Okabe e Kurisu saíram da máquina do tempo e foram falar com L.

Okabe: L, agora nós vamos para o ano de 1996, para trazer outras pessoas que achamos importantes na luta contra o SERN, Oe Kintaro e Kyoko Tachibana.

L virou para os dois.

L: Qual a importância dessas pessoas?

Okabe: Oe Kintaro estudou junto com o atual líder do SERN, Masamune Kongoji, e tem conhecimentos sobre ele que podem nos ajudar a combater a organização. Já Kyoko Tachibana foi secretária de Kongoji, ela sabe como ninguém como seu ex-chefe age.

L: Entendo. Eu montarei uma central de operações e estudarei as informações que o N deve ter separado durante suas investigações. Depois de vocês buscarem esses dois, contactarei vocês para que possamos nos reunir e começar a discutir o caso.

Okabe: Tudo bem... Agh!

Okabe começou a sentir alterações temporais, quando ele voltou a si, estava no chão, ofegante e muito tonto. L analisava o que tinha acabado de ver. Kurisu se ajoelhou ao lado de Okabe e pôs um das mãos na lateral do rosto dele.

Kurisu: Okabe? O que foi?

Okabe: Droga, eu senti mais alterações temporais e... fiquei muito tonto.

L: (Sentir alterações temporais?).

Kurisu: Daru, cheque a máquina do tempo, eu irei trazer Kintaro.

Daru: Ok!

Daru entrou na máquina e começou a checar os dados da última viajem e o estado do equipamento eletrônico.

Okabe: Não, é arriscado, pode deixar que eu vou.

Okabe tentou se levantar, mas o máximo que conseguiu foi cair por cima de Kurisu.

Kurisu: Não, Okabe, você não está em condições...

L: Que tal se Okabe fosse comigo para a central me ajudar e me atualizar enquanto Kurisu vai para 1996?

Okabe ficou inseguro, mas decidiu acatar a sugestão de L. Ele, sorrindo, olhou para Kurisu e disse:

Okabe: Acho que eu vou dar esse voto de confiança para você, assistente.

Kurisu sorriu.

Kurisu: Eu vou provar que eu não sou sua assistente.

L observou a maneira com que os dois se olhavam.

L: ( Esse olhar entre os dois... Será que...).

Depois de alguns minutos, Daru saiu da máquina do tempo.

Daru: Terminei! Está tudo certo.

Okabe: Detetive, aquele é outro membro do nosso grupo, Daru. Ele também participará das investigações.

L: Tanto faz... Se você acha que ele é útil, então tudo bem. Ruvie.

Ruvie: O que você quer que eu faça, L?

L: Prepare a minha base de operações no prédio e arrange um transporte para nos levar.

Ruvie: Tudo bem.

Okabe: Eu tenho uma ideia de um prédio que agente pode ocupar...

L: Ótimo, dê as informações para Ruvie analisar o local.

Em poucos minutos, um helicóptero veio pegar Okabe e L. Daru e Kurisu ficaram no galpão para dar continuidade à operação de trazer Kintaro do passado.

***

Kurisu fez algumas pesquisas de como era a cidade de Kogane em 1996, e com base nisso, planejou o melhor lugar para estacionar a máquina do tempo. Depois de confirmar todos os dados, Kurisu terminou todos os detalhes e entrou na máquina.

Kurisu: Tudo preparado, Daru?

Daru: Sim.

Kurisu entrou na máquina e preparou as coordenadas para estacionar no teto de um prédio que havia sido abandoando a pouco tempo, próximo ao hospital, no dia 5 de abril de 1996, às 8 horas da manhã. Ela sentiu um frio na barriga, pois teria que fazer aquela arriscada missão sozinha, mas não desistiria, pois todos precisavam dela. A cientista levou alguns jornais de 2011 e também jornais dos dias 6 e 7 de abril de 1996, para provar que vinha do futuro.

A máquina do tempo foi ativada, Kurisu sentiu os tremores provocados pela viagem temporal e viu os brilhos que flutuavam por toda a parte. A cientista sentiu o impacto da aterrissagem e, quando saiu da máquina, viu, por um buraco onde deveria ter uma janela, uma movimentada rua da cidade de Kogane. Ela olhou para as redondezas e avistou o hospital no qual Kintaro havia sido internado no dia anterior.

Kurisu desceu e checou as fundações do prédio abandonado. Após verificar que o prédio era realmente seguro, ela caminhou até o hospital. Ao entrar no centro médico, a cientista ruiva foi até a recepção e perguntou educadamente pela localização do leito de Kintaro.

Kurisu: Ah, bom dia.

Recepcionista: Bom dia.

Kurisu: Será que a senhora poderia me falar onde é o leito do paciente Oe Kintaro?

Recepcionista: A senhora é o que dele?

Kurisu: (Senhora?). Sou uma amiga que precisa dar um recado urgente para ele.

Recepcionista: Espere um pouco.

A recepcionista conferiu numa prancheta qual era o leito de Kintaro e indicou o caminho para Kurisu.

Recepcionista: Você segue vai por esse corredor, depois vai pela direita e procura pelo quarto 9B. Mas eu tenho que te avisar uma coisa.

A recepcionista olhou num bloquinho de notas e ficou um pouco confusa.

Recepcionista: Parece que tem uma enfermeira tratando do Sr. Kintaro e esta enfermeira pediu para que ninguém interrompesse o tratamento, então talvez demore um pouco para a senhora poder entrar lá.

A cientista achou aquilo muito esquisito, mas, mesmo assim, sorriu e agradeceu.

Kurisu: Ah, tudo bem então, obrigado.

Recepcionista: De nada.

Kurisu caminhou pelo caminho indicado. Não tinha muitas pessoas andando pelos corredores do hospital. Quando ela chegou ao quarto 9B, sentou em um cadeira que ficava próximo a porta, mas, depois de alguns segundos, decidiu dar uma espiada no quarto. Ela empurrou silenciosamente a porta e viu uma cena muito esquisita. Ela viu Kintaro vestido com uma roupa de hospital, sentado na cama e de pernas cruzadas, à frente dele, estava a enfermeira, também sentada na cama, de pernas cruzadas e segurando uma colher com uma mão e uma tijela de papa com a outra. Kurisu não conseguia ver a cara da enfermeira porque ela estava de costas, só conseguia ver que ela tinha um grande rabo de cavalo, mas pôde reconhecer Kintaro ao ver sua face e comparar mentalmente com a foto do arquivo dele. Kurisu começou a escutar a conversa.

Enfermeira: A comida está boa Kin?

Kintaro: Está ótima! Não sei por que reclamam da comida do hospital.

Enfermeira: Mas eu trouxe esta especialmente para você.

Kintaro: Ah, muito obrigado mesmo, Kyoko.

Kurisu: (Kyoko Tachibana? Então ela é a enfermeira?).

Kyoko dava a comida de Kintaro na boca. Kurisu ainda não entendia por que a outra estava disfarçada de enfermeira. Até que em certo momento, um pouco de papa escorreu pelo canto da boca de Kintaro.

Kitaro: Ops.

Kyoko: Pode deixar, eu limpo.

Kyoko aproximou o rosto de Kintaro e, com uma espécie de beijo, sugou toda a papa do canto da boca do outro. Kintaro corou e ficou em êxtase durante os segundos em que a outra limpava a papa usando a boca e a língua. Kyoko afastou o rosto e disse:

Kyoko: Delícia.

Kurisu: (Que safada!).

Kintaro começou a suar um pouco e, com um sorriso, falou:

Kintaro: Não está?

Kyoko deixou a colher e a tijela de papa em cima da mesinha do lado da cama, empurrou Kintaro suavemente pelos ombros até que ele deitasse e ficou por cima dele. Depois de alguns segundos, a enfermeira repousou a cabeça no peito dele e comçou a soluçar baixinho.

Kyoko: Kintaro... Agora eu sei porque você é assim... A sua primeira namorada...

Kintaro pareceu ficar desligado e logo depois começou a chorar. Kyoko aproximou o rosto da face de Kintaro e falou quase sussurando.

Kyoko: Eu te amo. Mais que tudo na vida.

Os dois choravam baixinho.

Kintaro: Também te amo.

Kintaro colocou a mão direita na nuca da enfermeira e beijou os lábios dela. Kurisu entendeu que fortes emoções estavam aflorando naquela sala, mas ela sabia que tinha que interromper aquele momento para completar a sua missão. Kyoko tirou a saia e revelou a sua calcinha vermelha com detalhes pretos, nesse momento, Kurisu saiu da fresta e bateu três vezes na porta. A cientista ruiva ouviu um baixo ruído.

Kurisu: (Provavelmente eles estão arrumando a cena do crime).

Depois de alguns segundos, Kyoko falou com um tom de irritação:

Kyoko: Pode entrar.

Kurisu entrou no quarto 9B e tentou agir naturalmente, mas quando viu as feições de Kintaro e Kyoko, estavam com olhos vermelhos e as roupas amassadas, Kurisu corou e gaguejou um pouco enquanto falava.

Kuriso: Eh... Sr. Kintaro e Sra. Tachibana.

Kyoko: Senhora?

Kyoko lançou um olhar fulminante em Kurisu e esta sentiu um frio na espinha.

Kuriso: Eu preciso falar uma coisa urgente com vocês dois.

Kyoko: Mas você tinha que...

Kintaro segurou a mão de Kyoko e sorriu cordialmente para Kurisu.

Kintaro: Calma Kyoko, o que a Senhorita Deseja?

Kurisu estranhou a extrema educação de Kintaro e ficou mais confortável.

Kurisu: Bem... Talvez vocês achem que o que eu vou falar é loucura, mas...

Kurisu olhou de lado.

Kurisu: Mas o futuro precisa de vocês!

Kintaro e Kyoko fizeram uma cara de surpresa.

Kyoko: Você não é uma daquelas ambientalistas radicais, é?

Kurisu: Não! Eu venho do futuro, eu preciso que vocês venham comigo para que possamos viajar no tempo e salvar o mundo de uma organização chamada SERN.

Kyoko: Quem é essa maluca?

Kurisu: Eu sou Makise Kurisu e para provar que eu falo a verdade, eu trouxe esses jornais.

Kurisu pegou os jornais que trouxe e mostrou para os dois. Kyoko e Kintaro pegaram os jornais e deram uma olhada.

Kyoko: Quem nos garante que esses jornais não são falsos?

Kurisu: Espere até amanhã, os jornais ainda não foram nem montados e têm notícias aí que ainda não aconteceram.

Kyoko olhou novamente o jornal e encontrou uma pequena notícia, um político da cidade de Kogane morreu naquele mesmo hospital e naquele mesmo dia. Kyoko checou o relógio e verificou que o político ainda não teria morrido, de acordo com a notícia do jornal, o político morreria em aproximadamente 15 minutos.

Kyoko: Vamos ver se esse jornal é verdadeiro, volto em uns 20 minutos.

Kyoko saiu do leito de Kintaro e foi para as salas de UTI.

Kintaro: Eu acredito em você.

Kurisu: O quê?

Kintaro sorriu para Kurisu, pegou o seu caderno, que estava na mesinha do lado da cama, e começou a fazer algumas anotações e desenhos.

Kintaro: Sente aqui

Kintaro apontou uma cadeira que ficava ao lado da cama.

Kurisu: Obrigado...

Kurisu sentou-se na cadeira.

Kintaro: De nada, mas por que mesmo que o futuro precisa de nós?

Kintaro terminou de fazer um esboço do corpo de Kurisu no seu caderno e começava a anotar todas as informações possíveis sobre a personalidade e sobre o corpo dela.

Kurisu: Aconteceu alguma coisa na nossa linha de tempo que fez com que uma organização chamada SERN fizesse uma ditadura mundial.

Kintaro: E como podemos ser úteis para salvar o mundo?

Kurisu: O atual lider da organização é um rico empresário japonês, chamado Masamune Kongoji.

Kintaro parou de anotar as coisas no seu caderno e fez uma cara muito séria.

Kintaro: O Kon... É bem do feitio dele.

Kurisu: Por isso esperamos que você e a sua... "Amiga", Kyoko Tachibana, juntem-se ao nosso grupo para lutar contra a opressão.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo.

Kintaro: Essa com certeza é uma grande oportunidade para eu estudar.

Kurisu: O quê, estudar?

Kintaro: Sim, mas eu falo sobre o verdadeiro estudo, aprender coisas sobre a vida.

Kurisu: Ah, entendo.

Kintaro voltou a anotar no seu caderno. Eles esperaram até que Kyoko, ofegante, abriu a porta do quarto.

Kyoko: É real! O homem realmente morreu de acordo como as informações do jornal!

Kurisu: Agora você confia em mim?

Kyoko ficou desnorteada.

Kyoko: O que devemos fazer, Kintaro?

Kintaro: Eu vou com essa garota, vamos lá Kyoko, o futuro precisa de nós.

Kyoko olhou para o outro com uma cara de surpresa, mas logo se acalmou e confiou na decisão dele.

Kyoko: Tudo bem... Mas antes de irmos... Me dê um desses jornais do futuro.

Kurisu: Por quê?

Kyoko: Eu pretendo colocar meus investimentos nos locais que sejam mais lucrativos, para quando chegarmos no futuro eu ter mais...

Kurisu: Eu não acho que seja uma boa ideia.

Kyoko: Por quê?

Kurisu: Pode ser essa mudança chame atenção do SERN para você, além disso, nós temos um bom financiador no futuro. Dinheiro não vai ser problema.

Kyoko ficou um pouco decepcionada.

Kurisu: Mas quando nós poderemos ir?

Kintaro: Acho que eu recebo alta ainda hoje, então se você quiser esperar aqui no hospital...

Kurisu: Tudo bem, vou esperar lá fora.

Kintaro: Não precisa, você pode ficar aqui. Se você estiver com fome, pode pegar a comida que a enfermeira vai trazer para mim, porque eu comi comida que a Kyoko trouxe.

Kurisu: (Nossa, que cara mais bem educado e boa gente). Ah, obrigado, Kintaro.

Kyoko: Eu vou falar com os médicos sobre a alta de Kintaro, com licença.

Kyoko saiu novamente do quarto. Kintaro continuou a escrever no seu caderninho, já a garota prestou atenção no hábito dele.

Kurisu: O que você está escrevendo?

Kintaro: Bem... Eu anoto no meu caderno as coisas que presto atenção, pois assim eu posso organizar meus pensamentos e aprender melhor.

Kurisu: Você está aprendendo o que agora?

Kintaro olhou para as folhas do caderno e viu todas as informações que anotou sobre a cientista. "Inteligente, muito curiosa e amigável", um desenho bem feito da cientista e seu olhar misterioso, além de estimativas das medidas de Kurisu, como; altura, busto e bunda. Kintaro corou um pouco e respondeu para a cientista ruiva.

Kintaro: Eu nunca imaginaria que poderíamos viajar no tempo, hahahaha.

Kintaro fechou o caderno e colocou-o na mesinha do lado.

Kintaro: Bem, eu vou descançar mais um pouco, espero que você não fique entediada.

Kurisu sorriu para ele.

Kurisu: Não se preocupe, só descance.

Ele deitou-se e fechou os olhos para tentar dormir. Após alguns minutos, Kyoko voltou para o quarto e avisou que Kintaro seria liberado após o almoço, ou seja, depois de umas três horas.

Kintaro: Ótimo, você não tem que esperar tanto Srta. Kurisu.

Kurisu: Oh, por favor, nós ainda vamos trabalhar muito juntos, por isso, me chame só de Kurisu.

Kyoko: E como nós vamos mesmo viajar para o futuro?

Kurisu: Eu viajei para cá em uma máquina do tempo, eu levarei vocês até essa máquina para que possamos ir para a minha época.

Kyoko: E onde está a máquina do tempo?

Kurisu: Bem... Eu decidi não revelar para ninguém, em nenhuma hipótese, até que eu os leve lá.

Kyoko: Ah... Entendo. Então, vamos esperar até que o Kintaro receba alta.

Kurisu: Tudo bem...

***

Kyoko saiu para trocar de roupa e depois voltou. Depois de algumas horas, o médico entrou com uma prancheta na mão e falou que o paciente já podia ser liberado. Depois que o médico saiu. Kurisu falou:

Kurisu: Podemos ir?

Kintaro: Deixa só eu trocar de roupa.

Kintaro foi para o banheiro e vestiu uma calça jeans, uma camiseta branca, um tênis e seu boné vermelho, na saída Kintaro pegou sua bicicleta, a Crescend Moon. Kurisu guiou os outros dois até a máquina do tempo. Eles saíram do hospital, caminharam até o prédio abandonado e subiram até o andar que a o dispositivo temporal estava.

Kurisu: Está aqui, entrem.

Kurisu abaixou a porta e indicou o caminho.

Kyoko: O que agente tem que fazer?

Kurisu: Só se sentem nas cadeiras, que eu vou programar as coordenadas.

Eles se sentaram e esperaram a cientista preparar a máquina. Após alguns minutos, a máquina começou a vibrar eles finalmente viajaram para 2011.