Capítulo 14

– Lá, lá, lá... – Hyoga estava sentado em sua cama polindo uma faca aparentemente de prata

– Filhote... – Camus entrou no quarto do filho

– Oi?

– Podemos conversar?

– Claro.

– Você sabe que isso é perigoso, certo?

– Não vai me fazer mudar de ideia sobre essa luta pai.

– Eu nem tentaria, sei que é tão cabeça-dura como eu. – o loiro apenas riu – Mas quero que fique preparado, se nós perdermos... você perde o Shun para sempre.

– Pai, perder não é uma opção.

– Mas é uma possibilidade.

– Uma possibilidade sem importância, minha vontade é vencer. Eu irei vencer.

– Está certo. Eu, você, Milo... ficaremos juntos ok?

– Eu nunca imaginei que fosse te ouvir dizer isso...

– Eu te amo seu Mané. – o ruivo bagunçou os cabelos do filho e saiu, o loiro ficou olhando para a porta com um sorriso bobo nos lábios.

Eternidade...

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– É meu amor... talvez essa seja a ultima vez. – Shaka colocou uma adaga na lateral de sua bota

– Sha, nunca será a ultima vez.

– Talvez um dia chegue.

– Talvez não.

– Então... respeitaremos nossos votos de casamento?

– Ainda duvida?

– Não.

– Não se atreva a morrer sem mim.

– Eu morreria contigo, mas prefiro ficar vivo ao seu lado e ao do nosso filho.

– Eu queria... – o tibetano cochichou no ouvido do marido

– Seu tibetano pervertido!

– Aprendi contigo.

– Eu sou um santo. (N/A: tremenda ironia eu dizer isso, eu não, ele. XD)

– Sua mascara já caiu.

– Pode até ser...

– Shaka quero que me faça uma promessa.

– Qual?

– Se um de nós morrer, o outro continua vivo pra resgatar nosso filho.

– Eu não irei te prometer nada.

– Como assim? – o mais novo se assustou

– Eu não vou prometer pois se prometesse estaria aberta a possibilidade de um de nós morrer.

– Mas ainda é possível que isso aconteça.

– Só se você deixar, enquanto teimar em viver nenhum gigante te derruba.

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Prostrada a frente de uma imagem de Atena, Shina rezava com os olhos cerrados.

Santa Atena me dê sabedoria, força e coragem. Que hoje se cumpra meu destino, me permita viver ou me leve de uma vez para junto das minhas irmãs nesse imenso cosmo. Peço também a Zeus e Poseidon que guardem e iluminem esses homens que são tão bons e não se cansam de ajudar as pessoas, estando elas do seu lado ou contra eles.

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– Eu tenho que ir! Eu quero ir lutar!

– Dohko, eu e você ficaremos.

– Por quê?

– Porque somos os únicos que podem proteger esse lugar, somos os únicos capazes de erguer a barreira que protegerá os humanos. Essa é a missão de nossas vidas.

– Tem razão, isso é mais importante.

– Bem mais do que apenas bater em alguns cachorros grandinhos.

– Tudo bem, me convenceu. Vamos começar logo, a batalha está prestes a começar.

– Está certo, vamos.

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– Kanon, eu te amo.

– Eu também te amo, Sa.

– Não se atreva a me deixar novamente.

– Eu nunca faria isso. Mas só quero te avisar uma coisa.

– E o que é?

– Se... – o gêmeo mais novo deu um selinho no irmão – Você se atrever a morrer. – este aproximou os lábios do ouvido do mais velho e disse – Eu vou te achar no inferno, e te mato.

– Você é uma gracinha, Kan.

– Eu não estava brincando. – o loiro saiu do quarto deixando Saga só

– Como é?

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– O fim se aproxima.

– O fim de quem? O nosso ou dos Jamanthy?

– Claro que o dos Jamanthy, eu nunca serei derrotado por aqueles impuros.

– Mas pai, nunca os subestime.

– Quer me dar conselhos agora, Dimitri?

– Não senhor.

– Então cale-se e prepare Shun.

– Como assim?

– Ele irá para a guerra também.

– Impossível!

– E por quê?!

– Ele não vai se aproximar deles.

– Tem a intenção de me desobedecer?

– E se tiver?

– Acho que alguém te deu as pílulas da confiança hoje, não?

– Eu só não quero que o meu Shun se machuque.

– “Seu”? O Shun me pertence.

– Eu não pertenço a nenhum dos dois. – a voz calma de Shun ecoou pelo lugar – E sim, eu irei para a batalha, não perderia isso por nada.

– Como? Mas Shun... – Dimitri começou a falar, mas o mais novo lhe estendeu a mão num sinal de “pare” e o garoto se calou

– Nada vai me fazer mudar de ideia.

– Então que assim seja. – Hades disse com um ar vitorioso

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– Aldebaran, precisamos ir ajudar os outros. – Shura disse

– Mas preciso ficar e cuidar de Maria.

– O perigo já se foi, ela está segura.

– Eu não sei... ela é a única pessoa que me liga aos meus tempos de humano, se ela morre...

– Ela não morrerá! – Aiolos interrompeu.

– Como sabe? - o brasileiro perguntou

– Simples. Dohko e Shion estão nesse instante se sacrificando para proteger os humanos dessas criaturas.

– Eles... vão morrer?

– Claro que não! Mas isso lhes levará muita energia.

– Aldebaran, venha.

– Maria... – o brasileiro não sabia se agora defenderia suas lembranças ou aquilo que agora o cercava. “Não serei egoísta, ficar para defender apenas minhas lembranças seria muita covardia.” – Eu irei com vocês, irei lutar ao lado de vocês mais essa guerra e todas que estiverem por vir.

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– Precisamos desse rapaz. – Afrodite insistiu

– Não irão com ele a lugar algum. – o moreno retrucou

– Nós o levaremos, nem que seja a força. – Matteo ameaçou

– Eu, Aiacos, nunca permitiria.

– Então cai dentro.

– Quanta petulância! Cale-se e retire-se já daqui.

– Eu não irei a lugar algum. Nem eles. – o italiano disse firme.

– Pois bem, que ocorra como você deseja.

O moreno acertou um soco na face do italiano que bateu em Afrodite e os dois se chocaram contra uma pilastra que havia ali.

– Você não devia ter feito isso... – Manchas alaranjadas começaram a aparecer pelo corpo de Ikki – Vai pagar caro por, muito caro.

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Os Jamanthy rapidamente se dirigiam para a mansão dos Leubrary, mas no meio do caminho pararam.

– Ouçam... – Orfeu os fez parar

– Eu também ouvi. – Mime disse

– Ouviram o que? – Milo perguntou confuso

– Uma harpa. – disseram os dois

– Vejo que dois de vocês tem ouvidos refinados. – uma voz grave ecoou no lugar onde estavam, em seguida apareceu um homem de cabelos lisos, curtos e negros – Eu sou Faraó, a musica que toco, a macha fúnebre de vocês.

Em seguida todos os guerreiros de Hades surgiram, inclusive Shun.

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– É agora. A guerra vai começar Shion... – o chinês segurou a mão do marido com força

– Que Atena nos ilumine.

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– Atacar! – foi a única palavra ouvida antes de todos aqueles homens começarem a se transformar em terríveis criaturas que andavam sobre as patas traseiras.

– Te amo. – Milo sussurrou ao marido e começou a combater, assim como fez o ruivo

Idecstri Barreral!

As palavras de Dohko e Shion puderam ser ouvidas do campo de batalha, em seguida uma luz muito forte começou a se espalhar, saindo da fortaleza dos Jamanthy.

Continua...