O dia estava frio, uma grande nevasca se aproximava ao reino de Tessália.

Não muito longe do castelo, encontrava-se a princesa brincando no jardim com as flores, sempre pegava uma, montando um belo buquê de variadas flores. A garota estava aflita, esse era sua Hobby quando estava com medo, sempre gostava de sentir o doce aroma das flores, e apreciar suas lindas e variadas cores e formas, mas, a jovem gostava mesmo era de fazer grandes buquês para enfeitar seu quarto, isso era o que a jovem costuma fazer quase todos os dias.

Sim, durante os últimos anos a garota andara sempre aflita, com medo de seu reino começar uma guerra com a ilha Berk, para ela seria uma completa idiotice, mas seu reino jamais aceitara os dragões como amigos de todos, para seu reino, eles eram terríveis criaturas sem serventia, mas garota jamais achara isso, ela lembra-se muito bem de todas ás vezes em que tentava dialogar com seu pai sobre o assunto, um desses momentos seria nesta manhã.

–Mas papai, não há nada errado com os dragões, porque tanto ódio a eles?-Insistiu inutilmente a princesa

–Minha querida, quando for rainha irá entender, mas por enquanto, você ainda és uma bela jovem, que está prestes a completar 16 primaveras!-Hesitou seu pai.

–Não há nada errado com estes dragões, são criaturas doces e gentis, se o senhor se desse a vontade de conhecê-los talvez...

–Sem protestos, por favor, minha filha, eu lhe prometo que tentarei manter um acordo de paz com os Berksers, mas tudo depende das suas vontades!

–Então me prometa com seu coração, que jamais irá ferir ninguém!

–Isso meu doce jamais irei prometer-lhe, não quero decepcionar-te, mas isto não é correto, eu não confio em dragões!- A garota não insistiu em uma resposta, por este lado entendia seu pai, querer proteger seu reino, mas criar uma guerra não ajudaria em absolutamente nada, e era isso que a jovem queria que seu pai visse.

A garota continuara pensativa colhendo rosas, em poucos momentos fitava a torre onde deveria está seu pai, trabalhando pela segurança de seu reino, e possivelmente arrumando um tratado de paz, como ele havia lhe dito, como à garota gostaria que isso fosse funcionar, mas ela sabia que isso não passara de um sonho distante.

~~~~~~~Bônus~~~~~~

Era uma manhã fleumática em Tessália, o único som que soava, era o cantarolar de pássaros, migrando para provavelmente o Leste de Grécia, tudo que se observava era um cenário branco, um reino completamente omisso na neve. Onde várias pessoas andavam para seu homizio, ou para suas atividades rotineiras, isso já não importava para Astrid, andava pelos corredores impacientemente. O que era normal para à garota ultimamente. Os preparativos, sua preocupação com Tessália, sua ajuda “caridosa” com o povo de Tessália, entre outros fatores que lhe faziam ter uma bela dor de cabeça! Era quase o dia de seu tão esperado aniversário, pelo menos, para muitas pessoas era.

Astrid nunca fizera questão de ter uma grande festa, convidando pessoas desconhecidas, e de alta classe social. Sempre quis uma festa caseira, apenas com sua “família”, e amigos próximos, ela gostaria de algo particular, e que ficaria em sua memória como um momento mágico, e tão simples. Isso era aparentemente algo improvável. Argos Hofferson (seu pai), sempre quisera festas de gala, queria ser conhecido como um Rei poderoso, e ele gostaria que Astrid continuasse este legado passado de gerações, mas um problema que ela tinha era: sua simplicidade desconhecida nos Hofferson. Eles sempre foram uma família de alta classe, e gostavam de exibir-se com isso, mas sempre foram pacíficos, sem dúvidas, os melhores Reis e Rainhas de Tessália, seu governo era estável, porém, quando se trata de Berk, tudo muda de forma pérfida.

Ela notava o horizonte, como gostaria de saber como é além das nuvens. Gostaria de poder tocá-las, as sentir desfazerem em seus dedos. Mas isso era improvável, se sentir livre era pedir demais!

Sentiu algo tocar em seus ombros lentamente, passando suavemente até suas mãos, era seu Pai.

– Astrid minha filha, o que fazes aqui sozinha? – Indagou Argos.

– Hum, olhando além do que meus olhos alcançam imaginado um mundo diferente, e como seria se tudo fosse perfeito! – Respondeu sonhadora.

– Bem Astrid, sabes que não entendo quando falas assim! Isto é tolice, ninguém pode olhar além do que os seus próprios olhos enxergam, talvez não exista nada.

– Ora, é só olhar com atenção, e imaginar. Nunca ouviste falar de filosofia? – Questionou seu Pai sorridente.

– Já, talvez melhor que você Astrid, só não entendo direito. – Revelou-se Argos.

– Não entende, ou não quer entender?

– Astrid já chega, não sei brincar desse jeito, parece uma linguagem insana. – Argos logo tratou de penetrar profundamente o olhar turquesa de sua filha. Como ela lembrava Elle... Mas Astrid não fizera o mesmo, apenas continuou olhando para a Janela.

– Mas é insano, se não fosse, creio que não teria sentido – Afirmou à jovem.

Argos tem certo interesse em saber onde Astrid descobriu tudo isso, gostava de ver que sua filha, pouco a pouco se tornava uma mulher, e isso ao mesmo tempo o preocupava!

Por um momento Astrid tivera uma ideia lúcida, queria saber mais sobre Berk, então planejou uma “armadilha” para seu Pai. O faria voltar ao passado, de forma psicológica.

– Lembra-se quando eu era uma garotinha? Quando vivíamos juntos no Playground eu só queria brincar no balancinho? – Argos assentiu – Pois bem, agora irei completar 16 anos, e gostaria que me empurra-se lá novamente. O senhor prometeu quando eu era criança lembra?

– Negativo Astrid, eu prometi que seria quando fosse seu casamento... Lembra? Tradição de família? – Astrid apenas fez uma cara triste, de arrependimento. Claro que Argos não gostava daquilo, e como a mimou demais – Tudo bem, você me pegou, nós vamos lá!

O lugar estava completamente trabalhado na textura branca, que reluzia o rosto da jovem princesa. Ressaltava o amarelo ardente de seu cabelo, e o azul ávido de sonhos de seus olhos, tudo por mais que pequeno, poderia deixa-la linda... Era isso que Argos tinha em mente!

Ele empurrava à garota como se fosse uma criança, havia esquecido que ela não mais sua garotinha.

– Então, conte-me mais sobre Berk... Olhe papai não me entenda mal, só gostaria de saber mais sobre esse lugar tão misterioso. – Disse infeliz, por outro lado Astrid sabe que seu pai não gosta de falar sobre isso. Mas sua curiosidade era máxima o suficiente para cometer este erro.

– Você sabe que eu não gosto de perscrutar o passado Astrid, nem de falar sobre essa maldita ilha! Mas se você insiste, sei que está crescendo, e uma hora iria necessitar essas e outras perguntas, então: Berk, não é nada mais nada menos que uma ilha isolada ao norte, você sabe que não faz muito tempo que o filho de Stoico formou uma aliança com dragões...

– Quem é o filho de Stoico? – Interrompeu seu Pai.

– Ele é o Soluço, não faz mal nem para uma mosca! – Brincou Argos.

– Pelo nome, difícil acreditar que ele seja uma pessoa séria, conheço essa mania dos Vikings de colocar nomes esquisitos. Dizem que espanta Trolls e Gnomos, loucura não é?

– Com certeza, mas é sua cultura, mas eu não aprovo, mas não critico nada.

– Então qual o motivo de querer criticar os dragões? Quero dizer que é cultura, nova mas é – Argos simplesmente parou de balança-la, e com um tom severo disse.

– Já chega Astrid, vá fazer outra coisas!