Os órfãos de Nevinny

Território inexplorado: desmanchando evidências


Estando você, Allison e os perseguidores reunidos, eis que um deles chega e se manifesta.

— Vejo que não é residente de Miríade. Seu rosto não é nem um pouco familiar — diz o grande homem lhe encarando com um rosto zangado.

— Aposto que é um/a deles — comenta o outro mais atrás.

— Quem são vocês? — você pergunta abaixando a cabeça.

— Não precisamos responder à essa pergunta e você não precisa saber a resposta — responde o brutamonte.

— Olha, eu não sei de quem vocês estão atrás, mas tenho certeza que não é da gente.

— Só estávamos passando aqui por um acaso quando tudo apagou — Allison afirma.

— Impossível. Essa área toda em volta é privada. Nós conhecemos todos os residentes e nunca te vimos nas redondezas. Se não é residente, não tem permissão para andar por aqui.

— E se não tem permissão, é porque é um/a invasor/a. E invasores merecem punição — diz o homem forte. Você vai pagar por invadir nossas terras. Você e os outros que foram na frente nos quais já demos um jeito e que não vão mais aprontar com certeza.

Após a ameaça, você engole seco e pensa nas alternativas de como seria a tal punição que o homem barbado falara que faria com você. Também pensa no que tinha acontecido com os homens a quem perseguiam anteriormente. Inúmeras possibilidades passam por sua cabeça lhe fazendo sentir receio e gerando incertezas para o que poderia acontecer em sequência.

Não há nada nem ninguém que possa interceder por vocês. É apenas você, Allison e uma sentença que estava pra acontecer, de uma forma bem injusta e aleatória pelo fato de você ter praticamente caído ali de paraquedas. Não há escapatória e parece que tudo se aproxima cada vez mais do final.

Enquanto o sujeito ainda te segura pelo braço com toda força, os três homens restantes voltam da direção oposta trazendo Allison, na qual tenta de toda forma se soltar daquelas mãos. Apesar de todas as sacudidas e tentativas de pontapés, elx tenta se desprender da situação. Mas todo o esforço é inútil. Então, para facilitar o percurso, um dos indivíduos decide pegar Allison, em seguida pondo em um dos ombros, igualzinho como os homens da caverna carregavam suas mulheres na época.

Desse modo vão se aproximando e, ao chegarem onde está, o sujeito imediatamente põe Allison no chão, que começa a se limpar usando as próprias mãos com uma cara antipática.

— Essx deu um pouco de trabalho pra trazer. Não quis vir do modo fácil, então o jeito foi pegar pelos braços — diz o homem.

— Espere! Mas essx é... Allison? — pergunta o brutamonte se aproximando de Allison.

— Palooma?

— O que tá fazendo aqui, filho?

— Eu que pergunto. O que tá acontecendo? Quem são esses caras? — Allison pergunta.

— Você conhece elx? — pergunta Palooma apontando para você.

— Conheço. É S/N. Elx veio conhecer o bairro.

Você imediatamente olha para Allison franzindo a testa ao ouvir sua resposta, mas logo desvia o rosto para não dar bandeira.

— Então se interessou pelo nosso lugar? Isso é bom. Sábia escolha, jovem S/N. Geralmente ninguém vem aqui, nem pra visitar, muito menos pra morar. Então você escolhendo aqui pra ser seu lar é de tamanha surpresa pra gente. É de se estranhar até — ele diz lhe encarando.

— Ah, mas S/N é assim. Como elx mesmx disse: gosta de tudo que é diferente. Enquanto a maioria abomina aqui, S/N abraça — Allison diz lhe olhando.

Você nada diz e dá apenas um leve sorriso como resposta.

— Entendo — Palooma fala — Bom, se é assim, seja bem-vindx. Espero que você goste de verdade desse lugar e não deixe que nada lhe faça mudar de ideia.

— Obrigadx — você agradece, desconcertadx.

— Selamlar — os outros homens falam.

Você mais uma vez olha para Allison, confusx, por não entender o que eles disseram, na qual de imediato, lhe diz:

— Isso é saudações em turco. Eles praticamente já estão lhe dando as boas vindas.

— Obrigadx — você diz de um modo acanhado.

— S/N, esqueci de perguntar. Como está sua perna? De repente você gritou bem alto e depois não sentiu mais nada? — pergunta Allison.

— É, eu senti uma pontada muito forte, mas estranhamente ela passou — você responde.

— S/N se machucou durante a queda quando seus homens perseguiam a gente — Allison declara.

— Mas tá bem agora? Se quiser nós podemos ajudar fazendo um curativo ou qualquer outra coisa pra amenizar a dor — Palooma diz.

— Não, não precisa. Isso é bem estranho, mas parece que a dor nunca esteve aqui. Eu não sinto nada — você fala dobrando sua perna.

— Que estranho — Allison comenta te analisando.

— Mas se você se queixar de dor de novo avisa que damos um jeito nisso — Palooma avisa.

— Não se preocupe. Não vai precisar — você garante.

— Então, nós já nos cumprimentamos mas vocês ainda não nos disseram o que estão fazendo aqui. Seu/ua amigx disse que estavam passando por aqui por um acaso antes do apagão? Posso confiar no que elx diz, Allison? — Palooma pergunta.

— É, foi isso. Eu levei S/N pra conhecer as redondezas, se familiarizar um pouco antes da vinda — Allison explica.

— E com isso vieram se esconder no galpão?

— É, foi isso.

— Então com certeza ouviram os tiros lá em cima — Palooma diz.

— Ouvimos. O que aconteceu lá? Quem eram os homens que vocês perseguiam? — você pergunta.

— Invasores. Mas não se preocupem. Já cuidamos disso. Eles foram pra um lugar que merecem — um deles diz.

Você e Allison se olham por uns breves segundos.

— E o que eles queriam aqui? Que objetivo eles tinham invadindo a área restrita? — Allison pergunta.

— Isso eles não nos disseram, mas já imaginamos o que seja. O restante dos nossos homens foram investigar se não há mais deles por aí. E nós viemos atrás de vocês acreditando serem deles — Palooma declara.

— Mas vocês tiveram sorte de não serem atingidxs por alguma de nossas balas. Principalmente você que tinha ficado paradx na hora da fuga dos invasores — disse um apontando para você.

— Também tiveram sorte de não termos atirado quando perseguíamos vocês no galpão. Correndo daquele jeito tínhamos certeza que faziam parte do comboio dos ditos prisioneiros. E com aquela escuridão eu não pude reconhecer Allison, senão pararíamos no mesmo instante.

— Digo o mesmo pra você. Já faz tempo que não te vejo que quase já não lembrava mais de você — Allison diz.

— Você sabe como é a minha vida. Muito trabalhos e compromissos. As coisas na cidade vêm mudando, então tive que mudar também.

— Eu entendo. Sabemos bem como é.

Após a breve conversa, Palooma decide juntar você e Allison mais para perto lhes reunindo em um pequeno círculo para então fazer um comunicado que pela cara dele seria bem importante.

— Meus jovens Allison e Montenegro, há algo que eu preciso falar com vocês e que eu necessito que me dêem suas palavras de o que será dito não poderá sair daqui para não caírem em ouvidos errados.

— O que é? — Allison pergunta.

— Vocês vieram parar em um lugar que é desconhecido pra maioria dos moradores e o objetivo dos guardiões de Miríade é que se mantenha assim até segunda ordem — Palooma declara.

— Você tá falando daqui debaixo? — Allison pergunta.

— Sim — ele afirma — O galpão por onde passaram está abandonado há vários anos mas ainda é utilizado somente por pessoas que têm permissão para entrar nele. E como vocês viram, acabaram por encontrar a passagem que nos trouxe até aqui.

— É, nos trazendo pra essa linha de trem abandonada — você fala.

— Acontece que essa linha de trem abandonada não está deixada de lado totalmente e em breve futuro passará a funcionar como algo que os moradores não sabem ainda, e eles só precisarão saber quando for chegada a hora.

— Então eles não sabem da passagem e também não fazem ideia que esse lugar existe. E só vão saber quando algo for inaugurado aqui? — Allison diz recapitulando tudo o que foi dito por Palooma para ter certeza do que ouvira.

— Exato — Palooma afirma.

— Então vocês ainda estão pensando como vai ser essa coisa que estão planejando, estão fazendo desenhos, bolando ideias? Porque aqui parece que nada foi ajeitado pra preparar o lugar pra começar a construção há um bom tempo — você afirma olhando ao redor.

— É, coisas acabam acontecendo e acabam atrapalhando os planos, então tudo acaba ficando pra depois — ele diz.

— Por que vocês não falaram sobre aqui pro povo? Certamente a construção já estaria bem avançada. Você sabe como o pessoal é: gosta de ajudar em tudo relacionado ao bairro, fazem de tudo para as coisas acontecerem. Se eles soubessem, então tudo seria mais rápido e a gente já estaria com isso pronto — Allison declara.

— Isso não depende só de nós e você bem sabe disso. Ordens são ordens. Temos que manter os planos.

Allison nada diz ficando em completo silêncio e em seguida abaixando a cabeça.

— Bom, se vocês estão planejando construir algo em benefício dos residentes e querem fazer uma bela surpresa pra eles, eu não irei dizer nada. Isso eu prometo. O segredo de vocês 'tá guardado comigo — você diz com um sorriso no rosto.

— Eu também não digo. Não precisa se preocupar — Allison garante.

— Ótimo. Agora que deram suas palavras, vou confiar no que disseram. E espero que continuem assim. Mas agora precisamos sair daqui. A cidade já está iluminada de novo e o melhor a fazer é voltar para a civilização — sugere Palooma.

— É, já estamos indo. Agora que tudo se resolveu e vocês por muita sorte não fizeram nada contra a gente, já podemos seguir caminho mais tranquilxs. Vamos, SN? — Allison diz.

— Vamos sim. Eu não faço ideia que horas são agora. Se for muito tarde minha irmã vai me matar — você diz.

— Bom, infelizmente com isso não podemos ajudar, mas... que tal irmos agora? Ainda temos um caminho a percorrer até chegar a superfície.

— Pelo caminho onde vieram — Allison palpita.

— Exato. Mas temos uma condição a fazer — Palooma inicia.

— Qual?

— Vocês terão que ir vendadxs. É por uma medida de segurança.

— Vendadxs? — você pergunta.

— A não ser que tenha algum problema com isso — diz o outro homem, distante.

— Não. Podem pôr as vendas. Nós aceitamos a condição — Allison concorda.

E assim fazendo, Palooma e seus homens lhes levam até a abertura por onde eles haviam saído e, chegando lá, põem as vendas em seus olhos, e, por conseguinte, começam a acompanhá-los pelo caminho, guiando-vos.

Foi um curto certo tempo andando por um caminho reto como se fosse um extenso corredor, depois tendo que passar por alguns caminhos um pouco apertados até que enfim conseguem chegar à superfície, numa rua ao lado da entrada principal do galpão.

Lá, os homens tiram as vendas para que possam seguir seus caminhos, mas antes, Palooma resolve dar um último aviso:

— Lembrem-se daquilo que foi combinado, meus jovens. Nenhuma informação daquela pode sair daqui. Não pode e não vai, certo?

— Não vai acontecer isso, Palooma. S/N é de confiança — Allison afirma.

— Esperamos que, Allison — diz Palooma se aproximando pondo as mãos nos seus ombros lhe olhando fixamente — Eu tenho certeza que S/N não irá falar nada a respeito disso, não é?

— Não se preocupe, eu cumpro o que eu digo.

— Ótimo. Assim que gostamos de ouvir — ele diz dando um sorriso levantando os braços como se comemorasse em sequência dando um rodopio — Agora que já estamos conversados, estão dispensadxs. Podem ir.

— Até, Palooma. Foi bom ver você e obrigadx por não ter feito nada com a gente — do Allison.

— Você vai acabar gerando um problema com isso — Palooma brinca.

— Até, senhor Palooma — você diz.

— Até, jovem Montenegro. E vão para suas casas.

Desse modo, Palooma e seus homens ficam observando vocês, parados, se afastando enquanto vão em direção de volta para o santuário, pois não podem mais seguir pelo caminho alternativo que Allison falara antes por ordem de Palooma. Por isso, vocês se afastam o máximo possível da presença daqueles homens e de toda a área em volta de onde estão e, ao chegarem em um local considerado propício se sentindo confortáveis, decidem conversar sobre os recém acontecimentos.

— Então, você acreditou no que o Palooma disse pra gente? — Allison pergunta.

— Aquele homem? É claro que não. Isso não é óbvio? Nada daquilo pode ser verdade com base no que ele falou — você diz convencidx — Pare e pensa bem: essa história de eles estarem planejando a construção pra essa coisa grandiosa que ele falou até faria sentido, se ela já fosse concreta.

— Isso é verdade.

— Olha, esse tal de Palooma disse que eles estão planejando ainda, mas não começaram a construir. O planejamento não explica os barulhos que eu escutei vindo daquele corredor do prédio. Só explicaria se ele 'tivesse em execução.

— É! Como ele pôde mentir assim pra gente? Se ele soubesse das coisas que viu com certeza as respostas seriam outras.

— Mas não se preocupe. Demos à eles o que eles deram pra gente. Eles fingem que não sabem de nada por um lado e nós pelo outro.

— Eu odeio ter que fazer isso — Allison declara.

— É, mas o que fazer se não podemos confiar em alguém? Isso acabou se tornando necessário. Teve uma justificativa pra isso.

— Ainda não acho certo. Mas se tivéssemos aberto o jogo talvez as coisas tomariam rumos diferentes.

— Mas não foi o que aconteceu. Eles mentiram pra nós, e se mentiram é porque tem alguma coisa maior por trás da historinha que eles contaram. Só precisamos saber o que é.

— Precisamos. Mas isso não vai ser fácil. Pelo o que você contou a entrada pra passagem subterrânea no seu prédio tá sempre fechada. Você deu sorte naquele dia — Allison diz.

— É verdade.

— E aqui onde eu moro a única entrada que eu conheço é a do galpão que parecia ter um acesso “fácil”. Mas depois de hoje, com certeza eles irão redobrar a atenção e colocar vigilantes em volta.

— Ficou bem difícil agora. A gente podia ter a chance de investigar — você diz, pensativx — Mas, calma. Ainda temos uma terceira alternativa de lugar. A gente pode averiguar o super 8 pra ver se escutamos alguma coisa ou até procurar por uma brecha. Aquele lugar me pareceu suspeito e os sons que ouvi não me convenceram tanto que eram do próprio bar.

— Isso parece uma boa. Temos que planejar tudo e fazer uma averiguação sem levantar suspeitas — Allison concorda — Você é rápidx! Já tinha tudo planejado na cabeça, não é?

— Eu sempre estou pensando em coisas — você diz dando um sorrisinho.

De volta à casa de Allison...

— Agora que já chegamos, precisamos nos apressar pra nos limparmos. Ficamos cheixs de poeira e barro daquele lugar — Allison sugere.

— E também preciso voltar pra casa o quanto antes. O tempo passou mas não sei o quanto. Pra completar perdi meu celular. Você sabe que horas são agora? — você pergunta.

— Deixa eu ver — Alisson diz indo até uma grande mesa pegando um relógio de pulso — De acordo com o relógio do meu pai, estamos perto das dez.

— Das dez?! Caramba! Isso é tempo à beça!

— Nossa, é verdade. É melhor se apressarmos, porque agora só consegui pensar na sua irmã.

— E você acha que eu não? Eu tenho que ir voando, senão ele me mata direitinho quando eu chegar em casa.

Depois de limparem a terra de seus corpos e de suas roupas, de imediato Allison liga para Akino que prontamente aceita o pedido.

Em questão de minutos ele já está posicionado em frente da casa pronto para te levar de volta à estação Bazinanci. Então, ao saberem, você e Allison não perdem tempo e já saem rumo ao carro.

Minutos depois, já estão no meio da estrada refazendo todo o percurso de quando chegara e, mais uma vez você observa todo o local por onde vai passando, mas dessa vez com um olhar mais criterioso do que antes. Pois quando chegou, de um certo modo julgava em seu pensamento o que poderia encontrar sempre baseando-se nos comentários de outrem.

Agora, depois da experiência que tinha vivido, já podia saber um pouco mais do que elas queriam dizer e assim saber o porquê de Miríade ser um bairro diferenciado e motivo de receio para muitos. Mas será que isso era tudo?

Na Estação Bazinanci...

— Pronto. Tá entregue. Ainda bem que deu tempo de você comprar o bilhete do último horário — Allison comenta.

— Não é? Se eu perdesse esse o seu Akino ia ter quer me levar, mas com os dois pés no acelerador e ultrapassar todos os sinais vemelhos — você brinca.

— Não brinca com isso — Akino ri.

— É, é um longo caminho até lá — Allison diz.

— Bom, então é isso por hoje. Nos falamos só na escola agora já que você não 'tá mais com o celular e pelo visto eu também não.

— O seu não ligou mais?

— Não.

— Vou ter que inventar uma boa desculpa pro meu pai pra convencer ele — Allison diz, pensativx.

— E Lívia? Aposto que vai fazer um interrogatório.

— Então, é isso. Na escola ou mesmo no ônibus a gente mantém contato. Acredito que ainda vamos ter mais coisas sobre isso pra falar.

— É, tem razão — você concorda.

No mesmo momento o metrô chega e o guarda começa a gritar chamando a atenção de todos:

— Essa é a última viagem da noite em sentido à oeste. Por favor, todos que irão embarcar faça-o logo!

— Sua vez. É melhor ir logo, eles não costumam esperar tanto — diz Allison.

— Eu já vou — você fala — E quer saber? Aqui não é ruim como falam. Tem coisas que a gente não imagina o que é, estranhas digamos, mas é isso que faz de Miríade diferente e as pessoas só não sabem como lidar.

— Mas não ligamos sobre isso. Já virou costume de anos e anos. Apenas ignoramos os comentários negativos.

Um sino é tocado rapidamente em duas badaladas.

— UM MINUTO PARA A SAÍDA! — o guarda grita.

— Tchau, S/N. Você vai perder esse metrô.

— Não, agora eu vou. Obrigadx por me receber em sua casa. Depois nos falamos — você diz apressadamente se afastando de Allison e Akino indo em direção ao veículo.

— Não tem de quê — Allison fala.

— Tchau, seu Akino. Obrigadx pela carona.

Akino apenas levanta a mão se despedindo. Logo em seguida, de dentro do transporte você vê Allison e Akino descendo as escadas para irem para a saída. Poucas pessoas ainda entram apressadas para não perderem o prazo de segundos para a partida e já se sentam nos bancos vazios (que são inúmeros aliás, certamente devido ao horário).

Já passado alguns minutos sem a partida acontecer, os passageiros começam a estranhar o porquê da demora se perguntando o que está acontecendo. Você, não ligando para o ocorrido, apenas encosta na janela esperando o metrô sair do lugar, até que ouve alguns cochichos das outras pessoas que estão no mesmo ambiente.

Despreocupadx, você não olha para ver do que se trata, até escutar alguém chamando por seu nome.

— S/N? — pergunta um homem alto acompanhado de outro.

— Sim? — você responde virando-se para trás.