Para Sempre Ao Seu Lado
Capítulo 11
– Você non vai sozinho! – Camus gritava correndo atrás do filho que descia as escadas
– Eu preciso ir, ele precisa de mim pai. O Shun precisa de ajuda.
– Eu não deixarei que vá sozinho, é suicídio. Além do mais nem sabemos quantos deles voltaram à vida!
– Pai, faça o que quiser... só não me impeça de ir salvar o Shun.
– Eu não vou impedir, mas não deixarei que vá só.
– Como assim?
– Vamos ali no seu quarto.
– Tá bom.
O loiro foi com o francês até seu quarto, lá seu pai pediu que ele se sentasse e foi logo obedecido.
– O que foi?
– Não chamaremos atenção ou preocuparemos os outros. Quando anoitecer eu vou dizer pro seu pai que sairemos os dois...
– Acha mesmo que meu pai acreditaria?
– Poisé, acha mesmo que eu acreditaria? – os aquarianos se assustaram e ao olhar para cima virão Milo de ponta-cabeça no teto
– Mi-mi-mi...
– Eu faço isso por você... – Kárdia apareceu atrás do filho – Milo?!
– Filho que coisa feia... – Degel apareceu sentado na cadeira da escrivaninha de Hyoga – Você ia partir em missão sem mim?
– Mas o que fazem aqui? – o ruivo perguntou
– Não se pode ter mais um pingo de privacidade nessa casa? – o russo perguntou indignado
– Isso não vem ao caso. – o escorpiano mais velho respondeu
– Quer dizer que vocês iam fazer algo sem nós? – Milo puxou as orelhas do filho e do marido – E nem iam contar pro Mú e pro Shaka? Eles estão preocupados sabia?!
– Se nós sairmos contando a todos isso vai se tornar uma guerra. – Camus falou calmo enquanto Hyoga tentava soltar sua orelha
– Se vocês saíssem sem que ninguém soubesse se tornaria um suicídio. – o aquariano mais velho retrucou
– Nós não pretendíamos lutar, apenas resgatar meu genro.
– Vocês vão contar pra todo mundo agora. – o grego soltou suas orelhas e disse autoritário – Somos uma família, e família fica unida.
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Todos estavam reunidos na sala de estar, os Tibria contaram o plano dos aquarianos a todos, de inicio ficaram perplexos, mas em seguida resolveram, um a um, que também iriam. Como Milo havia dito, eles eram uma família e uma família sempre permanece unida não importa a ocasião.
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– Shun? – Dimitri chamou pelo mais novo
– Sim?
– Algum problema?
– Não.
– Certeza?
– Não.
– Então me diga o que houve.
– Eu sinto uma inquietação na fortaleza dos Jamanthy.
– O que quer dizer com isso?
– Eles estão inquietos.
– Essa parte eu entendi.
– Então pra que me pergunta?
– Nada.
– Eu quero sair.
– Pra onde?
– Preciso ver o Hyoga.
– Pra que?!
– Eu tenho que resolver uns assuntos com ele.
– Hum...
– Me deixa ir?
– Tudo por você meu amor.
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– Então assim o faremos. – Degél terminou de falar
– Parece um bom plano. – Shura comentou
– É um bom plano. – Afrodite corrigiu
Enquanto todos conversavam, Hyoga conseguia ouvir a voz de Shun. Ela ecoava em sua cabeça dizendo “Estou aqui fora, vem me ver Oga...” o russo sacudiu a cabeça, mas em seguida olhou para a janela e localizou o amado, seu coração falhou uma batida. Sem que ninguém notasse, o loiro se afastou do grupo e se dirigiu até a saída do local.
– Oi... – o virginiano o cumprimentou na entrada do bosque
– Shun... como você fugiu? Você está bem?
– Estou muito bem. E quem foi que lhe disse que eu fugi?
– Como? Não entendo...
– Eu não fugi, Dimitri apenas deixou que eu saísse para resolver-me contigo.
– Shun...
– Escuta bem o que vou dizer, eu não te amo, nunca amei. Quero que esqueça da minha existência.
– Do que você está falando? Shun! A gente se ama!
– Amava. Agora eu estou amando outro.
– Outro?! Me diga quem! – o loiro gritou chamando atenção dos outros que estavam do lado de dentro
– Eu amo o Dimitri. Somente a ele. – os olhos de Shun ficaram negros, seus cabelos ruivos.
– Você não pode estar falando serio.
– Nunca falei tão sério em toda minha existência.
– Shun! – Mú chegou correndo seguido por Shaka, o tibetano ia correr até o filho, mas o jovem estendeu a mão num sinal de “pare!”
– Eu quero que me esqueçam.
– O que foi meu filho? Você está bem? – Shaka perguntou preocupado
– Eu não sou mais filho de vocês.
– Não! Não! Você é meu filho! Shun! – Mú sacudia o menor
– Te dou exatos cinco segundos para tirar a mão do meu noivo. – Dimitri surgiu da sombra do menor
– O que?! – os três disseram em coro
– Sim, ele está dizendo a verdade. Dimitri é quem eu amo. – Shun interrompeu o dialogo – Em três dias nos uniremos de verdade.
– Você... Ele...? Vocês vão se casar?
– Sim, daqui em diante, quando a lua surgir pela terceira vez, nos uniremos de corpo e alma. – o moreno respondeu
– Maldito... – Hyoga disse com o rosto baixo em um tom de sussurro – Maldito! – o loiro gritou em fúria e correu até o filho de Hades com a intenção de lhe acertar um soco
– Não faça isso! – Shun se colocou a frente do “noivo”.
Hyoga parou seu golpe no ultimo segundo, ficou a ponto de acertar o amado, mas por ter se contigo seu punho se cortou por conta da velocidade e gotas do sangue do russo sujaram o chão perto dos pés do menor.
– Nunca deveria ter feito isso... – Dimitri empurrou Andrômeda delicadamente e acertou o loiro em cheio o jogando sobre Shaka e Mú
– Hyoga... – Shun disse, todos puderam notar um distante tom de preocupação
– Shun... – o loiro tentou se levantar, mas o filho de Hades usou seu golpe mais uma vez, antes de apagar por completo ele viu seus companheiros surgirem, e ouviu ao longe a voz de seu pai lhe chamando
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Dimitri e Shun apareceram no centro do salão do castelo dos lobisomens.
– O que você tem na cabeça?! – Hades segurou o filho pela gola da camiseta e o levantou, tirando seus pés do chão
– Solte-me.
– Você é meu filho, mas eu lhe juro que se me fizer perder o Shun... acabo com sua vida.
– Hades... – a voz de Shun lhes chamou atenção – Solte o Dimitri agora.
– Como é?
– Solte-o agora, não me faça repetir. E só lhe digo uma coisa: Ele não vai te fazer me perder, afinal nunca fui seu.
O mais velho fez uma cara feia para o menor, hesitante largou o filho e desapareceu por entre uma das varias portas que haviam por ali.
Continua...
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