Os Black

A casa dos homicídios.


Violetta

Eu estava com Taite quando meu pai apareceu pedindo para eu pegar minhas coisas, ele dizia que iríamos embora. Eu sabia que não podia mais sair da casa porque havia morrido ali. Taite havia me explicado que a casa prende as pessoas. Por isso ninguém sai.
– Vamos Violetta, não temos o dia todo ele gritava.
– Não vou. Pai você e minha mãe podem ir, mas eu tenho que ficar eu expliquei.
– Do que você está falando? Vamos agora ordenava ele.
– Não. Gritei.
– Você está brincando comigo? Perguntou ele.
– Você não vê, eu não posso sair, não posso mais sair daqui.
– Por quê? Ele perguntou confuso.
– Porque estou morta, eu morri e agora minha alma está presa aqui. disse fazendo-lhe rir.
– Vamos agora ele pegou meu braço e saiu me arrastando pelo corredor.

Constance

Cheguei à casa a tempo de encontra Vivian com vida, eu presenciei uma cena horrível. Esther com um pedaço de vidro em mãos, ela cortou o pescoço de Vivian fazendo o sua camisa branca se embebedar de sangue. Eu sabia o que tinha que fazer, tinha que tirar Esther de lá, se alguém descobrisse ela poderia ser presa.
– Esther? Chamei.
– Ela largou o vidro e correu até mim. Vamos embora querida.
– Vamos vovó ela disse segurando minha mão.

Violetta

– Vivian? Meu pai gritou mais uma vez e a resposta não veio.
– Onde ela está? Perguntei.
– Não sei. Espero que esteja por perto. ele disse entrando no corredor que vai da sala de estar à cozinha.
– Vivian? Perguntou ele de novo.
– Esther? Gritei olhando para a foto na parede do corredor.
– Não é o filho do doutor Charles Taite apareceu ao meu lado.
– Por que eles são tão parecidos? Perguntou meu pai.
– Não quero assustar vocês, mas tem algo dentro de Esther e essa coisa é o filho do doutor Charles. Explicou Taite.
– O quê? Gritou meu pai.
– Há um demônio em Esther eu confirmei o que Taite havia explicado.
– Por isso ela agia de um jeito estranho. Eu disse entrando na cozinha.
Vi o sangue fresco pelo chão pouco mais a frente estava o que eu pensei que era.
– Nãããooo gritei. Eu comecei a chorar e gritar ao mesmo tempo.
Isso não tava acontecido, tudo bem que essa frase soava estranha para alguém que morreu, mas tinha que admiti. Minha vida havia acabado.
– Vivian? Meu pai saiu correndo para ligar para polícia.
– E eu fui para o quarto.
Enquanto subia a escadas vi pessoas desconhecidas a minha volta.
Elas queriam me dizer algo. Então parei para ouvi-las.
– Taite não é quem você pensa que é disse um homem velho.
– Ele não contou que matou aquelas pessoas que os seguiram até aqui no Halloween. Ele matou todos eles. Disse uma mulher com um vestido branco.
– Ele não disse que Esther é filha dele? Por que você acha que ela é um demônio? Ele estuprou sua mãe. Disse um cara bem vestido.
Não sabia se acreditava ou não, eu precisava falar com Taite urgentemente.
Encontrei ele no meu quarto parecia saber o que estava por vir.
– É verdade Taite? Eu perguntei seriamente. Esther é sua filha? Quando ouvir minha própria voz falando comecei a chorar. Isso não poderia ser verdade.
– Violetta, eu... ele começou.
– Então é verdade? Perguntei. Ele não respondeu. Você sabe o que fez? Eu perguntei tentando me acalmar.
– Não! respondeu ele ainda chorando.
– Aquelas pessoas do Halloween Taite, você os matou eu o contei.
– Não, não fui eu. Ele negava eu juro Violetta.
– Taite, as coisas que você fez não tem perdão. Você estuprou minha mãe. Você sabia de tudo e não me contou. Eu falava enquanto ele chorava, eu não queria fazer isso, mas era preciso. Eu sempre pensei que você fosse como eu, pensei que estivéssemos perdidos na escuridão, mas agora eu percebi. Você é a escuridão.
– Não Violetta. Existia ele.
– Vai embora Taite, Vai embora Eu disse de olhos fechados e quando eu os abrir minha mãe estava ao meu lado. Ela me abraçou e sorriu para mim.

Tom

Eu estava desolado a polícia já estava a caminho eu precisava sair daquela casa já, fui ao quarto pegar meus pertences e quando estava quase alcançando a escada Mylena me aparece.
– Vou pagar na mesma moeda o que você fez comigo Tom. Ela passou um corda pelo meu pescoço enquanto eu tentava explicar que eu não havia matado ela. Mas quando eu comecei a falar ela me jogou da sacada e fui enforcado no ventilador, o ar dos meus pulmões foram se esgotando e não se ouvia minha pulsação.

Constance

Já havia se passado muito tempo desde que os Black tinha morrido na casa dos homicídios. É claro que teve uma longa repercussão nos jornais.
Esther já era um adolescente, foi a melhor coisa que me aconteceu até os dias de hoje, ela estava olhando pela janela da sala. Ela começou a tagarelar tirando-me dos meus devaneios.
– Vovó, há novos moradores na casa.