Os Vingadores - Entre Herois e Aliens
Familia West
Assim que chegamos ao quarto, Victor e Fernando estavam bem próximos a cama, a senhora West me olhou e deu um leve sorriso.
— Obrigada - ela falou me olhando
— Não precisa agradecer - falei me aproximando - Como a senhora está?
— Graças a você, apenas terei que ficar de repouso aqui por algumas semanas - ela respondeu
— Semanas? - Victor perguntou
— Sim, terei que ficar aqui pelo menos um mês para que o osso se recupere totalmente - a senhora West respondeu
— O papai vai ficar em casa nesse tempo? - Fernando perguntou
— Continuarei tendo que trabalhar, mas deixarei alguém responsável pela casa - Sr West respondeu - Mesmo com o osso se recuperando bem, ela não pode forçar muito, ou ele pode se romper novamente.
— Se pedir aos médicos, possivelmente eles podem dar um documento listando todos os cuidados necessários - falei e eles me olharam
— É uma excelente ideia. Antes de sair irei pedir a lista para providenciar tudo - o Sr West falou me olhando
— As vezes acho que ela não tem apenas 5 anos - Victor falou chamando nossa atenção - Ela é inteligente demais.
— Não sou inteligente demais - falei e decidi provocar - Só mais do que você.
— Vai começar, tampinha? - Victor perguntou me olhando
— Chega vocês dois - Sr West falou e nos calamos, o medico entrou no segundo seguinte
— Sinto muito atrapalhar vocês, mas apenas um de vocês poderá passar a noite com ela - o medico falou nos olhando
— O senhor West tem que ficar - falei assim que o medico saiu
— E quanto a vocês? - a senhora West falou nos olhando
— Cuidamos da senhora após o acidente, acredito que possamos nos cuidar por uma noite - falei olhando-o
— E quanto ao jantar? - sr West perguntou nos olhando
— Deve ter algum restaurante aberto que venda frango à kiev - Victor falou - Compramos algumas porções e levamos para casa
— Acho que a gente consegue se cuidar por uma noite - Fernando falou olhando-os
— Acho que só por hoje não será um problema - o sr West falou, olhando a esposa como se esperasse uma aprovação, o olhar dela mostrou que ela concordava e ele nos olhou - Vou levar vocês em casa e volto para o hospital.
— Sim senhor - falamos juntos
— Irei trazer o carro e volto para chamar vocês - falei olhando-nos, deu um beijo na testa da esposa e saiu
Ficamos mais alguns minutos conversando com a esposa do Sr West, quando o ele retornou fomos para o carro, depois seguimos para o restaurante, logo em seguida fomos para casa. O Sr West subiu para arrumar a bolsa com os pertences da esposa, eu e os meninos fomos para a sala de jantar. Estávamos no começando a comer quando o Sr West se aproximou nos deu um beijo e saiu. Comemos conversando um com o outro, depois fomos para a sala assistir TV, no meio do programa estava me levantei e fui a cozinha limpar as coisas do jantar. Comecei a lavar a louça, quando o Victor se aproximou de mim, nos olhamos em silêncio e ele começou a secar e a guardar as coisas. Quando terminamos fomos para a sala e vimos o Fernando dormindo no sofá.
— Vou pegar uma coberta para ele - Victor falou e subiu as escadas
Me aproximei dele, comecei a ajeita-lo com cuidado, Victor desceu a escada trazendo um travesseiro e a coberta. Coloquei o travesseiro sob a cabeça do Fernando, Victor o cobriu com o cobertor. Deixamos um abajur ligado, desligamos a TV e subimos.
— Boa noite, Victor - falei na porta do meu quarto
— Boa noite, Tasha - ele falou me olhando e seguiu para o quarto dele.
Dois Anos Depois
Estava com um horário vago, Fernando foi brincar com os amigos e desci ficar lendo no patio, tínhamos que esperar o Victor. Um dos alunos que parecia ser mais velho que o Victor estava pelos corredores fazendo bagunça, com mais dois garotos, olhei na direção deles e simplesmente rolei os olhos e voltei a minha atenção pro meu livro, tinha esquecido desses idiotas até que o meu livro foi arrancado das minhas mãos. Olhei para cima e vi os garotos com um olhar de zombaria para mim.
— O que temos aqui? - o moleque que parecia o líder falou
— Me devolve o livro - falei olhando-o
— Ou o quê? - ele provocou e os outros garotos riram
Me levantei para ficar de frente para ele.
— Ou vou fazer você se arrepender por ter me irritado - falei friamente e eles riram
— Até parece - um dos seguidores falou, assumindo a frente e começou a me provocar - Olha pra você, tão pequena, tão fraca
Ele tentou tirar a tiara do meu cabelo, segurei seu pulso e o torci com força suficiente para doer e não para quebrar, quando o de frente fraquejou o empurrei fazendo-o esbarrar no líder.
— Segurem ela - o líder falou e os seguidores o obedeceram e cada um me segurou por um braço
— O que vocês estão fazendo? - Fernando falou chamando nossa atenção, quando ele me viu - Se afastem dela
O líder o empurrou contra uma pilastra, mas graças a Deus ele não se feriu, apenas bateu as costas
— Deixa ele em paz - falei tentando liberar os braços e o líder riu, olhei pro Fernando com pedido silencioso de que ele fosse embora e ele foi
— Foge medroso - o líder zombou enquanto o Fernando se afastava correndo
— Ultima chance - falei olhando-o - Se me devolver o livro agora, não arrebento a sua cara por ter empurrado o meu irmão
— Você é bem atrevida, apenas de tão pequena - ele fala abrindo meu livro e segurando uma pagina como se fosse rasgar
— Deixa ela em paz, Nikolai - Victor falou se aproximando com o Fernando
— A garota tem guarda costas - Nikolai zombou com os amigos que riram da piada - Vejo que ainda tem a cicatriz na testa da ultima vez que "brincamos"
— Solta a minha irmã - Victor falou frio - Ou vai se arrepender amargamente por isso.
— Está me ameaçando? - Nikolai falou fechando o meu livro e se virando na direção do Victor, mas permanecendo próximo a mim - Acha mesmo que pode proteger a sua irmãzinha?
Nikolai é pelo menos quatro anos mais velho que o Victor, mais alto e visivelmente mais forte. Após Nikolai terminar de falar, Victor simplesmente sorri para ele.
— Proteger ela? - Victor falou e riu com sarcasmo - Ela não precisa de ajuda pra se defender de babacas como você
— Como é? - Nikolai falou dando um passo a frente, Victor me olhou, assenti levemente
— Tasha - Victor falou me olhando e sorriu pra mim, retribui com um sorriso de lado
Nikolai se virou na minha direção sem entender o que estava acontecendo, Victor o chutou por trás, fazendo-o cair de joelhos, me apoiei nos garotos que me seguravam e chutei a cara do Nikolai, pisei com o calcanhar no pé do garoto a minha direita, que afrouxou o aperto do meu braço, dei uma cotovelada em seu estomago fazendo recuar, com o braço direito segurei por trás do pescoço do menino a minha esquerda e o puxei para baixo e dei um joelhada no estomago, quando ele caiu. Olhei na direção do Nikolai que me olhava assustado, peguei o meu livro que estava no chão e me afastei dele, vendo um pouco de sangue no canto da boca
— Você estão ferrados, deixe só a diretoria saber disso - o Nikolai falou com um sorriso presunçoso enquanto pegava minhas coisas
— Vai em frente - falei olhando-o - Deixa a escola inteira saber que vocês levaram uma surra de uma garota que tem metade do seu tamanho e idade.
O sorriso dele se desfez e eu sorri de lado
— Até mais, Nick - Victor falou e começamos a nos afastar
— Não acredito que você bateu neles - Fernando falou
— Eles pediram - dei de ombros
— Se o papai souber vai ficar uma fera - Fernando falou preocupado
— Não se preocupe, tá bem? - falei e ele assentiu sem muita firmeza
— Vi o seu olhar, sabia que daria uma surra neles - Fernando começou a falar enquanto caminhávamos para o outro patio - Chamei o Victor para tentar impedir isso e ele vai e provoca isso.
— Sabe tão bem quanto eu que o Nikolai merecia isso, e não é de agora - Victor falou simplesmente - Ela até que pegou leve com ele.
— Espero que a gente não se meta em problemas por isso - Fernando falou e Victor revirou os olhos
— Vamos esquecer isso, tá bem? - falei e o sinal tocou
— Vou buscar as minhas coisas, vejo vocês na saída - Victor falou, antes de sair
Caminhamos até a porta e ficamos esperando o Victor, ele chegou pouco tempo depois, logo em seguida vimos o Nikolai e seu bando saindo da escola, ele nos encarou, desviou o olhar e saiu, mas pude perceber que ele teria um pequeno hematoma no rosto devido ao chute. Ouvimos a buzina do carro do Sr West e entramos, seguimos em direção a nossa casa e não tocamos mais no assunto.
Assim que chegamos, a senhora West informou que o almoço ficaria pronto em 30 minutos, tiramos os tênis na sala mesma e começamos a fazer o dever de casa, terminamos praticamente na mesma hora que o almoço ficou pronto. Almoçamos e como sempre a senhora West foi a primeira a terminar. Ela colocou a louça dela na pia e foi para sala juntar nossas coisas para levarmos pro quarto quando terminarmos.
— Querida, o que é essa manchinha vermelha no seu tênis? - ela perguntou e sem querer deixei o garfo cair fazendo barulho quando bateu no prato.
Victor e Fernando estavam sem reação. Sabíamos que era sangue, do corte da boca do Nikolai, logo após o meu chute.
O senhor West se aproximou para olhar.
— Parece sangue seco - Ele disse olhando e os meninos se mexeram um pouco desconfortáveis - Porque tem sangue seco no seu tênis, Natasha?
Peguei o garfo e mexi na comida como sempre faço.
— Um aluno da escola estava brigando hoje, deve ter respigado sangue durante a briga - falei e coloquei um pouco de comida na boca
— Ele estava se metendo em uma briga ou estava brigando com você? - o senhor West perguntou se aproximando da mesa
— Tem diferença? - perguntei fingindo inocência
— Com quem você brigou? - senhor West perguntou sério.
— Nikolai Ivansky - Victor respondeu por mim
— Esse garoto tem mais que o dobro da sua idade - ele comentou me olhando - Como a briga começou?
— 1° Ele tirou o meu livro das minhas mãos. 2° Ele queria bater no Fernando e 3° Ele é um idiota - falei após limpar a boca - Não bati pra machucar... muito. Só ferimento superficiais, ele está bem.
— Você poderia ter parado na diretoria - a senhora West falou preocupada
— Para ele manchar a reputação dele por ter apanhado de uma garota de sete anos? - falei olhando-a - Duvido muito.
— Mesmo assim foi errado - ela insiste e eu assento
— Sinto muito - falei apenas para mudar de assunto
— Deveria deixa-la de castigo - Senhor West falou se aproximando - Mas se a escola não sabe, não tenho provas para te incriminar.
— Confissão não conta? - pergunto olhando-o e ele da de ombros
— Muitas pessoas mentem durante a confusão - ele dá um sorriso de canto e acrescenta - Mas espero que isso não se repita.
— Sim, senhor - digo simplesmente, ele se afasta com a esposa e falo baixo - Na próxima vez, lembro de limpar os vestígios
Victor ouviu meu cometário e riu baixo, mas disfarçou como se tivesse se engasgado.
— Você tá bem, Victor? - perguntei me fingindo de inocente
— Estou, obrigado - ele respondeu com um sorriso
Terminamos de comer, ajudamos a limpar a cozinha e fomos para a sala. Ficamos assistindo, quando alguém bate a porta da sala, o senhor West que estava de folga hoje, se levantou e foi abrir, entregaram uma correspondência para ele, que fechou a porta logo em seguida. Ele abriu o envelope e tirou alguns papeis de dentro. Começou a ler rapidamente e foi em direção a esposa, admiro essa cumplicidade deles, um não se colocava na frente do outro. Ela deu uma rápida olhada na papelada e eles foram para o quarto. Os meninos estavam no sofá de costas para a porta, mas pude ver tudo da poltrona. Fiquei em silencio tempos depois, eles desceram, sem os papeis. Seja o que for dever ser importante para eles terem ficado quase 1h conversando.
Durante o jantar o senhor West parecia um pouco apreensivo, mas ninguém além de mim pareceu notar isso. A Senhora West estava um pouco mais agitada que o normal.
— Está tudo bem? - perguntei sem conseguir me conter
— Precisamos falar com vocês - o senhor West falou chamando nossa atenção - A academia de luta indicou vocês para o torneio de luta da cidade.
— Pode repetir? - Victor falou surpreso
— Dez alunos de varias idades foram classificados de todas as academias de luta da cidade, vocês estão entre os dez da academia de vocês - a senhora West explicou
— Isso é uma boa noticia, não é? - Fernando perguntou olhando-os - Vocês não parecem muito contentes
— Esse torneio é diferente. Não temos como saber com quem irão lutar - o senhor West falou nos olhando - Tudo será sorteado na hora.
— Pode ser pessoas da mesma idade que vocês ou mais velhos, muito mais velhos - a senhora West falou nos olhando
— É um torneio onde será classificado apenas os melhores dos melhores - o senhor West falou um pouco tenso - Onde vale tudo para vencer. Não irei obrigar vocês a participarem, mas se quiserem, não iremos impedir.
— O que acontece se perdermos? - Fernando perguntou olhando-os
— Alguns nunca mais voltam a lutar - o senhor West respondeu simplesmente
Fiquei em silencio. Só os melhores do melhores. Se pretendo vingar a morte da minha mãe, tenho que ser a melhor entre os melhores, sei que esse caminho pode ser perigoso e a resposta do senhor West obviamente está escondendo algo de nós. Mas preciso ir em frente no meu objetivo, se esse for o meio mais rápido de alcançar o meu objetivo, então que seja.
— Então acho que terei que treinar mais - falei após tomar um gole do suco
— Você quer participar? - o senhor West perguntou surpreso
— Se me selecionaram é porque acreditam que eu tenha potencial, então sim, quero participar - respondi e os meninos concordaram comigo
— Irei preencher a papelada e envio então - ele falou e pude perceber em seu olhar um misto de orgulho e preocupação - Estejam cientes que terão que dar tudo de si.
Assentimos rapidamente e continuamos o jantar. Mas nada tirou a sensação de que algo estava sendo omitido. Eu precisava saber o que era, mas roubar a papelada do quarto deles seria perigoso demais, teria que esperar até amanhã quando ele descesses com os documentos. A noite seguiu normalmente, quando deu nosso horário de dormir, fomos mandados para nossos respectivos quartos, demorei para pegar no sono a ideia de que estavam escondendo alguma coisa de mim, não me deixava em paz. Depois de algum tempo, comecei a dormir, mas no primeiro toque do despertador eu acordei.
Me arrumei imediatamente, quando a senhora West estava entrando no meu quarto eu terminava de arrumar meu cabelo.
— Acordou cedo, querida - ela comentou me olhando
— Estou animada hoje, alguma coisa me diz que será um ótimo dia - dei a melhor desculpa que pude encontrar e ela sorri
— Que bom, Natasha. Nos vemos no café - ela falou e saiu do quarto enquanto assentia.
Terminei o mais rápido que pude. Desci o senhor West estava em pé próximo ao balcão com um caneca de café enquanto lia o jornal, a senhora West estava fazendo sanduíches na bancada ao lado da pia, percebi que o envelope de ontem estava sobre a mesa. Tenho que pensar em alguma coisa para ambos saírem, vi um boneco de plastico do Fernando na mesinha, coloquei o brinquedo no bolso da calça.
— Bom dia - falei escondendo o nervosismo
— Bom dia, Natasha - eles responderam, como sempre o senhor West se abaixou para dar um beijo no meu rosto.
Enquanto ele beijava, deixei o boneco cair próximo ao banco que ele estava sentado, logo em seguida sorri e fui me sentar a mesa, como costumo fazer.
— O café da manhã já está pronto - o senhora West falou - Pode chamar os meninos?
— Claro - o senhor West falou sem desviar os olhos do jornal, se levantou e quando foi passar pelo banco pisou no boneco,no susto de ter pisado em algo, recuou e bateu no banco que estava sentado, perdeu um pouco do equilíbrio derramando café na roupa - Mais que droga
— Querido, você tá bem? - a senhora West se aproximou dele secando as mãos no avental
— Estou, mas preciso trocar de roupa - ele falou colocando a caneca no balcão
— Vou passar a outra farda rapidinho - a senhora West falou tirando o avental
— A senhora quer que eu arrume a mesa pro café, pra adiantar? - perguntei inocentemente
— Poderia fazer isso, querida? - ela perguntou me olhando e eu assenti levantando - O café já esta na garrafa térmica, o suco na geladeira, os sanduíches na bancada. Voltamos logo.
Me levantei, fui em direção a cozinha, peguei a garrafa térmica e a bandeja com os sanduíches, coloquei na mesa, olhei em direção a escada e eles já não estavam lá. Tenho que ser rápida, peguei o envelope abri e tirei uma das folhas. Tinha o simbolo da Russia e o da KGB.
"Informamos que a Natasha Alianovna Romanoff, tem habilidades especificas, um talento bruto que com o treinamento adequado pode ser usado a favor do serviço secreto no futuro. Selecionamos centenas de jovens de variadas idades, onde os melhores dos melhores, receberão a honra de servir ao nossa amada Russia.
Se os senhores, como responsáveis legais da tutela da garota, concordarem, segue a ficha de preenchimento com os dados e deve enviada..."
Guardei a folha, já tinha lido o suficiente, olhei e tinha mais duas folhas semelhantes a minha, mas em nome do Victor e o do Fernando. Coloquei o envelope sobre o balcão, assim que o fechei. Corri para arrumar a mesa o mais rápido possível. Ouvi o som dos passos deles no andar superior, com certeza eles estavam descendo, fui até o banco peguei o boneco e coloquei de volta na mesinha e me aproximei da mesa, fingindo finalizar a arrumação.
— Ficou muito bom, Natasha - ela agradeceu sorrindo
— Senhor West, coloquei as coisas do senhor sobre o balcão para evitar que sujasse com a comida - falei simplesmente
— Obrigado - ele falou e se aproximou do envelope, olhou o envelope intrigado
Ele pegou a caneca e foi despejar o conteúdo na pia, olhou em volta do banco tentando entender no que ele havia pisado, desviei o olhar para a comida a minha frente, quando tive a sensação que ele olharia para mim, mesmo sem vê-lo, pude sentir seu olhar sobre mim, ele pegou o envelope, abriu, tirou as folhas como se certificasse de que nada havia sumido, ele pegou uma caneta na mesinha e assinou o final das folhas. Fingiu na verdade, tinha visto que todas haviam sido assinadas, era apenas uma desculpa caso fosse questionado. Ele guardou o envelope na pasta e retornou a mesa para tomar café com a gente. Ao terminarmos, fomos para o carro do senhor West.
O percurso foi silencioso, como sempre costuma ser. Victor e Fernando desceram primeiro, tinha acabado de fechar a porta quando ouvi o senhor West
— Natasha? - ele chamou e eu me virei
— Sim, pai - respondi, tinha começado a trata-los como meus pais dias depois a adoção, mas não quis mudar o sobrenome
— Você abriu aquele envelope? - ele perguntou me olhando
— Não senhor, apenas tirei da mesa - disse tranquilamente
— Você sabe que não precisa ter medo de ser sincera - ele falou e suspirou - Você leu os papéis?
— Pai, eu juro, não li os papéis. Apenas peguei o envelope e o coloquei no balcão pra arrumar a mesa - respondi olhando-o e ele pareceu se tranquilizar
— Está bem, tenha uma boa aula, Natasha - ele falou e eu assenti me virando
Quando o carro dele se afastou olhei na direção depois de alguns segundos me permitir relaxar e entrei na escola.
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