POV Klaus

— Me lembro de ter pedido para me informar a chegada da Gilbert assim que ela entrasse na sua sala, Megan. Ela chegou, ou você se esqueceu? — Estava impaciente pela espera, queria logo vê-la e tentar colocar algum juízo naquela cabeça, ela não poderia jogar a nossa história em um canto qualquer e deixasse que a escuridão a consumisse. Ainda nos amávamos e isso ela não poderia simplesmente esquecer.

— Sr. Mikaelson, não esqueci. Ela chegou faz uns minutos, mas ela está com o seu irmão, pensei em informa-lo assim que ele saísse, me desculpe, fiz mal.

— Na verdade, fez o certo. Me desculpe você. Assim que ele sair, me chame. — quando iria pôr o telefone no gancho, ela sussurrou algumas palavras e infelizmente não pude compreender de primeira. — O que?

— Ele acabou de sair, pode entrar.. — e com essas palavras pulei da cadeira e me direcionei para a porta, abrindo a mesma e encontrando uma Megan perdida. — Senhor..

— Obrigado!

Ela sorriu e eu entrei na sala da Elena, sem ao menos bater. Elena parecia que não tinha notado a minha entrada e só quando cheguei mais perto, nossos olhos se encontraram e pela segunda vez, não conseguir decifra-lo.

— Nik.. Boa tarde! Acho que você deixou suas boas maneiras na sua casa, quem lhe autorizou a entrar? — Brava como sempre. Nem fiz questão de respondê-la, só me sentei na sua frente.

— O que o meu maninho caçula estava fazendo essa hora aqui? — perguntei. A vi revirar os olhos e voltar a escrever algumas anotações no seu bloquinho e pregando os papéis coloridos no seu monitor. — Você ainda tem essa mania?

Ela parou de escrever e me olhou novamente.

— Ok! — largou a caneta e se encostou por completo na sua cadeira — O que você quer? Você não veio aqui regular os meus papéis. O que você quer, Niklaus?

— Está nervosinha hoje, não é? Mas bem, queria falar sobre o que aconteceu ontem, que tal irmos jantar no hotel e depois quem..

Ela me interrompeu.

— Não posso!

— Por quê? A gente vai para lá mesmo, hoje tem reunião com os chefes das organizações.

— Eu sei e irei jantar lá, mas não com você. — ela suspirou e terminou — Vou jantar com o Damon, Klaus!

Uma batida forte foi atingida no meio do meu coração, isso não era possível. — Como? Onde? O que eu errei? — ela iria jantar com o Salvatore ao invés de mim? Uma raiva irremediável me atingiu de cheio e não pude deixar de demonstra-la. Levantei no mesmo minuto e sem consciência pelos meus atos, bati forte na sua mesa, que não demonstrou assustada, estava sem expressão e aquilo me deixava ainda mais irritado.

— O que está acontecendo com você? O que a gente passou ontem não foi nada? Vai jantar com aquele filho de uma puta ao invés de mim, do homem que te ama? — e com o mesmo repente, me inclinei e fui na sua direção, virei sua cadeira pra mim e a puxei com força, a fazendo bater forte no meu peito.

— O que diabos você pensa que está fazendo? Me larga, AGORA! — ela gritou se debatendo nos meus braços.

— Você não quer se soltar, na verdade você nem ao menos está tentando! Se quisesse, já tinha me acertado uma. — a sentei em sua mesa, mas sem diminuir a minha força, com certeza vou deixa-la marcada e pra ser sincero, vou gostar. Coloquei sua perna em cada lado do meu corpo e parecia que ela estava gostando da brincadeira.

— Me solta, eu não estou brincando.. — sua voz saia mais como um gemido e nossa como aquilo está me dando um tesão. Apertei ela mais no meu corpo e ela me repreendeu — Nik!

Afastei o seu cabelo do rosto, passei o nariz no seu pescoço, respirando o seu suave perfume e por fiz cheguei o seu ouvido, fazendo a mesma coisa. Ela estava reagindo, era o que eu queria.

— O que você quer mesmo, Elena? Que a solte? — passei a minha mão livre por sua perna e de vez e quando apertando, ela parecia inebriada e eu não estava diferente. Ela voltou a si e me olhou, eu não poderia me ver, mas sabia que meus olhos estavam puro desejo.

— Cala a boca e faça o que tem que fazer! — não sorrir, apenas fiz o que ela queria.

Rasquei a sua blusa fina, me dando todo o privilégio de seu sutiã preto e rendado, parei por um momento para olha-la e para deseja-la ainda mais, quanto tempo se passou para voltar a tocar na sua pele macia ou sentir o perfume que ela transmitia, muitos anos e cá estamos nós e não vou perder tempo com esses meus pensamentos, estava com saudade e sei que ela também estava.

Não queria ir muito rápido e tão pouco ir devagar, estou tentando fazer o meio termo, mas a ter ela ali nos meus braços tão entregue, estava me enlouquecendo. Beijei a sua boca com ferozmente, retirei o seu sutiã e desci até o seus seios, passei primeiro a língua e ela arfou, passei logo a chupa-lo e mordiscá-lo de uma vez, ela gemia baixinho e não estava ligando muito se estava na empresa ou não. Rasguei sua saia e logo a sua calsinha preta, retirei toda minha roupa, ficando nu com ela. Antes que alguém escutasse ou até mesmo seu próprio pai que está na sala à frente a beijei novamente e não demorei muito e escorreguei dois dedos dentro dela que gemeu alto, comecei um movimento de vai e vem, ela delirava sobre os meus dedos e gemia meu nome; não queríamos que o Sr. Gilbert aparecesse e encontrasse a filha nesse estado, mesmo porque a porta não estava trancada e qualquer um poderia entrar e nos ver fazendo sexo em cima da mesa, então me apressei e tirei os meus dedos, abri mais as sua pernas com brutalidade e posicionei o meu pênis na sua entrada, brinquei um pouquinho no local o que fez ela bufar e a mim sorri

— Klaus.. PARA.. — encostei a minha testa na sua e beijei a mesma.

— Não sabe o quanto te amo, por favor, não faça isso com a gente, ainda temos esperança — e com isso a penetrei de uma vez e antes que ela gemesse, a beijei. Movimentei-me dentro dela em um vai e vem fazendo que ambos gemesse, a levantei ainda dentro dela e caminhei até o sofá que tinha ali, me deitei por cima dela e voltei a me movimentar e depois de longos minutos gozamos juntos. fiquei ali por um tempo em um silêncio bom, fazendo carinho nela, até a Elena corta-lo.

— Klaus, eu ainda acredito em nós dois, só não sei lidar com isso, você me entende? — sair de dentro dela e ainda por cima dela a olhei e beijei os seus lábios doces.

— Entendo sim, amor. Também não sei como fazer isso, mas quero fazer da maneira certa. Mas não me peça para entender esse jantar com o Damon, isso não! — ela riu alto e fiz cara de bravo. — Qual o motivo da risada?

— Nada. Mas ainda vou jantar com ele — revirei os olhos e lá vamos nós de novo...

— Não, não, não e não — Resmunguei levantando de cima dela e ficando de pé. A peguei olhando o meu corpo e isso foi bom — Gosta do que vê? — falei malicioso.

E como uma rapidez incrível, ela se levantou, me jogou no sofá e se sentou em cima de mim.

— Gosto. Mas esse não é o ponto! Eu preciso jantar com ele e nada vai me fazer mudar de ideia, muito menos você. — ela se levantou novamente e foi até uma gaveta de sua mesa e de lá retirou uma muda de roupa, um short e uma blusa fina.

— Vai sair com essa roupa? Nesse frio?

— Klaus, vista sua roupa e vá para sua sala, tenho que trabalhar. — estou vendo que vamos começar com mais uma discussão e não pretendo perder.

[...]

POV Elena

Os mais perigosos e sanguinários chefes de organizações ilegais se encontravam ali, espalhados pelo restaurante do cassino, dês de assassino, traficante, falsificador, ladrão, do mais elevado nível ao pior deles; todos excluídos no seu próprio grupo. Muitos deles me encararam assim que coloquei os meus pés no local, parecia que eles estavam em um grande banquete e eu era o prato tão aguardado e cobisado, por ser a filha e sucessora do grande chefe-líder, claro que tinha tal atenção.

Lógico que não me deixei abater, continuei com a minha pose de superioridade e indiferença, alguns por onde passei tive a delicadeza de cumprimentar, alguns deles eram grandes amigos e não mereciam tal arrogância. Ao meu lado estava os meus fiéis companheiros e seguranças, Louis e Raphael; atento a qualquer falta de respeito eminente, mas estava tranquila, se algum desses quisesse me fazer algum mal, não seriam burros o bastante pra ser no cassino do meu pai.

Continuei andando, Damon me mandou uma mensagem me informando que já estava a minha espera, cheguei quase 40 minutos atrasada, depois da minha tarde agitada, Klaus não queria me deixar vir, mas sabia que iria ter uma reunião importante e que nossa presença era indispensável, então me liberou e deixou me arrumar. — O procurei, mas não o encontrei, com certeza estava com Jeremy.

Aproximei-me da mesa onde Damon se encontrava e quando me viu, se levantou da mesma e abriu um lindo sorriso, o retribuir. Parei em sua frente e ele se inclinou para beijar o meu rosto, sorri com o gesto.

— Srta. Gilbert.. — ele deu uma pausa me olhando dos pés a cabeça e terminando no meu rosto. — está belíssima, estou me sentido mau vestido! — exclamou

— Não posso concordar, levando em consideração que está usando um Desmond Merrion de US$ 47.500 — dei uma batidinha no seu peitoral.

— Vejo que conhece sobre o assunto — falou puxando a cadeira para mim — compra muitos ternos Srta Gilbert? — falou irônico.

Ri com sua breve sátira.

— Talvez sim, cuido sempre dos ternos do meu pai. Minha mãe as vezes/sempre não tem tempo e esse papel acaba ficando sobre mim. Já que viajamos muito juntos.

Assim que sentei, automaticamente Louis e Raphael se posicionaram atrás de mim; Damon percebeu e senti que se sentiu desconfortável com aquilo. Me virei para os dois e disse:

— Meninos, estou bem, mas precisamos de espaço. nihil eventurum! (nada vai acontecer!) — falei e a última parte em latim. Damon me olhou interrogativo.

O latim é uma língua morta e raramente pessoas sabem alguma palavra, imagina o idioma todo, então meu bisavô Johnathan Gilbert, um grande chefe-líder o escolheu para trocar códigos e como o Louis e Raphael são de minha extrema confiança, ele sabem falar também.

Eles fingiram que não me ouviram — as vezes essa proteção toda me sufoca! — revirei os olhos e continuei os olhando. Quando estava no ponto de explodir, Louis me olhou.

— Infelizmente não vai ser possível e você sabe o porquê! — falou com o seu sotaque italiano. Pegou o celular do bolso e ficou o encarando.

— Eu sei, mas o que mais tem nesse lugar hoje é segurança, se vocês não perceberam — gesticulei com as mãos em torno de todo restaurante e me virei para frente novamente e encontrando os olhos azuis de Damon com cara de tacho. — por favor.. — só senti Louis beijar o topo da minha cabeça e levar, ou melhor, empurrar Raphael para o bar. Suspirei aliviada e Damon notou.

— Eles são sempre assim? — me perguntou com um ar de divertimento — o que eles pensam que vou fazer com você? Tenho cara de algum Serial Killer?

Não me contive e ri.

— Iria acreditar se dissesse que não é você o problema? — ele pareceu mais tranquilo e um pouco confuso. Abriu a boca algumas vezes, mas nada dizia — eles só tem essa exagerada mania em me proteger de qualquer coisa que se mova, então fique tranquilo. Esse não foi o pior encontro que estive, uma vez eles ameaçaram o menino só porque ele se levantou bruscamente da mesa e me beijou.

Ele riu alto e eu o acompanhei. Ri ainda mais lembrando no encontro.

— Então estamos em um encontro? — Pela primeira vez na noite, corei. Tentei me recompor e chamei o Jeffy, o garçom.

— É melhor fazemos logo os pedidos. — me desviei de sua pergunta e ele sorriu. Ele se inclinou e pegou na minha mão.

— Não precisa dizer. — Apenas assenti. E nesse momento Klaus entrou no restaurante e olhou involuntariamente para as mãos de Damon entrelaçada com a minha, onde o próprio fazia caricias delicadas na mesma. Com cuidado tirei a minha de baixo da sua e sorri. Quando olhei novamente, seu pai e irmãos estavam em ao seu lado, Mikael estava conversando com o maitre que estava os guiando para sua mesa, Kol estava com eles, mas não me viu.

Damon acompanhou os meus olhos:

— É o Kol, não vai falar com ele? — Me perguntou. Virei o meu rosto e o respondi.

— Depois. — sorri.

[...]

A conversa fluía naturalmente e isso era melhor que esperava; aquilo não acontecia fazia um bom tempo; conversávamos como se nos conhecêssemos anos e mesmo assim o assunto não acabava, falamos sobre nossa vida pessoal, aventuras, família e até mesmo sobre nossa profissão, como éramos jovens e bem sucedidos com menos de 30 anos, cada um com seu próprio império.

— Mas você trabalha desde quantos anos com o seu pai? ou simplesmente você ocupou o segundo melhor cargo em uma empresa? — me perguntou, curioso.

— Quem me dera — gargalhei e tomei mais um gole do meu vinho. — comecei quando tinha 15 anos e acredite ou não, comecei como secretária pessoal dele e como qualquer funcionário, fui subindo de cargo, até me encontrar onde estou, vice-presidente. — falei orgulhosa.

— Nossa, que filha dedicada. Mesmo sendo herdeira, quis começar como qualquer empregado.

Iria respondê-lo, mas senti mãos no me ombro esquerdo e uma boca perto do meu ouvido, ela o Raphael. Cheguei mais perto de sua boca e o deixei falar:

— O conde está no hotel, Elena. E a reunião vai começar. — assenti e quando levantei o rosto, conde estava ao lado de Damon. Se apenas comigo metade estava me olhando, com a presença do conde chamou a atenção do resto que faltava. Ele exibia um sorriso no rosto, o que fez o meu ser aberto involuntariamente.

— Conde.. quanto tempo — ele colocou sua mão esquerda no ombro do filho, chamando a sua atenção, Damon se assustou mas entendeu quando viu o seu pai de braços abertos pra ele.

— Pai? O que faz aqui? Por que o senhor não me disse que vinha? — se levantou e abraçou o pai, parecia que eles não se viam anos. Soltaram-se e o conde olhou pra ele com cara feia.

— Oras, quantas perguntas. Será que um pai não pode fazer surpresa pro próprio filho? — ele o abraçou novamente e por cima do ombro me olhou — vejo que se deram bem, tenho muito gosto por essa amizade, venha cá também Elena — me levantei e fui ao seu encontro. O conde é amigo da família há muitos anos e por ele tenho um imenso carinho.

Raphael pigarreou, chamando a atenção de nós três. Desgarrei-me dos braços do conde e olhei para ele.

— Sem querer atrapalhar, mas temos que ir. — olhei em volta, e onde estava lotado, agora estava vazio e com poucas pessoas ali, alguns hóspedes e os garçons. A reunião estava preste a começar e só precisavam da minha presença. Assenti, fui até a cadeira e lá peguei a minha bolsa de mão. Quando voltei para me despedi, conde estava de braços levantados me esperando para que eu me entrelaçasse neles.

— Vamos? — ele me perguntou. Abrir um sorriso em agradecimento e assim fiz, colocando o meu braço junto ao dele.

— Alguém pode me explicar? Aonde vão? — Damon perguntou. Olhei para o conde e ele me entendeu. Deveríamos mentir.

— Vamos tratar de negócios, Damon. — Damon abriu a boca para falar algo, mas foi interrompido — Nada relacionado com a Salvatore se é isso que iria me perguntar. Depois ti explico melhor, mas agora, preciso levar essa moça até o seu pai, o John.

— Tchau, Damon. Adorei o jantar, nos falamos depois? — ele não respondeu, apenas assentiu. Saímos de lá em direção à sala de reuniões e lá vem mais uma noite em claro e cansativa.

Caminhamos até a sala secreta no subsolo, reservada apenas para as reuniões das organizações, claro que tínhamos uma cede, mas quando era uma reunião com todos os chefes e exclusive com a minha própria mãe, achamos melhor em ser aqui no cassino, onde tem varias pessoas e onde não ousariam em fazer showzinhos.

Raphael passou pela gente para abrir a porta, mas não antes que pudesse escutar alguns murmúrios de dentro, reclamando da minha demora.

— Será que podemos logo começar isso? Não to muito afim de esperar a princesa chegar. — reclamou o fulano, não reconhecia a voz, mas já não gostava. — Tem certeza na sua escolha de sucessora, chefe? — ele se referia ao meu pai com tão pouco caso que estava me deixando irada. — ela estava namorando lá no restaurante, a cabeça dela está voando pela nuvem..

Puxei a arma da cintura de Raphael, soltei os braços do conde e entrei na sala com brutalidade.

— Cuidado com que fala, a sua cabeça pode acabar indo pelos ares — pisquei pra ele. Ele se remexeu inquieto na sua cadeira quando viu a arma na minha mão.

Meu pai abriu um sorriso quando me viu, fui até ele que se levantou da sua cadeira para beijar o meu rosto.

— Mãe, pai.. — os cumprimentei. Me sentei na minha cadeira, ao lado do meu pai. — acho que agora podemos começar essa reunião. Você. — apontei com a arma na mão para o homem que estava falando asneiras — está no lugar do conde!

— Mas o que? — ele protestou — esse lugar é meu, ele que sente em outro lugar.. — levantei calmamente. Meu pai ao meu lado se divertia.

— Só que ele não quer qualquer lugar e sim nesse, então levante. Agora! — ele passava o lenço no seu rosto, estava soando frio pois aqui estava no ar-condicionado.

— Não vou sair.. — atirei no seu ombro, claro que não queria mata-lo, mas sim amedrontá-lo. Mas se ele fizesse mais alguma coisa, a próxima bala seria no meio de sua testa. Ele gritou de dor — AAAAAAAAAH FICOU LOUCA? — me sentei novamente.

— Acho melhor ter cuidado com o que fala, na próxima não serei condescendente e a bala pode parar na sua testa. — falei sorrindo. — agora saia que o Conde quer sentar. Mas seja um bom menino e limpe a cadeira antes, ele não vai sentar nesse sangue imundo. — ele me olhou furioso, mas fez o que mandei e logo o Conde estava sentado.

Meu pai possuía um sorriso imenso no rosto.

— Ainda bem que alguém calou a boca dele, ele estava me dando nos nervos. — Bravejou. — Minha filha chegou, agora podemos começar essa reunião. Conde seja bem vindo de volta e espero que fique bastante tempo dessa vez.

— Agora vir pra ficar bastante tempo e se for pra ter sempre essas manifestações de afeto, vou vir empolgado. — todos riram.

POV Damon

Achei muito estanho àquilo que aconteceu na mesa e os segui; claro de uma maneira que eles não me visse. Passei por vários homens maus encarados ao longo do caminho, alguns deles me pararam e me perguntaram o que estava fazendo ali e como não sou besta e nem nada, usei minha inteligência e disse que estava procurando o meu pai. Notei nesses dois dias que estou aqui, todos se referem a ele como “Conde” o que achei ainda mais estranho, meu pai odeia tal título e isso me intrigava.

Passei pelo salão de jogos, chegando em um corredor longo e estreito e só depois que percebi que as vozes dos jogadores não dava mais para ser ouvidos e pude notar que já estava bastante afastado. Senti uma mão no meu peito me impedindo que continuasse o meu caminho. Me afastei para ver quem era e reconheci sendo um dos seguranças que estava no restaurante.

— O que você está fazendo aqui? — me perguntou.

— Estou à procura do meu pai... o Conde. Poderia me ajudar? — mantive a maior calma possível.

— Ah sim, por aqui, a reunião já começou ou não.. — me respondeu. Reunião?

— Como assim?

— Parece que a Srta Gilbert está dando um showzinho. Venha! — o segui e ele desceu até o subsolo onde lá continha uma porta de madeira, o lugar não era grande, pelo menos antes da porta. Encaminhei-me até lá, mas não entrei, pois escutei a voz de Elena e ela parecia irritada.

— acho que agora podemos começar essa reunião. Você está no lugar do conde! — era a voz dela, mas não conseguia vê-la, pois a porta estava um pouco entre aberta.

— Mas o que? — um homem falava, mas parecia indignado com alguma coisa — esse lugar é meu, ele que sente em outro lugar..

— Só que ele não quer qualquer lugar e sim nesse, então levante. Agora! — ela falou, e nesse momento empurrei um pouco a porta e só assim pude vê-la. Ela estava na ponta da mesa e ao seu lado estava seu pai e sua mãe e em torno de toda a mesa, todos os homens do restaurante. Algo de repente me chamou atenção, algo que não tinha notado antes, mas Elena segurava uma arma,

— Não vou sair.. — foi muito rápido, só pude escutar o tiro. Quem tinha disparado tinha sido a própria ELENA?

Entrei em choque, como ela teve coragem de algo tão desumano ao ponto em atira em uma pessoa? E o que me deixou mais embasbacado, foi o seu pai, que sorria; a filha acabou de atirar em uma pessoa e ele estava sorria?

— Acho melhor ter cuidado com o que fala, na próxima não serei condescendente e a bala pode parar na sua testa. — continuei olhando. — agora saia que o Conde quer sentar. Mas seja um bom menino e limpe a cadeira antes, ele não vai sentar nesse sangue imundo. — só então que pude cair em mim e ver que meu pai estava metido nessa sujeira toda. Me afastei da porta para sair dali, mas me assustei:

— Damon, o que faz aqui? — Alaric estava ali e me olhava com um olhar de “me diz que você não viu ou escutou nada” — eu não vou te perguntar se viu alguma coisa, pois só pela sua cara de pasmo já fala por si só.

— V-você.. — queria perguntar se ele estava envolvido nisso, mas as palavras fugiam.

— Cara, depois você pergunta, agora tenho que te tirar daqui. — Ric falou e parecia preocupado — Louis me ajuda aqui! — Gritou — leva o Damon pra algum lugar e fica de olho nele, vou tentar falar com o Conde. Vá agora.

— Ric.. — tentei argumentar, mas ele me interrompeu.

— Não fala nada, não sabe a merda que fez e muito menos onde está se metendo. — ele desviou os olhos de mim para o Louis — se for preciso, bota ele pra dormir.