Os amores de Rose Weasley.

16 anos - Lorcan Scamander


O verão foi como qualquer outro, dias na toca, cartas trocadas com Meline, apesar de que eu me sentia uma espécie de cobra venenosa ao trocar cartas com ela, afinal Meline estava interessada em Amoux ou eu pelo menos achava.

As coisas mudaram um dia quando veio à carta dela.

Olá Rose.

As coisas estão normais por aqui, ou tão normais quanto o possível quando se está na Espanha, na casa do pai de Juan e Amoux está também no mesmo ambiente.

“Nossa Meline, você está na Espanha?”

Sim Rose, cheguei ontem, por meio da lareira, Juan me chamou para um fim de semana na casa do pai e eu aceitei e obviamente ele teve que chamar seu fiel comparsa, o Amoux.

Ele como sempre babaca, hoje mais cedo ele me deu uma poção que deixou meus cabelos azuis.

Segue abaixo foto anexada.

Olhei para a foto no qual Meline se mexia e seus cabelos estavam azuis, ela parecia xingar alguém e continuei a ler a carta.

Rose Weasley, como você ficou aos beijos com essa peste pelos corredores de Beauxbatons?

Sim! Eu vi! E nem pense em negar, eu até shippava, mas depois de Amoux deixar meu cabelo azul não torço nem para que ele seja seu vizinho.

E sinceramente amiga, como assim você ficou interessada nele?

Beijos da rainha diva Meline.

Pus-me a escrever uma carta.

Iludida Meline.

Ainda bem que me contou um babado desse, Espanha? Ai que chique.

Azul, essa cor combina com você.

Por que ele beija bem, está ai o motivo, mas nego qualquer interesse romântico em Amoux, foi apenas isso e você alivia meu coração com essas palavras, por que até então eu achava que você estava interessada nele.

E como você me viu? Eu Amoux, sempre fomos discretos.

A verdadeira rainha e diva Rose Weasley.

Mandei a carta para a minha amiga e me pus a escrever para Yuri Schingnov, sempre trocávamos correspondências.

Falei que havia retornado de Beauxbatons e que as coisas iam às mil maravilhas.

No dia seguinte recebi outra correspondência de Meline.

Rose mau gosto Weasley.

Que mau gosto da peste em menina? Amoux, nunca fui interessada nele, por que diferente de você eu tenho um excelente de um bom gosto.

Eu espero que você esteja curtindo seu verão.

Meline maravilhosa gata rainha dona do coração da humanidade.

Deixei para depois responder a correspondência de Meline.

O verão foi excelente, visitei meus parentes para matar a saudade, foi tudo maravilhoso.

Finalmente chegou o dia de embarcar para Hogwarts, o embarque aconteceu sem nenhum imprevisto e como sempre, me despedindo dos meus pais e aqueles momentos familiares únicos.

Subi no trem e parti em busca de uma cabine e pela primeira vez notei que esse ano eu estaria sozinha, quem sempre me acompanhava era Scorpius Malfoy, mas a essa altura ele devia estar em Durmstrang e pensar em Scorpius doeu, doeu bem mais do que estimei.

Recompus-me e fui procurar uma cabine, a primeira que abri estava Albus.

―Olá Albus, posso entrar. ― Albus era muito parecido com tio Harry, ao mesmo tempo era muito parecido com tia Gina, ele lia um livro e já estava com seu uniforme corvino.

Albus deu de ombros e entrei, me sentei de frente a ele e ficou aquele silencio desconfortável, naquele momento eu percebi que não enxergava Albus como primo, mesmo crescendo juntos.

Toda vez que eu ia visitar os Potter com meus pais, eu raramente via Albus, ele geralmente ficava em seu quarto sozinho lendo e por algum motivo eu e James nos dávamos melhor.

Na Toca sentávamos um longe do outro e não nos falávamos, quando chegamos a Hogwarts fomos para casas distintas e o máximo de contato que tínhamos era alguns comprimentos de cabeça no corredor.

Albus Potter também não parecia fazer questão de contato com muita gente e não sei se tínhamos assuntos em comum, afinal as paixões dele eram livros acadêmicos e poções.

A porta da cabine foi aberta e parado ali estava Lorcan Scamander, ele pediu para entrar, eu disse que sem problemas e Albus novamente deu ombros e ele voltou a ler seu livro que deduzi pelo titulo se tratar de poções.

Lorcan Scamander começou logo a puxar assunto e a dissertar as respeito de sua ultima viagem, que fora no verão e ele tinha explorado os pontos turísticos dos trouxas.

Enquanto Lorcan narrava suas aventuras com sua voz que parecia uma deliciosa mistura de mel e trovão, eu prestava atenção em sua pessoa.

Lorcan ainda usava suas roupas trouxas, no qual ele sabia vestir com certa maestria, uma calça discreta e um suéter azul, ele estava no mesmo ano que eu, era um corvino orgulhoso.

Seus cabelos eram loiros escuros e seus olhos azuis claros e sua pele bronzeada pelo ultimo verão na América Latina.

Lorcan não era o cara mais bonito do planeta, mas estava longe de ser feio, não era o mais inteligente, mas não era nenhum burro, não era gordo e nem magro, não era a pessoa mais destacada na multidão, mas não era difícil notá-lo.

Ele não era 8 e nem 80, não era inverno nem tropical, nem quente nem frio, ele era o morno, Lorcan representava perfeitamente a o meio termo e percebi bem ali em uma cabine de trem que eu adorava a presença de Lorcan.

Lorcan e eu tagarelamos mais um pouco e Albus deixou a cabine, talvez ele achou que nós falávamos demais e estávamos atrapalhando sua leitura.

Quando cheguei a Hogwarts fui na mesma carruagem que Lorcan e assim que ele saltou dela ele disse.

―Nós vemos por ai Rose Weasley.

Fiquei na hora do jantar sozinha, mesmo com muitos cumprimentos amigáveis e pessoas que disseram que sentiram minha falta.

Antes de eu me retirar para o dormitório McGonagall veio falar comigo e disse que queria me ver na sala dela na manhã seguinte para eu resolver as questões dos NOMS.

No dia seguinte antes das aulas começarem eu fui até a sala de McGonagall, ela estava atrás de sua mesa em sua figura imponente.

―Sente-se Rose Weasley.

Fiz o que ela pediu e me sentei a sua frente.

―Primeiramente, você já sabe que carreira quer seguir? ― Ela me perguntou.

―Diplomacia bruxa! ― Respondi prontamente.

― Certo, vejo que tem os certos requisitos, talento para estudos dos trouxas, você tem se aprimorado nas línguas que fala, tem certa habilidade em DCAT, adivinhação e história da magia. ― A diretora opinou.

―Ontem a tarde chegou seu histórico de Beauxbatons, não acho justo você fazer os NOMS, tanto para você, como para os outros alunos, pois se fizesse agora não teria base nenhuma, pois o ensino de Beauxbatons é muito diferente, se fizesse no fim do ano com os alunos do quinto ano, seria injusto, pois você teria acesso a matérias do sexto ano, coisa que seus colegas não tiveram e dificilmente você conseguiria equilibrar o sexto ano e os estudos dos NOMS. ― Explicou McGonagall. ― Por isso depois de ter falado com seus pais e eles concordaram, fiz um pequeno conselho com seus professores e analisamos seu histórico, tanto de Hogwarts como de Beauxbatons e avaliamos seu desempenho em cada matéria, para ver qual você está apta ou não para o sexto ano, vou falar quais matérias você não tem mais a necessidade de fazer, que são, poções, aritimancia, transfiguração, herbologia e trato das criaturas mágicas. O resto das matérias concordamos que você está apta a ingressar no sexto ano. ― A diretora falou e logo depois tirou um pequeno papel da sua gaveta. ― Está aqui seu horário e esta dispensada senhorita Weasley.

Agradeci a ela e depois deixei sua sala e verifiquei que meu próximo horário era adivinhação.

Caminhei tranquilamente até a sala de adivinhação, mas quando cheguei lá percebi que devia ter caminhado mais rápido, pois cheguei alguns minutos atrasada.

A atividade era em dupla e minha dupla foi Lorcan Scamander e a tarefa consistia em algo que a professora chamou de leitura de personalidade.

Tínhamos que derramar um liquido rosa em um pratinho e tentar identificar a mancha e verificar em nosso manual o que ela significava.

―As damas primeiro. ― Lorcan apontou para a garrafinha com o tal liquido rosa, derrubei alguns pingos que pareciam três gotículas de chuva.

―Isso parece chuva, gotas d’água. ― Lorcan falou abrindo o livrinho e foi verificar o tal do manual procurando desenhos e logo começou a ler. ― Você é encantadora, uma pessoa um pouco sentimental, indecisa e provavelmente terá muitas paixões na vida, mas seu coração permanecerá sempre leal a apenas um amor e tem alma de donzela.

Lorcan me encarou e fiquei em silencio matutando aquelas palavras.

―Minha vez. ― Ele pegou a garrafinha e virou o liquido, o risco ficou parecendo um pássaro.

Procurei no livrinho o tal pássaro e li em voz alta para Lorcan.

―Um espírito livre, provavelmente sua necessidade por aventura o levará a muitos pontos do mundo, é bom ensinando e confia muito nas pessoas e provavelmente é muito romântico. ― Li e embaixo tinha um pequeno P.S: ― Olha, tem uma observação aqui. ― Eu devia ter lido tudo antes em minha mente em vez de ler em voz alta. ― Diz que você tem certa atração por ruivas.

Corei na hora e Lorcan deu um daqueles seus sorrisos.

―Talvez eu tenha mesmo. ― Ele me deu uma piscadinha e a aula continuou normalmente e garantimos alguns pontos para a nossa média, segui para minha aula de História da Magia e Lorcan para a sua de transfiguração.

Com os dias eu e Lorcan viramos muito amigos, ele queria muito ter uma carreira na área de transfiguração, que era sua matéria favorita, ele era péssimo com as áreas de trato das criaturas mágicas e herbologia e todos pensavam que ele era bom devido ao seu histórico familiar e ele odiava isso e fez questão de zerar os NOMS em ambas as matérias.

Ele ainda fazia adivinhação por que disse que era sua forma de relaxar e algumas coisas Lorcan dizia que conferia, eu me lembro do dia que conversávamos sobre isso, era dia 6 de outubro, uma quinta-feira.

―Rose. ― Lorcan parecia pensativo. ― Você acredita em adivinhação?

―Sim, acho que sim, não cegamente. ― Falei fitando meus sapatos.

―Às vezes eu acredito, bom, no dia do exercício de personalidade, a história de preferir ruivas bateu. ― Ele deu um daqueles seus sorrisos conquistadores.

Lá vai entrar para lista mais uma das atitudes impensadas de Rose Weasley, eu parei na frente de Lorcan, precisei ficar nas pontas dos pés e o beijei.

O beijo de Lorcan tinha gosto de doces e me dava uma certa tranquilidade, ele era o tipo de pessoa que emanava paz e serenidade.

Talvez eu não tivesse extremamente apaixonada por Lorcan Scamander, mas eu adorava sua companhia e com certeza tinha por ele um sentimento maior que a amizade e eu queria mais, Lorcan era um cara legal que eu tinha alguns sentimentos mais que platônicos.

Ele interrompeu o beijo e virou-se e foi embora, fiquei ali catatônica sem nem saber o que fazer, depois que Lorcan foi embora virando o corredor, fingi que nada tinha acontecido e segui pela direção oposta.

E milhares de possibilidades negativas se passaram pela minha cabeça.

Nós evitamos na sexta-feira até na noite seguinte quando recebi uma carta dele.

Cara Rose Weasley.

Desculpe pela demora, a verdade é que eu já ensaiei o que iria te dizer e reescrevi umas mil vezes e nada parece bom o suficiente, neste momento eu estou resistindo ao ímpeto de rasgar essa carta e temendo estar parecendo um bobo.

Eu fui embora sem dizer uma palavra por que eu nem sabia que palavras usar, para um cara falante é estranho para eu ficar sem palavras.

A verdade Rose Weasley é que eu estou apaixonado por você desde o dia da cabine de trem e que eu tenho uma atração por ruivas (Ta okay, isso foi ridículo e ignore a piada boba).

Amanhã sei que é um dia especial, seu aniversário, por isso eu estou te convidando para um passeio em Hogsmeade, me encontre às 11h nos portões de saída de Hogwarts e, por favor, me mande à resposta se você realmente quer ir em um encontro comigo, não precisa dizer mais nada ,apenas SIM ou Não.

Carinhosamente Lorcan Scamander.

Li a carta estática demais, sem acreditar, achando que meus olhos estavam pregando alguma peça.

Caro Lorcan.

Estou muito grata pelo convite, sim, eu o aceito.

Afetuosamente Rose Weasley.

Selei a carta e mandei para o garoto, mal podendo conter a ansiedade para o dia seguinte.

No dia oito de outubro, no meu aniversário de 16 anos, fui acordada pela coruja dos meus pais me mandando parabéns e uma caixa com presentes.

Ganhei um delicado colar com o pingente da grifinória, adorei, respondi a carta dos meus pais e decidi escolher minha roupa para a ocasião que eu tanto ansiava.

Escolhi um vestido azul que Dominique me deu quando eu ainda estava em Beauxbatons, ficou ótimo.

Minutos mais tarde Lily e Hugo vieram me trazer bolinhos, eu adorava aquele relacionamento que Lily e Hugo tinham, eu desconfiava que existia algo mais que amizade e mesmo que o a mais fosse coisa da minha cabeça, a amizade deles era bonita, mesmo com as muitas diferenças, eles tinham uma convivência harmoniosa.

Suas diferenças eram uma lista enorme, ela era da Sonserina e Hugo era Lufano, os cabelos dela eram ruivos e o dele castanho, Hugo era introvertido demais, se abrisse o dicionário atrás da palavra introvertido encontraríamos a descrição do Hugo e Lily era o perfeito significado de extroversão.

Lily era de DCAT e Hugo da Herbologia, Lily jogava quadribol, era artilheira, ele nem se equilibrava na vassoura e por ai iam seus opostos.

Os bolinhos estavam maravilhosos, Roxanne me trouxa um anel e adorei o carinho dos meus familiares para comigo.

As 11h em ponto eu estava nos portões de Hogwarts com os braços enlaçados nos de Lorcan Scamander, ele me guiou para a casa dos gritos, disse que queria privacidade.

Quando cheguei à sala dos gritos me surpreendi, toalha estendida no chão e o local limpo e perfumado, com cheiro de flores, admito que por um tempo aquilo foi o cheiro da minha amortencia.

Tivemos um delicioso piquenique que terminou com Lorcan me pedindo em namoro e eu estava nas nuvens e obviamente disse sim.

Mandei uma carta aos meus pais avisando sobre o ocorrido e a resposta veio em um dia que eu e Lorcan estávamos na biblioteca estudando juntos.

A coruja soltou um berrador e eu tive que abri-lo no meio da biblioteca e o berrador era do meu pai.

―ROSE WEASLEY, COMO SE ATREVE A ARRANJAR UM NAMORADO, NÃO IMPORTA SE É O LORCAN, NOSSO CONHECIDO, TRAGA ELE AQUI NO VERÃO E EU ESPERO QUE ELE ESTEJA PERTO DE VOCÊ QUE AS PRÓXIMAS PALAVRAS SÃO PARA ELE. ― O berrador foi para perto de Lorcan. ― SEU MOLEQUE ATREVIDO, NÃO QUERO QUE A MACHUQUE DE MODO ALGUM E NEM QUERO QUE A DESONRE, ESTAMOS ENTENDIDOS?

Eu só podia abaixar a cabeça enquanto Lorcan tremia-se inteiro, depois que o berrador se desfez em pedaços eu e Lorcan começamos a rir.

―Fazer o que? Não levou uns gritos do sogrão não viveu. ― Quando Lorcan sorria uma covinha se formava em sua bochecha e eu a adorava.

Lorcan foi um excelente namorado, sempre me levava doces, era atencioso e romântico, fazia questão de me apresentar a todos com orgulho e se dizia o homem mais apaixonado da face da terra.

Era verão e aniversário de dezessete anos do Lorcan e Lysander, fazíamos uma pequena comemoraçãozinha no jardim de Luna, minha sogra me adorava e assim como meu sogro e meu cunhado Lysander era extremamente gentil, eu amava aquela família.

Estavam ali meus pais e meu irmão, alguns amigos seletos dos Scamander numa festinha muito legal em um quintal bruxo.

A decoração era simples, mesas plásticas aqui e ali e luzes flutuavam deixando o lugar bem agradável, eu estava de mãos dadas com Lorcan e dividíamos uma mesa enquanto nossos pais conversavam em outra e Lysander estava conversando com um amigo.

Lorcan simplesmente beijou a costa da minha mão e eu adorava tal gesto, minutos depois Luna veio até nós com uma bandeja de canapés.

―Espero não estar atrapalhando o casal. ― Ela deu um sorriso e deixou a bandeja em cima da mesa e nos encarou por alguns segundos. ― Vocês vão me dar netos tão lindos.

Luna apenas virou-se e foi embora, eu não havia me habituado à sinceridade repentina de Luna Scamander.

―Se eles puxarem a você serão lindos mesmo. ― Comentou Lorcan.

―Eles quem? ― Perguntei um pouco desnorteada ainda, minha barriga havia sido domada por um frio e eu sentia vontade de vomitar.

―Nossos filhos Rose. ― Ele me respondeu como se fosse obvio. ― Eu acho que vão ser ruivos.

―Ah sim. ― Tentei disfarçar o mal-estar, eu vou ser sincera, eu gostava de Lorcan e muito, mas não sei o amava e toda vez que ele falava em casamento, uma parte minha gelava e agia como se fosse errado e a única coisa que eu queria fazer quando esses comentários surgiam era apenas me esconder.

Depois a culpa se apoderava de mim, será que eu estava iludindo o Lorcan?

O resto da noite passou-se com Lorcan contando piadas e me dando beijos, antes de irmos embora peguei um livro emprestado com ele.

Assim que cheguei em casa naquela noite, decidi já começar a leitura e um papel bem dobrado de Lorcan caiu do meio do livro.

Decidi desdobrar e ler.

Planos para o futuro de Lorcan Scamander.

—Ir a Dubai com Rose.

—Ir a Paris com Rose

—Ir ao Brasil com Rose.

—Me casar com Rose na praia, num dia de lua cheia.

—Ter Três filhos com Rose.

—Ser feliz com ela e envelhecer juntos.

Fiquei estagnada e sem reação, dobrei novamente o papel e coloquei no mesmo lugar, eu não tinha esses mesmos planos, eu me imaginava em Dubai, só que sozinha, me via em Paris com Dominique, naquele momento percebi que na maioria dos meus planos futuros Lorcan não estava encaixado e ele me enxergava como seu futuro.

Pensei em terminar aquele relacionamento, antes que ele se ferisse ainda mais, porém a ideia de terminar com Lorcan era um tanto quanto dolorosa, mesmo que em alguns momentos eu sentisse que faltava algo.

Talvez eu precisasse apenas de mais tempo para me acostumar com a ideia, talvez com o tempo eu enxergasse todo aquele futuro e logo retornei a leitura do livro.

Os dias do verão passaram rapidamente e logo eu estava na velha locomotiva indo para Hogwarts, eu dividia uma cabine com Lorcan e nós estávamos aos beijos até a porta da cabine ser aberta.

Havia ali um garoto e ele estava mais alto do que eu me lembrava, seu cabelo estava no mesmo tom de loiro e seus olhos cinza mostravam um olhar ferido, era Scorpius Malfoy e ele tinha voltado.