E então, ele acordou.


James conseguiu abrir os olhos lentamente e sua cabeça doía pra cacete. “Onde porra eu estou?”, pensou consigo mesmo. A última coisa que conseguiu lembrar foi de ter saído do bar onde sempre ia no final do expediente e depois...nada. Ficou sentado por alguns segundos, olhando tudo em sua volta e, percebeu que estava no meio de uma floresta. “Já sei, alguns daqueles marginais filhos da puta me deixaram desacordados, me roubaram e me largaram em alguma floresta próxima da cidade”, pensou novamente. Escorou-se em uma árvore e ficou de pé, sua nuca doía bastante e ao passar a mão sentiu que havia uma cicatriz. “Devem ter batido forte com a coronha da arma”. Ficou bastante surpreso ao limpar a parte da bunda da calça jeans e descobrir que a sua carteira ainda estava lá e exatamente do jeito que estava quando saiu do bar! “Só queriam roubar o meu carro.” Deduziu. Decidiu caminhar ao norte rezando que alguém passasse, o mais rápido possível, pela interestadual e lhe desse uma carona até sua cidade. James caminhou durante 40 minutos interruptos, mas não encontrou a interestadual nem, muito menos, uma estrada. Tudo que ele tinha ao seu redor era árvores e mais árvores. Decidiu andar novamente e em mais 30 minutos encontrou um pequeno lago. Aproveitou e tratou de lavar o rosto e matar a sede. Olhou ao seu redor novamente e ao concluir que estava realmente só tirou as suas roupas e deu um mergulho para se refrescar. Entre um mergulho e outro alguém se aproximava, escondido, das suas roupas até que conseguiu apanhá-las sem ser percebido e então, após verificá-las, resolveu se apresentar:

- Acabou o banho palhaço! Saia devagar desse maldito lago ou eu vou esmagar cada ossinho que existir dentro de você, com as minhas próprias mãos! O homem era negro forte e alto, como um jogador de futebol americano e usava barba. Ao escutar, James ficou estupefato e resolveu seguir cada passo ditado, mas resolveu arriscar falar algo:

- A carteira está aí no bolso de trás da calça. Eu juro que não tenho mais nada além disso.

- Tá tirando onda com a minha cara?!?! Eu não quero a porra da sua carteira! O que eu quero é sair desse maldito lugar! Eu tinha uma vida, uma família antes de você me colocar nesse inferno! E é melhor você me tirar daqui ou você vai virar refeição praqueles monstros!

- Calma cara! Eu não estou entendendo nada do que você está falando! Eu estava até ontem cuidando da minha vida também! E hoje acordo nesta porcaria de floresta porque alguns marginais de merda quiseram roubar o meu carro!

- Para de falar essas merdas! Eu sei que é mentira! Você trabalha pros caras que jogou eu e os outros aqui! Eu não vou falar de novo! Ou você tira a gente daqui ou...

- Ou o quê??? Seja lá o que você for fazer pode fazer cara, porque eu não sei de exatamente nada do que você tá falando! Tudo o que eu quero é ir pra porra da minha casa e escutar alguma coisa enquanto uma prostituta qualquer me faz um boquete para que eu esqueça que fui roubado, acordei numa floresta onde vive um louco que tem mania de conspiração e que quase me matou. Vá a mer... E então o homem voou para cima de James e o esmurrou tanto que o deixou desmaiado. Quando James abriu os olhos novamente (na verdade o esquerdo ele só abriu até a metade por causa dos ferimentos) já era noite e havia uma fogueira na sua frente.

- Que bom que acordou James.

- Obrigado por se “preocupar” comigo.

- Vamos dizer que por hora eu te devo desculpas. Eu fucei a sua identidade e ela não me pareceu ser falsa e pelo estado da sua roupa parece que você realmente foi jogado aqui.

- Pois é, era exatamente isso que eu estava querendo te dizer!

- E devido as circunstâncias só tem duas teorias sobre você: Ou você realmente está dizendo a verdade ou você fez alguma merda grande e foi abandonado aqui por eles para servir de refeição para os monstros.

- Cara, eu estou dizendo a verdade! Posso jurar pela minha filhinha Julie!

- Aquela da foto na carteira né? Muito bonita para um pai tão feio.

- Acontece que... Então um barulho foi escutado por ambos vindo da floresta.

- Sssshhhh! Não faça nenhum barulho deve ser um deles.

- Um deles? Um o quê exatamente?

- Dá pra calar essa boca? Olha, não é muito seguro aqui no meio da floresta. Você já acordou e está em condições de caminhar. Eu tenho uma pequena oca ou iglu de concreto há umas duas horas daqui. Lá estaremos mais seguros.

- Ok! Mas ao chegar lá quero saber de tudo isso e afinal qual é o seu nome?

- Me desculpe pela falta de educação, mas até chegarmos onde estamos indo eu serei um sem-nome. Agora anda ou vamos acabar no estomago dessas aberrações. E James continuou seguindo o sem-nome, já que ele era um homem sem escolhas...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.