Num mundo onde a população vive as cegas sem saber o que as rodeia, eles foram criados. Grande poder caiu nas mãos erradas e agora um mal iminente promete acabar com a raça humana. Numa sala de reuniões com um dos maiores líderes mundiais juntos para discutir o futuro do mundo:

—Isso é ridículo ! Nunca irá da certo ! São só adolescentes !_Comentou um dos homens na tela ao canto.

—É nossa ultima escolha... ainda temos tempo... porém temos que agir imediatamente !_Disse com um tom mais firme o homem ao centro daquela conferência.

—Eu acredito na ideia de Fury !_A única mulher presente falou.

—Eu também !_Logo um coro de pessoas concordaram.

—Certo... mas se algo der errado... serão tomadas severas consequências Nick Fury !_O primeiro a negar disse antes de desligar a transmissão sendo seguido por todo o resto.

(...)

—Bucky me espere !_Gritou o frágil Steve Rogers.

Seu corpo magro, quase esquelético se esforçava para alcançar o amigo. Era bem mais baixo que os demais. Bem pálido, parecia doente. Os cabelos loiros sempre arrumados pela madre daquele orfanato. Os olhos azuis guardavam esperança de um mundo melhor, onde ninguém mais iria sofrer.

Diferente de Steve, Bucky Barnes tinha se desenvolvido bastante para um garoto de 13 anos. Os cabelos igualmente arrumados ao de Steve. Os olhos tinham um tom azul esverdeado. Era alto, o que ajudava para assustar os outros que queriam judiar do seu melhor amigo.

Ao chegar no topo da pequena colina estendeu os braços admirando aquele lindo dia. Steve chegou logo depois ofegante com as mãos nos joelhos. Limpou o suor que caia sobre os olhos. Aproximou mais do amigo vendo o quanto era menor do que Bucky:

—Por que você sempre faz isso ??

—Você que é muito lento Steve..._Disse sorrindo._Um dia, quando sairmos daqui vamos ser heróis não é ??

—É..._Disse num tom de incerteza.

—O que foi Steve ?? Esse é nosso sonho não é ??

—Quem vai querer um garoto tão magrelo e fraco como eu ??

—Ei..._Empurrou o ombro do amigo._Deixa de ser idiota... é nosso sonho, vamos ser para sempre melhores amigos e um dia nos tornaremos forte para acabar com todo mal do mundo !

—Você tem certeza ??

—Claro que tenho... e vamos ter muita comida, muitos doces e vamos ter muitas garotas !_Steve revirou os olhos.

—Estou mais interessado no bem dos outros sabe ??

—Quando nos tornamos heróis você pode perde seu BV Steve ..._Disse alegre fazendo o loiro corar.

—Cala boca Bucky ... eu nem gosto de ninguém ta ??_Emburrou cruzando os braços.

—Sei... vamos voltar antes que a Madre nos mate !_Disse voltando correndo.

—Não corra tanto !_Tentou, inutilmente, alcançar o amigo.

(...)

—Não temos mais nada o que fazer... me desculpa !_Logo um soluço vindo da senhora Stark foi ouvido.

—Faça algo doutor !_Levantou o senhor Stark já estressado com enormes bolsas debaixo dos olhos._Eu tenho dinheiro posso pagar !

—Não é questão de dinheiro ! É impossível , já tentamos de tudo..._O choro da mulher aumentou.

—Tem que haver algo !_Ao ver o desespero dos pais suspirou.

—Há algo... porém é muito arriscado, não reconhecido pela medicina ,seria a criação de um coração artificial.

—Faça !

—Mas senhores...

—Eu disse faça !_Disse o homem agora sério._Eu pago qualquer coisa...

—Certo... acho que vão querer explicar para ele as coisas não é ??

O senhor Stark concordou pegando sua mulher e se dirigindo pelos corredores daquele luxuoso hospital. Logo numa ala não frequentada, os dois adentraram. O quarto 436 era totalmente branco. Uma televisão passava um desenho animado qualquer. O quarto tinha todos os brinquedos que qualquer criança poderia querer. Na cama do hospital um garoto entre 13 e 14 anos tinha aparência cansada. Seus olhos castanhos quase sem vida. Pálido. Era de dar um aperto no coração. A mão fraca esticou em direção dos pais:

—M-mãe..._Disse num suspiro.

—Filho..._Correu até ele com lágrimas nos olhos._Tudo vai ficar bem... temos uma ultima chance !

Anthony Edward Stark nasceu com uma doença cardíaca grave. Pilhas de dinheiro foram gastadas para seu tratamento porem nada surtia efeito, até o implante deu errado. O garoto cresceu cercado de enfermeiras, tubos, maquinas, sempre lhe dando o que queria. Mas nada disso o fazia melhor, agora era sua única alternativa, trocar seu coração doente por uma maquina.

(...)

—Senhorita Romanoff ... estique mais o corpo !_Disse a senhora de idade no idioma russo com uma vara na mão.

—Sim senhora..._Respondeu se esticando o máximo possível.

A roupa de balé era rosa bebê. A sapatilha aperta os pés, mas nem isso parava Natasha Romanoff. Desde que se conhece por gente vive nessa academia responsável por treinar garotas da elite russa. Dentre suas enormes habilidades está a dança, o piano, extrema elegância e educação, é poliglota e sabe artes macias. Cresceu dessa forma.

Os cabelos longos encaracolados tinham uma franja frontal, dando um tom infantil e meigo. Agora os cabelos presos num coque. Para alguém de 12 anos aquilo poderia parecer um tédio, mas se tinha algo que Natasha amava era treinar seu chute com o balé:

—Senhorita Romanoff... treine mais essa postura !_Exigiu a senhora de idade.

—Sim senhora..._Só aquelas palavras lhe eram permitidas.

Natasha nunca conheceu os pais. Tudo que sabe são estranho pesadelos relacionados ao passado e que foi encontrada na porta do instituto. E desde então é treinada para ser totalmente perfeita. Cozinha, costura, uma mulher ideal. Porém Natasha odeia isso, não quer ser uma simples dona de casa, quer ser muito mais, e ela iria conseguir a qualquer custo.

(...)

-Volta aqui Pietro !_Um grito foi ouvido em todo o internato.

—Querida maninha, só vou devolver quando você pedir desculpa !

—Desculpa ?? Você mereceu !

—Mereci ?? Pelo o que ??

—Ser tão irritante ..._Cruzou os braços.

—Belo motivo ..._Fez beiço._Deveria agradecer por eu brincar com você !

Wanda logo abaixou a cabeça, era difícil para ela. Sempre se sentiu diferente, separada dos demais. O que não ajudava era o bullying dos estudantes de lá. Desde de que sua mãe morreu, só tinha Pietro, já que sua irmã mais nova tinha desaparecido. Os dois estudavam num internato numa região da Alemanha. Não sabiam quem pagava as mensalidades, porém Pietro convenceu Wanda a esquecer aquilo.

Diferente de Wanda, Pietro sempre foi o tipo de garoto popular. Suas piadas sempre chamava atenção da pessoa, além de ser muito bonito. As garotas o cercavam e os garotos queriam sua amizade. Porém passava maior parte do seu tempo com sua irmã:

—Ei Wan..._Puxou o braço da garota._Esquece que eu falei ta... esquece tudo !

—Ok Pietro..._Suspirou.

Os dois guardavam um segredo. Desde sempre Pietro e Wan tinha poderes. Isso mesmo, poderes. Nunca contaram isso para ninguém, nem para a irmã mais nova. Era um segredo só deles:

—Ei vocês... já para cama !_Uma inspetora apareceu.

—Thau Wan... e vê se deixa de ser tão esquentadinha, ok ??_Aproveitou a distração da inspetora e saiu correndo numa super velocidade.

—Idiota ..._Wanda revirou os olhos.

(...)