A calamidade se espalha pela cidade de Alameda dos Anjos de uma maneira sem precedentes. Os espectros sobem nos prédios, invadem casas, atacam a população e eles se espalham como uma verdadeira praga.

Nem mesmo a legião de rangers é capaz de parar isso, mas não se dão por vencido e lutam bravamente, como sempre fizeram, antes que a energia acabe. Só resta uma esperança e ela sumiu dentro do portal, agora estável.

A interseção esteve selada por incontáveis milênios, desde a morte de Hormdall, o seu guardião. A abertura da interseção sempre foi algo temido, principalmente pelos deuses, agora é um portal que pode dar passagem para qualquer um dos cinco mundos, e isso instabiliza o tecido da realidade de uma forma quase que irreversível.

Ao ser puxado para dentro do portal, o Megazord acaba se encontrando em uma enorme queda, que exige que os rangers ativem propulsores para diminuir o impacto com o chão.

Eles pousam em uma superfície solida e rochosa coberta por uma densa e alta fumaça, que se abre com o pouso do Megazord. Em volta tudo é avermelhado, parece um mundo distópico, sem horizonte, apenas nuvens carregadas, soltando raios e trovões. Eles andam sorrateiramente por aquele melancólico e horrendo ambiente.

— Que lugar deve ser esse? — pergunta Sarah, impressionada.

— Isso é difícil saber — responde Júnior. — Mas temos que dar um jeito de sair daqui e rápido.

— É. Bem rápido! — afirma David. — Olhem! A interseção está fechando!

— Carga máxima dos propulsores, David! — comanda Júnior.

Mas, quando menos se espera, em meio a fumaça, surge a besta titã, que avança para cima do Megazord, o agarrando e o derrubando. Com a queda, a espada cai. A besta o deixa imóvel, segurando os braços e as pernas dele e o enrolando com sua enorme calda.

Nesse momento, os rangers ficam sem saber o que fazer, estando, literalmente, de mãos atadas. Os sistemas começam a fritar e a cabine dos rangers começa a liberar faíscas por todos os lados.

— Aaargh! Estamos presos! Não tô conseguindo mover nada! — diz Tiago em tom de desespero.

— A gente tem que resistir e tentar escapar!! — Michele fala com propriedade para motivá-los.

— Essa coisa é forte demais! Temos que pensar em alguma coisa! — diz Sarah em meio ao caos.

— Eu tenho um plano! — Júnior fala isso enquanto se desconecta da rede de sistema do megazord, revelando suas intenções. — Mas vocês vão ter que confiar em mim.

— Espera cara! Não! — alerta David.

— Você não pode ir sozinho! Eu vou também! — Sarah se voluntaria.

— Não. Precisa ficar para controlar o megazord. Quanto menos gente mais difícil é a carga — diz Júnior, olhando os seus companheiros que o veem querendo ir atrás de Zarlon sozinho de novo.

— Você tem certeza? — Michele pergunta, com receio pelo companheiro, mas querendo acreditar nele.

— Eu tenho — Júnior responde, com segurança. — E vocês farão o que for preciso para sair daqui. Se eu não voltar...

— Nós não vamos te deixar aqui! — diz Michele colocando a amizade e o companheirismo acima de tudo. — Agora vai!

Júnior abre a comporta e vê que a melhor maneira de derrubar a besta é tirando Zarlon de dentro, já que os dois parecem estar ligados, de certa forma. Então, ele ativa um sensor no visor de seu capacete para tentar localizar Zarlon por rastreamento de calor, vendo que sua porta de entrada é a testa da fera, que parece possuir uma pequena fissura.

Ele então se atira em direção da besta, pousando em sua testa, mas ela não para de se mexer, o que torna a investida de Júnior complicada. Ele pega sua espada e a usa para tentar abrir a fissura.

É uma camada grossa, mas Júnior consegue expandi-la o suficiente para poder entrar. E ao entrar, para sua surpresa, não havia nem um tipo de construção celular dentro da cabeça dele, é como se a criatura só se movesse por magia.

Dentro dela possui uma camada rígida, porém visivelmente orgânica, mas o que chama a atenção são diversas linhas verdes, que parecem ser feitos de pura energia, e todos levam a um só lugar.

Júnior segue as linhas e vê uma espécie de casulo, de onde se vê essas linhas sendo geradas e, concluindo que Zarlon está dentro daquele casulo, ele o perfura e ao abrir vê o eltariano com seus olhos abertos, porém com a impressão de estar fora de si.

O ranger vermelho o agarra e o tira de dentro do casulo, o despertando, mas ele ainda parece estar ligado a besta, mesmo assim, os dois começam a lutar em um ambiente desfavorável e tremulo, pois, a besta está inquieta e não para de se mexer. Júnior, então, se aproveita de um descuido de Zarlon para abraça-lo e ativar o teleporte e os tirarem dali.

Os dois saem de dentro da besta, mas, em meio ao teleporte, Zarlon golpeia Júnior, desfazendo a aura de energia. Os dois caem de uma grande altura, Júnior atinge o chão violentamente, enquanto que Zarlon usa um campo de energia para aparar a queda e seus olhos ficam da cor normal.

De qualquer forma, a investida de Júnior deu certo e a besta é desligada de Zarlon, onde seus olhos enfraquecem o brilho, parecendo que está saindo de um transe e os rangers conseguem libertar o Megazord da besta. Júnior se levanta com certa dificuldade, mas olha para Zarlon e, sem se importar com a dor, avança para cima dele.

Ele tenta acertá-lo com uma sequência de socos, mas o vilão se esquiva deles e o soca com força, o jogando para trás. Então, Zarlon torna a usar o seu poder, deixando seus olhos verdes novamente, para controlar a besta titã, que volta a lutar com o Megazord.

— Ao olhar o passado, ranger vermelho, você percebe que, aquilo que denominamos vida, é feito de ciclos sem fim — Zarlon fala enquanto olha para Júnior, que está se levantando para tornar a lutar.

Ele avança, sem pronunciar uma palavra, e o ataca, mas o feiticeiro defende todos os seus golpes e o segura.

— Os erros sempre foram cometidos novamente, para que depois sejam corrigidos e, de novo, cometidos. A história está fadada a se repetir, ranger vermelho — Júnior se desprende dele e tenta outra investida, Zarlon segura seus braços e os torce. — Nós, mortais, fomos colocados dentro de uma roda, pensando que estamos evoluindo, quando, na verdade, estamos apenas dando voltas.

O ranger se solta e Zarlon torna a segurar seu braço, lhe aplicando uma gravata

— Mudam-se as fardas, as roupas, os rostos, os costumes, as crenças, a tecnologia, mas os eventos são os mesmos — Ele arremessa Júnior para frente. — Fomos colocados para viver nessa ilusão, feitos como escravos pela própria natureza. No fim, acabamos sendo iguais a animais preparados para o abate. Felizmente, nós quebramos esse loop ideológico.

— Nós? — Júnior pergunta.

— Eu disse que todos vocês colaboraram com isso — Júnior retoma seu ataque — Eu quero ver em seu olhar, ranger vermelho, que você entende. O único capaz.

Zarlon segura Júnior novamente, mas, dessa vez, ele desfere golpes poderosos em seu capacete, até um ponto que seu visor quebra e Júnior é arremessado para trás.

— Eu sei que conseguiu ver o que a carta-mor lhe mostrou.

Júnior olha para o seu inimigo através de seu capacete quebrado, que tenta se restaurar, mas está danificado demais, então, ele se levanta e arranca o capacete com suas próprias mãos.

A luta entre os dois continua, Júnior está visivelmente cansado e ferido, mas não quer se entregar. E Zarlon está concentrado em manter o feitiço sobre a besta, que segue lutando com o Megazord. Durante a luta, o eltariano insiste em falar o que pensa:

— Eu sei que está farto, que se sente forçado a viver com restrições e regras. Que questiona sua existência e sua natureza. Sempre se sentiu deslocado, sempre percebeu que tinha algo errado, que estava no lugar errado — Júnior ainda se mantém calado, enquanto tenta acertar Zarlon, mesmo que esteja atento ao que ele fala. — Mas, a partir de agora, o ciclo foi quebrado. Você não será mais contido. Não terá mais medo — o guerreiro vermelho cai novamente com o andar da luta.

Ele fica um tempo no chão e respira fundo antes de começar a se levantar lentamente, ficando de costas para Zarlon. Já de pé, em um primeiro momento, Júnior parece inseguro, com os ombros levantados, mas, depois de um tempo, ele relaxa seus ombros, mudando totalmente sua postura e fala com uma voz firme e segura:

— Você tem razão. Eu concordo com você. Sempre me mantive recluso, observando a humanidade, estando a margem dela. Com uma sensação de que nada faz sentido.

— Somo iguais, ranger vermelho.

— Não sou um genocida.

— Todos sempre o rotularam como inteligente, mas estranho. Quando, na verdade, nunca fomos inteligentes, só pensamos de uma maneira completamente diferente.

— Sim. Eu não queria mais saber desse mundo, estava quase desistindo. Mas essa oportunidade apareceu e eu os conheci — Júnior olha para os seus amigos, lutando contra a besta. — Não importa o que tenha acima ou abaixo de nós. Se existem deuses, anjos ou demônios. Não importa o quanto sejamos pequenos, ou limitados, o que importa é aceitar o que somos.

— Mesmo que não seja verdade?

— Eu aprendi que fé é acreditar mesmo sem saber a verdade. E é essa fé que é o verdadeiro poder e nos dá força.

— Não conseguirá conviver com isso. Não é de sua natureza. Você irá questionar a verdade.

— Você disse que o ciclo foi quebrado, não é? Pois bem, eu escolho o benefício da dúvida.

Depois de ouvir isso, Zarlon sorri de quanto de boca, sabendo que Júnior estava amadurecendo e fazendo suas escolhas e que, de alguma forma, isso será essencial para o futuro.

Então, Júnior cerra os punhos, seu rosto está cheio de feridas, mas sua confiança atingiu um novo nível, então, ele ignora as dores. Os dois partem para o que parece ser a luta decisiva. Dessa vez, Júnior se equipara a Zarlon, estando completamente pleno e seguro, ele se esquiva e bloqueia todos os golpes.

Depois da troca de chutes e socos, o guerreiro escarlate consegue acertar seu o famigerado vilão e, a partir dali, não parou mais.

Golpe atrás de golpe, ele vai o alvejando, Zarlon tenta golpeá-lo, mas Júnior parece mais convicto e prudente. Cada soco e cada chute que ranger vermelho desfere é como se fosse um desabafo, algo que ele coloca para fora, ele está se livrando de um peso que carrega a vida inteira, o peso de odiar a si próprio, ou a visão que ele tem de si mesmo.

E, como Zarlon disse, os dois são iguais, então, mesmo sem perceber, ele está descarregando tudo em um tipo de versão futuro e corrompido de si mesmo.

Zarlon já está ficando atordoado e sua magia enfraquece, então Júnior desfere um último golpe, com um chute giratório no ar, o acertando no rosto, o derrubando e desfazendo o vínculo com a besta. Ao ver seu inimigo no chão ele o questiona com uma observação:

— Não foi o fato de você ser irmão de Zordon que o impediu de mata-lo, não é? Assim como ele não tinha medo que você nos matasse, mas que NÓS o matássemos. Ele também tocou a carta-mor, então, ele viu — Júnior começa a se recordar que, ao tocar a carta, viu várias imagens relacionadas a Zarlon e, agora, ele compreende que aquilo significa que o vilão pode ser o responsável por lhe dar o que ele mais almeja, sua integridade, e que isso só aconteceria se continuasse vivo.

— Zordon... — Zarlon, ainda consciente, mas sem forças. — ... me deixou vivo por egoísmo... resta saber se a história irá se repetir.

Os rangers no Megazord veem que resta pouco para a interseção se fechar, então, David aproveita que a besta está desligada de Zarlon para ativar os propulsores, mas espera Júnior antes de decolar.

— Vamos Júnior! — grita Sarah

— O que você está esperando?! — Tiago o questiona.

— Estou indo. Decolem logo. Eu alcanço vocês — diz Júnior, enquanto se afasta de Zarlon, o olhando e se virando aos poucos, preferindo o deixar vivo.

Mas antes que Júnior corra em direção ao Megazord, Zarlon reúne as últimas forças que tem para se colocar de joelhos e refazer o vínculo com a besta e, com o Megazord no ar, ela o segura pela perna e o puxa para baixo.

Júnior para e observa a situação, conflitante, pois ele tem que fazer uma escolha que, nessa altura, é óbvia. Zarlon está atento a besta titã, pois sua intenção, pelo menos visivelmente, é não deixar os rangers escaparem.

Então, ele sente que algo o atingiu e perfurou sua costela, quando ele olha, vê que é a espada relâmpago, atravessando o seu corpo. O guerreiro vermelho a lançou sem que ele percebesse.

— Você... arrgh... cria as suas... argh... próprias possibilidades — diz Zarlon, gemendo de dor, mas esboçando um sorriso e ainda completa: — O ciclo... foi quebrado. — Seus olhos, antes verdes, voltam ao normal, e seu corpo desaba no chão. Zarlon, definitivamente, está morto.

A besta titã agora está livre do vínculo com Zarlon e larga o Megazord. Os rangers decidem dar um fim nisso e acham a espada no chão e desferem um golpe mortal, cortando seu pescoço e arrancando a cabeça da besta.

Com isso, todos os espectros começam a se desfazer, deixando apenas pó e fumaça esverdeada, e os rangers lendários, em um primeiro momento, ficam confusos, mas logo percebem que isso foi graças aos calouros.

Mas o portal está quase se fechando e os rangers relâmpago não têm mais tempo. Eles começam a decolar o Megazord, enquanto Júnior corre o mais rápido o possível para alcança-los.

Ele corre a uma velocidade incrível e vai em direção ao corpo da besta titã e usá-lo para pegar altura e poder pular. Então ele corre sobre o corpo, o Megazord está distante, é difícil saber se irá alcança-lo e, quando ele chega no ponto mais alto, dá um longo salto.

Apesar dos poderes e a força que possui, Júnior teve dificuldades para pular, pois está com o corpo muito machucado e dolorido. Ao mesmo tempo que ele se aproxima do Megazord ele se afasta, pois os rangers não pode diminuir, ou passarão a eternidade naquele lugar.

Porém, mesmo com todo o seu esforço, o salto de Júnior deu não foi o suficiente para alcançar nem a perna do Megazord, ele não consegue agarrá-lo.

Naquele momento, Júnior percebe que não há mais jeito, aceitando que sua missão já foi cumprida e que poderá morrer satisfeito.

Mas, quando ele menos espera, sua mão é segurada e, quando olha para cima, vê que é Michele, sendo segurada pelos pés por David e Sarah.

— Não vou deixar mais ninguém morrer na minha frente! — grita Michele.

— Obrigado galera! — diz o ranger vermelho, surpreso e feliz — Mas... David? Quem está pilotando?!

E, na cabine, é Tiago quem está no controle do Megazord, se esforçando ao máximo para manegar os comandos sozinho em direção a interseção, que está cada vez menor e comprimindo mais rapidamente.

O Megazord, finalmente, alcança o portal e começa atravessa-lo, porém, raspando em suas bordas. Ele atinge o chão, freando-o abruptamente e projetando os rangers, pendurados nas pernas, para frente, menos Júnior que se choca, soltando a mão de Michele e, enquanto as pernas do robô gigante atravessam, o portal se fecha.

O colossal Megazord conseguiu atravessar o portal a tempo e ele se mantém caído e os antigos rangers, olhando de longe, comemoram o feito dos calouros. Mas, em cima do Megazord deitado, David, Michele e Sarah percebem que Júnior não está ali, Tiago sai da cabine e também não o vê.

Eles recolhem seus capacetes, em seus rostos pode ser visto a tensão, pois começam a achar que perderam seu companheiro.

Então, eles veem uma mão aparecendo por atrás do enorme pé do Megazord, se apoiando nele, revelando ser Júnior, subindo e profundamente ofegante. Um misto de alegria com alívio toma conta dos rostos dos rangers, que correm em direção a ele, Sarah é a primeira a abraça-lo, Michele também o abraça. Depois, David o cumprimenta e o abraça também, dizendo:

— A gente conseguiu, irmão! Somos heróis!

— Somos mais que isso — retruca Júnior. — Somos Rangers.

Tiago também se aproxima, dizendo:

— Eu não vou te abraçar, mas acho que você merece mais que um high five! — Os dois se cumprimentam com um firme aperto de mão e, assim, os outros rangers colocam suas mãos em cima da deles, selando de vez a amizade.

Os rangers relâmpago olham em direção a cidade e ouvem os aplausos e gritos de todos, os ovacionando, entre rangers lendários e pessoas normais e, entre várias, tiram fotos com seus celulares.

— Acho que posso me acostumar com isso — diz Michele.

— Será que vão pagar comissão pra gente? — Tiago pergunta, brincando.

— Tomara que sim! — Júnior responde e todos começam a rir.

Mesmo que o momento seja de celebração, no rosto de Júnior pode se notar uma expressão de preocupação. Ele sabe que não deveria mais se preocupar, pois Zarlon está morto, ele mesmo se encarregou disso, a batalha terminou com uma bela e sofrida vitória. De qualquer jeito ele sente algo diferente, um misto de coisas novas, que podem ser boas e ruins.

Durante a batalha, obviamente, houveram alguns prejuízos. Alguns prédios sofreram danos sérios, ruas foram destroçadas, carros danificados e algumas pessoas acabaram sendo feridas. Felizmente, não houve mortes, só alguns milhões em gastos para reconstrução, nada que Alameda dos Anjos já não esteja acostumada. Além do mais, parece uma cidade bastante rica por sempre conseguir cobrir os gastos com manutenções e restruturações quase que inteiramente. Ainda assim, a cidade e o mundo estão em débito novamente com os Power Rangers.

Quanto aos rangers, esses voltaram a sua vida normal. A vida é normal, mas eles não, não mais. Depois de terem uma experiência que supera qualquer uma do cotidiano do nosso pequeno planeta, eles agora têm uma visão mais complexa sobre o que é a vida e o quanto ela é frágil. Não só pela ideia de serem heróis e não poderem sair por aí tirando selfies e compartilhando “#SALVAMOSOMUNDO”, mas, principalmente, por verem a imensidão da realidade e o que ela possui, mesmo que tenham visto apenas a sua superfície.

Porém, eles ainda precisam lidar com as consequências “mundanas”. Tiago sofreu uma trágica perda, pois a pessoa que ele mais amava se foi, seus pais não são nem de longe o que a tia era para ele, por isso, depois de muita resistência, ele finalmente reconheceu seus novos amigos como uma família. Os quatro não podem substituí-la, mas são uma nova coisa para ele se importar.

David precisa recuperar algumas matérias da faculdade, coisa que seus pais, definitivamente, não o deixam esquecer, mas, como ele nunca se importou com a pressão dos pais, está completamente seguro de que vai conseguir sem problema algum. Porém, com tudo que viu e presenciou, está mais interessado em estudar sobre os segredos que a humanidade não conhece, o que o faz ficar no centro de comando com mais frequência, vendo com Alpha alguns arquivos.

Sarah está muito contente, pois a sua pequena e amada irmã está se recuperando rapidamente e já até recebeu alta do hospital. Inclusive, ela pediu desculpas a mãe pelo que lhe disse, selando o que pode ser um novo início em sua família.

Michele também tem suas responsabilidades a arcar, mas vê com outros olhos a sua mãe agora, pois, mesmo que ela pareça ser “lerda” – de acordo com sua visão – ela sempre foi uma mãe que a zelou e a cuidou depois que seu pai morreu. E ela percebeu que seu orgulho não a deixava enxergar isso, então, apenas deixou ele de lado.

Quanto ao Júnior, foi ele quem passou por um grande processo, com muitos altos e baixos, pôs em prova toda uma vida sem esperança. Ele nunca soube quem era, não sabia o que fazer, mas tudo sofreu uma drástica virada, e não porque ganhou poderes, se tornou um ranger vermelho e liderou uma equipe vencedora, e sim porque aprendeu a se compreender, entender suas limitações e domina-las para que elas não o dominassem mais. Mas seria impossível fazer isso sozinho. Graças aos seus novos amigos ele pôde enxergar o melhor de si e que vale a pena investir em si mesmo. Até mesmo, distribuindo seu currículo em diversas empresas e não se importando mais com a rejeição delas.

Esses rangers são diferentes de todos os outros que já apareceram antes. Pareciam ser o pior grupo da história, mas reverteram isso. Eles são cheios de defeitos e distúrbios, mas encontraram em si mesmos e nos outros uma forma de se encaixarem. Seu líder possui a soma dos distúrbios que cada um possui, e o grupo lhe dá forças e o sustenta. Eles se complementam perfeitamente, o que os torna únicos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.