em minha mão enquanto íamos em direção a limusine e mesmo quando chegamos lá ele não a soltou. Apenas fez isso quando de fato chegamos ao local da festa onde sua mão largou a minha para tomar lugar em minha cintura.
—Esqueça tudo esta noite. Esqueça Cassidy, o meu noivado, o seu coração, os seus amigos, o contrato e por ultimo esqueça a pessoa que você se tornou. Não seja Ally Dawson a designer milionária e conhecida por todo o mundo. Seja apenas a Ally da faculdade. Aquela por quem eu e o mundo nos encantamos. -Foi tudo o que sussurrou em meu ouvido antes de entrarmos no grande salão.