Quem disse que o melhor da briga é a reconciliação talvez, só talvez, tivesse um pouco de razão, mas ainda assim, não valia a pena ficar brigado só para se reconciliar, a menos que voltassem a ser apenas as nossas discussões estúpidas sobre gostos ou cores, mas eu não queria mais tê-la dormindo longe de meus braços novamente, isso era fato.
Naquela noite eu dormi na casa de seus pais, ela havia chorado algum tempo entre meus braços, então era melhor ficar por lá, sem falar que ela mal havia comido e certamente estava fraca.
Mas no dia seguinte, logo após o café, eu tive de sair para o trabalho, e durante a noite nós voltávamos para nossa casa. Tudo podia voltar ao normal assim.
Apesar de que nós devíamos saber que nem sempre seria tudo na mais perfeita paz, e nós estávamos dispostos a correr o risco.
Depois daquele dia não havíamos mais tocado no assunto bebê e as coisas pareciam caminhar bem desse jeito, Rose não estava afastada nem cabisbaixa, e eu não fazia nada sem que ela soubesse. Parecia tudo certo mesmo.
Mesmo não sendo tocado no assunto, não havia sido esquecido.
E foi em seu aniversário de vinte anos, debaixo de uma tempestade alarmante e trancados em casa que Rose me deu a notícia, nosso bebê estava a caminho.
Dessa vez eu lhe prometi que tudo correria bem, eu só esperava estar certo.