Overlord - A batalha de FourKnights

O primeiro cavaleiro (Parte 2)


A medida que Momon avançava na pequena estrada, encontrava algumas folhas secas e pequenos gravetos quebrados pelo chão. Ao que tudo indicava, ele estava próximo da área da floresta. A grande mata densa logo a frente confirmava isso, e seu último obstaculo era uma ponte um pouco mais a frente.
Junto a ponte, haviam quatro aventureiros pregando uma pequeno placa de perigo na lateral do caminho. A placa indicava que era perigoso ir para a floresta. Por algum motivo, não estavam deixando ninguém avançar além da ponte. Momon tentou passar e os ignorar, mas logo que se aproximou, um deles parou em sua frente, impedindo sua passagem.

- Ei! Você não pode passar pela floresta hoje! -O aventureiro diz. - O reino determinou que a floresta esta em estado de alerta. Os guardas disseram que uma enorme criatura esta a solta por essa região.

Momon ignora o aventureiro e segue em frente, e de novo o aventureiro o impede de passar.

- Você não ouviu o que eu disse? -O homem insiste.

- Estou com um pouco de pressa no momento! -Momon afirma. - Se tentar me parar de novo, essa será a última coisa que irá fazer.

Momon tenta intimidá-lo para que pare de bloquear seu caminho, mas o homem parece ser apenas um tolo que se acha corajoso. Então mais uma vez Momon passa pelo homem e segue e frente, e ele como sempre ia para o impedir de passar, enquanto outro de seus amigos chegava para confrontá-lo devido a ameaça que havia feito ao companheiro.

- Ei! Quem você acha que é para... -O homem diz se aproximando para encostar em Momon.

Neste momento, Momon para por um instante, e antes que a mão do aventureiro o toque, ele olha com seus olhos brilhando por cima do ombro e com um de seus dedos, ele corta o ar de cima para baixo na direção do aventureiro, que fica imóvel na mesma hora. Momon então se vira e segue seu caminho, deixando os aventureiros para trás.

- Ei, tudo bem com você? -Um dos amigos do aventureiro pegunta enquanto se aproximava. - Tomos que para-lo antes que...

Ao encostar a mão no companheiro que estava imobilizado devido ao movimento de Momon, pequenas rachaduras surgem em seu rosto, fazendo com que seu sangue jorrasse para fora de seu corpo conforme a rachadura aumentava. Ela abria seu corpo no meio, da cabeça até a cintura, até que logo as duas partes de seu corpo se dividiram e seus órgãos pularam para fora, deixando os outros três aventureiros apavorados. Antes de correrem para longe, olharam mais uma vez para Momon, que lançava um olhar frio por sobre os ombros na direção deles, então saíram do local e correram para longe.

Enquanto Momon atravessa a ponte, novamente ele escuta aquele rugido que ouviu pouco antes de chegar a vila, e mesmo assim, seguiu seu caminho para lá sem hesitar.

"Deve ser por causa desta criatura que o reino proibiu a entrada de aventureiros na floresta"

E lá estava ele, parado em frente ao grande amontoado de arvores a sua frente, uma grande mata densa com apenas um caminho feito com pequenas pedras para guiar pessoas através da floresta. E antes de dar seu primeiro passo, ele se lembrou do que a mulher na carroça o disse antes de partir:

"A floresta possuí monstros bem perigosos, os quais não se assustaram pelo seu tamanho, até porque eles são bem maiores que você!"

Momon sabia que não podia entrar sem alguma maneira de se proteger caso algo ocorresse. Ele confiava imensamente em seu poder, mas preferia seguir sempre em frente acreditando que o inimigo é mais forte do que ele, pois com esse pensamento, seria mais cauteloso em situações de emergência.
Momon abre uma pequena fenda dimensional a sua frente para pegar algo que possa ajudar. Ele mexe de um lado para o outro até encontrar algo, e ao alcançar o que quer, ele segura bem firme e lentamente puxa para fora.

Havia escolhido uma espada feito inteiramente de ouro com o punho encrustado de pequenos cristais brilhantes, e alguns dentes na parte sem corte para embelezar ainda mais a aparência da espada. A arma escolhida por Momon era uma das espadas sagradas de Yggdrasil, seu nome era Excalibur.
Momon firma o pé no chão e segura a espada bem firme, então faz um corte horizontal no ar para testar sua nova arma, que produz uma onda de choque em volta de Momon.

- Parece que vai servir. -Ele diz.

Logo após testar sua nova espada, ele puxa sua bainha da fenda dimensional que continua aberta. Sua bainha era feita com Quartzo da cor branco gelo, com pequenos detalhes de teias de aranha feitas a ouro, que descia do Chape ao Encaixe.
Momon coloca a bainha na cintura e depois guarda sua espada. Agora estava pronto para entrar na floresta, e também pronto para qualquer perigo que ela escondesse. Ao adentrar a floresta, todas as arvores atingidas pela onda de choque da Excalibur se partiram em pedaços.

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Momon seguia o caminho de pedras que o guiava floresta a dentro, mas parecia que não havia fim. O ambiente era escuro, as únicas luzes visíveis eram as que passavam por entra as folhas das arvores, e as pequenas pedras no caminho, que também produziam uma luz muito fraca, mas eram brilhantes o suficiente para serem enxergadas naquele ambiente.
Até ali estava tudo correndo bem, não havia visto nada de anormal, com exceção de uma teia de aranha que se ligava a dois troncos de arvores, com certeza não queria descobrir o que tinha feito aquilo, mas fora isso, a floresta abrigava animais bem comuns nas terras de Re-Estize na outra dimensão, como javalis e lagartos. Já estava andando a vinte minutos e chegou a um ponto a qual o caminho de pedras tinha fim, mas não porque era o fim da floresta, e sim porque ele foi destruído.

"Droga, esse era o único meio de me guiar para a saída, e alguma coisa fez o favor de destruí-lo"

Pensando em algum meio de continuar, Momon avista uma luz vermelha em meio ao escuro da floresta. A luz dançava ao fundo, como se o chamasse para lá, ele então vai em direção a luz para conferir o que está havendo.
Ao se aproximar, Momon descobre que a luz na verdade era produzida por uma arvore em chamas logo a sua frente, e perto da arvore, havia alguns equipamentos que os aventureiros usavam em suas jornadas, junto com os resto carbonizados de um cavalo.

"Alguém acabou de passar por aqui, e alguma coisa o atacou."

Enquanto Momon observava os restos no chão, percebeu algo se aproximando a sua direita, algo que estava escondido atrás dos arbustos, provavelmente esperando sua próxima presa.
Ele segura sua espada pela empunhadura se preparando para a desembainhar, mas antes exige para o que quer que estivesse o observando saísse do meio da mata.

- Eu sei que você esta aí, sai logo! -Ele diz

Em meio aos arbustos, um basilisco surge andando em sua direção. Ele possuía cerca de cinco metros de altura e onze metros de comprimento, era relativamente igual aos de Re-Estize, a única diferença era sua coloração preto grafite com detalhes avermelhados na ponta de suas escamas. Seu corpo estava cheio de cortes recentes, o que indicava que havia participado de alguma batalha recentemente, mas os cortes não eram feitos por espadas, mas sim por garras, e garras gigantescas. Ele havia ficado de cara co a morte, e de algum jeito conseguiu escapar. Os basiliscos eram criaturas rápidas, que tentavam esmagar e morder suas presas, então não seria um grande problema o derrotar, só teria que esperar ele se aproximar e atacá-lo.

O estranho era que o basilisco não se aproximava para atacar, estava sempre mantendo distância e olhando fixamente para Momon, como se estivesse calculando seus movimentos. Ele então levanta sua cabeça e abre sua boca, e logo em seguida pega um impulso para baixo e a enterra em meio as pedras no chão.

"Mais o que ele esta fazendo?"

Momon desconhecia o comportamento do basilisco, então ficou um pouco mais alerta para qualquer coisa que ele estivesse tramando. Ao levantar sua cabeça, a boca do basilisco estava repleta de pedras que havia pegado do chão, e pelas membranas laterais de sua mandíbula, um brilho vermelho e intenso ficava visível, e o basilisco como sempre continuava parado. Passado alguns segundos, o brilho diminuiu, se transformando em um vermelho escuro, e logo em seguido o basilisco faz seu primeiro movimento.
Ele inclina sua cabeça para trás para pegar outro impulso, e numa investida rápida ele direciona sua cabeça novamente para frente, cuspindo um líquido vermelho alaranjado na direção de Momon, que desvia no mesmo instante. O líquido atinge uma arvore que estava no caminho, que instantaneamente se incinera , deixando apenas o líquido que a criatura havia expelido escorrendo para o chão enquanto a arvore virava cinzas.

"Lava!? Ele produziu lava apenas ingerindo algumas pedras!?"

Logo em seguida, o basilisco disparou varias bolas de fogo na direção de Momon, que permanecia apenas desviando e estudando os ataques do monstro, procurando sua oportunidade para atacar.

- Então você pode cuspir fogo não é? -Momon diz, mesmo sabendo que não havia chance de uma resposta.

O basilisco mais uma vez ingere pedras que estão chão, e continua produzindo lava para cuspir em Momon, que vendo tal cena, entendeu como que o basilisco conseguia produzir lava dentro de sua boca.

"Então ele ingere pedras que come do chão e algum órgão dentro dele deve ser responsável por derrete-las a tal ponto que se transformem em lava. Até que é bastante esperto da parte de um simples monstro."

O monstro come mais um punhado de pedras do chão, dando inicio ao processo de derretimento delas dentro de sua boca. Momon estava cansado de perder tempo e decidiu acabar logo com o monstro para poder seguir seu caminho, então se preparou para dar o golpe final no basilisco.

O basilisco mais uma vez inclina sua cabeça para trás, se preparando para cuspir sua bola de lava em Momon, que também estava prono para se desviar do ataque do monstro e investir para acabar logo com ele, mas no exato momento que o basilisco toma impulso para desferir seu ataque, uma enorme boca destrói as arvores ao seu lado e o abocanha, o levantando do chão. O basilisco gritava agonizando de dor, e a lava que havia preparado para cuspir em Momon estava agora escorrendo por seu corpo e evaporando o sangue que saía das feridas dos enormes dentes que o perfuraram. A boca da enorme criatura faz ainda mais pressão sobre o corpo do basilisco, que cessou seus gritos, ao mesmo tempo que uma enorme cabeça surgia diante de Momon. Ela levantou a cabeça com o basilisco em sua boca e o jogou para cima, enquanto sangue e vísceras voavam pelo ar, o enorme monstro estica seu longo pescoço e em uma única mordida, engole o basilisco inteiro.

"Mas que coisa essa!?"

O monstro possuía uma boca enorme, com dentes tão grandes que eram capazes de destroçar qualquer coisa. Sua cabeça era composta de placas que pareciam tão duras quanto ferro, com dois chifres um pouco curvado para fora. Seu corpo era composto por escamas, era quadrúpede, com grandes guarras na ponta de cada dedo, e um osso na ponta de cada encontro das articulações de suas asas, medindo cerca de aproximadamente vinte metros de altura no total. E o último ponto a se destacar era sua coloração, que se baseava em um vermelho lava que cobria seu corpo, e na parte do seu peitoral, havia uma sequencia das mesmas placas escamosas que cobriam sua cabeça, protegendo seus órgão vitais, e essas placas eram de um branco com um pequeno tom amarelado.

Momon percebeu que sem dúvidas essa criatura se tratava de um dragão. Depois de engolir o basilisco, ele levanta sua cabeça de solta um alto rugido para o céu.

"Então os enormes rugidos que vinham da floresta eram seus. Realmente não esperava por isso!"

Momon não queria enfrentá-lo agora, pois não conhecia sua força, e não queria correr riscos desnecessários, então escolheu correr na direção da pequena trilha que estava ao lado do cavalo carbonizado. No momento em que Momon corre para escapar, ele é visto pelo dragão, que puxa o ar pela sua boca e enche seus pulmões, e num sopro monstruoso cospe um mar de chamas que incinera tudo em seu caminho.

Momon pulava de arvore em arvore, até que notou as chamas que o dragão cuspiu em sua direção, e no mesmo momento aumentou sua velocidade para escapar. Pulou por cima de vários obstáculos que estavam em seu caminho, até que mais a frente encontrou quem estava por trás da teia que havia visto mais cedo. Estava chegando no final da floresta, e seu último obstáculo seria uma enorme aranha que estava pendurada em sua teia entre outras duas arvores. Momon puxou sua espada da bainha, e quando se aproximou da aranha, fez um pequeno movimento com seu corpo para rotaciona-lo e disparar uma onda elétrica ao cortar o ar de forma vertical, o qual atingiu a aranha junto de sua teia e os partiram ao meio, liberando sua passagem. Momon da uma olhada por cima do ombro e vê os restos da aranha caindo enquanto o fogo que se aproximava os consumiam.

Momon então sai da floresta, junto com uma imensa explosão de fogo que o seguia, caiu em um lugar seguro, mas ainda assim parou para verificar seu o dragão estava o seguindo, mas a floresta estava completamente em chamas, o fogo era tão intenso que nada era visível em meio ao rastro de destruição do dragão. Não conseguia ter certeza se ele estava vindo ou não, mas se estivesse, logo ele descobriria, então decidiu seguir em frente.

"Essa foi por pouco! Aquela criatura era forte, e senti que nem mesmo com um feitiço de proteção contra fogo eu sairia ileso."

Momon da um tempo para analisar o local ao qual havia caído, e de algum jeito era o local onde precisava estar, ou seja, estava na rota exata de seu objetivo. Era um vasto campo com um enorme lago no centro, os três sóis no céu refletiam na água, junto com as montanhas mais ao fundo. Momon viu uma fumaça saindo em meio a uma das montanhas, e junto com as informações que havia recebido de Alber, deduziu ser o acampamento dos Ghouls. Então sem pensar duas vezes, seguiu para o alto das montanhas.

Ao chegar na base da montanha, Momon salta de parede em parede para subir até o topo, e la de cima, ele tinha uma visão parcial do acampamento, sendo que era visível apenas uma algumas tendas e a fogueira que soltava a fumaça que se via ao longe. Pelo que me disseram, essas pessoas eram profissionais, mas estão deixando um sinal para expor a localização de seu acampamento tão facilmente assim. Isso só poderia significar duas coisas, ou suas habilidades eram frutos de boatos, ou o mais provável é que poderia ser uma armadilha. Momon não queria perder tempo, então deu um longo salto do alto da montanha até dentro do acampamento, e aterrissou próximo a fogueira, que estava assando um enorme javali que devem ter pego na floresta. O acampamento era composto apenas por tendas, presas por cordas que eram presas nas arvores, e a fogueira a qual faziam seus alimentos no meio, era algo bem básico.

"Bastante inteligente. Seria bem fácil retirar tudo e correr em caso de ataque no meio da noite"

Uma coisa chamou a atenção de Momon naquele acampamento. Havia uma tenda um pouco maior que as outras e de uma coloração vermelha, e ao seu lado, uma grane lona cobria algo que estava escondido. Momon se aproximou da lona, olhando por dentro das tendas em seu caminho, que estavam estranhamente vazias. Ao alcançar a lona, ele a segurou com uma das mão e a puxou, revelando o que estava por debaixo do longo pano. Era uma jaula em formato cúbico, e preso dentro dela estava o garoto a qual Alber me pediu para resgatar. Momon se vira e olha por entre as tendas e para o alto das montanhas, sentindo a presença dos cinquenta homens do bando.

- Sei que vocês estão aí! Não enho empo para brincar, apareçam logo. -Momon grita para o nada.

- Parece que fomos descobertos rapazes! -Um homem diz enquanto sai de um fundo falso que havia dentro de uma das tendas.

Os outros saem aos poucos de trás das tendas, um por um eles vão se mostrando e encarando Momon.

- Pensei que mandariam um grupo de pessoas para pegar o garoto, mas mandaram apenas um cavaleiro! -Uma voz vinda do alto das montanhas diz. - O quão tolos eles podem ser ara nos subestimar?

De trás de um pedregulho no alto da montanha, surge um homem muito alto, com músculos bronzeados do pé a cabeça, e cicatrizes que cobriam seu corpo, sendo a que mais se destacava era uma perto dos olhos que começava na lateral da testa e descia até o queixo. Era o físico de um guerreiro, e parecia ser o líder do bando.
Ele salta do alto da montanha e cai entre seus homens, o chão a seus pés racha devido ao seu tremendo peso muscular. Ele se recompõe e dá alguns passos para frente.

- Você é aquele a qual todos chamam de Undead? -Momon pergunta.

- Prazer em conhecê-lo. -Ele responde ironicamente.

- Vou dizer apenas uma vez! Vou pegar o garoto e leva-lo de volta, e se tentarem me impedir, não terei piedade de ninguém, até porque estou com um pouco de pressa para voltar. -Momon diz.

Todos os homens do bando iniciaram uma crise de gargalhadas de Momon, pois ele acabou de irritar um dos homens mais perigosos do reino.

- Muito engraçado vindo de alguém prestes a morrer! -Um dos homens diz enquanto engasgava com suas gargalhadas.

- Essas grades são feitas de titânio reforçado e duas camadas de magia inquebrável, ninguém conseguiria as quebrar. -Undead diz.

Momon então se vira para a jaula e olha para sua mão.

"Mesmo nesta forma de cavaleiro, ainda consigo sentir minha magia transbordando pelo meu corpo, talvez o item apenas altere a aparência, e deixe que seus poderes permaneçam intactos."

Momon estende sua mão e a coloca sobre a grade da jaula.

- Já disse que não adianta, essas grades são... -Undead é interrompido pela fala de Momon.

- Dust! -Momon invoca.

As grades se retorcem de um lado para o outro, até que logo elas se transformam em poeira. Todos os homens ficam pasmos, não acreditando que ele conseguiu quebrar tais grades.

- Como você...? -Undead perde sua fala no meio da frase.

- Novamente peço para que não me atrapalhem! -Momon diz enquanto pega o garoto em seus braços.

O garoto não possui feridas visíveis, e estava em boas condições. Depois de checar o estado da criança, Momon dá alguns passos em direção a saída, mas os homens ficam a postos, o impedindo de passar.

- Não sei como você fez aquilo, mas não pode acabar com cinquenta de nós ao mesmo tempo! -Undead diz.

- Eu avisei, não foi? -Momon diz sem esperar uma reposta por parte do bando.

Um dos homens de Undead inicia sua investida e Momon, que espera em posição para desviar do ataque, pois estava com o garoto no colo, e não tinha como revidar sem machuca-lo.
Quando o homem diminui a distância entre os dois ligeiramente, uma espada corta o ar vinda do céu, e se prende no chão entre os dois. Um assovio chama a atenção de todos para o alto de uma das montanhas, onde uma mulher estava usando uma armadura feita inteiramente de cobre, e estava observando o decorrer da situação entre Momon e o bando. Ela salta para baixo e cai ao lado da espada, a retirando do chão e apontando para a direção do homem que investiu sobre Momon. Um elmo cobria seu rosto, mas seus longos cabelos loiros ainda ficavam bem visíveis.

- Então você realmente estava atrás de nós, não é? -Undead pergunta a cavaleira.

- Para trás! -Ela diz a Momon. - Deixe que eu cuido deles.

Momon ignora e avança na direção da cavaleira com uma cara irritada, segura um de seus braços e a puxa para trás.

- Não me lembro de ter pedido sua ajuda! -Momon diz.

- O que acha que esta fazendo? -Ela pergunta. - Pretende enfrenta-los sozinho e com uma criança no colo?

Momon larga a criança nos braços da cavaleira e se vira para os bandidos.

- Faça como quiser. -Ela desisti de insistir. - Mas não me peça ajuda quando a situação piorar.

- Não pretendo demorar! -Ele afirma. - Tenho que voltar o mais rápido possível para pegar minhas informações.

Momon puxa sua espada da bainha e se prepara para atacar.

- Vejo que tem uma bela espada aí. - Undead diz. - Ela ficará linda na parede do nosso mestre!

Todos os homens entram em posição de para investir em Momon, e diante dos olhos de todos, Momon desaparece, mas logo reaparece quase que no mesmo instante, segurando sua espada firmemente na mão. Ele faz um leve corte no ar em direção ao chão para limpar sua espada que escorria sangue, enquanto todos olhavam sem entender.

- Parece que isso é tudo que pode fazer, não é mesmo? -Undead diz confiante,.

Momon vai até a cavaleira e toma a criança de volta em seus braços.

- Pretende passar por eles ainda? - A cavaleira pergunta. - Eles não deixaram você passar tão facilme...

Ela olha para os bandidos que começam a sangrar inesperadamente. Um a um eles viram pedaços diante de seus olhos, se partindo em diferentes partes do corpo.

- O que você fez com... -Undead tenta perguntar, mas sua cabeça descola de seu corpo e cai no chão, deixando seu pescoço soltando jatos de sangue que se espalhavam em meio a cena do massacre.

Momon avança em meio aos pedaços dos homens no chão, se direcionando a pequena passagem entre as montanhas para retornar a vila. Antes de passar pela passagem, ele para e recolhe a cabeça de Undead, que usaria como prova de que não estava junto a eles, aumentando assim a confiança da pequena vila nele.

A cavaleira não conseguia acreditar no que havia acabado de presenciar, pois um único cavaleiro massacrou o bando inteiro que já derrotou exércitos completos, e tudo com apenas um ataque e em menos de cinco segundos. Em todos os seus anos de vida, nunca havia presenciado nada igual.

Momon olha para a cavaleira, que estava imobilizada pela brutalidade da cena.

- Preciso levar esse garoto comigo! -Ele afirma. -Se quiser vir tudo bem, desde que não me atrapalhe.

- Vim aqui para ajudar. -Ela diz. - Na verdade sou uma das pessoas a quem Alber pediu ajuda, mas parece que não preciso me preocupar com nada.

- Não tenho tempo para perder com conversas desnecessárias. -Ele diz. Voltemos logo até a vila.

Os dois então seguem a diante levando o filho de Alber de volta para casa.

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De volta ao campo aberto perto da floresta, o garoto se debate levemente nos braços de Momon, indicando que estava despertando de seu sono, que devia ter sido provocado por alguma droga que os bandidos lhe deram.

- Se acalme, viemos para ajudar. - A cavaleira diz. - Precisamos parar no lago para ele beber um pouco de água!

Momon entrega o garoto a ela novamente.

- Ele deve ficar mais confortável com você. -Ele diz. - Vamos rápido com isso, esse lugar é perigoso.

Eles seguem até a beira do rio para dar água ao pequeno garoto. Aos poucos ela o ajudava a levar a água até sua boca.

- Você enfrentou aqueles homem sem hesitar nem mesmo por um segundo sequer. -Ela diz a Momon, impressionada com o cavaleiro. - Mesmo depois de eu avisa-lo sobre eles.

"O que será que ela quis dizer com 'depois de eu avisa-lo'? Não me lembro de ter me encontrado com ela em momento algum."

- Não me lembro de ter falado com... -Momon tenta dizer, mas uma explosão vinda da floresta o interrompe.

- O que está acontecendo ali? -Ela pergunta assustada.

A floresta mais uma vez explodiu em chamas, e Momon sabia exatamente o que estava causando aquilo.
Em meio a dança das chamas na floresta, asas gigantescas se estendem para cima, se esticam ao máximo e com um movimento violento para baixo, o dragão que Momon encontrou na floresta lentamente sobe aos céus, causando grandes pancadas de ventos a cada vez que batia suas asas.

"Então aí esta você novamente. Já esperava por nosso reencontro mais cedo ou mais tarde."

-Inguiinil! -A cavaleira diz. - O que um dos quatro dragões lendários esta fazendo em um lugar como esse?

- Pegue o garoto e vá para a vila o mais rápido que puder, vou encontrar vocês lá! -Momon diz.

- O que você pretende fazer? -Ela protesta. - Nem a magia de todos os magos do reino seria suficiente para causar um arranhão sequer em sua armadura mágica.

- Eu já disse para correr! -Ele insiste. - E não importa o que aconteça, não olhe para trás.

Ela exita um pouco, mas logo decide que é a melhor opção.

- Tome cuidado. -Ela diz antes de começar a correr.

O dragão avistou a cavaleira que corria tentando escapar e foi atrás dela, passou cortando os ares como um trovão em sua direção, mas Momon não podia deixar que ele a pegasse. Ele pega uma pedra no chão e a segura firme com as duas mãos.

- Transform. -Momon usa sua magia para transformar a pedra em um pequeno projétil explosivo e o lançou na direção do dragão.

O projétil atingiu uma das asas do dragão, que gritou com o impacto e despencou do céu, caindo a alguns metros de Momon. Ele logo se levanta e desiste da cavaleira, focando toda sua fúria em Momon, que estava parado com sua espada empunhada. O dragão se aproxima com sua boca pingando um líquido que se incendiava ao atingir o solo, e abaixa sua cabeça para encarar Momon, enquanto solta um rugido ensurdecedor, ao mesmo tempo que ele fica em posição se preparando para a batalha.

- Parece que não tenho escolha a não ser enfrenta-lo aqui! -Momon diz.

Ele sabia que o dragão podia causar muito dano, e que seria um oponente diferente de tudo que enfrentou até aquele instante, mas se fosse apenas um obstáculo para suas conquistas, ele ficaria feliz em aceitar o desafio. Ele firma a espada em sua mão e grita para a gigantesca criatura.

- Então vamos começar!

Continua...