Uma Semana Depois

A última semana na casa da família West foi divertida, Natasha e Victor tentavam da melhor forma possível não deixar o clima pesado entre os demais. Na segunda feira bem cedo, um carro estava na porta do West para busca-los. Natasha se despediu de todos e foi para o carro, Victor demorou um pouco mais e a acompanhou. A viagem foi silenciosa, depois de horas de viagem eles chegaram a Central de treinamento da KGB, assim que entraram foram decepcionados pessoalmente pelo Ivan Petrovick.

— Bem vindos a KGB - Ele falou olhando-os e eles apenas assentiram - Vou apresentar-lhes as instalações

Ivan foi acompanhando os dois mostrando as salas onde aprenderiam idiomas e concluiriam seus estudos de forma intensiva, as sala de tiro, o ginásio de luta, a sala de informática e os dormitórios. Ivan assumiu uma forma fria e autoritária a medida que apresentava o lugar. Eles observaram que o modo de treinamento dos agentes, as formas que eram dobrados, que eram tratados, a frieza que reagiam, eles sabiam que sentimentos ali não eram permitidos e logo se puseram a esconder os seus, Ivan pediu que levassem-os aos seus respectivos dormitórios, guardaram suas roupas, no mesmo dia levaram os cronogramas da semana para que eles estivessem cientes das atividades. Natasha e Victor passaram os minutos seguintes memorizando os horários do dia. Ao fim da noite, antes de dormir eles memorizaram os horários do dia seguinte.

A medida que eles ficavam lá viam o que era mais rigoroso do que imaginavam, eles eram cobrados para serem os mais rápidos, mais fortes, mais inteligentes e os que não atendessem a expectativa eram punidos com chicotadas na frente de todos, Natasha e Victor buscavam sempre ser os melhores, por se destacaram nas turmas que frequentavam Ivan ordenou que os colocassem em turmas mais avançadas. Depois de três anos na academia, Ivan fez a seleção dos que receberiam os treinamentos para agentes, Natasha e Victor foram selecionados e separados, os levaram para locais diferentes para o treinamento para espiões um exclusivo para as mulheres e o outro para os homens.

Natasha estava com doze anos quando iniciou o treinamento e Victor com quinze, nos três anos seguintes eles aprenderam a identificar o perfil das pessoas, a descobrir seus pontos fortes e fracos, a manipula-las, passaram por muitas coisas, foram caça e caçadores, foram torturados e torturadores, dos oitenta que foram selecionados, menos da metade sobreviveram ao treinamento. Na última semana antes de retornarem para a Central as meninas foram reunidas para um jantar com o diretor Petrovick, todas perfeitamente arrumadas, com vestidos, saltos, maquiagem e penteados elegantes. Antes de saírem dos quartos receberam onde cada uma ficaria sentada a mesa, o jantar se seguiu normalmente, todas as 17 sobreviventes, Natasha era a mais nova entre elas com 15 anos a outras variavam entre 19 e 23 anos. Após a sobremesa todas permaneceram sentadas com a postura perfeita olhando para frente, aguardando a ordem para que fossem dispensadas. Ivan bateu um talher na taça de vidro chamando a atenção das meninas que simplesmente olharam na direção dele.

— Gostaria de fazer uma pequena avaliação - Ivan falou e fez um gesto com a mão e suas mulheres entraram carregando uma bandeja com taças de vinho - Quero que me digam qual o vinho e a safra.

Essa parte da história contem cenas de abusos sexuais, aconselho que pule essa parte se não se sente confortável com esse conteúdo.

(No próximo trecho em negrito pode continuar a leitura)

As mulheres colocou uma taça a frente e cada garota que permaneceram observando a taça. Uma a uma Ivan perguntou qual o vinho e a safra, todas acertaram mas algo parecia errado, o olhar de algumas parecia perdido, a postura começou a ceder, elas haviam sido dopadas, 17 agentes com idades entre 27 a 35 anos começaram a entrar olhando as garotas, cada um foi se posicionando atrás das cadeiras das meninas.

— Sabem o que vieram fazer aqui - Ivan falou com frieza se servindo de uma garrafa de Vinho que trouxeram separadamente para ele - Divirtam-se

Sem nenhum cuidado os homens colocaram as meninas sobre a mesa, alguns subiam as saias outros rasgavam os vestidos, suas roupas íntimas e começaram a possui-las como animais, as meninas que estavam conscientes, mas impossibilitadas de agir apenas assistiam e outras deixavam as lágrimas rolarem enquanto aqueles homens tomavam seus corpos para si, em posições diferentes, eles as beijavam, chupavam, mordiam, até chegarem ao seu ápice de prazer doentio, eles revezavam entre si, até que chegassem a exaustão.

Quase três horas se passaram até que as meninas recuperaram aos poucos os movimentos do corpo, elas estavam feridas, as que eram virgens como a Natasha estavam sujas de sangue entre as pernas, elas tentaram se mover para saírem dali, mas devido ao remédio e o abuso sofrido, mal conseguiam se mexer. Traziam no corpo marcas daquele dia, chupões espalhados pelo corpo, apertos que deixaram hematomas, de repente a porta foi aberta e era possível notar que algumas temeram que pudesse acontecer novamente, mas o Ivan entrou como se nada tivesse acontecido e as olhou.

Pode prosseguir com a leitura do capitulo

— Devem estar se perguntando porque mandei que fizessem isso com vocês - Ivan falou simplesmente - Era a última parte do treinamento. Para serem da KGB terão que fazer o que for preciso e para isso seu corpo não poderia pertencer a vocês. Vocês são do governo e farão exatamente o que ordenado. O suporte médico está chegando para atende-las

Ivan saiu deixando as meninas. Minutos depois os médicos e enfermeiros. Começaram a atende-las e as encaminharam para a ala hospitalar para que recebessem os devidos acompanhamentos, as meninas foram levadas em cadeira de rodas para a enfermaria. Após serem atendidas, as deixaram sozinhas em seus respectivos dormitórios para se recuperarem, as meninas andavam com dificuldade, algumas tinha que se apoiar nas paredes, outras ainda se permitiam chorar pela lembrança. Natasha desde aquela noite, não deu uma palavra, exceto para responder ao médico mas sempre evitava olha-lo diretamente.

Alguns dias se passaram e mesmo sentindo um pouco e dor, Natasha se obrigou a levantar, mesmo com um pouco de dor se forçava a caminha o mais normal possível, trocou de roupa e se dirigiu a academia, enfaixou as mãos e se posicionou a frente do saco de areia. Começou a socar para aliviar toda raiva, toda frustração. Naquela noite quando ela percebeu o que aconteceria, olhou bem para o homem que iria abusa-la e fechou os olhos esperando apenas que tudo acabasse logo, assim fez com os outros que vieram depois dele, não se permitiu derramar uma unica lagrima pelo ocorrido, foi o caminho que escolheu, não havia volta. O que mais a incomodava era a sensação de impotência que ela experimentou, como no dia que mataram a sua mãe, ela não pode fazer nada e enquanto socava o saco de areia, ela jurou a si mesma que nunca mais ficaria impotente daquela maneira, depois de quase duas horas socando e chutando o saco de areia, Natasha pingava de suor, a adrenalina dominava seu corpo a ponto de não senti mais as dores de antes, pegou a bolsa, pegou a muda de roupa e tomou banho no banheiro da academia. Se vestiu e saiu voltando para o dormitório, no meio do percurso ouviu o som de conversas se aproximando indo em direção a academia, não demorou para que ela visse o pequeno grupo de agentes se aproximar, dois deles haviam abusado dela naquela noite, ao vê-la alguns sorriam com maldade.

— Boa tarde, srta Romanoff - Um deles falou olhando-a - Vejo que se recuperou rápido, está andando normal

— Minha rotina não pode parar devido aquela noite, tenho muita coisa a fazer antes de retornar a central - Natasha respondeu sem abaixar a cabeça ou esboçar emoção, o que surpreendeu alguns dos agentes - Se me dão licença, senhores. Preciso terminar de arrumar as malas.

Sem esperar resposta a Natasha se virou a seguiu normalmente o seu caminho. Chegou ao seu dormitório, respirou fundo e começou a arrumar suas coisas, minutos se passaram até que ouviu uma movimentação no corredor, agentes e paramédicos corriam olhando de dormitório em dormitório.

— O que está acontecendo? - Natasha perguntou quando saiu do quarto e viu um agente tentando arrombar a porta no final do corredor

— Uma das meninas se matou - Um paramédico respondeu - E ela não pode ser a única.

Natasha rapidamente começou a ajudar os agentes, algumas meninas estavam deitadas e se assustaram ao ver a porta sendo arrombada, as que estavam bem, eram encaminhadas para a enfermaria, mas em um dos quartos Natasha não teve tanta sorte, ao entrar se deparou com a seguinte cena, uma das garotas estava pendurada em uma força, seus pulsos possuíam cortes profundos e ainda pingava sangue no chão, ela pode ver uma trilha de sangue que vinha do banheiro e foi em direção ao mesmo, viu o espelho quebrado e um pedaço grande de vidro totalmente coberto se sangue, Natasha olhou mais uma vez aquela cenário e saiu.

— Tem mais uma aqui - Natasha falou e os paramédicos foram até lá, já era o quinto corpo que achavam

— Qual a situação? - Um agente supervisor perguntou

— Ela preparou uma forca de pano, quebrou o espelho do banheiro, usou o vidro para cortar os pulsos e se enforcou - Natasha respondeu e olhou os paramédicos tirando o corpo da forca - Ela se certificou de que não haveria meios de sobreviver.

— Deveria ir a enfermaria, senhorita Romanoff - o agente falou frio

— Eu estou bem - Natasha respondeu e foi em ao próprio dormitório

— Apesar de todo treinamento, precisa de acompanhamento - o agente falou sério

— Acha que vou fazer o mesmo que elas? - Ela perguntou olhando-o

— Elas se abalaram e cederam ao desespero - o agente falou

— Cederam porque deixaram se levar pelos sentimentos - Natasha respondeu - Isso é coisa de criança.

— Você é a mais criança entre elas - Ele falou se referindo ao fato dela ter apenas 15 anos

— Não é o que parece - falou, olhou para o corpo da garota quando um outro paramédico saiu empurrando a maca do quarto e olhou o supervisor - Tenho certeza de que eu sou a menor das suas preocupações, tem outras que ficaram muito abaladas. Agora se me dar licença.

— Esta noite me encontre no escritório, às 17h - o supervisor falou

— Sim senhor - foi tudo que ela respondeu antes de sair

Retornou ao seu dormitório, escolheu a roupa para ir até a sala do supervisor, uma calça jeans azul escura, uma blusa branca e o sobretudo marrom para esconder algumas marcas ainda visíveis, separou uma bota de montaria preta. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo e foi para o refeitório, assim que finalizou o jantar foi direto para a sala do supervisor, assim que chegou bateu na porta recebendo a autorização para entrar logo em seguida.

Quando abriu a porta ela viu o supervisor em pé ao lado da mesa, já no seu acento estava Ivan Petrovick.

— Pontual como sempre - o supervisor falou

— Boa noite, srta Romanoff - Ivan falou

— Boa noite, senhor - falou e beijou seu anel como todos faziam ao falar diretamente com ele.

— Sente-se - ele ordenou e ela obedeceu - Porque está aqui?

— Pediram para comparecer e o fiz - respondeu olhando-o

— Foi chamada, porque dentre todas as recrutadas, foi a única que atendeu as expectativas da seleção - Ivan falou simplesmente - Arrume suas coisas e se prepare, amanhã você retorna a Central como agente Romanoff.

— Obrigada, senhor - Natasha falou simplesmente e ouviu a porta abrir, mas não se moveu

— Senhor, pediu que eu viesse? - ouviu a voz do agente que se aproximava

— Sim, amanhã você está responsável por levar a nossa nova gente de volta a Central - Ivan falou olhando-o

— Será um grande privilégio, senhor - o agente falou simplesmente

— Acredito que já conheça a agente Romanoff, agente Federov - Ivan comentou e ele a olhou

— Certamente. É uma grande satisfação recebe-la a KGB - o agente falou ao meu lado e ela se virou para olha-lo e o reconheceu. Ele foi o primeiro naquele noite

— Estou honrada em poder servir o meu país - falou simplesmente sem esboçar emoção ou reação ao reconhecimento

— Amanhã, às 7h partiremos - o Federov falou me olhando

— Sim senhor - ela respondeu e ele assentiu

— Pode se retirar agente Federov - Ivan falou e a Romanoff o olhou quando o agente saiu - Lembra-se dele, agente Romanoff?

— Sim, senhor - respondi olhando-o

— E quem ele é? - perguntou curioso

— Alguém como eu - respondeu firme - Que serve ao seu país sem questionar

Ivan riu com certo orgulho e olhou para o supervisor

— Você será uma das melhores agentes que a KGB terá, não tenho dúvidas disso - Ivan falou olhando-a

— Obrigada, senhor - falou sem esboçar emoção.

— Pode se retirar, nos vemos amanhã na central - Ivan falou e assenti me levantando.

Assim que saiu do escritório, enquanto caminhava no corredor, não conteve o sorriso, ela havia conseguido. Ela era uma agente da KGB, agora só precisava ter acesso para descobrir o que causou a perseguição dos Romanoff e saber quem foram os homens que mataram a mãe. Jurou vingar a família e agora que era uma agente da KGB, poderá fazer e quem sabe assim, ela consiga ter um pouco de paz. Ela sabe o perigo das coisas que pretende fazer, o preço a pagar pode ser muito alto, se descobrirem os seus planos, poderia ser morta, não, ela não podia pensar nisso. Ela tinha que ser a melhor agente, a pessoa que eles contassem sempre, terá que ser cautelosa, para conseguir fazer justiça pela família.