Os Valentes

Jack em Apuros


Merida Narrando.

A noite fora tranquila, tirando o fato de que a toda hora eu tina pesadelos com a minha família. Será que os gêmeos estariam aguentando a pressão com minha mãe? E meu pai? Ainda estaria negociando meu casamento com algum clã? Enfim, eu estava um pouco melhor depois da conversa com Jack. Ele não me parecia tão chato agora. Ele era totalmente o oposto de mim. Mas ainda assim, era um bom amigo. O dia chegou rápido. Quando fui tomar café da manhã, encontrei Rapunzel na mesa.

– Bom dia, loira cor-de-rosa. – resmunguei, de mau-humor.

– Bom dia, ruiva chata. – brincou. Eu sorri.

– Rapunzel, posso lhe perguntar algo? – ela assentiu. – Naquela torre, você parecia insegura. Por que deixou tudo para trás?

– Bem, eu sempre estive presa naquela torre. – respondeu. – Em todos os meus aniversários, vejo luzes flutuando aos céus. E é só no meu aniversário. – suspirou. – Eu sempre tive um sonho, sabe? Ser livre, de tudo e de todos. E então, quando vocês apareceram lá, eu soube que não estavam mentindo para mim. Era a minha chance de fazer algo útil. – sorriu, mordendo um pedaço de bolo. – E você?

– Não tenho muito oque falar. Meus pais querem me casar, e eu não quero. Eu quero ser livre, sabe? Pertencer á natureza. Meu único companheiro seria Angus. – eu disse, pegando meu arco logo depois. – Vou acordar as duas belas adormecidas.

Fui até o quarto dos garotos, que dormiam como pedras. Eu chamei uma, duas até três vezes e nada. Fui até a cozinha e peguei dois copos d'água. Jack e Soluço iam me matar, mas valeria a pena. Primeiro, chamei Rapunzel. Ela disse que ela errado e blá-blá-blá, mas não dei ouvidos. O primeiro foi soluço, e em questão de segundos joguei em Jack. Eles caíram no chão, atordoados. Eu soltava altas gargalhadas, enquanto Rapunzel tapava a boca, segurando o riso.

– Eu vou matar você, Merida! – Jack gritou, acompanhado de Soluço e começou a correr atrás de mim. Eu gritava e saía correndo, enquanto Jack disparava rajadas de gelo em minha direção. Alguns Yetis e alguns Duendes foram atingidos. Quando eu cansei, tropecei em um tapete que estava meio dobrado e caí com tudo no chão. Jack chegou logo depois, com cara de bravo.

– Desculpa, desculpa, desculpa! – berrei, rindo.

– Você só pode estar maluca, Merida. – ele riu. – Vou congelar você inteira. – fechei os olhos, esperando pelo pior, quando senti um frio em meu nariz. Jack havia congelado o meu nariz. Congelado o meu nariz! Eu gritei, fungando um pouco, tentando derreter o gelo. – Só vai derreter quando eu quiser.

A manhã passou assim. Conversei com Punzie e com Soluço, mas me recusei a falar com Jack até que ele descongelasse meu nariz. Isso não demorou muito, já que eu estava ficando com falta de ar por ter que respirar pela boca.

***

– Vamos lá, Meri. – Punzie gritou, enquanto eu treinava.

– Meri? Que raio de apelido é esse, Punzie? – eu ri.

– Não é mais ridículo que oque você deu para mim. – riu.

Logo depois Jack e Soluço chegaram, e por uma gracinha que eu fiz, Jack congelou meu nariz novamente. Mas dessa vez não tinha desculpa. Saí correndo atrás dele e Rapunzel tentava me acalmar, juntamente com Soluço. Corremos tanto que chegamos á um ponto que existia um buraco. Oque ele fazia ali? Só Deus sabia. Caímos todos os quatro. Aquilo era realmente grande, e eu não via nada. Até que Soluço começou a fazer escândalo.

– AI, MEU SANTO VIKING! EU TO CEGO! – gritou, e começou a correr de um lado para o outro, maluco.

– Eu também não estou vendo nada, Soluço. – Jack disse, rindo.

– ÓTIMO! DOIS CEGOS, AGORA! – e voltou a correr como um maluco. Começamos a andar, e aquilo parecia inacabável. Era um túnel muito longo e eu já estava cansada de andar. Quando vi uma luz, saí correndo até ela acompanhada de Punzie. Quando cheguei, não acreditei no que vi.

Era Breu.