Opostos

Dois Mestres Estrategistas?!


“E... você... bem?”

O quê? Eu conseguia ouvir algumas palavras, mas parecia que estavam tão longe, tentei abrir os seus olhos, mas eles simplesmente não obedeciam.

“Ei... Você está bem?”


Eu consigo te ouvir, espere só um pouco. Não conseguia imaginar o porquê não estavam abrindo, mas dessa vez aquelas palavras pareciam estar mais nítidas e, então, depois de tentar novamente, consegui abrir meus olhos completamente. Um homem de cabelos azuis estendeu uma de suas mãos mim e me ajudou a levantar.

“Você está bem?” ele perguntou, fazendo com que eu olhasse melhor para o seu rosto.

“Sim, obrigada” respondi, um pouco confusa. Olhava pra os lados, parecia que eu estava até agora no meio de uma clareira, havia mais três pessoas ali, uma garota de cabelos loiros e olhos esverdeados que estava sorrindo, um homem moreno que vestia uma armadura e parecia desconfiado, e um homem de cabelos brancos e olhos castanhos bem escuros (quase pretos) que estava observando como se tivesse algum tipo de curiosidade, mas mesmo assim sorria.

“Eu posso perguntar o seu nome... Por que você estava no meio do nada?”

“Err... Meu nome é (s/n)... E eu não me lembro de quase nada além disso...” respondi ainda um pouco confusa.

“Incrível... Exatamente igual a você Robin!” o azulado apontou para o homem de cabelos brancos que logo começou a gaguejar.

“E-Ei! C-Chrom! E-Está certo que eu fui achado no meio do nada também, o que nos faz iguais, m-mas...!” protestando, ele fez com que a loira acabasse por rir.

“Sem ‘m-mas’! Nenhum se lembrava de nada, os dois foram achados no meio do nada... São E-XA-TA-MEN-TE iguais!” a garota começou a irritar ele.

“V-Você também não, Lissa!” ele virou escondeu o rosto com o capuz por causa do rosto que estava ficando um pouco avermelhado.

“O que deveríamos fazer com ela, Milord?” o homem de armadura perguntou.

“Deveríamos levá-la para a cidade, podemos ajudá-la a recuperar as suas memórias, assim como fizemos com o Robin... Ah, Frederick, você pode levá-la no seu cavalo? Ela parece estar ferida...” Chrom apontou para o corte na perna que estava sangrando.

Hum? Olhei para a ferida da minha perna, que passava despercebida por mim a não ser pelo sangramento e que agora parecia doer mais.

“(s/n)! Você deveria curar isso logo antes que se contamine!” Lissa foi correndo com o seu bastão e curou a ferida.

“Ah, obrigada!” sorri um pouco impressionada por estar sentindo melhor.

“Vai durar mais ou menos um dia para a sua perna estar como se fosse nova em folham, mas pelo menos não vai infectar...”.

Subi na égua de Frederick. Olhei para Robin que ainda estava encarando com curiosidade e que agora já havia retirado o capuz.

“Ei, Robin, certo? Posso te ajudar?” perguntei, fazendo-o balançar a cabeça em negatividade.

“Hum? A-Ah, não é nada... É só que... Você me lembra de alguém, só isso...”.

“E o seu nome me soa familiar também, talvez a gente já tenha se visto antes, a pesar de eu não me lembrar disso...” respondi a ele com um sorriso.

No caminho, Robin me contou tudo o que aconteceu, desde quando o encontraram até a queda do rei Gragrel e o começo da guerra contra Valm. Mas antes de chegarmos até Ylisse, fomos cercados por mais de 17 “Risen” (pelo que eles me contaram, esse era o nome).

“FREDERICK! PROTEJA A LISSA E A (S/N)! ENQUANTO EU E CHROM CUIDAMOS AQUI DA LINHA DA FRENTE!” Robin comandou segurando um de seus livros mágicos em uma mão e na outra, uma espada.

São mais de 17 Risen... Apenas com duas pessoas no ataque e uma na defesa não vamos ganhar, além de que não há proteção pelas costas...! Eu sou bem rápida e habilidosa, então se eu chegar a tempo e defendê-los... Esse pensamento passou rapidamente pela minha cabeça, olhei para um livro mágico de trovão e uma espada de ferro que eu estava no meu inventário até agora e, apesar da dor do ferimento, corri até onde Robin e Chrom estavam.

“Bem, ninguém me deu nenhuma ordem, então não vou ser nenhum peso nas costas de ninguém! E deixa que eu dou cobertura!” falei determinada acertando e derrotando um Great Knight com um raio.

A atenção de Robin tinha ido para mim.

“Incrível... Então, você ainda pode usar magia e uma espada? Haha, então eu deixo a nossa guarda com você, (s/n)!”.

Alguns momentos depois parecia que já havíamos derrotados todos daquela área.

“Agh... Essa foi mais difícil do que eu esperava... Me impressiono às vezes o como vocês podem ser tão resistentes...” falei ofegante.

“Você se esforçou muito dessa vez... Deveria parar de fazer isso, ou acabará se matando desse jeito, (s/n)...” Robin falou com uma expressão de preocupação.

“Eu estou bem, é só que não estou muito acostumada com isso...” mesmo falando isso, eu mesma não estava muito ofegante, pela minha visão estar se escurecendo e acabei desmaiando.

“(S/N)!” Robin me segurou em seus braços e suspirou. “Apesar de ela ter um talento incrível, ainda tem que parar de se puxar tanto”.

“Ah! Ela só desmaiou, acho que se eu fosse ela isso também teria acontecido comigo...” Lissa disse.

“Está quase se anoitecendo... então eu acho que podemos acampar aqui Milord” Frederick já estava limpando o terreno enquanto isso.

“Hmmm... Ela tem as mesmas habilidades do Robin, mas ainda tem pouca defesa... Acho que podemos recrutá-la para entre nos Shepherds, o que você acha, nosso estrategista?” Chrom comentou sobre o caso.

“Sim, estou preocupado em ter que arrastá-la para essa guerra, mas toda a força é necessária em uma estratégia...”.

“Bem, se ela vai entrar, eu quero apresentar todo mundo que faz parte do grupo!” Lissa disse em um tom de animação.

“Certo, então amanhã nós vamos à Ylisse!”

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.