Era uma tarde de julho e Darcy se perguntava se havia sido realmente uma boa ideia estabelecer Georgiana em Londres. É claro que adorava a companhia da irmã e sentia reciprocidade por parte dela, mas o verão estava se provando muito quente e quando fora visitá-la esta manhã não a encontrou em sua energia habitual.

Faltavam algumas semanas para que pudesse enfim encerrar seu trabalho na cidade, e já não sentia que para a Darcy mais nova os jantares que tinha com o irmão valessem todo o suor e desgaste que a capital oferecia.

— Acho que vou mandá-la para costa por uns dias. - disse enquanto dava mais uma volta pelo cômodo - Quero dizer, terminarei minhas obrigações em torno de umas três semanas, creio que Georgiana já é crescida o suficiente para passar alguns dias sozinhas, digo, sem contar os criados e a senhora Younge.

— E como toda jovem, imagino que anseie por um pouco de liberdade – respondeu o primo virando seu whisky enquanto sorria para o mais velho que fazia uma careta.

— Não é como se ela fosse passar as férias sozinha Fitzwillian – pigarreou – logo estaremos com ela.

Sem aguentar o Coronel caiu na risada.

— Hahaha, pelo amor de Deus Darcy, você é muito protetor, Georgiana é uma dama, além de já ter 15 anos. Sua ideia até mesmo me surpreende, é muito boa, tenho certeza de que ela vai adorar.

Darcy sorriu se vangloriando.

— É claro que após o choque da constatação de que o irmão raciocina tenho certeza de que ela ira agradecer – pode ouvir o primo ranger, e por isso sorriu - Sério Willian, não é nem temporada. Está tendo tanto trabalho a ponto de achar que o que sua irmã mais desejaria após anos estudando seria ser arrastada até Londres?!

— Eu estava com saudades...

— Todos estávamos uns dos outros hahaha, diria até mesmo de titia.

Darcy sorriu.

— Agora termine logo todo esse infindável trabalho e vá passar um tempo decente com a família.

— E você?! - acusou Darcy – Pelo que vejo não tem mais nenhum trabalho, ou pretende deixar tudo para o último momento como sempre.

— Eu como um bom cavalheiro – respondia Fitzwillian enquanto se espreguiçava na poltrona – me recuso a trabalhar depois do almoço em dias tão cálidos. - encerrava com um sorriso maroto que não pertencia aos Darcy. - Deveria experimentar, faz bem a alma e tenho certeza de que a carrancas também.

— Nem todos dispomos de tal privilégio Fitz, nem todos... – Willian pode responder conforme se retirava do próprio escritório.

Durante a caminhada pelas ruas seu peito se encheu de alegria e ânsia pelos próximos dias; tinha a certeza de passar bons e inesquecíveis momentos com as pessoas que mais amava. Talvez devesse chamar Charles, então teria a completa certeza de ser o mais abençoado dos homens.