Não há como o círculo ter aumentado ainda mais

Apesar do dia um tanto exaustivo nas Escolas e até mesmo, Faculdades, ainda não havia acabado, na verdade, para certas pessoas estava apenas começando.

– Ei, ei, ei, isso ainda não faz sentido. Acabou de passar meu primeiro dia na escola nova e já estou indo pra uma casa de uma família que eu não conheço com pessoas que eu conheci hoje... Esse dia fica cada vez mais estranho... – Disse Shiryo deixando sua maleta ao seu lado apoiada em seu abdome.

– Eu me senti assim também quando conheci aqueles malucos... – Disse Ruri com os braços cruzados e olhos fechados.

– Mas aposto que no mínimo, vocês os conheceram antes de aparecer na casa deles. Eu nem ao menos sei quem são.
Uma gota apareceu na cabeça de Shiryo tentando imaginar como seria o local e as pessoas “malucas” na qual Ruri descrevia.

. . .

Já na casa dos Kosaka, Kyosuke preparava um lanche básico para o encontro com os amigos depois de certo tempo. Logo, Kirino chegou.

– Cheguei! – Ela disse rapidamente enquanto tirava os sapatos, correu para se trocar em seu quarto e logo desceu normalmente como se nada tivesse acontecido. Kyosuke, já acostumado com o temperamento da irmã menor, apenas continuou cozinhando e preparando tudo.

– Ainda não entendo o porquê de tanta preocupação, afinal, Kuroneko vai chegar com as roupas escolares, e nem eu tive tempo de tirar essas minhas roupas que fui para a faculdade, até porque eu não tenho nenhuma roupa para me trocar aqui.

– Aí já é um problema deles, eu não me importo nem um pouco.

– E no final acaba sendo você quem mais aproveita essas reuniões... – Uma gota se formou na testa de Kyosuke.

A campainha tocou enquanto Kyosuke colocava o restante da comida na mesa de centro da sala. Kirino atendeu a porta onde se encontravam Saori, Ruri e um rapaz desconhecido com uma expressão nervosa, sem saber o que fazer.

– Vocês eu esperava, mas quem é ele? – Disse Kirino olhando por trás das duas garotas.

– Um novato, eu obriguei ele a vir. – Disse Saori sem desmentir nenhum fato.

– Pelo menos ela é honesta. – Disse Ruri. O rapaz deu um passo à frente.

– Eu sou Shiryo. É um prazer. – O garoto se apresentou.

– Ah... Eu sou Kirino. Enfim, vamos entrando, meu irmão ficou duas horas fazendo o nosso lanche.

– Eu ainda consigo te ouvir! – Gritou Kyosuke da sala.

– Eu só acho que essa era a intenção dela. – Ruri foi entrando, com Saori logo atrás.

– Eu não acho que devia... – Shiryo logo fora puxado por Saori para dentro. – C-Com licença... – Disse o rapaz já um tanto vermelho.

Kyosuke notou o rapaz e logo foi cumprimenta-lo, assim como com todos.

– Meu Deus, até que enfim, tem outro homem aqui, eu não vou precisar ficar mais quieto o tempo todo ouvindo vocês falarem... – Todas olharam para Kyosuke.

– Falarem...? – Três olhares mortais encararam Kyosuke, que por sua vez, colocou um biscoito na boca e olhou para a parede

– Aqui geralmente fica tenso assim? – Sussurrou Shiryo para Kyosuke.

– Sempre que eu falo besteira... – Disse Kyosuke.

– Ou seja, sempre. – Disse Kirino pegando um mini sanduíche do prato na mesa.

Kyosuke se levantou e pegou uma caneca extra para Shiryo. Todos voltaram a conversar como sempre, com um novo integrante, Kyosuke pode falar muito mais do que o normal, assuntos mais masculinos que geralmente não tinha muita oportunidade de falar. Também contou em como ficou perdido em seu primeiro dia na faculdade, uma história bastante engraçada, na verdade. Shiryo contou várias histórias de sua cidade antiga, onde passou boa parte de sua vida. O novato se mostrou um amigo confiável. Logo após o lanche, todos ajudaram a limpar tudo. Enquanto as horas passavam, mal viam eles que escurecia cada vez mais.

– Bom, para te falar a verdade, eu já não moro mais na casa dos meus pais, eu tenho um pequeno apartamento, mas Kirino insiste em fazer as reuniões aqui, então eu volto aqui quando possível. – Explicou Kyosuke para Shiryo que bebia sua caneca de chá.

– Bom, eu não sei bem como é isso, eu ainda moro com meus pais, para falar a verdade, não muito longe daqui. – Shiryo olhou pela janela e logo após em seu relógio de pulso, fazendo com que os outros também vissem o horário.

– Parece que ficou bem tarde. Bem, acho que devemos ir. – Ruri se levantou.

– É, ainda mais que eu chego cedo na escola. – Disse Shiryo esticando os braços.

– Bem, eu fico por aqui. – Disse Kirino.

– Vamos nessa, rapazes. Darei uma carona pra vocês. – Todos entraram novamente na limusine.

Um celular começou a tocar.

– Licença um minuto, é o meu... – Shiryo pegou seu celular e atendeu. – Alô... Mãe, tá tudo bem, eu já estou voltando para casa... Uhum, é mas–

– Shiryo, vá mais devagar, por favor! Ahn! – Saori agarrou seus próprios seios e os balançou fazendo barulhos levemente obscenos. Kyosuke cuspiu saliva enquanto Ruri tossia de forma descontrolável. Shiryo ficou completamente vermelho naquele momento. Saori começou a bagunçar o cabelo de Shiryo.

– Saori! O que você tá fazendo?! Mãe, eu chego daqui a pouco, tchau! – Shiryo desligou rapidamente. Saori começou a rir como uma criança de dez anos.

– Eu não acredito que ela realmente fez isso... – Disse Ruri um tanto vermelha.

– Pode parar aqui, minha casa é aquela. – Shiryo apontou para uma casa com dois pisos de tamanho normal. O carro parou e Shiryo desceu.

– Bom, obrigado pela carona, apesar de eu ter praticamente pago por ela, não é? – Disse Shiryo ainda um pouco rosado. – Foi um prazer Kyosuke. Vejo você amanhã, Ruri.

– Certo. – Disse Ruri.

– O prazer foi todo meu. – Confirmou Kyosuke.

– Desligue o celular em nossa próxima viagem! – Riu Saori. Shiryo desceu do carro e foi até a porta de sua casa, e entrou. O carro voltou a andar até deixar a visão do garoto.

Shiryo entrou em casa.

– Estou em casa! – A mãe de Shiryo apareceu diante dele enquanto o mesmo tirava os sapatos.

– Então... Limusine, barulhos, cabelo desarrumado... – Sua mãe sorriu maleficamente.

– É claro mãe, estavam rolando as mais altas pu7@&!@$ naquele carro. – Shiryo subiu as escadas, se dirigindo ao seu quarto.

– Olha essa boca rapaz! – Disse a mulher.

– Deixa comigo! Tem um espelho no meu quarto! – Sua mãe abriu um sorriso e voltou aos seus afazeres.

. . .

Os dias passaram voando. Shiryo já era uma peça importante para a equipe, e se via em todas as reuniões. Certa Sexta-Feira, todos estavam online naquela noite, conversando sobre o que fazer, até que Saori propôs um evento que estaria ocorrendo em Akihabara.

Kyosuke: “Que evento não ocorre nesse lugar? Pelo menos uma vez por semana tem um evento diferente...”

Kiririn: “Não nos importamos se quiser ficar secando em casa em um sábado, pode ficar por aí.”

Kyosuke: “Eu não vou perder isso. Tá começando a ficar chato aqui...”

Shiryo: “Começando? Eu não aguento mais essa rotina, sair um pouco de casa, sem ser ir pra escola vai ser ótimo, até porque eu preciso comprar mais jogos.”

Kuroneko: “Eu vou ir também, eu ainda não perdi nenhum evento com a Saori.”

Saori: “Bem, eu os vejo amanhã na fonte central. Até amanhã!”

Desconectar