Paraíso de verão

Sábado,19 de Dezembro, 17h50min.


Sábado,19 de Dezembro, 17h50min.

Certa vez eu li que ao passar por situações de extremo stress, medo ou excitação, nosso corpo libera um hormônio chamado Epinefrina. Ou, pelo nome que todos conhecem, Adrenalina. Após estímulos de terminações nervosas, esse hormônio é liberado pelas glândulas adrenais e tem os seguintes efeitos sobre o corpo:

1. A pupila se dilata.

2. Vasos sanguíneos contraem levando o sangue da pele para órgãos internos.

3. Os músculos se tencionam.

4. O suor vem para resfriar o corpo.

5. A respiração se acelera para captar mais oxigênio.

6. O coração bate rápido para aumentar o fluxo de sangue.

Sua atenção fica aguçada e focada em seu corpo e em tudo o que está a sua volta. Os detalhes desaparecem e você é forçado a existir no presente. O meu presente, no caso, é estar despencando de uma cachoeira com mais de 4 metros de altura, com a imensidão azul do rio logo abaixo a minha espera.

O ar escapou dos meus pulmões assim que meus pés se afastaram da cachoeira, e um grito estrangulado saiu da minha garganta, quanto mais próximo meu corpo se encontrava da intensa escuridão da água. Meu coração bombeou fortemente contra o peito quando o pulso de adrenalina atingiu minha corrente sanguínea, e meus olhos se arregalaram.

Eu ia morrer.

Quando esse único pensamento cruzou minha mente vazia, meu corpo se chocou contra a água gelada e afundou profundamente no rio. Abri meus olhos imediatamente, sentindo uma leve ardência quando a agua os invadiu, mas nada além da escuridão consegui enxergar. Em algum momento durante a queda, minhas mãos abandonaram as de Alec e eu consegui me lembrar dos movimentos de remo para que pudesse subir de volta ao topo. Meus pulmões queimavam pedindo ar à medida que me aproximava da superfície, e chupei uma longa respiração assim que emergi da água e oxigênio os preencheu.

Passei a mão nos olhos a fim de retirar o excesso de água deles e olhei em volta, logo em seguida, a procura de Alec.

Eu ia matá-lo.

— Alec! – Eu gritei com a raiva circulando minhas veias por quase morrer ao cair de uma cachoeira. Rodei o olhar freneticamente ao longo da água a procura dele, mas não o encontrando – Vamos, Alec, apareça! Eu preciso matá-lo.

Silencio foi à resposta que recebi.

Eu bufei.

— Tudo bem! É assim que você quer jogar, né? – Soltei – Vou estar sentada te esperando e quando aparecer se prepare por que: Eu. Estou. Puta!

Balancei os braços e nadei em direção a margem do rio. Com as duas mãos apoiadas em uma pedra, joguei meu peso sobre ela e subi, sentando a beira do rio logo em seguida. Meu corpo tremia devido à agua gelada, por isso, ergui os joelhos até o queixo e passei os braços em volta das pernas para tentar me aquecer enquanto fitava mortalmente o rio.

Já comentei que ia matá-lo? Pois eu o faria.

Ele pensa que pode coagir as pessoas beijando-as com aqueles lábios macios e pecaminosos e depois empurrá-las de uma cachoeira? E se eu não conseguisse nadar de volta ao topo? E se minha cabeça batesse em umas das pedras no fundo cachoeira e eu morresse de traumatismo craniano? E se eu não soubesse nadar?

Quero dizer, meu Deus, tudo é possível, não é? Quantos jovens morrem por cometerem tolices como essa hoje me dia? Por que eu deveria achar que poderia não me enquadrar nessa categoria?

Eu sou jovem, não imortal. Mas Alec parece não se dar conta disso.

Deus, ele é maluco e quando o visse ia socá-lo por querer me arrastar para sua maluquice.

1 minuto se passou e a agua azul do rio continuava quieta e mansa a não ser devido a queda da cachoeira ao fundo.

2 minutos e nada da cabeça castanha de Alec emergir da água. De repente, preocupação invadiu minhas entranhas e eu subitamente abaixei os pés. É normal ficar debaixo da agua por mais de 3 minutos?

— Alec?! – A apreensão era nítida em minhas voz ao chamar seu nome. Meu olhar rondava o rio cuidadosamente a procura de algum movimento debaixo d’agua. Nada. – Alec! Vamos, pare de graça e apareça logo.

Desespero começou a tomar conta do meu coração quando segundos a mais se passaram e não recebi resposta alguma de sua parte. Sem hesitar, pulei na água fria novamente quando Alec continuou não respondendo aos chamados de seu nome.

4 minutos...

Cada vez que submergia na água mergulhava o mais profundamente possível, a ponto de quase ficar sem ar ao retornar a superfície a sua procura. Escuridão envolvia o interior do rio e, por mais que me esforçasse em enxergar, nada conseguia ver. Visto que o sol já se punha no horizonte, tornava ainda mais difícil enxergar qualquer coisa.

Eu chamava seu nome cada vez mais alto e o desespero começou a tornar-se medo, ansiedade, apreensão e nervosismo tudo de uma vez sempre que emergia da água e não o avistava. Meu coração se apertava dentro do peito e, quando dei por mim, lágrimas salgadas começaram a turvar meus olhos e a escorrer pelas minhas bochechas, se misturando com a água doce do rio.

Deus, será possível que ele...

Não. Eu me recusava a pensar nisso. Ele pulou da cachoeira e, provavelmente, sabia o que estava fazendo quando tomou essa decisão e me arrastou para ela.

5 minutos se passou e esse pensamento já não estava mais convicto em minha mente.

— Alec! – Eu gritei, com raiva e medo transpassando pelo corpo frio enquanto olhava ao redor. Mais lágrimas quentes manchavam minha visão e eu podia sentir o gosto salgado delas em minha boca – Apareça agora seu idiota, estúpido!

De repente, senti algo se fechar em torno do meu tornozelo e soltei um grito quando um e corpo forte emergiu ao meu lado. Um Alec sorrindo apareceu e alívio imediatamente percorreu meu coração acelerado. Joguei meus braços em volta de seu pescoço e o apertei forte contra o peito. Alec ficou paralisado com meu movimento inesperado e senti seus ombros tensos por um segundo, mas logo ele circulou meu corpo com seus braços fortes enquanto eu fungava baixinho em seu pescoço.

Afastei a cabeça de seu ombro e colidi meus lábios duramente nos seus. Sua língua quente e macia acariciou a minha e, mais uma vez, eu suspirei aliviada. Estava tão feliz que ele estava bem. Que ele não havia morrido ao pular da cachoeira. Que eu ainda poderia sentir sua boca quente em torno da minha, pois pensei que nunca mais o veria. Lacei as pernas em volta da sua cintura debaixo d’agua e Alec desceu as mãos pelas minhas costas para me manter no lugar.

Ele estava bem. Ele estava vivo.

Afastei-me de seus lábios quando a água fria do rio começou a comprimir meus pulmões em busca de ar. Com a respiração ofegante e entrecortada encostei a testa na sua, ainda de olhos fechados.

— Eu pensei que você tinha se afogado. –Sussurrei.

Alec sorriu fracamente para mim.

— Eu sinto muito.

Eu sinto muito? É esse o consolo que ele me dá ao passar os 5 minutos mais angustiantes de minha vida? A realidade da situação me bateu e a raiva que sentia ferveu novamente em meu corpo.

Alec abriu a boca para dizer alguma coisa, mas eu ergui minha mão fechada em um punho e acertei seu estômago em cheio e o que, na verdade, escapou de seus lábios foi um grunhido e, logo em seguida, um gemido de dor. Não acho que tenha batido com a força que ele merecia visto que estava debaixo da agua, mas, com certeza, não foi agradável, também.

— Você é um grande idiota! – Me desenrosquei de seu corpo e nadei as pressas para longe dele com a raiva aquecendo meu corpo frio quando pulei para fora do rio. – Quero dizer, que tipo de pessoa pula de uma cachoeira e leva os outros juntos? Você tem sérios problemas, porra!

Vaguei o olhar ao redor a procura das minhas roupas, mas lembrei de que elas estavam no topo da cachoeira, em cima de uma pedra.

Subi o mais rápido que consegui até elas e peguei meu tênis, roupas e bolsa, junto com as coisas de Alec. Desci rapidamente e vi que ele havia saído da água e, agora, estava em pé ao lado da margem, com os braços cruzados e uma das sobrancelhas arqueadas em confusão enquanto me observava. Seu peito nu e brilhante zombava de mim, pedindo que eu o tocasse, mas controlei essa vontade repentina e joguei a camiseta e short dele seu rosto, passando a alça da câmera em torno de seu pescoço em seguida.

— Quero dizer, que tipo de pessoa fica 5 minutos embaixo d’agua? – Eu resmungo, passando minha blusa úmida sobre os braços molhados e colocando o short jeans curto em seguida. Não me preocupei em colocar os tênis quando ergui o olhar para seu rosto. – Você é um tipo de peixe, hã? Uma sereia, talvez? Pois, só isso pode passar tanto tempo debaixo d’agua sem morrer, seu... Seu...

Eu bufei quando a raiva expandiu minhas narinas. Estava tão zangada que mal conseguia achar uma palavra para caracterizá-lo. Só não sabia exatamente o porquê. Quero dizer, ele está vivo. Ele está bem. Apesar de saber disso, não posso conter a onda de fúria.

Ele poderia não estar...

— Eu estou bem, Caty. – Ele Garantiu - Eu nasci na praia. Sempre nadei muito, por isso tenho os pulmões fortes – Murmurou ele em resposta. Por um momento pensei ter visto divertimento em sua expressão suave, mas ignorei essa suposição.

Eu revirei os olhos.

— E daí? Você ainda é louco! – Eu passei por ele, empurrando seu peito enquanto ele colocava as pressas à camiseta e não dizia nada. Caminhei para longe do lago e Alec seguia ao meu encalço. – Você poderia estar morto. Morto! E eu estaria aqui, tendo que procurar seu cadáver nas profundezas do rio. Sabe o quão traumático é isso? Não? Pois, eu vou te dizer, é muito traumático! – Gritei andando as pressas para longe.

Escutei seus passos me seguindo de perto e uma risada fina e baixa soar. Eu pisquei e me virei. Alec parou subitamente quando viu meu olhar mortal e tentou, sem sucesso, esconder a risada que escapava de seus lábios. Eu quase o matei nesse momento.

— Você está rindo de mim? – Estreitei os olhos e o fitei com raiva, cruzando os braços.

— Não. – Ele respondeu e vi o vislumbre de um sorriso em seus lábios mais uma vez. – Você se importa comigo.

Eu revirei os olhos.

— Claro que eu o faço. Você poderia estar morto e eu não gostaria de ter que entregar um cadáver aos seus pais. Obrigado.

O sorriso de Alec morreu e seu olhar intenso e azul me fitou.

— Não acho que eles se importariam. – Respondeu ele, me surpreendendo e chocando um pouco com suas palavras frias. Quando estava prestes a refutar sua declaração, pois, nenhum pai ficaria feliz de encontrar seu filho morto, independente da relação que ambos tiveram, Alec me corta – De qualquer maneira, não acho que seja só por isso que esteja tão irritada.

Eu bufei.

— Acredite, Aquaman, eu não gosto de encontrar cadáveres.

Alec sorriu e deu um passo em minha direção e eu me movi para trás, tentando aumentar a distância entre nós novamente.

— Você está mentindo.

— Eu não estou.

Com um movimento rápido, Alec fechou o espaço que nos separava e pegou meu braço, puxando-me para perto de si. Seu corpo molhado e gelado, assim como o meu, ainda fez um arrepio frio percorrer minha espinha.

— Ah, você se importa comigo sim. – Ele disse num sussurro, descendo o rosto pelo meu pescoço e fazendo mais arrepios tomarem conta do meu ser. Quase me fazendo esquecer por que estava com tanta raiva dele. Quase. – Você gosta de mim.

Balanço a cabeça suavemente de um lado para o outro.

Eu estou brava... Eu estou brava... Eu estou furiosa...

— Não gosto.

Ele sorri maliciosamente e desce a mão suavemente pelas minhas costas. Eu não deveria sentir um arrepio quando ele cola seu corpo molhado no meu e estabelece as mãos firmemente em minha cintura, mas é exatamente isso que acontece. A fragrância suave e levemente adocicada de seu perfume, que não reparei antes, invade minhas narinas e me faz querer aproximar o rosto ainda mais de seu pescoço para que possa aspirar cuidadosamente o seu cheiro.

Eu estou brava... Irada...

— Você gosta. – Ele diz com a voz sensual e aproxima ainda mais o rosto do meu pescoço, exatamente da mesma maneira que desejava fazer com ele e, faz todos os meus sentidos se tornarem supersensíveis quando deposita suavemente os lábios naquela região e vai subindo lentamente até um ponto abaixo da minha orelha. Sinto sua língua quente lamber suavemente meu pescoço molhado e meu corpo estremece levemente.

- Você não pode fazer isso, Alec. – Consigo sussurrar com muito esforço e mesmo assim é um apelo fraco quanto mais perto sua boca chega.

— Por que, não?

— Por que eu estou brava com você. Não pode fazer isso quando eu estou brava com você. – Respondo fracamente – Isso vai contra as regras da discussão. - Alec me ignora e se aproxima cada vez mais, lentamente roçando os lábios em toda a minha bochecha. Meu corpo se arrepia toda vez que ele os deposita em minha pele, que parece estar em chamas nesse momento.

O que ele está fazendo comigo?

— Não existem regras comigo, Caty. – Ele responde com uma voz sensual reverberando em minha pele, aquecendo todos os meus poros - Você deveria saber disso já que pulou de uma cachoeira comigo.

— Fui induzida, você quer dizer. – Eu o corrijo lembrando-me da forma doce na qual me beijou antes de me levar para baixo – E eu vou matá-lo por isso. Ainda estou zangada com você.

Alec ri e parece quase um ronronar.

— Ah, não, mas você não está zangada. - Ele diz e, agora, sua boca se encontra a milímetros de distância da minha. – Diga a verdade, Caty.

Estamos tão próximos que sinto seu hálito levemente mentolado, devido à pasta de dente, dançar ao meu redor. Provocando-me. Fazendo-me lembrar, em nítidos detalhes, como é ter sua boca pressionada firmemente contra a minha, retirando meu fôlego como ninguém sequer já fez a não ser ele. Fazendo-me querer jogar tudo e todos para o alto e me jogar com ele em seguida. Contudo, a parte racional do meu cérebro, aquela parte que quase afundou em poucos segundos devido a sua proximidade, me diz que é perigoso. Que vou me machucar no final.

Mas quer saber? Foda-se a parte racional agora.

Eu não estou mais brava.

— Eu acho que... – Eu gaguejo e controlo a respiração quando seus lábios raspam os meus. Maldito provocador.— Eu gosto de você. – Eu ergo o olhar a fim de fixar em seus olhos e noto o momento em que ele afasta o rosto de perto do meu e foca cuidadosamente em mim. Eu lambo os lábios e me apresso em acrescentar - Quero dizer, eu acho que gosto de ficar perto de você. Até que você não é o Mané mimado que eu pensei que seria. Tudo bem, você ainda é um pouco Mané. E um idiota, também, por me fazer pular de uma cachoeira. Eu queria te matar quando eu saí da água e você demorou em aparecer, mas, você é legal e nos conhecemos há pouco tempo, mas eu gosto de estar perto de você e...

Alec cola os lábios nos meus antes que eu possa continuar a falar e retira completamente o meu fôlego. O calor familiar de sua boca e língua, que provei minutos antes, ao entrar o contato com a minha, me faz suspirar. Nunca pensei que um beijo poderia afetar tanto os meus sentidos, mas, novamente, por que eu deveria estar surpresa?

Devo admitir: Alec, definitivamente, é um bom beijador. E não foi preciso uma série de beijos para descobrir isso.

Apenas um, na verdade. Mas ele não precisa saber disso.

— Você fala demais quando está nervosa. - Ele comenta quando separa por alguns segundos nossas bocas a fim de recuperar o fôlego, mas logo a invade novamente com seus lábios quentes.

Suas mãos deslizam abaixo das minhas costas em direção a minha bunda e ele aperta levemente. Eu bufo e puxo suas mãos para longe. Sinto sua risada reverberar em meus lábios, enquanto ele me beija ferozmente.

— Você é um pervertido. – Murmuro e, em vez de sair como uma ofensa, minha voz sai fraca e vulnerável.

Maldito sejam seus beijos...

— Acho que você gosta disso em mim também. – Ele provoca e leva a mão a minha bunda mais uma vez e depois as desliza pelas minhas coxas, puxando-as para cima a fim de laçá-las em volta de sua cintura. Não sou inocente o suficiente para desconhecer do que se trata o cume duro que pressiona em meu núcleo quando nossos quadris estão pressionados um contra o outro. Ele visivelmente está gostando disso. E não nego que eu também. – Vamos lá, não foi apenas a minha personalidade incrível que fez você gostar de mim. Admita isso também.

Passo as mãos em volta do seu pescoço prendendo-o firmemente a mim e as levo para seu cabelo castanho, sentindo os fios sedosos deslizarem por entre meus dedos, enquanto o beijo. Minha pulsação está acelerada e um calor invade meu corpo quanto mais nos esfregamos. Suas mãos correm freneticamente pelo meu corpo, enquanto ele me tem enlaçada a sua cintura.

— Não vou admitir mais nada. – Murmuro em resposta.

Sinto sua risada em meus lábios enquanto ele me beija.

— Tudo bem. – Ele diz – Você não precisa dizer nada. Seu corpo diz tudo o que preciso saber.

Corpo traidor...

Puxo a camiseta encharcada por sua cabeça e passo as mãos nos músculos nus e fortes de seu peito e abdômen. Alec tem um corpo muito bem construído e acredito que isso se deve ao fato de morar na praia. Provavelmente isso deve o motivar a cuidar bem de seu corpo. O mar; a areia leve e o amanhecer quente, com certeza, são mais motivacionais do que prédios; carros buzinando; e o amanhecer gelado do Colorado.

— Você tem um corpo muito bom.

Alec distribui beijos ao longo do meu pescoço e eu gemo. Coloco as mãos em sua cabeça, pressionando-o num ponto sensível ali que faz meu corpo arrepiar de excitação. Nunca senti tal coisa antes e não posso conter o suspiro que me escapa. Uma das mãos de Alec aperta levemente meu seio direto e um gemido mais alto sai dos meus lábios.

— Você também.

Uma onda de choque se espalha pelo meu corpo indo diretamente para meu núcleo e eu aperto suas costas fortemente com minhas unhas. Sei que, a partir daí, o deixaria fazer qualquer coisa comigo.

Qualquer coisa.

Meu cérebro parece ter desligado completamente e me esfrego em Alec pedindo um maior contato de seu corpo contra o meu para incendiar ainda mais as chamas nele. O fato de estarmos em uma floresta desaparece e, agora, sei exatamente o que minha irmã sentiu quando a encontrei aos amassos com Chad. Estou prestes a permitir a mesma coisa e um leve arrependimento me bate. Não deveria tê-los bombardeado com lama, pois, agora, parece que o desejo tomou conta das minhas ações, assim como o fez com eles.

Hipocrisia me define nesse momento.

— Alec. – Eu gemo puxando sua boca quente para a minha novamente, enquanto ele aperta levemente meu seio fazendo mais arrepios circularem por meu corpo.

Quando estava prestes a implorar, pelo o que, exatamente, eu não sabia, escutei o gemido de Alec e, de repente, ele se afastou abruptamente dos meus lábios. Tentei colar nossas bocas novamente, porém, ele me impediu, segurando minha nuca com uma das mãos. Abri meus olhos e o vi com os seus fechados firmemente e com a testa pressionada contra a minha. Seu rosto franzido e expressão o faziam parecer com dor e eu imediatamente me perguntei se fiz algo para machucá-lo.

— Acho melhor irmos embora. Já está escurecendo. – Ele diz com a voz levemente rouca. Confusão ronda minha mente pelo seu pedido inesperado, mas longo ele esclarece sua declaração – Não é assim que as coisas vão funcionar, Caty. Eu me importo demais com você para fazer isso numa floresta. Sei que, agora, você não se importaria e eu também não, mas sei também, que... – Ele abre os olhos e a imensidão azul de seu olhar encontra o meu – Me odiaria quando isso acabar.

Eu fecho os olhos e assinto.