Other World

Capítulo 7 - E agora?


Últimos... Não acredito, depois de tantas dificuldades fomos os últimos, o que iremos fazer agora. Não temos para onde ir e era o ultimo dia que poderíamos pagar para ficar a noite naquele hotel. Tudo foi de conquistado a arruinado, sem falar que Pedro havia se ferido gravemente e felizmente conseguiram curá-lo, mas agora estamos perdidos.

Era o dia seguinte e estávamos na estalagem, Pedro estava dormindo e eu estava acordado olhando para o teto sentindo que tudo havia acabado para nós apesar de que ainda podíamos fazer alguma coisa, mas ganhar ânimo depois daquilo fica muito mais difícil, então eu decidi me levantar para pegar um ar fresco.

— Droga... — Falei para mim mesmo indo em direção a praia observando o mar, me sentei na areia e fiquei lá sentado na areia observando o movimento da água pensando no que faríamos a partir de agora.

— Ta tudo bem com você? — Escutei uma voz feminina ao meu lado, olhei para saber quem era então passou um filme na minha cabeça, era bem a garota que havia me ajudado no teste, porém não respondi e voltei a olhar para frente. — Muita gente é reprovada em todos os testes, não fique assim.

— Por favor, me deixe sozinho... — Falei sem olhar para ela, mas percebi que ela sentou ao meu lado e suspirei. — Não é tão simples assim...

— Será que pode me dizer por quê? — Ela ficou cutucando meu braço, então suspirei e olhei para ela.

— Você não entenderia... — A encarei por alguns segundos, ela sorria, possuía cabelos loiros longos e olhos azuis. — Posso te perguntar uma coisa?

— Sim. — Continuou me olhando com aquela expressão sorridente.

— Por que me ajudou se sabia que poderia ter tirado um concorrente da disputa? — Continuei encarando ela.

— Por que não ajudar? Era meu concorrente, não meu inimigo. —Ergui uma sombra celha e olhei para o chão com o que ela disse.

— Tem razão, mas isso não importa mais agora. — Olhei para frente um pouco cabisbaixo.

— Como não? Só esperar a próxima época de recrutamento.

— Você não entende, não temos tanto tempo assim, temos que voltar... — Parei ali ainda sem olhar para ela.

— Voltar pra onde? — Perguntou ela curiosa.

— Você vai pensar que sou louco. — Me levantei me preparando para voltar para a estalagem.

— Garanto que não. — Ela se levantou olhando para mim com uma face séria, suspirei.

— Tudo bem... — Comecei a contar tudo para ela pensando que ela não iria acreditar em nada, rir da minha cara e sair dali pensando que eu usei maconha. — Entendeu?

— Hum... — Ela ficou me olhando por alguns segundos pensando possivelmente que droga eu usei e respondeu. — Você não pode desistir agora, nesse seu mundo existem pessoas que estão esperando por vocês, e se elas estão lá já é um motivo para voltarem.

— Olha... — Dei um sorriso leve e olhei para o céu. — Tem razão obrigado, tenho que ir.

— É assim que eu gosto. — Nos despedimos e fui andando de volta para a estalagem.

As palavras dela me deram uma aliviada interna, ágora precisava saber o que fazer nesse momento, ou isso ou vamos parar na rua, quando entrei na estalagem uma pessoa no fundo da sala me olhava enquanto eu andava em direção a escada para ir ao meu quarto e saber se Pedro estava acordado, ao chegar lá vi uma mulher que trabalhava na estalagem batendo na porta.

— Posso ajudar? — A perguntei educadamente.

— Ah sim, você é o Lucas não é? Isso é para você. — Ela retirou um envelope de um dos bolsos e me entregou. — Preciso ir.

— Obrigado... — A vi descer as escadas e abri a porta do quarto com o envelope na mão vendo Pedro ainda dormir feito uma pedra, peguei um travesseiro e joguei com força nele. — Acorda vagabundo.

— Ah! Bom dia. — Falou ele com uma cara sonolenta. — Que coisa é essa na sua mão?

— Uma das empregadas me entregou, nem abri ainda. — Me sentei na minha cama e comecei a abrir o envelope.

— Então o que diz aí?

Caros Lucas e Pedro

Sim nós sabemos quem são o que querem e de onde vieram, e por esse motivo precisamos da ajuda de vocês. Através dessa carta não é possível explicar tudo o que queremos então lhes peço que peguem o próximo vôo de Izlude para Juno. Nós ficamos informados do que aconteceu com vocês durante o teste dos Espadachins e quero falar que tudo ficará resolvido logo, caso aceitem, devem ir até o anoitecer no saguão da estalagem onde estão hospedados e sentarem ao lado de um homem que está no canto da sala sempre observando vocês quando passam por lá.

Estamos esperando por vocês, Villain vitra”

— Caraca... — Fiquei olhando para ele enquanto ele relia o que estava escrito na carta, as coisas estão ficando cada vez mais estranhas. — Ok, que porra vamos fazer agora.

— Sei lá cara, o que essas pessoas querem com a gente? O que todo mundo quer com a gente? Somos dois idiotas em um mundo que não conhecemos.

— Fica calmo cara. — Peguei o papel das mãos dele e dei uma ultima relida antes de deixar ele sobre a cama. — Acho que devíamos ir.

— Mas eles podem não ser do bem...

— Não temos outra escolha, é isso ou nada... — Falei me deitando na cama pensativo no que iríamos fazer.

...

O tempo foi passando enquanto discutíamos sobre a carta, o que iríamos fazer ou não, até que decidimos ir até a pessoa desconhecida que estaria nos esperando lá embaixo, essa era a decisão final e não teria mais volta. Nós descemos as escadas e fomos até o centro do saguão e vimos que ele estava lá, o mesmo cara de antes, fomos andando até ele e sentamos á mesa que o mesmo se encontrava.

— Então? — Falei olhando para ele com uma face séria. — O que quer com a gente?

— Lucas e Pedro... — Ele se inclinou para frente nos dando uma boa visão do seu rosto, era um jovem de cabelos azulados com óculos estilo Harry Potter, ele olhou para nós dois e ajeitou o mesmo com seu dedo indicador. — Meu nome é Shiroe, bem vindos a resistência.