Open your eyes

Capitulo 6 - Tenho que ficar longe de você


Ele ficou irritado e desceu para me empurrar fora do carro e enquanto ele o passava por trás do carro eu passei para o banco do motorista, por sorte ou ironia do destino, a chave estava lá e não pensei duas vezes, dei partida. Como observei todo o caminho soube pelo menos chegar na ponte, ao sair do local ouvi apenas seus gritos mandando eu voltar até que ouvi um tiro, olhei pelo retrovisor e vi o Matheus com uma arma, engoli no seco e continuei a dirigir. Cheguei no Rio e o meu celular não parava de tocar, o Lucas recebeu minha mensagem, parei o carro em frente ao apartamento suspirei aliviada. Peguei o celular e liguei para ele.

[Ligação]

— Lucas, não fala nada só me escuta. Eu estou bem, em frente de casa, se você estiver ido a algum canto, volte agora. Quando você chegar eu conto tudo. Beijos, Te amo.

—Ok, Linda.

Subi um pouco atordoada com tudo, estava tudo tão confuso: O Matheus com a arma, será que ele ia me matar? Será que ele ia jogar aquele papo de “Se você não ficar comigo, não ficará com ninguém” É tão clichê que me faz achar que tudo isso foi um sonho. Entrei no apartamento e o Diego e a Roberta deram um salto e me abraçaram.

—Carlinha, MEU DEUS, você está bem! O que aconteceu? Seu irmão saiu daqui que nem um louco dizendo que ia matar o Matheus! - Falou o Diego desesperado

— Calma, eu estou bem! Quando o Lucas chegar eu vou contar tudo, eu só preciso de um banho.

Fui tomar banho e os dois ficaram lá. Depois que tomei banho, entanto me trocava ouvi a voz do Lucas e me tranquilizei. Saí do quarto e os ataques começaram.

— Carla, meu Deus, você está bem? Fiquei tão preocupado com a mensagem que recebi! O que aconteceu? - Lucas correu até mim e me deu um abraço muito apertado

— Calma, Bio! Tô bem sim! Foi só que o Matheus estava me levando para fora da cidade e fiquei com medo, mas consegui sair de lá, sendo que ainda tô com medo porque eu fugi no carro dele e quando estava sando ouvi um tiro e olhei no retrovisor e ele estava com a arma.

Nessa hora o Tomas chegou e correu até mim.

— Carla, não acredito! O que aconteceu? Fiquei apavorado, saí te procurando por tudo que é lugar! Ainda bem que você tá bem, amor! - AMOR? A M O R? Não sei porque ele me chamou assim, não quero isso para mim agora!

— Obrigada pela preocupação, Tomas. Na verdade, obrigada a todos pela preocupação.

— Carlinha, que história de arma é essa? O que você acha que ele ia fazer?

— Não sei, sabe? Fiquei confusa, mas o importante é que eu estou bem e prestarei queixa na delegacia contra ele. Eu não quero viver presa por causa dele, ainda estou muito apavorada

— Tem razão, Carla. É melhor você não andar só esses dias.

— Mas eu tenho aula e estágio, não posso tá faltando direto.

— Posso te acompanhar essa semana, Carlinha. Eu não vou trabalhar essa semana – Falou o Tomas. OTIMO, era tudo que eu precisava! Eu já quero parar de pensar nesse garoto e agora ele não vai descolar do meu pé.

— Tudo bem, obrigada. Agora eu vou me deitar, boa noite a todos – Falei indo até cada um e dando um abraço, mas quando chegou ao Tomas, MEU DEUS, era como se eu tivesse parado no tempo mesmo com um simples abraço e um beijo na testa, eu gravava cada toque dele e parece que o local onde ele me deu o beijo na testa estava gravado. Deitei na cama e os pensamentos que me vinham a cabeça não era do terror que passei ao lado de Matheus hoje e sim os momentos com o Tomas, a noite na praia, a forma que ele era atencioso comigo, as coisas que Roberta falou e por mais que eu o quisesse eu via que ele não merecia uma pessoa pela metade, que eu não estava pronta para um relacionamento novamente, não estava pronta para me entregar novamente e também não quero dá chances a ele, ou seja, essa semana eu preciso me afastar dele, mas como?