"Acho que exista um plano para todos nós. Tive que morrer 2 vezes para perceber isso. É como o livro diz. Deus age de formas misteriosas. Algumas pessoas gostam. Algumas não."

Constantine (filme)

POV Olivia

Eu escuto o som vindo do bar a minha frente. Ainda estou me preparando emocionalmente para entrar. O que eu tenho a fazer é muito importante, pode não parecer mas é. Esse é o começo de tudo, o início de plano.

Visto roupas mais sensuais do que as que estou acostumada. Uma jaqueta de couro preta, um vestido vermelho justo e decotado, uma bota preta que vai quase até o joelho e que tem saltos altíssimos. É, estou sensual. Para o que tenho que fazer, isso é necessário. Não que não seja bonita sem esse tipo de acessório. Com meu novo cabelo preto, olhos verdes e corpo esguio, com certeza faço uma boa figura. Mas para essa tarefa, precisava ser sedutora. E preciso me acostumar que essa nova faceta.

Resolvo entrar. Vejo o espaço, uma multidão em volta de um palco, onde uma banda toca rock. Até que o som é bom. Eles tem potencial. Viro meu olhar ao bar. Há um balcão com bancos a frente. Um bartender serve bebidas. Há bancos desocupados e me sento em um deles.

Olho novamente o palco e observo a banda. Na frente está o vocalista/guitarrista. Ele é talentoso. Tem cabelos escuros, olhos azuis, é bem atraente. E apesar de não ter tatuagens visíveis, piercings, ou cabelo grande, ele tem um jeito de bad boy. As garotas cairão em cima dele. Isso é ruim. Ele é o meu alvo, e tem que ser atraído até mim. Não era assim que eu esperava que ele fosse, sendo filho de quem é. Não esperava esse jeito sensual e despachado.

Peço uma bebida, um coquetel qualquer e continuo sentada em meu lugar. Me aproximar dele, como uma groupie, não irá adiantar. Preciso de uma tática para atraí-lo. Se tivesse as habilidades de Nick, ele viria a mim facilmente, mas não tenho.

Acabo sendo distraída por um homem que se senta ao meu lado. Ele me faz umas perguntas que respondo de má vontade. Me oferece uma bebida que eu recuso. Mas ele continua insistindo e isso me aborrece.

Tento me livrar dele, enquanto percebo que a banda para de tocar. Deveria sair do meu lugar e procurar o guitarrista, mas o homem é insistente. Então vejo o meu alvo, ele se aproxima de mim ao se livrar de algumas mulheres:

-Sinto muito, garotas. Mas hoje estou acompanhado. – ele fala e se senta do meu outro lado