My momma, your momma, gonna cath a witch

My momma, your momma, flying on a switch

My momma, your momma, witches never cry

My momma, your momma, witches gonna die!

Witch number one, drown in a river!

Witch number two, gotta noose to give her!

Witch number three, gonna watch her burn!

Witch number four, flogging take a turn.

Minha mãe, sua mãe, vão pegar uma bruxa

Minha mãe, sua mãe, voando com uma varinha.

Minha mãe, sua mãe, bruxas nunca choram

Minha mãe, sua mãe, bruxas vão morrer!

Bruxa número um, afogada no lago!

Bruxa número dois, tenho uma corda para enforca-la!

Bruxa número três, tenho que vê-la queimar!

Bruxa número quatro, batedor sua vez!.

Prólogo.

O ar gélido do lago tornava a respiração de Nérida pesada, suas mãos buscavam desesperadamente por sua varinha entre as águas negras, mas era impossível enxergar algo além do reflexo vermelho da lua brilhando sob sua cabeça.

Ela se agitou, as roupas pesadas ao movimento, os cabelos molhados batendo contra suas costas.

Não havia nada em torno dela, os campos vastos em direção ao castelo se encontravam vazios, mesmo assim, ela podia sentir olhos sobre si, de todos os lugares, de lugar nenhum.

Seu coração se apertou contra seu peito, enquanto calculava mentalmente quanto tempo levaria para atravessar o lago e se encontrar em terra firme.

Desesperada, Nérida impulsionou seu corpo para frente, as mãos fazendo barulho contra a água produzindo impacto, ela se lançou em um nado a frente, seus olhos fechados com força, a água que uma vez lhe parecia refrescante contra a pele quente, agora, lhe parecia cortante, como se cada pequena onda lhe fizesse um corte profundo contra a pele. Finalmente conseguiu atingir a borda, a sensação da grama verde contra seus dedos lhe permitiu respirar de novo, e assim ela o fez, enquanto tirava o rosto das águas.

No mesmo instante seus olhos se arregalaram a noite, a sua frente se estendia uma figura, uma pessoa se curvou no mesmo segundo que ela fincava as unhas sob a grama molhada da borda, as mãos da pessoa pressionaram o topo de sua cabeça de volta ao lago, a pressão e a falta de equilíbrio de Nérida a fizeram voltar de baixo d'água.

Seu corpo todo se forçando de volta a cima.

Ela sentiu a água salgada pelas criaturas entrar por seu nariz e boca de uma só vez, Nérida se debateu tentando expulsar a água de dentro de si, tentando se reerguer, seus olhos se erguendo rapidamente para cima em busca de qualquer sinal que lhe revelasse seu agressor, tirando o vislumbre de um longo casaco marrom, ela não podia distinguir seu rosto, nem mesmo seu gênero.

Nérida se debateu novamente, dessa vez com mais destreza do que antes, mas inutilmente, seus olhos haviam começado a arder a obrigando a tentar fecha-los, era impossível...

Naquele momento a água já havia invadido cada simples parte de seu corpo, podia sentir, enchendo lentamente, se tornando um saco grande de ossos, preenchido até o topo de água salgada, o ar do qual ela tanto buscava já não havia mais se tornado prioridade, seus olhos começaram a pesar, as tentativas de afastar o sal e a água haviam sido em vão.

Finalmente, acompanhado por uma última tentativa de suspiro, Nérida sentiu seu corpo se desprender, dando espaço a uma luz branca.