Candice me dispensa e empurro a porta, saindo confusa da sala.

A porta é puxada rapidamente por um braço musculoso. Olho para frente e vejo a mandíbula tensa e os olhos azuis de Caleb.

- Que droga foi aquela? Você quer o que garota? Morrer? Como acha que Candice vai reagir? Que vai dar um prêmio para você? Você por um acaso olhou em volta? É, eu acho que não. Por que teria visto o Calum Lewis, que se você não é ignorante o suficiente, saberá que ele é o criador de tudo isso o que você vê. E se está pensando que ele também vai dar um prêmio para você assim como a Candice, está bem errada! - Ele suspira e cruza os braços.

- Já acabou? - pergunto de braços cruzados.

- Já. - diz ele olhando para o lado.

- Primeiro. Foi um beijo. Segundo. Eu não quero nada. quarto. Não, não quero morrer. Ela não vai me fazer sumir. Ela só disse que a reputação dela vai por água abaixo. Quinto.Não acho que ela dará um prêmio para mim. E sexto. Não olhei envolta mas Calum Lewis estava na sala da Candice e disse que gosta de mim. Que eu sou a melhor das secretárias.

- Já acabou? - pergunta ele.

- Já. - respondo.

- Primeiro. Eu tenho conhecimentol do que é um beijo e danem-se as regras de não falar sobre seu passado. Segundo. Não quero que suma. Nem morra. Só me preocupo com você. - Ele se aproxima de mim e coloca uma mecha de cabelo para trás de minha orelha. - Mesmo sabendo que não se preocupa comigo.

Ele se afasta.

- Quem disse? - Seguro seu pulso.

- Eu. - diz ele. - Espera, está dizendo que se importa?

- Se não me importei com o fato que posso sumir, é eu acho que sim.

**

Abro os olhos e vejo a água cair em cima de pedras cinzentas. Sento-me em um pulo e olho em volta. Uma cachoeira.

- Oi. - diz Caleb com uma maçã nas mãos e se senta ao meu lado. - Você bateu a cabeça. - Ele ri e dá uma mordida na maçã vermelha cor de sangue. - Bem forte.

- Como eu bati a cabeça? - pergunto.

- Bem, eu disse que tinha um lugar para mostrar para você e você começou a dar pulos de alegria. Ai eu te trouxe aqui e você começou a pular de pedra em pedra - Ele aponta para as pedras embaixo da cachoeira. - Até que caiu e bateu a cabeça. - Ele ri novamente.

- Que lugar é esse?

- Adisson disse para que eu a trouxesse aqui. Aparentemente é o único lugar que não tem câmeras.

- Tem alguma coisa á ver com o seu segredinho que sou a única pessoa na face da terra que não sabe?

Ele concorda com a cabeça.

- Eu ia te contar. Mesmo. Mas ainda não confio.

- Não confia em mim? - murmuro.

- Em você sim. Mas não em Candice.

- Não sou um informante da Candice.

- Mas se ela tiver alguma pista de que você sabe alguma coisa, vai vasculhar seu cérebro inteiro até achar e vai matar você como se fosse só uma garota sem alma.

- Como assim? Como sabe de tudo isso?

Ele suspira e se levanta.

- Eu não deveria ter começado este assunto. - diz ele se afastando.

- Não. - digo me levantando. - Desculpe. Eu que não deveria ter perguntado. Mas como vai a Diana?

Ele se vira e sorri.

- Não saiu do quarto até agora. - diz ele. - Posso perguntar uma coisa?

Dou de ombros.

- Porque fez aquilo?

- Á quê você se refere?

- Ao beijo.

Solto o ar pela boca sorrindo.

- Sei lá. Eu disse que gostava de você. Mas...

- Mas...

- Mas acho que vou sumir por causa disso. Eu não deveria ter falado e muito menos ter feito aquilo.

- Você não vai sumir. - murmura ele. - Só se souber o que eu tenho para contar.

- Quanto tempo podemos ficar aqui?

- Até eles procurarem por nós.

- Que seria?

- Mais um dia. - diz ele segurando minha cintura. - Também gosto de você. - Sussurra ele perto de meu pescoço. - Tanto que acho que não é seguro para você.

- Porque?

- Por que não vou conseguir mentir para você.