—Então como começar a contar sobre mim? Eu sou lindo, sexy, bonitão, humilde, um exímio deus das lâminas, um guerreiro formidável, tão bondoso que se deu ao trabalho de ajudar essas crianças que pensam ser guerreiros , são hilariantes e fofos, especialmente a ruivinh~ - Sieghart havia sido interrompido por um elmo voador que foi lançado em sua direção por uma garota de cabelos e olhos flamejantes, literalmente, ela estava inquieta e se movendo em direção ao rapaz que jazia no chão a este momento.

—NINGUÉM, ABSOLUTAMENTE NINGUÉM, ACHA ISSO DE VOCE FOSSIL BABACA!!! - rosnava as palavras em fúria como um trovão - ESTAMOS DANDO ESSA ENTREVISTA PARA QUE SAIBAM QUEM SOMOS, PRA QUE NOSSOS PARENTES NÃO SE PREOCUPEM, PRA QUE O MUNDO SAIBA QUE AINDA EXISTEM AQUELES QUE LUTAM POR ELES! E EU NÃO VOU PERMITIR QUE VOCÊ ARRUINE ESSE MOMENTO. - O silencio ficou estrondoso naquela ampla sala do QG, nem parecia que os outros Chasers lá estavam, não foram capazes de pronunciar nem uma palavra naquele momento só encaravam a dupla de Siegharts , por um segundo o moreno abaixou a cabeça e respirou fundo com se procurasse algo no ar que tomava para si.

—Não pode ser tão egoísta ruivinha, você me ama eu sei, mas acalme-se – ela o encarava furiosa percebendo que ele escondia o riso – A bela repórter não pode me tirar o interesse por ti – ele lançou uma piscadela para a “sua donzela”

—Não enche seu fóssil babaca de merda – estranhamente sua voz que outrora era um trovão ensurdecedor, se tornara a de uma garota fria e seria que o encarava com olhos mortos.

{estranho, nessas horas a Elesis surtaria e destruiria alguma coisa na minha cara, mas ela parece ESTRANHAMENTE racional até demais já que ela não está em combate} pensava Sieg, tendo em vista que ele só havia visto expressões tão cruéis vindas da Sieghart em batalhas e isso o assustara.

—Sieg... - ela inspirou fundo, acalmando-se o bastante para seus cabelos pararem com as chamas – eu juro que eu aturo suas babaquices, eu aturo suas pirraças, suas provocações, tudo o que você quiser hoje, mas suba AGORA! Não há nada para pessoas como nos aqui em baixo, deixe-os dizer aos familiares como estão, contar nossa história como GRAND CHASE e não suas histórias de um imortal faceiro, precisamos disso, eles precisam.

—Ei... eu também quero dar notícias minhas ao mundo – ele falava tentando soar o espertalhão de sempre, embora claramente confuso com a reação de Elesis.

—Se quisessem saber quem você FOI, é só ler um livro de história, com certeza você vai aparecer em várias lendas, mas embora você pareça não ter percebido eu sou a única família que lhe restou, mesmo com séculos de diferença, nem seu se podemos chamar isso de família por carregar o mesmo nome. Você é apenas um arquivo de museu que esqueceram que ainda existe então seja sensato e suba.
—E você? Não vai ficar entediada e sem assunto quando não me ver mais? Meu nome é a palavra que mais sai da sua boca.

—Como eu disse, você pode me irritar lá em cima, mas agora, eu sou a líder e tenho que fazer isso dar certo... por eles- sussurrou a última parte erguendo a mão para o moreno se levantar; ele acolheu a mão dela e impulsionou levantando-se e colando seus corpos em um.

Sussurrando no ouvido de Elesis ele cautelosamente perguntou – Se subir comigo... como dará suas notícias a aqueles que ama? Ou está tão desesperada assim por um segundo a sós comigo? - mesmo preocupado não poderia deixar que ela notasse sua hesitação, ele sabia que seria usado contra ele mais tarde pela pequena.

Calma e serenamente ela retrucou afastando-se dele e virando para a direção das escadas – Você foi a única coisa que me restou velhote, eu não tenho nada para fazer aqui. - Seguiu seu caminho carregando Sieghart pela mão, mesmo que fosse se arrepender depois por ser vista de mãos dadas com ele daquela forma tão intima, que só poderia esperar para ouvir as piadinhas, que embora esperasse naquele momento vindas de um certo moreno, nada foi ouvido.
Era estranho falar estar sozinha pela primeira vez em anos, mesmo quando dizia, sempre sabia que tinha para quem voltar, mas agora, ela não era nada além de uma guerreira vazia, uma armadura de batalha que perdeu um corpo para preenche-la.

Sieghart estava completamente sem reação, apenas a seguia automaticamente, nem se tocou da situação para provoca-la com mais piadinhas, entendeu porque era tão importante deixá-los com suas mensagens, partir sem um adeus, aquilo foi doloroso de ver, mais ainda por ser sua ruivinha, e rasgava seu peito bilhões de vezes mais do que as ásperas palavras que ela havia dito, ele estava desarmado.
{eu... eu não consigo entender, não dá pra aceitar isso, agora que estava tudo bem! A quanto tempo ela esconde isso? Ela sempre treina demais, focada demais, será que é esse o motivo? Mas e os cavaleiros vermelhos, eles eram fortes, bem, fortes pra humanos, mas ... até o Lass conseguiu a família dele de volta por assim dizer, como eu pude deixá-la perder tudo?} os pensamentos do imortal continuaram assim, se embaralhando mais e mais até notar que estavam na porta de um quarto, o quarto dela.

Embora a sala cheia, nada se ouvia, ninguém tivera a coragem de dizer um piu até a sombra de ambos ter sumindo completamente, junto ao clima nevoado que deixaram.

Ela entrou no quarto e abriu espaço para que ele pudesse entrar, e assim o fez; mesmo que já tivesse invadido aquele quarto zilhões de vezes, seja em busca de acorda-la, irrita-la ou até do diário secreto que descobriu outrora escondido em sua gaveta de calcinhas, ainda de surpreendia com a simplicidade e a bagunça dela, embora tivesse seu “cantinho da arrumação” (nota da autora : SIM ELA É INVERTIDA NESSE SENTIDO, tipo, todo mundo tem o cantinho da bagunça em seu quarto, ao menos assim espero, ou só sou eu? Enfim, essa é a explicação), que tinha seus equipamentos, dos mais antigos aos mais novos, quase uma colecionadora, ele havia notado algo a mais, uma espada de bambu quebrada, virou uma arma nova, por causa das pontas que estavam nela, riu ao lembrar-se de como ela quebrou ao mesmo tempo que sentia as dores destas lembranças em seus corpo.
A ruiva pigarreou o trazendo-o de volta a realidade.
—Agora me solta vovô! Eu não quero te acordar tão cedo, não entenda mal, mas eu preciso da minha mão de volta. - Fala de ainda de costas para ele, para esconder seu rubor; aparentemente, voltara a ser a Elesis de sempre e ele por mais abalado não ia ser aquele que a deixaria mal novamente.
—Mais agora que estava ficando bom? - diz ele sedutoramente beijando sua mão e girando-a para que ficasse de frente- My lady ♥

SMASH
—ORA SEU.... VELHO DE MERDA ESTÁ FICANDO CADUCO? - disse com o punho ainda serrado e mais vermelha que um tomate.

Diferente das reclamações ou treplicas que ele soltava, ele apenas riu, infantilmente, como se fosse a coisa mais divertida do mundo.
—ahh, você é de fato incrível Srta Elesis Sieghart, como consegue ser tão sombria e fofa ao mesmo tempo?

—Ora seu.... - Novamente o socou, ele tinha o dom de faze-la ruborizar em tons ainda mais vermelhos com simples comentário, e embora ela soubesse que era uma forma de elogio que ele havia feito, não havia outra forma que ela conseguisse responder a ele, ela não sabia lidar com elogios, e ele sabia disso.

O riso enfim cessou com um Sieghart se dando por vencido e soltando a jovem, ela caminhava até o seu cantinho da organização para guardar o elmo (que antes foi usado como arma para calar sieghart) e a armadura que vestia.

—Que ousada ruivinha vai tirar a roupa na minha frente? - dizia enquanto se atirava na cama fintando a garota que só o ignorava.

—Está tentando me seduzir ruivinha? Está dando certo. - Continuava a provocação em busca de anima-la e aliviar o tedio que sentiria se ela fosse a ruiva seria que viu mais cedo.

Ela nada respondeu, apenas continuou a retirar as amarras da armadura, ela não estava despida por baixo das roupas de metal, embora ela estava cada vez mais incomodada com os olhos que pareciam penetrar sua alma e vê-la completamente desprotegida, derretendo-a até se tornar uma gosminha rosa em uma armadura.

— Se não me atender por bem ruivinha eu vou soprar, e soprar – dizia isso caminhando em direção a garota chegando a sua nuca sussurrava sensualmente – e devorar a ruivinha má - ele deposita um beijo na parte exposta de sua nuca, visto que ela sempre usava o mesmo penteado (uma trança presa para não atrapalhar seus treinos), ele sentiu a pele seus lábios arrepiando e sorriu, gostava de ver que ela era humana e que ele causava sensações nela {será por isso que ela disse que talvez nem sejamos família? A ruivinha sente algo por mim?} pensava com ego inflado, como sempre, logo depois lembrando da realidade, ela era casada com o emprego na GC.

—Se não se afastar agora eu juro, eu vou te furar até você parecer uma peneira, e para de me chamar assim! – ela segurava uma adaga brilhante, recém polida, cravejada com uma pedra roxa tão bonita e intensa.

Quando os olhos do moreno encontraram o brilho da ametista cravada entre a lâmina, ele congelou.


—... onde arrumou isso? - ele havia ficado surpreso, puxou a adaga das mãos da pequena- Eu achei que isso havia se perdido há muito tempo, como a encontrou?

seus olhos brilhavam como um orvalho do dia de neve, enquanto a ruiva o encarava, com os olhos fixos, assim como os dele no objeto. Ela estava vendo um Sieghart diferente, ele era ... fofo.


— ann? O Ronan encontrou nas explorações dele em canaban e trouxe, disse que era da minha família e havia se perdido por batalha, embora fosse nobre.- disse tentando soar normalmente, e torcendo para ele não ter notado.

—É CLARO!! EU PERDI ISSO EM CANABAN, SIEGHART SEU LERDO! - ele falava consigo empolgado fazendo a confusão de elesis maior e sua ameaça agora esquecida. - Essa foi minha primeira adaga ruivinha, fico feliz que esteja com você, achei que tinha se perdido no mercado negro.


Elesis prontamente, a esticou para sieghart, mas não como ameaça, ela estava a devolvendo, o que o fez ficar confuso.


—Ela é sua, não é? Uma arma tão boa, tão bonita, não a perca novamente- dizia corada, não pelo rapaz abobado em sua frente, mas pela beleza da arma e o carinho transmitido a ela, acho que também como uma forma de desculpa pelas palavras rudes antes ditas a ele.

—Ela é sua agora... eu não poderia – era evidente que a menina estava lhe entregando talvez seu bem mais valioso, quanta honestidade, chegara a emocionar Sieg, por dentro, é claro, e agora sua Elesis era ainda mais charmosa.

—Pega logo antes que eu me arrependa, velho estupido.

Ele abruptamente apossou-se da pequena adaga, feliz de rever o precioso objeto, ela sabia como era aquela sensação, sempre lembraria de sua primeira espada, que estava guardada com carinho, bem próxima a ela.

Sieghart repentinamente coloca a lâmina na cama da ruiva e retira o pequeno anel de seu dedo anelar.

—Você me deu a coisa mais importante que tinha, então, esse é meu pagamento.
—Primeiro, eu não fiz por pagamento, eu só te devolvi! Você é o dono dela. Segundo, quem disse que algo que era seu é o mais precioso pra mim?! Vai sonhando...

—Qual é ruivinha, eu estou dando a você o objeto mais importante no mundo pra mim, por ele eu destruiria até a soluna.- falava ainda empolgado.

Ela ficou ainda mais confusa, {a sagrada soluna, ele sabe o valor dela, entao porque diria tal barbaridade? ele esta realmente ficando maluco?} pensava —porque esse anel é tão importante pra você? - ele conseguiu despertar a curiosidade dela afinal, tal objeto não pareceia melhor que nenhum outro anel.


—parece que tem alguém que se importa com as histórias de sieghart o imortal não é mesmo?- disse rindo e acomodando-se na cama novamente.

—porque eu perguntei minhas deusas??? Quer saber eu não ligo, passa pra cá – ao tentar tomar o anel das mãos de sieghart ele esconde as mãos fazendo-a pegar somente o ar

—NANANINANÃO, você disse que aturaria, então seja boazinha e sente-se aqui que eu vou lhe contar a história.

Em meio a protestos quase surdos e muitos murmurios, Elesis obedeceu, ele segurou a mão esquerda dela, que relutou em permitir recebendo um olhar de “ta com medinho?” do Sieghart mais velho, orgulhosa como só, ergueu a mão a entregando abruptamente, como um “NÃO MESMO” para ele que sorria ao colocar o pequeno anel liso de ouro brando no dedo anelar delicado, (mas nem tanto né!), combinava com ambos, estranhamente. O moreno sorria ao notar e não soltou a mao dela, até ela retirar, era encantador. Rodeava com a ponta dos dedos, o lugar que antes havia seu tão precioso anel. Ele não deixou de encara-la fintando a mao com o novo acessório rubra e encantada, era realmente um belo anel, por mais simples que fosse.

Pigarreou para receber a atenção da mais nova.


—E então ruivinha... vou te contar a história de como eu morri pela primera vez... com uma mulher que eu amei.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.