Giane

— Não é a sua vez Fabinho, isso não é uma brincadeira, e a Ana não é um objeto que troca e troca quando você quiser! - Exclamou, com raiva, ele não tinha aquele direito

— Eu sei, desculpa vir assim, não é fácil e eu sei que não é perdoável eu ter sumido por todos esse anos sem dar as caras. Não posso entender pelo que passou, mas agora estou aqui, e talvez ela goste de mim, talvez ela queira saber quem é o seu pai - Fabinho disse descendo um degrau

— Você não sabe o que ela quer, não sabe o que ela sente. Você nem ao menos conhece ela!

— E você sabe?! - Exclamou Fabinho

— Eu conheço ela, isso eu sei muito bem!

— Giane? Está tudo bem?

Era Bento, ambos olharam pra ele, e ao lado dele era Amora, aparentemente ela tinha voltado de viajem.

— Sim Bento, estamos discutindo, além disso, olha quem voltou.

Bento olha para o Fabinho com um olhar quase mortal, tudo que separa entre os dois é a cerca da casa.

— Oi Fábio, quanto tempo.. ainda fazendo besteiras? - Amora provocou.

— Sim, e está me incomodando muito e quero que saia - Giane falou olhando novamente ao Fabinho que olhava pra ela

— Ok, eu vou, mas eu quero conversar tranquilamente. Podemos nos encontrar de novo, você sabe que não vai manter eu e minha filha por tanto tempo separados.

Giane olhou para ele, estava pensativa, estava certo, e isso a irritava, na verdade tudo nele a irritava.

— Tudo bem, amanhã, no café, as 8 horas, não se atrase - Disse entrando em casa e fechando a porta sem vereficar se ele tinha saido.

—Quem era, mãe? - Anallu perguntou.

— Alguém perguntando se poderia trocar as flores que comprou ontem e entrei em discussão - Era uma mentira misturada na verdade, mas não podia dizer tudo.

Anallu deu de ombros e sentou no sofá. Giane foi direto pra sozinha e seu noivo estava cozinhando, ela foi para atrás dele e passou os braços ao redor dele

— Preciso conversar.

— Sério? Algo grave? - Perguntou Jean

— Sim, pode se dizer assim - ele virou pra ela, olhando com atenção e desconfianca.

— Depois do jantar então.

— Depois do jantar.

Quando era de noite, Ana tinha ido pra cama, Giane convidou Jean para passar a noite e conversar com ela.

—Então qual é o assunto?

— O Fabinho, eu sei que sabe sobre ele.

Jean foi pego desprevinido, sim, sabia.

— Não quis comentar, esperei que algum dia você comentasse sobre ele, se não chegaria, é porque você tem seus motivos.

— E você sabe que ele foi o meu ex marido?

— Quando souberam que tínhamos relações, algumas pessoas fofocaram, e acabaram me contando as histórias sobre essas ruas. E vocês dois.

— então você sabe tudo? Até... - Giane não conseguia falar o resto.

— Ele é pai da Anallu? Sim eu sei.

— É difícil, você não sabe tudo, e eu prometo contar logo, mas agora...

— Sua cabeça está a mil com a volta dele, não é? - perguntou Jean.

E ela concordou com a cabeça.

— Eu vou conversar com ele amanhã, ele quer conhecer ela e não posso impedir.

— Devo me preocupar? - Ele estava com um olhar preocupado.

— Claro que não, ele é o meu passado, mas pra Anallu, é o presente e não posso fazer isso com ela. Só preciso que leve-a amanhã pra escola, ela adora você. - Giane disse com um sorriso.

— Tudo bem, faço, por você - disse dando um selinho nela - estava preocupado, pensei que não queria mais casar comigo.

— Meu Deus, não! Ainda quero, muito - ela hesitou um pouco mas ele não percebeu - Vamos dormir?

— Vamos.

Eles seguiram pro quarto.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.