Onze Anos Depois - REPOSTAGEM
Talvez Um Dia
Giane
— Não é a sua vez Fabinho, isso não é uma brincadeira, e a Ana não é um objeto que troca e troca quando você quiser! - Exclamou, com raiva, ele não tinha aquele direito
— Eu sei, desculpa vir assim, não é fácil e eu sei que não é perdoável eu ter sumido por todos esse anos sem dar as caras. Não posso entender pelo que passou, mas agora estou aqui, e talvez ela goste de mim, talvez ela queira saber quem é o seu pai - Fabinho disse descendo um degrau
— Você não sabe o que ela quer, não sabe o que ela sente. Você nem ao menos conhece ela!
— E você sabe?! - Exclamou Fabinho
— Eu conheço ela, isso eu sei muito bem!
— Giane? Está tudo bem?
Era Bento, ambos olharam pra ele, e ao lado dele era Amora, aparentemente ela tinha voltado de viajem.
— Sim Bento, estamos discutindo, além disso, olha quem voltou.
Bento olha para o Fabinho com um olhar quase mortal, tudo que separa entre os dois é a cerca da casa.
— Oi Fábio, quanto tempo.. ainda fazendo besteiras? - Amora provocou.
— Sim, e está me incomodando muito e quero que saia - Giane falou olhando novamente ao Fabinho que olhava pra ela
— Ok, eu vou, mas eu quero conversar tranquilamente. Podemos nos encontrar de novo, você sabe que não vai manter eu e minha filha por tanto tempo separados.
Giane olhou para ele, estava pensativa, estava certo, e isso a irritava, na verdade tudo nele a irritava.
— Tudo bem, amanhã, no café, as 8 horas, não se atrase - Disse entrando em casa e fechando a porta sem vereficar se ele tinha saido.
—Quem era, mãe? - Anallu perguntou.
— Alguém perguntando se poderia trocar as flores que comprou ontem e entrei em discussão - Era uma mentira misturada na verdade, mas não podia dizer tudo.
Anallu deu de ombros e sentou no sofá. Giane foi direto pra sozinha e seu noivo estava cozinhando, ela foi para atrás dele e passou os braços ao redor dele
— Preciso conversar.
— Sério? Algo grave? - Perguntou Jean
— Sim, pode se dizer assim - ele virou pra ela, olhando com atenção e desconfianca.
— Depois do jantar então.
— Depois do jantar.
Quando era de noite, Ana tinha ido pra cama, Giane convidou Jean para passar a noite e conversar com ela.
—Então qual é o assunto?
— O Fabinho, eu sei que sabe sobre ele.
Jean foi pego desprevinido, sim, sabia.
— Não quis comentar, esperei que algum dia você comentasse sobre ele, se não chegaria, é porque você tem seus motivos.
— E você sabe que ele foi o meu ex marido?
— Quando souberam que tínhamos relações, algumas pessoas fofocaram, e acabaram me contando as histórias sobre essas ruas. E vocês dois.
— então você sabe tudo? Até... - Giane não conseguia falar o resto.
— Ele é pai da Anallu? Sim eu sei.
— É difícil, você não sabe tudo, e eu prometo contar logo, mas agora...
— Sua cabeça está a mil com a volta dele, não é? - perguntou Jean.
E ela concordou com a cabeça.
— Eu vou conversar com ele amanhã, ele quer conhecer ela e não posso impedir.
— Devo me preocupar? - Ele estava com um olhar preocupado.
— Claro que não, ele é o meu passado, mas pra Anallu, é o presente e não posso fazer isso com ela. Só preciso que leve-a amanhã pra escola, ela adora você. - Giane disse com um sorriso.
— Tudo bem, faço, por você - disse dando um selinho nela - estava preocupado, pensei que não queria mais casar comigo.
— Meu Deus, não! Ainda quero, muito - ela hesitou um pouco mas ele não percebeu - Vamos dormir?
— Vamos.
Eles seguiram pro quarto.
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