– Como é que é? -Franzi o cenho. -Então você quer que eu vá embora? -Senti meus olhos sendo encoberto por lágrimas. -Sinto muito... Mas não... Minha mãe quer que eu siga a carreira de modelo, e não vamos mais pra Seattle.


– Ah não? Que grande merda! Eu já estava imaginando minha vida bem longe de você! -Ele disse frio, sem se importar por eu estar quase chorando.


– Você é um idiota! Não acredito que não percebi isso antes! Você nem me ouve pra vim me atacando com 20 pedras na mão. -Gritei.


– Então! Eu estou aqui para te escutar! Fala. Quero ver se tem razão! -Ele estava alterado, e se sentou na mesa. Eu bufei e me sentei na sua frente.


– Eu já te expliquei isso, mas vamos de novo! Quando a gente terminou, que eu estava com ódio mortal de você, o tal de Johnny ofereceu para que eu tirasse fotos sensuais, e como eu estava morrendo de raiva de você, eu aceitei. Quando a gente voltou, eu sabia que você surtaria, e então eu não te contei por que iria cancelar, mas não tive coragem. Queria provar pra você que eu sou mais do que um rostinho bonito. Mas depois eu me arrependi e mandei minha mãe pagar pra que as fotos não fossem pra revista, mas ela não fez isso. Ela disse que me convenceria, e as fotos vazaram. Daí você me ligou nervoso, e desde então eu não tinha vontade de fazer mais nada. Minha mãe conversou comigo, e como o combinado ela me convenceu a aceitar isso e seguir a carreira de modelo, mesmo por que você não queria saber de mim mais, e ela cancelou a viagem pra Seattle. Mas não importa o que você FAÇA, ou o que eu FAÇA, você sempre vai estar aqui... -Apontei o meu coração. -Por que eu te amo. E tenho certeza disso.


– ...


– Você quer saber? Eu não vou ficar sofrendo atrás de você não. Enquanto você não se importa, eu não vou ficar sofrendo que nem uma condenada por você não! Jamais. Te fode! -Levantei depressa e sai da sorveteria. Eu não aguentaria olhar para aqueles olhos cor de mel, e se tratada de tal forma, e não do jeito que eu mereço. Não importei com as pessoas me olhando, deixei tudo o que eu estava sentindo transparecer, sem ligar as lágrimas que rolavam pelo o meu rosto. Fui até em casa, e peguei o meu carro. Foda-se tudo, eu quero me teletransportar pra um lugar que eu jamais seja achada. Eu quero sumir.


Girei a chave a saí cantando pneu. Logo peguei velocidade e já estava á 150km/h. Estava gostando daquilo, e eu estava pouco me lixando. Comecei a fazer manobras arriscadas na pista, eu queria esquecer de tudo. Será esse o meu destino então? Entrar em coma? Por que logo após de passar para outra pista, uma carreta veio na minha direção e eu tentei desviar, batendo com a parte do carona na frente da carreta. O carro foi lançado e capotou, logo após eu apaguei, e me entreguei...






POV Justin.




– Ai Ryan, ajuda aqui cara. -Senti uma dor forte no meu peito. O que tinha acontecido? Meu peito insistia em doer, e estou com um pressentimento. -Aconteceu alguma coisa com a Elle... Aconteceu. -Meu coração dizia, gritava para mim. Tinha acontecido algo com ela. Ryan pediu um copo d'água para a garçonete e trouxe até mim.


– O que houve Justin? -Perguntou ele, preocupado.


– Não sei. Me leva para ver a Elle. Não tenho condições de dirigir. Eu preciso falar com ela cara. -Gritava.


– Calma mano, vamo logo! -Nós saímos da sorveteria e pegamos o carro. Ryan dirigiu loucamente para a casa de Elle e parou o carro. Eu apertei o interfone preocupado.


– A-alô? -Ouvi a voz da mãe de Elle. Ela não parecia nada bem. Sua voz saía falhando e ela estava com voz de choro.


– Eu posso ver a Elle? -Perguntei aflito.


– N-não... Justin... A Elle sofreu um acidente e está na UTI. -Ela se debulhou em lágrimas. Eu não aguentei ouvir aquelas palavras. Foi demais pra mim. Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa.


– EM QUE HOSPITAL QUE ELA TÁ? -Gritei com os olhos marejados.


– Hospital Central. Estou indo pra lá... Quer ir comigo? -Ela perguntou.


– Claro... Por favor... -Disse, enquanto o meu mundo apenas desabava diante de meus olhos.




[...]




– Ela vai ficar bem doutor? -Valéria disse, com a voz falhando e ainda derramando algumas lágrimas. Eu não consegui dizer uma palavra, não consegui me mover. Aquilo tudo era culpa MINHA. Me levantei para ouvir o que o doutor tinha á dizer, mas minha vontade era de... estar no lugar dela... ou que isso fosse um sonho.


– Infelizmente o quadro que o paciente se encontra é gravíssimo e não há previsão de quando ela irá sair do coma. Ela está respirando por ajuda de aparelhos e está tomando muito soro. Apenas uma pessoa poderá visitá-la agora, e é bastante provável que ela fique com amnésia quando se recompor do coma... -Ele abaixou a cabeça e Valéria se desabou em lágrimas. -Vai ficar tudo bem... E quem irá visitá-la? -Ela me encarou e assentiu com a cabeça.

– Ela vai. -Disse. Ela tentou impedir, mas ela era a mãe dela, então eu acho melhor ela ir. Fiquei esperando ela voltar enquanto Ryan tentava me acalmar.

– Vai ficar tudo bem cara. -Ele bateu no meu joelho se agachando na minha frente.

– Não vai Ryan. Ela é questão de vida ou morte. Ela precisa de um milagre pra sair de lá. Esqueceu que meu pai já trabalhou com isso e eu acompanhei? E isso foi tudo culpa minha. Ela se declarou pra mim na sorveteria e eu não disse nada. Eu sou um filho da puta, idiota, cabeça dura. Ela saiu correndo, e deve ter pego o carro e saiu dirigindo que nem uma louca pra esquecer os problemas. Por culpa minha, ela está assim. Isso tudo é culpa minha, e se ela não sair dessa, eu vou me culpar, pra sempre! PRA SEMPRE. -Disse entre lágrimas. Ryan me abraçou. Ele não tinha palavras, por que ele sabia que eu estava certo. -Além do mais, ela pode ter amnésia quando sair do coma. Ou seja, ela não se lembrará de mim. -Disse olhando para o chão.

– Mas ela vai se lembrar aos poucos... -Ele disse.

– E esse é o meu medo. De ela lembrar do filho da puta que eu fui pra ela.

Valéria voltou chorando, descontroladamente e se sentou ao meu lado.

– Ela está horrível. Há tubos em todos os lugares, ela está com duas agulhas no braço tomando soro, seu corpo está visivelmente fraturado e seu rosto também. -Ela soluçava.

– Jamais vou me perdoar... -Disse baixinho para mim mesmo. Estava na hora de eu falar com aquele que tinha forças maiores, com aquele que eu sei que me escutava quando eu precisava, aquele que eu sei que eu podia confiar. No cara lá de cima... Aquele que morreu por nós, aquele que demonstrou todo o amor com ele. Estou agora, diante do pai e do filho, pedindo aquilo não por mim. Por valéria. Por todas as pessoas que a amam. Eu já fiz mal suficiente pra ela, e não quero me perdoar por tudo o que eu fiz. É injusto pessoas que a amam e que a mereçam, percam um anjo tão precioso do céu... Não levem-a. Por favor, não levem-a.


[...] 6 meses depois...


Estava me arrumando para ir ver Elle. Ela não melhorou, apenas piorou daqui pra frente. Porém eu nunca perdi a fé que Deus a livraria disso. Passei um perfume leve e entrei no carro. Puxei a embreagem e pisei no acelerador, indo até o Hospital Central. Estacionei o carro e fui até o quarto de Elle. Abri a porta e ela continuava do mesmo jeito. Porém as fraturas expostas estavam sumindo. Sentei-me ao teu lado e peguei tua mão.

– Ah Anabelle... Se você soubesse o quanto eu te amo... Esses 6 meses foram os piores da minha vida, e nem frequentando escola eu estou. Eu só quero você, eu sinto a sua falta, eu te amo tanto... Me desculpa por ser um idiota, por não dar ouvido pelo o que você falou naquele maldito dia. Eu estava muito zangado e eu agi por impulso. E me arrependo até o ultimo fio de cabelo por ter feito isso. Eu não consigo imaginar a minha vida longe de você. Você me ensinou o que era o amor, você me fez crer que a vida pode ser muito melhor ao lado de uma pessoa. Obrigada por me ensinar, obrigada por me fazer sorrir, obrigada por me fazer feliz. Sim... princesa. Você me faz feliz, mesmo não me correspondendo aqui. Eu sei que você vai ao encontro de meus sonhos, e a gente se beija e tudo fica bem... Como eu desejo que fosse verdade. Se eu pudesse voltar no tempo, tudo o que eu faria era te dar um beijo, e queria que a gente fosse direto pra cama... Haha... Sinto falta do seu toque, de sua voz, de seus beijos. Sinto falta de tudo. Eu preciso de você, meu amor. Volta pra mim... Por favor... Volta pra mim? -Disse chorando. Senti sua mão mexer, mas não hesitei. Eu estava com muitas esperanças, e isso era coisas da minha mente. Ela apertou a minha mão e eu arregalei os olhos. -ELLE? VOCÊ PODE ME OUVIR? -Gritei e ela apertou a minha mão mais uma vez.


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