– Ai, ai, aí... – Hyoga resmunga quando Shun passa um remédio sobre um corte presente em sua testa. O loiro estava sentado no sofá com os cabelos arrepiados e muita poeira no rosto.

– Meu filho, você é muito irresponsável. – Milo disse

– Eu?

– Sim. Induziu o pobre Shun a fazer esse tipo de coisa e olha no que deu.

– “Induzi”?

– Induziu, meu filho jamais faria isso por livre e espontânea vontade. – Shaka disse confiante de si

– O Shun é tão puro, tão inocente...

O grego começou a fazer uma lista de coisas boas e sensíveis que Shun era, o russo apenas olhava para o pai com uma cara de “Você não sabe de quem está falando.”

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Alguns minutos se passaram. O loiro terminara o discurso.

– Bom... Milo. – Dimitri o chamou

– Sim?

– Sinto muito por tudo de ruim que lhe fiz, espero que um dia me perdoe e... partirei agora, não nos voltaremos a ver.

– Eu... posso conversar com ele um pouco, Dimitri? – Julian perguntou ao namorado.

– Esperarei do lado de fora.

Com a saída do, agora, loiro, o mais novo olhou para o grego meio sem jeito.

– Eu... Peço que perdoe o Dimitri! – o menor abaixou a cabeça – Ele não sabia o que fazia, o tio Hades o controlou o tempo todo. Eu sei por quem me apaixonei anos atrás, posso lhe garantir que o meu Dimitri, esse Dimitri que passou pela porta agora pouco não seria capaz de machucar uma pessoa sequer. – Sem notar que os outros Jamanthy adentravam a sala o jovem prosseguiu – Sei que muitas pessoas de sua família se feriram por conta da nossa, mas você é bom, Milo. Eu sei que um dia você conseguirá encontrar um jeito de perdoar ele, de perdoar nosso clã. – o filho de Poseidon ergueu seu rosto com um sorriso esperançoso – Até lá, manteremos distancia, ajudaremos os humanos se nos meter no seu caminho.

– Milo, podemos conversar? – Kárdia disse parado atrás de Julian que se assustou

– Claro. – o escorpião respondeu prontamente

– Ah... meu jovem, pode aguardar lá fora? – Degél perguntou recebendo um aceno positivo de cabeça – Fale para Dimitri não partir.

Como lhe havia sido pedido, o jovem saiu da casa e disse ao namorado que teriam de esperar um pouco.

– O que foi pai?

– Eu e o Degél estávamos pensando... está na hora de mudarmos tudo.

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Ainda do lado de fora, Dimitri e Julian esperavam que os Jamanthy os chamassem. O loiro estava impaciente com a demora de dez minutos e andava de um lado para o outro.

– Eles não te disseram pra que querem que esperemos?

– Pela milésima vez: Não.

– Eles estão demorando de mais.

– Tenha paciência.

Com alguns segundos de silencio por parte do casal, Kárdia saiu do lugar logo seguido pelo filho, esposo e genro.

– Perdoem-nos pela demora. – o aquariano mais velho disse

– Tudo bem, mas o que tem a nos falar?

– Bom... todos discutimos e chegamos a uma conclusão. – disse Milo

– E o que é?

– Queremos que vocês dois façam parte do nosso clã. – O escorpiano mais velho disse fazendo os dois jovens se encararem por um minuto.

– Nós estamos aptos a lhes acolher como membros da família assim como fizemos com Minos e Radamanthys. – o ruivo disse

– Vocês tem certeza do que estão dizendo? Seu clã quase foi dizimado por conta da minha maldade, muitos de vocês sofreram nessa guerra muitos morreram. – o filho de Hades disse com o remorso aparente em sua voz

– Isso é coisa do passado, além do mais você não teve culpa de nada, estava sendo controlado, não sabia o que estava fazendo. – o pai de Camus disse

– Talvez eu soubesse sim...

– Isso não importa agora. – Kárdia disse grosseiramente – O que queremos saber é se vai ou não aceitar nosso pedido e se tornará um membro dessa família.

– Bem... eu acho que eu posso tentar.

– Poderemos. – Julian lhe colocou a mão sobre o ombro

Os quatro mais velhos abriram sorrisos acolhedores, os jovens retornaram para o interior da residência e foram buscar pelos quartos que mais os agradassem. Algumas horas se seguiram e alguém bateu a porta do casarão.

– Quem será? – Milo levantou-se do sofá e caminhou a passos rápidos até a porta, ao abri-la deu de cara com o carteiro – Posso ajudá-lo?

– Tenho uma correspondência para o senhor... Milo Tibria. – o homem olhou o envelope para verificar o nome

– Sou eu.

– Isso é para o senhor. – o homem lhe entregou um envelope branco celado com um adesivo dourado

– Agradeço.

– O que é isso, Milo? – perguntou Camus

– É do Orfeu.

– Ele está com algum problema?

– Verei isso agora... – o grego rapidamente rompeu o lacre e retirou o bilhete lendo-o serio abrindo um sorriso em seguida

– O que foi?

– Eles vão casar. – o loiro virou o convite para o marido onde um bilhete claramente feito a mão ditava:

A todos os nossos amigos, familiares e companheiros de guerra enviamos esse humilde convite os chamando para a nossa união oficial que ocorrera daqui duas noites, pedimos-lhes encarecidamente que venham pois sua presença será de extrema importância para nós dois. Agradecemos antecipadamente....

Albion&Orfeu

– Quem vai casar? – Hyoga desceu as escadas como sempre, correndo.

– O Albion e o Orfeu.

– Até que enfim aquele velho safado vai casar e para de azarar o Shun.

– Pare de dizer bobagens Hyoga. – o garoto de cabelos verdes desceu as escadas calmamente

– Mas ele te azarava sim.

– Coisa da sua cabeça.

– Volta aqui! – a voz de Ikki foi ouvida no andar de cima

– Sai do pé chulé! – veio em seguida a voz de Seiya

No andar de cima, o sagitariano estava atrás do namorado enquanto Kagaho segurava o amado.

– Calma amor.

– Ka... não dá.

– Por quê? O que ele pegou de tão importante?

– Eu não posso lhe contar.

– Desde quando temos segredos?

– Não é isso mor, é que...

– Tá. Fica aí procurando seja lá o que for. – o moreno soltou o leonino que involuntariamente caiu para frente

– Kagaho... – fênix olhou para Seiya mortalmente e começou a seguir o namorado

– Me deixa. – o mais velho desceu as escadas correndo

– Filhote, quer algo pra... – Saga não teve tempo de concluir sua frase e o filho o puxou pelo braço para o lado de fora – Hey, calma aí.

– Vamos dar uma volta papai? Obrigado...

– Mas...

– Quer ir logo? Está bem. – o jovem o puxou mais rápido e logo ambos sumiram do campo de vista de todos

– O que você fez dessa vez? – Afrodite surgiu sentado sobre o corrimão da escada

– Eu não fiz nada. – Ikki encarou o pai com um bico

– E por que seu namorado está bravo? – Matteo apareceu ao lado do marido, porém em pé sobre um degrau.

– É tudo culpa do Seiya!

– Reformulando... o que o Seiya fez? – o pisciano perguntou

– Ele pegou e perdeu uma coisa muito importante.

– Que coisa?- os pais perguntaram em coro

– Uma coisa que não posso dizer, aí o Ka ficou bravo e achando que eu ia ter segredos com ele agora...

– Se nos disser o que sumiu podemos dizer se vimos. – o italiano disse

O menor se aproximou dos pais e sussurrou algo em seus ouvidos, o sueco ao ouvir o que o filho dizia arregalou os olhos e se não fosse por seu marido teria caído do corrimão.

– Está certo disso? – o canceriano encarava o filho sério

– O oráculo nunca se engana meu pai.

– Eu tô... pasmo.

– Dite, controle-se.

– Eu sei que preciso manter a calma, mas...

– “Mas” nada, vamos falar com o destrambelhado do Seiya e ver se ele lembra de onde colocou isso.

– Eu vou atrás do Kagaho.

– Faça isso... – os mais velhos começaram a subir as escadas enquanto o filho ia em direção à porta

– O que tem os jovens de hoje em dia...? – Afrodite bufou

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– Hey, onde estamos indo? – Saga perguntava ao filho sem obter uma resposta – Kagaho!

– Fala. – o jovem parou por um momento e encarou o pai

– Onde estamos indo?

– Papai, você e o meu pai tem segredos um com o outro?

– Claro que não.

– Vocês confiam um no outro, certo?

– Claro, a gente se ama... mas por que isso agora?

– Acho que o Ikki não confia mais em mim.

– Ora essa... claro que confia meu filho, ele te ama.

– Mas de uns tempos pra cá ele tem me escondido as coisas...

– Isso é só impressão sua.

– Não, eu tenho certeza de que não é.

– Mesmo assim... desde quando se importa com isso meu filho?

– Eu não sei papai...

– Você parece abatido, tem algo que lhe incomoda, além disso?

– Claro que não meu pai.

– Eu sei quando mente.

– É só que...

– Que...?

– Eu tenho me sentido muito estressado ultimamente.

– E por que motivo?

– Isso é o que me estressa mais, não sei o motivo do estresse...

– Kagaho... você já não pensou que isso pode ser uma...

– Kagaho! Saga! – Ikki se aproximava correndo dos pai e filho acompanhado por Kanon

– Vamos pai... – o moreno tentou puxar o pai para seguirem adiante, mas o geminiano o segurou firme – O que foi?

– Vocês tem que conversar... – o gêmeo mais velho olhou para o genro sorrindo, lendo seus pensamentos

– Ele não quer conversar.

– Ah... ele quer muito conversar.

– Por que tá fazendo isso pai?

– Eu quero seu bem.

– Mas...

– Ainda bem que achamos vocês. – Ikki abraçou o namorado com certa força

– Eu já vou indo, deixaremos que vocês conversem. – o gêmeo mais velho puxou o marido

– Fiquem aí o tempo que precisarem.

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(N/A: Pessoas essa vai ser uma parte sem fala alguma... como se fosse um avanço no tempo com a reprodução de imagens. Aconselho ouvirem essa musica -> www.youtube.com/watch?v=iAP9AF6DCu4)

A noite já se fazia presente, todos os Jamanthy estavam sentados de forma irregular pela grama verde observando o céu cheio de estrelas. Kagaho estava entre as pernas de Ikki, de costas para o mesmo. O leonino passeava com a mão pela barriga do amado e suas mãos estavam entrelaçadas.

Hyoga brincava com os fios esmeralda de Shun, no dedo do menor estava um anel dourado com uma safira no topo. Os pais dos mesmos os olhavam felizes, logo seus bebês estariam juntos.

Seiya estava sentado no colo do namorado de frente para o mesmo, mexendo incansavelmente em sua franja. O chinês pediu então que ele pegasse algo que se encontrava em seu quarto, o sagitariano prontamente fez o que lhe foi pedido, ao olha sobre a cama notou uma pequena caixinha vermelha, a encarou por alguns segundos e então sentiu-se ser abraçado por trás e ouvir o namorado sussurrar um “Casa comigo?

O casal retornou ao quintal, Shura logo notou a presença do anel no dedo de seu primogênito e levantou-se para abraçá-lo.

Com a rápida passagem do tempo, o casamento de Albion e Orfeu aconteceu, o tema da festa era um azul bem claro, o casamento foi um tanto incomum, afinal os noivos desceram pelo teto sobre o altar. A festa era animada, depois de tudo, Orfeu e Milo resolveram unificar seus clãs tornando-os um só.

Os meses corriam, o casamento de Shun e Hyoga foi o primeiro a acontecer, uma festa tranquila e romântica explorando as cores rosa e azul-marinho, o bolo era dividido em quatro andares e o casal repartia o primeiro pedaço.

Logo em seguida veio o casamento de Seiya e Shiryu, uma bela festa com as cores tema vermelho e branco, os dois rapazes abriam uma champanhe e jogavam em seus familiares que riam e molhavam também o casal.

Alguns poucos dias se passaram, no fim da tarde foi a vez de Kagaho e Ikki se unirem oficialmente. Sua festa fora feita em cima de cores mais quentes e alegres como laranja e branco, quando a cerimônia se encerrou já era noite e no salão de festa havia um globo de luz, sob qual os convidados dançaram bastante.

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Ao longo dos meses, as barrigas de Shun, Seiya e Kagaho foram crescendo, ambos viraram belas mulheres. Sem tardar muito nasceram os gêmeos de Shun, dois garotos saudáveis, um possuía os cabelos e os olhos verdes do cavaleiro de Andrômeda, o outro, possuía cabelos cor de fogo e os olhos azuis de Hyoga.

O filho de Ikki foi o segundo a nascer, houve uma complicação no parto onde o esposo quase perdeu a vida, mas ele conseguiu contornar essa dificuldade. Dessa união nasceu um bebê de cabelos azuis como os dos pais e olhos castanhos avermelhados.

Por ultimo veio o filho de Seiya e Shiryu, um neném com os cabelos um pouco mais avermelhados que seu avô Dohko e tinha os olhos castanhos com um brilho infantil como os de Seiya.

Os quatro garotos se desenvolviam rápido, logo já estavam correndo por todos os lugares e mexendo em todas as coisas que viam pela frente.

Continua...