Oxigênio

Oxigênio - Capitulo 2


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Em meio à madrugada, Ruki se levantou catando o que restara de suas coisas ao chão do quarto e foi até sala se vestindo rapidamente. Voltou ao quarto e olhou para o rosto de Tora que permanecia adormecido e jurando que esta seria a ultima vez que se encontrariam, pois se a andar pela rua. Por causa do efeito da bebida, Ruki andava cambaleando inutilmente para os lados ameaçando cair a cada passo mal pisado que dava até despertar-se com a luz alta do farol de um carro que parou bem ao seu lado. Logo, um garoto alto de cabelos azuis e com os braços cobertos de tatuagens, saltou do carro e andou até o menor parado a frente do mesmo. Reconhecendo o outro detetive, Ruki desviou se olhar do individuo e com uma expressão nada agradável, voltou a apertar seus passos descontrolados para a direção em que seguia antes.

_ Não acredito, falta dizer agora que Aoi mandou você me procurar só para falar comigo, Miyavi!?

_ Me desculpe, Ruki, mas metade do quartel já sabe do que houve entre vocês. – disse o tatuado enquanto andava em passos largos tentando parar a frente do menor.

_ Como se eu precisasse saber disso. O que houve dessa vez?

O maior parou a frente de Ruki o impedindo de continuar a caminhar.

_ Precisamos voltar para o quartel nesse instante. Temos um seqüestro. Parece que o namorado daquele artista milionário, Akira Suzuki, foi seqüestrado.

_ Myv, eu não estou bem e... – o maior puxou um saquinho de balas do bolso de seu, sobretudo e estendeu ao outro.

_ Acho melhor pegar uma bala. Isto vai ajudar com o cheiro de bebida.

_ Myv...
_ Ruki...

_ Tá ta...

Ao chegarem ao quartel policial, Ruki e Miyavi dirigiram-se a sala de reunião onde sua equipe de detetive se encontrava. Entraram na sala e sentaram-se junto aos outros em uma mesa grande e redonda próximo a um telão muito parecido com a um de cinema só que de tamanho menor.

Ruki olhou para um dos cantos da sala e viu Aoi lhe observando que ao perceber que o outro também lhe observava, tratou logo de desviar seu olhar para qualquer canto da sala e foi andando até a frente do telão.

_ Gomen a demora, capitão Yuu... – disse Miyavi que se encontrava ao lado de Ruki.

_ Daijobu. Estão todos aqui? – Aoi correu os olhos sobre a mesa e vendo que um dos cinco acentos posicionados a frente do telão estava vazio além do seu, respirou fundo e perguntou:

_ Mas, onde é que está o detetive Saga?

_ Ele foi buscar o senhor Aki... – O garoto dos cabelos azuis mal terminara a frase e a porta da sala havia sido batida desviando a atenção de todos aos dois indivíduos loiros que acabaram de chegar.

Saga havia chegado acompanhando do marido da vítima no qual os detetives estavam estudando o caso.

O sofrimento de Reita era notável por qualquer um, mas sua preocupação e dureza pareciam maiores. Não havia expressões de choro nem nada em sua face apenas se sentia o quanto preocupado estava.

Os loiros parados a porta moveram-se até um dos três acentos que os esperavam. Saga pegou um montinho de papel que estava em cima da mesa fazendo menção a Aoi para que continuasse e se sentou.

_ Acho que agora podemos continuar.

Aoi ligou o telão e pondo o DVD para rodar e, pôs se ao lado do mesmo enquanto prestava atenção ao que se passava. Um garoto moreno de cabelos repicados tomou conta da cena deixando todos chocados pelo seu estado. Seu desespero era mais que claro, pois além de estar sem as roupas, era obrigado a se conter para conseguir falar o que os seqüestradores mandavam e implorar pela sua vida.

_ Rei-chan. Rei-chan, eu pesso primeiro que fique calmo... E...

_ Para de enrolar, garoto...

Agora, uma garota de cabelos rosa tomava a cena sem o menor cuidado com sua identidade para chutar o moreninho que antes pedia por sua vida enquanto o ‘câmera’ apenas ria de toda a situação.

_ Ei, Cérebro... O que acha disso? – a garota socou o estômago do outro moreno que apenas caiu com o impulso e pôs se a rir junto com o outro que apenas gravava o vídeo e arrancando expressões nada agradáveis dos detetives.

_ Ok, ok. Hyko. Chega disso agora, o faça falar antes que eu tenha orgasmos só de olhar para essa bundinha dele.

Hyko aproximou-se do garoto jogado ao chão e o puxando pelos cabelos pondo ele de pé novamente.

_ Vai, fala logo... – o moreninho tentando recuperar-se da pancada que levou no estômago, respirou fundo e continuou:

_ Rei-chan... Eles querem 5OO. OOO em dinheiro vivo. ONEGAI SHIMASU, NÃO ME DEIXE MORRER... ONEGAI, ONEGAI...

Logo a cena mudara e para o desespero de todo o garoto moreno estava sendo jogado dentro de um caixão farpado e desforrado feito de madeira podre e alguns minutos depois, sendo enterrado vivo e aos berros pela mesma garota que antes aparecera.

_ Onegai shimasu, eu sei que você é uma boa garota. Não se deixe levar pelo seu amigo, isso é errado...

_ Gomen, também gostei de você.. Mas não posso ou ele me mata.

_ Demo.. Demo... – implorava aos sussurros o garoto já dentro do caixão.

_ Toma, vou te dar minha lanterna. – Hyko puxou a lanterna que encontrava pendurada a sua cintura e entregou ao garoto dentro do caixão e o tapou pregando outra tampa de madeira podre acima do mesmo.

Fim de vídeo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.