- Você sabe que sempre faço o que você pede. – sorriu Baju, encostando-se à parede do banheiro. - Você é foda.

- Eu sou foda? Foda vai ser o que farei com você.

Podemos dizer que... Zacky não era tão “tímido” e “calado” quando estava na presença de uma mulher, ainda mais Baju, sua namoradinha de infância. Com ela, o que já havia se repetido muitas outras vezes, era algo misto, incluindo desejo e sentimento.

Diferente dos outros dois, que transavam sem saber realmente o que faziam, Zacky sabia porque fazia aquilo. Baju fora embora, terminando o relacionamento de ambos, aos 15 anos. Depois, reencontrou-a algumas vezes nas boates do mundo, aproveitando cada ocasião para matar saudades da antiga companheira.

- Como... você... está? – perguntou, passando as mãos por debaixo da camisa do rapaz. Ele riu, dando uma mordida em seus lábios.

- Melhor agora. Quando você vai embora?

- Amanhã ou depois... vim apenas visitar a Lilith... ela é prima da Cammys. – murmurou, puxando-o pelo cabelo. – Mas não quero falar disso agora. Quero relembrar os velhos tempos...

Baju empurrou Zacky, aos poucos, para dentro da banheira. Ela estava cheia. Entraram, ainda com roupa, e continuaram os beijos, como se o mundo fosse acabar.

Era a chance de aproveitar o último encontro.

(...)

- Você continua o mesmo. – murmurou Baju, apertando-o contra o corpo. Sentava em seu colo, fazendo movimentos cada vez mais rápidos.

- Acha mesmo?

- O mesmo gordinho tímido de sempre... – riu, mordendo-lhe a orelha.

Ambos riram. Talvez estivessem curtindo o momento invés da transa, diferente daqueles dois ninfomaníacos, caídos não quarto e na piscina.

Continuaram até que os dois, em um mesmo tempo, atingissem o seu ápice. Mas, ao invés de pararem, ao contrário. Ficaram por horas aos beijos, conversando sobre a vida, sobre eles, sobre o mundo.

Queriam que aquele momento durasse para sempre. Mas, o sempre, um dia acaba.