II Mayu.

–Mayu, Kami, vocês fazem a ronda Hoje. Maioki, vamos caçar. – disse Nahari tomando a liderança. - Caso avistem alguém, Não poupem esforços. Matem sem piedade. Ativem seus Doujutsus e lutem sem hesitar.

Vi ele rapidamente fazer o selo do tigre e falar "Tendou, Kakyougan."

– Espera! – Gritei, ele ativou seu doujutsu e desapareceu na floresta logo depois disso. - Me deixou falando sozinha... de novo.

Bufei irritada, Maioki tinha aproveitado para ficar para traz, como sempre, e rir da minha cara.

– Só, tomem cuidado...- continuei, olhando pra ele que me assentiu. – E , por favor, tentem não se matar até voltarmos, ok?

Ele abriu um largo sorriso, e serrou os punhos perto do rosto.

– Eu vou tortura-lo!- Em seguida ele sumiu na mata seguindo Nahari.

Meu nome é Mayu, Kokai Mayu, meus olhos são castanhos com pinceladas de vermelho e tenho um cabelo castanho semelhante a eles, uma marca muito sutil do meu clã, o clã Kokai. De fato o berço de muitos ninjas poderosos, porem tínhamos uma única falha, uma anomalia em nossos genes que estava destruindo a nossa linhagem, portando eu devo ser uma das poucas descendentes restantes do meu clã...

Infelizmente, para eles não foi possível simplesmente aceitar o fim, meu pai me contou uma vez que antes de eu nascer um homem, Danzou Shimura, milagrosamente surgiu trazendo uma esperança para nós, uma descendente que não carregasse a deficiência genética dos Kokai, porem só havia um jeito, era necessário que essa descendente fosse forte o suficiente para manter em si o poder de uma bijuu. Meu pai, querendo garantir a sobrevivência de nosso clã, me tornou uma Jinchuuriki, selando em mim ainda não nascida, o espirito de uma bijuu que Danzou o entregara de bom grado, essa era Sanbi.

Eu cresci, treinei, mas sempre tive que carregar a carga de Sanbi, um bijuu teimoso e, se eu não o mantivesse calmo, se tornava descontrolado. Talvez, aquilo realmente pudesse ter salvado meu clã, mas nunca vou saber a resposta, já que estive “dormindo” pelos últimos 7 anos, servindo e sendo usada de cobaia pelo TTH, o Teste Tendou Hakidou. E adivinhem quem foi o responsável?

“Danzou.” uma voz ecoou em minha cabeça, grava e pesada, semelhante a um rosnado.

“Sanbi?” Ele soltou um forte rugido, fazia muito isso, às vezes tão alto que me perguntava como era possível que só eu o ouvisse. “ Você ainda esta com raiva?”

“Eu fiquei preso por mais de 14 anos humana inútil!” rosnou “Raiva não é o bastante para descrever o quanto isso é repugnante!”

“Minha cabeça, minhas regras, me respeite idiota!”

De repente acordei do devaneio, uma voz me chamava.

– Vamos Maru-Maru, você é uma tartaruga por fora também!?

Quando dei por mim Kami já estava bem a minha frente, com uma cara de quem queria se divertir as minhas custas, como se ela já não fizesse isso todos os dias... -_-

Kami era uma kunoichi muito habilidosa em certo ponto, mas também tinha um corpo extremamente frágil. Lutar era uma tarefa que se tornava a mais desgastante do mundo pra ela, isso vinha devido ao seu doujutsu.

– Olha quem fala.- revirei os olhos e pulei a sua frente em uma árvore próxima. – E pare de me chamar de...- minha fala foi interrompida por um ruído “Droga!”.

Ambas pulamos para os lados, desviando de shurikens atiradas em nossa direção. Me aproximei dela, sabia que estavam perto demais para simplesmente desviarmos. Empunhei duas kunais, uma em cada mão, esperando por qualquer ruído para atacar.

“Humana burra” murmurou Sanbi. “ Não vai vence-los com simples taijutsus, você precisa de mim...”

Ignorei-o, balançando a cabeça para os lados tentei abafar o som da sua voz.

– Kami...- eu estava a frente dela agora, que murmurou um rápido “sim?” – Você pode lutar?

Ela riu fraco.

– Eu aguento mais uma!

Apertei as kunais entre os dedos, pensando bem, elas realmente eram inúteis contra eles agora...

“Mas eu não preciso de você...” respondi em pensamento “ Esta ouvindo Sanbi? Eu não sou inútil!”

Esperei um ruído de aviso, qualquer um, até que...

– Mayu, agora! – saltamos para frente, não dava mais tempo de recuar.

Fechei os olhos com força. - Zan’ningan. – até senti-los encher, minha pupila se dilatou chegando quase aos limites da íris, e o branco dos meus olhos por sua, vez tornou-se um vermelho profundo.

Agora eu podia vê-los através das árvores, podia ver o sangue deles se movendo, viajando dentro de seus corpos, estavam apenas alguns metros a nossa frente.

–Peguei vocês...