Os Meus 18 Anos
Ian Kabra não sabe o que fazer?
— Amy? — Ian bateu várias vezes na porta da garota. — Amy? Vai ser onze horas, Amy!
Ele olhou no relógio apreensivo.
— Temos que ir buscar a sua fantasia, Ames.
Amy cobriu sua cabeça com as cobertas, completamente envergonhada, enquanto ouvia Ian a chamar.
— Já vou! — Exclamou. – Cinco minutos.
Ian sorriu.
“Pelo menos ela não fugiu.” Pensou risonho.
Amy colocou o vestido que Nellie havia posto na mala, calçou um all star e um casaco.
— Pronto. — Ela disse enquanto saia do quarto. — Temos quanto tempo até chegar para pegar a fantasia?
— Três minutos.
— Hã? – Ela encarou ele, pasma.
Ian puxou Amy pelo pulso, para dentro do quarto.
— O que... O que você está pensando? – Amy sussurrou corada.
Ian colocou os dedos sobre os lábios, como se dissesse que deveria fazer silêncio. Ele andou devagar até o closet. E o abriu receoso, procurou algo lá e encontrou. Era um cabide segurando uma roupa, ele estava coberto por uma capa transparente.
Amy arregalou os olhos, frustrada.
— Era aí que estava?
Ian gargalhou ao ver a cara irritada de Amy.
— Você fica tão fofa quando está brava. — Ele andou até ela e apertou suas bochechas.
— Então aproveite a visão. — Amy murmurou pegando o cabide de suas mãos e abrindo o fecho. Seus lábios formaram um perfeito “O”, quando conseguia vê-lo por inteiro. – Uau! Natalie que o escolheu?
Ian deu um sorriso de canto.
— Na verdade, fui eu. — Deu de ombros. — Pelo menos você vai ser a princesa mais linda da festa.
— Ian...
— Eu ia escolher um de noiva, mas aí você perceberia rápido demais minhas intenções. — Ian sorriu malicioso, fazendo com que a Cahill revirasse os olhos.
— Ian...
— Certo, Amy, se quiser me humilhar com esse olhar do tipo “nunca vou ficar com você”, está dando muito certo porque estou me sentindo uma droga aqui. — Ian sentou-se na cama, frustrado.
— Ian...
— Tudo o que eu queria, era que você olhasse pra mim como eu sou, e não do jeito que Isabel me moldava, sabe? Mas ontem, quando eu finalmente tive a chance, você corre. E sabe o que significa? Eu não sei. Ian Kabra não sabe.
— Ian...
— Como assim, Ian Kabra não sabe? Ian Kabra sempre sabe!
— Ian! Cale a boca! — Amy exclamou irritada. — Seu idiota! Pare com isso!
— Tem razão, eu preciso parar de viver. Amy me mata? — Amy revirou os olhos.
— Pare de drama. Você é um Lucian.
— Eu sou um Lucian. E Lucians não desistem fácil.
— Sim, sim... E o que você tem que fazer agora?
— Tentar de novo. — Ian se levantou.
— Isso! E como você vai fazer isso?
— Eu não sei, mas logo, logo eu vou saber. — Ele foi em direção da porta e saiu.
Amy revirou os olhos.
— Não foi exatamente isso que eu pensei que você faria! — Gritou, com a esperança de que ele ouvisse.
Amy sentou-se no chão, ainda segurando o vestido, enquanto ria. Ouviu alguém bater na porta e sorriu.
— Pode entrar.
— Amy, o que aconteceu com Ian? — Natalie levantou as sobrancelhas muito bem delineadas.
— Acho que ele está... — Ela deu de ombro, fazendo uma careta em seguida.
— Apaixonado?
Amy corou e deu de ombros.
— Isso ele está desde sempre. — Ela sentiu o olhar confuso da ruiva. — Na verdade, desde os quatorzes anos. O que é um desperdício para as outras garotas, admito.
E ela riu.
— Espero que tenha entendido. — Mandou beijinhos. — Preciso ir ao shopping agora, quer ir?
— Acho melhor eu ficar em casa... — Natalie levantou a sobrancelha. — Na sua casa. Sabe, para receber os parentes e tal.
— Ah! Tem razão, pensando bem... Ah, eu vou ir ao shopping comprar uma roupa de boas-vindas.
Amy gargalhou.
— Vai lá. E me traga sorvete.
Natalie que já havia saído do quarto ouviu. E revirou os olhos.
— Aham, Natalie Kabra, com tantas lojas para ir, vai fazer uma pausa para te comprar sorvete.
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