– Você non vai sozinho! – Camus gritava correndo atrás do filho que descia as escadas

– Eu preciso ir, ele precisa de mim pai. O Shun precisa de ajuda.

– Eu não deixarei que vá sozinho, é suicídio. Além do mais nem sabemos quantos deles voltaram à vida!

– Pai, faça o que quiser... só não me impeça de ir salvar o Shun.

– Eu não vou impedir, mas não deixarei que vá só.

– Como assim?

– Vamos ali no seu quarto.

– Tá bom.

O loiro foi com o francês até seu quarto, lá seu pai pediu que ele se sentasse e foi logo obedecido.

– O que foi?

– Não chamaremos atenção ou preocuparemos os outros. Quando anoitecer eu vou dizer pro seu pai que sairemos os dois...

– Acha mesmo que meu pai acreditaria?

– Poisé, acha mesmo que eu acreditaria? – os aquarianos se assustaram e ao olhar para cima virão Milo de ponta-cabeça no teto

– Mi-mi-mi...

– Eu faço isso por você... – Kárdia apareceu atrás do filho – Milo?!

– Filho que coisa feia... – Degel apareceu sentado na cadeira da escrivaninha de Hyoga – Você ia partir em missão sem mim?

– Mas o que fazem aqui? – o ruivo perguntou

– Não se pode ter mais um pingo de privacidade nessa casa? – o russo perguntou indignado

– Isso não vem ao caso. – o escorpiano mais velho respondeu

– Quer dizer que vocês iam fazer algo sem nós? – Milo puxou as orelhas do filho e do marido – E nem iam contar pro Mú e pro Shaka? Eles estão preocupados sabia?!

– Se nós sairmos contando a todos isso vai se tornar uma guerra. – Camus falou calmo enquanto Hyoga tentava soltar sua orelha

– Se vocês saíssem sem que ninguém soubesse se tornaria um suicídio. – o aquariano mais velho retrucou

– Nós não pretendíamos lutar, apenas resgatar meu genro.

– Vocês vão contar pra todo mundo agora. – o grego soltou suas orelhas e disse autoritário – Somos uma família, e família fica unida.

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Todos estavam reunidos na sala de estar, os Tibria contaram o plano dos aquarianos a todos, de inicio ficaram perplexos, mas em seguida resolveram, um a um, que também iriam. Como Milo havia dito, eles eram uma família e uma família sempre permanece unida não importa a ocasião.

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– Shun? – Dimitri chamou pelo mais novo

– Sim?

– Algum problema?

– Não.

– Certeza?

– Não.

– Então me diga o que houve.

– Eu sinto uma inquietação na fortaleza dos Jamanthy.

– O que quer dizer com isso?

– Eles estão inquietos.

– Essa parte eu entendi.

– Então pra que me pergunta?

– Nada.

– Eu quero sair.

– Pra onde?

– Preciso ver o Hyoga.

– Pra que?!

– Eu tenho que resolver uns assuntos com ele.

– Hum...

– Me deixa ir?

– Tudo por você meu amor.

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– Então assim o faremos. – Degél terminou de falar

– Parece um bom plano. – Shura comentou

– É um bom plano. – Afrodite corrigiu

Enquanto todos conversavam, Hyoga conseguia ouvir a voz de Shun. Ela ecoava em sua cabeça dizendo “Estou aqui fora, vem me ver Oga...” o russo sacudiu a cabeça, mas em seguida olhou para a janela e localizou o amado, seu coração falhou uma batida. Sem que ninguém notasse, o loiro se afastou do grupo e se dirigiu até a saída do local.

– Oi... – o virginiano o cumprimentou na entrada do bosque

– Shun... como você fugiu? Você está bem?

– Estou muito bem. E quem foi que lhe disse que eu fugi?

– Como? Não entendo...

– Eu não fugi, Dimitri apenas deixou que eu saísse para resolver-me contigo.

– Shun...

– Escuta bem o que vou dizer, eu não te amo, nunca amei. Quero que esqueça da minha existência.

– Do que você está falando? Shun! A gente se ama!

– Amava. Agora eu estou amando outro.

– Outro?! Me diga quem! – o loiro gritou chamando atenção dos outros que estavam do lado de dentro

– Eu amo o Dimitri. Somente a ele. – os olhos de Shun ficaram negros, seus cabelos ruivos.

– Você não pode estar falando serio.

– Nunca falei tão sério em toda minha existência.

– Shun! – Mú chegou correndo seguido por Shaka, o tibetano ia correr até o filho, mas o jovem estendeu a mão num sinal de “pare!”

– Eu quero que me esqueçam.

– O que foi meu filho? Você está bem? – Shaka perguntou preocupado

– Eu não sou mais filho de vocês.

– Não! Não! Você é meu filho! Shun! – Mú sacudia o menor

– Te dou exatos cinco segundos para tirar a mão do meu noivo. – Dimitri surgiu da sombra do menor

– O que?! – os três disseram em coro

– Sim, ele está dizendo a verdade. Dimitri é quem eu amo. – Shun interrompeu o dialogo – Em três dias nos uniremos de verdade.

– Você... Ele...? Vocês vão se casar?

– Sim, daqui em diante, quando a lua surgir pela terceira vez, nos uniremos de corpo e alma. – o moreno respondeu

– Maldito... – Hyoga disse com o rosto baixo em um tom de sussurro – Maldito! – o loiro gritou em fúria e correu até o filho de Hades com a intenção de lhe acertar um soco

– Não faça isso! – Shun se colocou a frente do “noivo”.

Hyoga parou seu golpe no ultimo segundo, ficou a ponto de acertar o amado, mas por ter se contigo seu punho se cortou por conta da velocidade e gotas do sangue do russo sujaram o chão perto dos pés do menor.

– Nunca deveria ter feito isso... – Dimitri empurrou Andrômeda delicadamente e acertou o loiro em cheio o jogando sobre Shaka e Mú

– Hyoga... – Shun disse, todos puderam notar um distante tom de preocupação

– Shun... – o loiro tentou se levantar, mas o filho de Hades usou seu golpe mais uma vez, antes de apagar por completo ele viu seus companheiros surgirem, e ouviu ao longe a voz de seu pai lhe chamando

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Dimitri e Shun apareceram no centro do salão do castelo dos lobisomens.

– O que você tem na cabeça?! – Hades segurou o filho pela gola da camiseta e o levantou, tirando seus pés do chão

– Solte-me.

– Você é meu filho, mas eu lhe juro que se me fizer perder o Shun... acabo com sua vida.

– Hades... – a voz de Shun lhes chamou atenção – Solte o Dimitri agora.

– Como é?

– Solte-o agora, não me faça repetir. E só lhe digo uma coisa: Ele não vai te fazer me perder, afinal nunca fui seu.

O mais velho fez uma cara feia para o menor, hesitante largou o filho e desapareceu por entre uma das varias portas que haviam por ali.

Continua...