Shun e Albion haviam ido para a cozinha preparar os chocolates-quentes para os demais. Na sala, Ikki estava deitado no colo de Kagaho, Seiya brincava com o cabelo de Shiryu que apenas o observava e Hyoga estava sentado numa poltrona balançando a perna nervosamente.

– Eles estão demorando né? – o loiro comentou

– Não. Eles estão fazendo chocolate caliente... – Ikki gracejou

– Hahahaha! – Hyoga riu seco

– Relaxe Hyoga. Não confia no Shun? – Shiryu comentou

– Confio, no Shun eu confio. Eu não confio é naquele velho tarado.

– O senhor Albion não é velho... – Kagaho disse

– Verdade, ele até dá... – Seiya disse

– Como é? – Shiryu se afastou

– Eu tô brincando...

– Sei, cadê esses dois que não chegam com o chocolate?!

– Verdade. – o loiro se levantou e foi em direção à cozinha.

Ao chegar perto pode ouvir Shun e Albion “conversando”:

– Isso, assim mesmo... Ahhh!

– Calma aí, o melhor é aqui Shun...

– Ui, isso é bom. Faz de novo, pode ser com força.

– Ok...

– Isso! Aí mesmo, vai Albion... – não aguentando mais ouvir aquilo o loiro entrou furioso na cozinha

– Que pouca vergonha é essa aqui?!

– Hum? – Shun murmurou sentado em um dos bancos e Albion atrás de si lhe fazendo uma massagem nos ombros

– Como é que disse Hyoga? – o grego perguntou

– Er... nada. O chocolate já tá pronto?

– Já íamos levar... – o japonês respondeu se levantando

– Eu ajudo...

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Na casa de Orfeu, os adultos conversavam e discutiam sobre todo o tipo de assunto, mas logo o dono da casa mudou o rumo da conversa:

– Milo...

– Sim?

– Você sabe que há dois anos um grande inimigo foi derrotado não sabe?

– Claro... eu estava naquela guerra.

– Pois bem... soube que foi uma guerra interessante.

– Sim, foi uma guerra difícil...

– Eu não pude ajudar dessa vez, pois estava na Grécia...

– Quem sabe numa próxima.

– Sim, sim... mas não falemos de guerra, estamos aqui para celebrar essa noite.

– Um brinde a vida! – Orfeu levantou sua taça

– Um brinde. – os demais levantaram as taças

– Gente... – Camus chamou – Tá nevando.

– Verdade... – Shaka olhou pela janela – Eu não tenho muitas lembranças com a neve...

– Acho que nenhum de nós teve uma infância normal... – Saga comentou

– Realmente... pessoal, na semana que vem será meu aniversario... gostaria que vocês e seus filhos viessem a minha festa.

– Uma festa? Adoraríamos... – Afrodite foi o primeiro a responder

– Quieta o faixo sueco assanhado. – o italiano disse – iremos a sua festa...

A noite ainda se seguiu animada. Mas quando as onze horas se aproximaram eles resolveram voltar para casa para ver as “crianças”. Ao chegar em casa viram o andar de baixo vazio... Milo foi o primeiro a adentrar o lugar e logo chamou pelo filho:

– Hyoga! Filho...

– Papaiii! – o loiro desceu as escadas saltitante e puxando Shun pelo braço, Ikki, Kagaho, Seiya, Shiryu e Albion ficaram observando do andar de cima

– Oi meu filho... Tudo bem? – o grego perguntou

– Sim, sim... tenho uma coisa pra dizer...

– E o que é? – o francês que entrava em seguida perguntou

– Eu e o Shun estamos grávidos!

– Como é? – Shaka passou pelos companheiros e segurou o loiro pela gola da camiseta – Você fez um filho no meu menininho?!

– Papai... não bate nele, vai machucar a criança... – Shun pediu tímido

– Pera... – o indiano soltou o outro loiro – O Hyoga que está grávido?

– Sim... achou que era quem?

– Ninguém....

– Mas Shun meu filhinho... como você fez isso? – Mú perguntou

– Ah papai... quer mesmo que eu explique?

–... Não.

Hyoga não estava parecendo estar preocupado com Mú e Shaka, mas ao notar que Milo havia se calado temeu por sua vida e pela de Shun.

– Papai? – o loiro perguntou ao pai

–...

– Papai?

–... SEU MULEQUE! – o grego pulou em cima do filho e derrubou ambos no sofá – COMO VOCÊ FAZ ISSO HYOGA?!

– Tio Milo! – Ikki desceu as escadas sendo seguido pelos outros

– Milo, sai de cima do garoto... – Camus tentou tirar o esposo de cima do filho mas foi empurrado

– Hyoga me diz! – Nesse momento o menor tinha a gola da camiseta segurada e o corpo erguido e solto repetidas vezes – Como faz uma coisa dessas?

– Tio Milo... – Ikki puxava o loiro

– Me solta!

– Tio Milo para! – Ikki já era ajudado por Shiryu, Seiya, Kagaho e Shun – Tio Milo! Era brincadeira! Para... - Enquanto os mais novos tentavam tirá-lo de cima do outro, Albion puxava Hyoga tentando soltá-lo.

– Que brincadeira?!

– Eu apostei com o Hyoga que ele não tinha coragem de te dizer que tava grávido... – com a revelação de fênix o grego soltou o filho caindo em cima dos jovens e jogando Hyoga em cima de Albion.

Depois de todos se levantarem do chão e o mal-entendido ter sido resolvido, Afrodite pegou o filho pela orelha e levou para seu quarto. Em seguida todos foram dormir.

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No dia seguinte todos levantaram nas proximidades das nove da manhã, já haviam comido. Alguns agora estavam distribuídos pela casa, outros estavam sentados no jardim quando a campainha tocou e Seiya foi correndo atender, ao abrir uma garota de cabelos verdes e uma roupa de coro.

– Posso ajudar?

– Você pode tentar.

– Então diga...

– Gostaria de conversar com o senhor Tibria.

– Tio Milo? Ok... Entre. – Seiya saiu da frente da porta dando espaço para a garota entrar

– Com licença... – a menina entrou na casa

– Tio Milo! Tem visita! Sente-se...

– Shina. Me chamo Shina.

– Prazer... eu sou o Seiya.

– Prazer em te conhecer também.

– Quem tá me procurando aí Seiya? – Milo entrou na sala em companhia de Camus

– Hm... está maior do que me lembrava Milo...

– Como?

– Não se lembra de mim? Magoou.

– Lamento mas... – o loiro arregalou os olhos – Shina?

– Hm... se lembrou, amorzinho.

– Para de me chamar assim... eu sou um homem casado e pai de família agora.

– Milo... quem é essa? – Camus perguntou curioso

– Shina, esse é o Camus meu marido. Camus, essa é a Shina... minha ex-noiva.

– Noiva?

– Sim... ela foi minha noiva quando tinha quinze anos.

– Non acredito... – o ruivo olhou para os dois com admiração – E non casaram por...?

– Eu não queria me casar com uma mulher mais velha... desmanchei o noivado.

– Poisé, então minha família ficou de cobrar uma divida da dele.

– Mon Dieu... Non acredito.

– Poisé ruivo... já pensou se ele tivesse se casado? Nada dessa aventura teria acontecido vocês não teriam casado e seu filhinho não existiria.

– Olha Shina... Cala essa boca. O que você quer aqui?

– Nossa, que sutileza. Eu vim aqui pra te dar alguma felicidade, vou morar aqui por um tempo.

– Como é? – o casal perguntou em coro

– Isso mesmo, no momento certo vocês vão saber o porquê dessa visita.

– Enton... seja bem-vinda, Shina.

– Obrigada, Camus?

– Sim...

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Perto da escada Seiya havia ouvido a conversa toda, e correu para o quarto de Ikki onde os outros o estavam esperando.

– Gente, gente!

– O que foi Seiya? – o chinês perguntou

– Chegou uma ex-noiva do tio Milo, ela se chama Shina... e vai ficar aqui por um tempo.

– Noiva do meu pai? Como?

– Não sei, só sei que foi assim...

A conversa dos rapazes foi interrompida por alguém que batia na porta, ao abrirem era Saga procurando pelo filho.

– Estou aqui papai...

– Er... eu estou atrapalhando?

– Claro que não.

– Bem... eu queria saber se você viu os botões da minha camisa..

Com a pergunta os seis jovens paralisaram e se entreolharam fazendo Saga notar que eles sabiam de algo.

– Er... tio Saga, eu acho que o tio Kanon tá chamando... – Seiya falou

– Não, eu acho que ele não chamou... o que vocês fizeram com meu botões?

– Bem... papai... nós usamos em um boneco de neve. Esquecemos de mostrar, mas está lá fora.

– Ah é? Mostre-me.

– Claro.

O jovem saiu então dos aposentos e foi seguido pelo pai, chegando à porta da casa mostrou a ele o boneco que ele e os colegas haviam feito no dia anterior.

– Que belo boneco meu filho...

– Obrigada pai... e os botões?

– Ah... sem problema. – Saga bagunçou os cabelos do filho com a mão direita e retornou para o interior da casa.

O dia passou agitado, logo Milo apresentou Shina a todos, quando a noite caiu a garota sugeriu que eles fizessem uma fogueira no meio da floresta e contassem historias antigas, o que foi aceito por todos.

A fogueira queimava forte, todos ali estavam sentados em tocos de arvores que haviam caído durante tempestades. Olhando aquela chama que queimava tão viva, Shina pôs-se a falar:

– Sabe... antes de ser noiva do Milo, pertencia a uma família muito rica em meados aos anos mil e seiscentos. Eu tinha um pai, uma mãe e duas irmãs... éramos uma família tão feliz. Mas não sabíamos que depois daquele inverno nada seria igual.

Flash Back on:

O salão da enorme casa estava decorado, aquela noite era de infinitas celebrações, a dona da casa carregava em seu ventre um filho. Não uma menina, as quais possuía três, dessa vez ela daria a luz um menino. Todos dançavam alegremente, as três filhas do casal estavam alinhadas na ordem em que nasceram. A mais velha vestia um vestido na cor rosa, a garota possuía naquela época seus dezessete anos, o que foi aceito por todos.

A fogueira queimava forte, todos ali estavam sentados em tocos de arvores que haviam caído durante tempestades. Olhando aquela chama que queimava tao viva, Shina pôs-se a falar:

– Sabe... antes de ser noiva do Milo, pertencia a uma família muito rica em meados aos anos mil e seiscentos. Eu tinha um pai, uma mãe e duas irmas... éramos uma família tao feliz. Mas não sabíamos que depois daquele inverno nada seria igual.

Flash Back on:

O salão da enorme casa estava decorado, aquela noite era de infinitas celebrações, a dona da casa carregava em seu ventre um filho. Não uma menina, as quais possuía três, dessa vez ela daria a luz um menino. Todos dançavam alegremente, as três filhas do casal estavam alinhadas na ordem em que nasceram. A mais velha vestia um vestido na cor rosa, a garota possuía naquela época seus dezessete anos, possuía olhos verdes como esmeraldas e os cabelos roxos, depois vinha a do meio, uma garota de olhos e cabelos verdes com a pele tao branca como a neve (N/A: Culpa da Branca de Neve que quis me imitar u.u) e por fim a mais nova, uma garotinha de cabelos cor de fogo e olhos tao azuis como o céu diurno. Todos cantavam e bebiam alegremente, até que um homem estranho entrou na festa, este logo atirou no pai que nem teve chance de se defender. A mãe pegou as filhas e levou para longe, mas foi morta, Saori, a mais velha tentou a todo custo proteger as irmas, mas quando Marin deixou que a boneca caísse e tentou pega-la foi capturada. A unica coisa que ouviu foi "Eu vou pegar você irmãzinha!". Pouco tempo depois ela realmente tentou resgata-la, mas acabou nunca mais voltando, e daquele clã restou apenas Shina.

Flash Back Off.

– Isso quer dizer... - Afrodite começou a falar mas a garota o interrompeu

– Aquelas duas garotas que conheceram, eram minhas irmãs.

Continua...