Acordei em um quarto de madeira clara, cama de casal como a de uma princesa com colcha branca. Paredes pintadas de branco. Uma janela que a luz entrava um armário que quando eu abri estava cheio de roupas que eu usaria.

Peguei meias listradas vermelha e preta que iam ate o joelho, coturnos que paravam um pouco abaixo dos joelhos. Uma calça jeans escura, uma blusa preta e um colete que tinha alças e prendia abaixo dos seios um tipo de espartilho.

Penteei meus cabelos e me vi no espelho. Aceitável.

Achei meu arco, minha espada na cama, usei a magia para fazer os dois virarem pingentes e prendi em uma corrente. A varinha de Merlin era preta e roxa, o cabo era um redondo mais grosso depois ia para um mais fino e na ponta um mais fino ainda.

Coloquei-o no coturno e encolhi o cajado e coloquei-o no coturno.

Sai do quarto e percebi que estava em uma casa de dois andares de madeira clara

Desci as escadas e fui em direção às vozes.

Erica, Baltazar e Tia Fini conversavam calmamente, todos pararam quando me viram.

-sente-se, ontem você descarregou energia demais-falou Erica e eu me sentei a seu lado.

A mesa fora posta para o café, frutas, pães e geleia estavam na mesa redonda da simpática cozinha.

-isso é para você agora-falou Baltazar e me deu um livro bem pequeno que cabia no meu bolso -é o grande livro-falou

-eu me lembrava dele maior-falei

Erica rio e começou a desdobrar o livro ate que pesasse 16 quilos, fosse grosso e velho, e muito comprido.

-pode dobrar ele? –pedi

-ele em tudo que você precisa para continuar seus estudos, queremos lhe dar esse material de feiticeiros, já prendemos você por muito tempo, tem outros mundos querendo saber onde esta-falou Tia Fini dobrando o livro.

Fiquei quieta por um tempo pensando na bronca que eu ia levar.

Erica me obrigou a comer mesmo eu não estando com muita fome.

Erica era legal, uma boa pessoa.

-eu vou sair ao meio dia, é uma boa hora –falei e eles assentiram

-Sadie... eu gostaria que ficasse com isso-falou Tia Fini e colocou uma bolsa de couro, que tinha uma tranca, era antiga e tinha uma alça para colocar atravessada no corpo.- passe a mão na frente da tranca e ela destranca....olha rimou-falou e eu soltei uma curta risada e Baltazar esboçou um sorriso.

Eu passei a mão na frente da tranca e ela destrancou.

Abri-a e tirei... um baralho magico, um livro encolhido de como achar runas, um pingente que tinha uma nuvem dentro, um pouco de sulfato de prata e carvão que causava uma explosão controlada, uma bola de cristal, uma faca que tinha o cabo de pele de jacaré e a lamina de aço com cobre, um pequeno guia de criaturas magicas, um livro de capa de couro em branco, incenso, um isqueiro com as minhas iniciais... Um livro sobre Merlin, um livro sobre Abigail, e um livro com feitiços e uns vidros vazios.

Peguei meu saco magico e comecei a colocar minhas coisas na sacola que parecia caber tudo, varinhas bumerangues, um cajado reserva , um pouco de papiro, meu kit de pintura pré-histórico, minhas poções.

Coloquei tudo na bolsa e a fechei a bolsa e passei a mão na frente do trinco que trancou.

-obrigada-falei sincera e Erica sorrio e bagunçou meus cabelos, mas não liguei.

Alguém bateu na porta e Tia Fini foi ver quem era.

-que horas são?-perguntei.

-10 horas da manha-respondeu Baltazar passando manteiga em um pão.

Aquilo era engraçado, o grande Baltazar passando manteiga no pão quando podia telo enfeitiçado.

-o que aconteceu ontem?-perguntei-por que eu desmaiei?-melhorei a pergunta.

-sempre acontece na inicialização-falou Erica se sentando a meu lado.

-por que algo queimou no meu tornozelo?-perguntei

-foi à marca dos feiticeiros-falou Baltazar.

Alguém bateu na porta da cozinha e me virei para ver Felipe de calça jeans, camisa verde e um moletom listrado cinza, e all star.

-posso falar com Sadie?-perguntou

Eu me levantei e peguei a bolsa.

-não vão muito longe crianças-falou Baltazar só para implicar comigo

-eu devolvo ela daqui a pouco senhor-falou Felipe obediente.

Eu revirei os olhos e nos saímos pela porta dos fundos, ainda estávamos em Salem, às ruas cheias de papel estavam vazias, casas enroladas em papel higiênico e o som da sirene de policia longe daqui.

Fomos ate uma praça que ficava na frente da casa de Erica.

Me sentei no balanço e ele se sentou em outro a meu lado.

-meus pais, os magistrados... estão muito bravos com você-falou e sorrio-meus parabéns-falou

-seus pais são o loiro e a ruiva?-perguntei me referindo aos magistrados.

Ele assentiu-o

-eles não gostam de você, acham você ‘má influencia ’-falou fazendo aspas no ar- e que você desafiou os magistrados-falou.

Eu me balancei minimamente no balaço

-sou realista, é preciso de alguém realista nesse mundo de magia-falei.

-então, um dia desses vamos ver que é melhor em esgrima, aposto que te derroto-falou.

Eu dei a ele um sorriso que dizia ‘há é?’

-eu vou te por no chinelo-falei e ele rio

-mas é serio agora, a guerra esta muito próxima, tenho que te ajudar-falou

Eu fiquei surpresa

-desafiaria seus pais? –perguntei

-para eles eu sou ‘’rebelde’’ , quero ver eles me chamarem de desvirtuado-falou e nos rimos.

-façamos o seguinte, quando a guerra começar em Gondor eu mando uma mensagem para você vir com um exercito-falei

-eu topo, ...mas como eu acho Gondor?-perguntou

-deve ter uma entrada secreta na torre dos feiticeiros do leste-falei em transe

-se precisar de qualquer coisa Sadie, é só chamar-falou e eu sorri para ele

-agradeço a oferta-falei- mas eu vou precisar enfrentar meu irmão então não sei se vou sobreviver.

Ele rio e se levantou, eu levantei junto.

Ele olhou bem nos meus olhos e percebi de novo que ele era muito lindo.

-espero que sobreviva Sadie, mas sei que vamos nos encontrar de novo-falou e se inclinou para frente-estarei esperando sua mensagem-falou rio e desapareceu.

Onde ele foi?

O som da risada dele ainda ecoava na minha mente.

Por que existia tantos garotos lindos?

Eu tirei isso da minha cabeça e voltei ara casa de Erica.

Voltei para a cozinha aguentando as implicas de Baltazar e os suspiros apaixonados de Tia Fini.

Quando bateu meio deia nos saímos da casa e fomos à floresta, peguei uma vassoura e me despedi deles.

-vamos nos ver de novo-falou Erica, eu abracei-a e a Tia Fini, mas Baltazar só nos olhou e chegou à mesma conclusão.

‘nos vemos em pouco tempo’

Eu levantei voo na vassoura e sai voando em alta velocidade em direção à nova Iorque.

Passei em cima das nuvem...

Bem agora eu tenho tempo de pensar.

Meu coração doía de ansiedade para ver Carter... mas para ouvir Walt terminar comigo não ia ser nada bom.

Uma lagrima caio do meu rosto.

Liz e Emma...será que elas estavam bem? Espero que sim.

Mas ...quando o sombra falou que eu era feiticeira, falou que Liz era transfiguradora, Nico era um anjo e Emma manipuladora.

Sim, admito, eu estou sou um titico de nada preocupada com o di Ângelo.

Deuses será que eles estão bem?

Meu pai...ele deve estar maluco assim como minhas mães...pelo menos eles saberiam que eu não estava morta.

Apolo deve ter contado que ele me encontrou na África... não é? Não Artêmis deve telo matado por isso.

Meu irmão deve ter ficado louco.

Anubis...aquele cachorro não me contou que era casado...e mesmo assim me beijou? Quem ele pensa que eu sou?

Vou dar uma boa bronca nele.

Espero que Walt esteja bem...ele não estava se sentindo muito bem quando eu fui embora.

Acelerei a vassoura e desviei meus pensamentos.

Os deuses vão me matar... eu não devia ter sumido devia?

Eu devia sim, era a coisa certa a fazer. E os deuses que se lasquem.

Mas pensando agora em antecedentes.

Meu sangue é bastante dividido. Grego, egípcio, Merlin...

Quem era aquela mulher que foi em direção ao mago que estava nas sombras?

Por que estava no salão das eras?

Meu pensamento foi indo... ate que um raio estralou na nuvem acima de mim.

Problema.

Fui indo mais para baixo distanciando das nuvem.

Inclinei para frente aumentando a velocidade. Não deu começou a chover e era uma tempestade de raios.

Eu tinha que parar.

Quando já estava encharcada encontrei uma lanchonete e parei.

Encolhi minha vassoura e coloquei na bolsa

Entrei e sentei em uma mesa e esperei.

O lugar era uma lanchonete dos anos 50 com detalhes em vermelho.

Uma garota veio ate mim ela devia ter 27 anos usava um uniforme dos anos 50 em vermelho e branco, parecia ser bem simpática.

-ho deus, tadinha esta ensopada, por que não vai para o banheiro e se seca um pouco querida-falou

Ela era agradável.

Fui ao banheiro e usei a varinha para me secar.

-aquus foorus-recitei e a agua foi para pia a minha frente.

Era muita agua.

Guardei a varinha no coturno e me olhei no espelho, não estava tão mau.

2 garotas entraram no banheiro e para foram atrás de mim. Só que não eram garotas.

Era uma mistura de burro, metal e vampiro. E eram feias.

Peguei minha varinha no coturno e minha espada na corrente.

Expandi a espada e me virei.

-Sadie Kane-rosnou uma –seu sangue deve ser delicioso-falou.

- que tipo de aberração é você, é uma maquina ? É um burro? É a vampiburro?-perguntei

Elas rosnaram e vieram para cima de mim.

Girei a espada no ar e atravessei o ombro de uma transformando-a em pó

A outra caio na pia atrás de mim.

Virei-me rápido, mas mesmo assim fui lançada na outra parede.

-ninguém me mata 670 anos desista-rosnou e arreganhou os dentes.

Me levantei.

-é porque você nunca se olhou no espelho-falei e com a varinha com um movimento de girar o pulso, eu lancei um redemoinho dourado e a vampiburro foi sugado por ele, eu desferi um golpe qualquer no redemoinho e a matei.

Desfiz o redemoinho e guardei a varinha e a espada.

Sai do banheiro e me sentei-me à mesa, a tempestade continuava lá fora.

A garçonete veio de novo com o cardápio dessa vez e colocou na minha frente.

-gostaria de uma bebida quente querida?-perguntou

-adoraria-respondi

-vou te trazer um chocolate quente-falou e foi para cozinha.

Eu me virei e olhei para a janela, enquanto a tempestade não passasse não poderia ir, chamar um portal gastava muita energia.

Peguei meu camafeu e o abri.

Liz, Emma, Bastet e Carter deviam estar preocupados.

Bastet não o consegui-o me achar... que estranho. Ela era minha protetora...podia me achar em qualquer lugar do mundo.

Olhei a tevê que passava uma reportagem.

-a tempestade não vai sair tão cedo, srrnhoaras e senhores- a tevê estava com muita estática- rrecommendado ficar sobre aabbrrigo-falou.

Os deuses estavam zangados.

-aqui querida-falou e colocou na minha frente uma xicara fervendo de chocolate quente, a fumaça e o cheiro que emanava era reconfortante.

Dei um gole e sorri para ela que piscou para mim e saio.

Eu suspirei, se a chuva não ia passar ia ter que ir por terra.

Terminei meu chocolate e fiz surgir uma nota de 20 dólares e coloquei em cima da mesa.

Peguei meu cajado e o transformei em um guarda chuva.

Fui andando e percebi que estava em uma pequena cidade, bem pequena.

Mas não o suficiente para não ter uma concessionaria.

Eu sorri quando vi os carros...será que eu conseguia engambelar o sistema?

Não custa tentar.

2 horas depois eu tinha comprado uma masserati gran turismo preto .

Eu comprei não se preocupem apenas transformei folhas de papel em notas de 100 dólares e fiz ele me ver como quem tem 20 anos e muita grana para torrar e agora aprendia a dirigir um lindo carro.

Eu sentava no banco de couro marrom que é o do motorista, eu respeito às leis de transito não quero ser persiguida por uma viatura.

O som do radio tocava alto Adele e eu cantava junto.

Os arredores de Nova York é um inferno, eu metia a mão na buzina e gritava. Doce vida normal. É claro se normal é uma garota de 14 anos dirigindo um lindo carro a caminho de uma mansão magica.

Um sonho.

Ainda chovia lá fora e eu estacionei perto do armazém.

Eu perdi totalmente a coragem quando olhei para cima e vi a mansão.