No meio da estrada do reino, dentro da neblina...

— O que foi... que você disse?!

O jovem mestre do gelo questiona o ser a sua frente. Seus olhos castanhos encaravam os esbranquiçados do estranho sem piscar. Sentia seu corpo pesado, não tanto quanto antes, mais ainda assim não estava em sua condição normal.

“Esse cara... só com a presença dele quase me fez demasiar!”

Pensa o jovem nervoso recuando um passo.

— Não adianta recuar. – Avisa o homem para a surpresa do jovem. – Eu isolei toda essa área com minha neblina... ninguém entra ou sai sem minha permissão.

Os olhos de Kristoff se arregalam, então foi ele o responsável por toda aquela neblina e também...

— Sven?! – Olha para seu amigo adormecido. – Não me diga que você...

— Fique tranquilo. – Responde o estranho de vermelho. – Seu amigo só está dormindo e está neblina a nossa volta não é venenosa, ela apenas serve para que ninguém indesejado nos interrompa. – Profere o estranho dando um passo até o jovem que recua serrando os punhos.

— O QUE VOCÊ QUER?! – Explode o jovem cuspindo.

— Acho que já deixei isso bem claro no início de nossa conversa... eu quero que me entregue a caixa que está em sua posse... só isso.

“Só isso?”

Pensa o jovem com desdém.

“Ninguém teria esse trabalho todo de isolar uma área só por uma caixa!”

Olhou de relance para onde Sven está deitado, mais precisamente para sua cela onde a dita caixa estava guardada. Logo depois olhou para o estranho e engoliu seco.

“Ele obviamente não é daqui... esse sotaque e esse tipo de armadura são de um tipo que eu nuca vi na vida!”

Deduz o jovem serrando os dentes.

“Se ele veio de longe só por causa dessa caixa, isso comprova minha teoria de que a algo grande dentro dela e também...”

Olhou novamente de relance para seu amigo caído.

“... perigoso!”

Constata o jovem sério, olhando de volta para o misterioso que pergunta:

— Você vai pegar a caixa para mim, ou vou ter que pegar eu mesmo da cela do seu amigo?

— AH?! – Kristoff quase engasgou ao ouvia aquilo e o misterioso apenas suspira.

— Você olhou duas vezes seguidas para seu amigo caído num intervalo muito curto de tempo. Alguém destreinado pensaria que você só o está olhando por pura preocupação, mas eu percebi que você estava olhando era para a cela dele.

Kriss arregalou os olhos em espanto e surpresa. Aquele sujeito havia percebido aqueles mínimos e sutis detalhes naquele curto espaço de tempo!

“Esse cara não é normal!”

— Bom... vou entender seu silencio como um sim. – Responde o misterioso se voltando para Sven, caminhando em sua direção!

— ESPERA!!!

O estranho interrompe seu progresso olhando com canto dos olhos para o jovem.

— Tá bom, você venceu! Eu te entrego a caixa! – Responde o mestre do gelo com ambas as mãos erguidas na direção do estranho. – Só não toca no meu amigo... por favor.

O estranho por sua vez retrocede voltando a sua posição de antes enquanto observava o jovem caminhando até a rena adormecida, se ajoelha, enfia ambas as mãos em sua bolsa de viagem pegando a caixa... e outra coisa.

— Tá aqui. – Responde se levantando com o objeto em suas mãos.

— Me entregue. – Pede o homem erguendo a mão esquerda novamente.

— Antes disso me diga... o que tem aqui dentro?

— Não é da sua conta, meu jovem.

— Passou a ser quando eu a encontrei dentro de um bloco de gelo! – Devolve o rapaz.

— Nem deveria tê-la tirado de lá para início de conversa! – Responde o homem sério. – Existem coisas neste mundo que é melhor ignorar do que encarar... e essa caixa é uma delas.

— Oh, é mesmo! E por acaso você é uma dessas pessoas que podem encarar seja lá o que estiver aqui dentro? – Pergunta o jovem com ironia.

— Com toda a certeza! – Responde o mago batendo seu cajado no chão. – Estou perdendo a paciência meu jovem, me entregue logo essa caixa e tudo se resolve!

Kristoff sentiu o tom de ameaça vindo daquele homem por todo o seu corpo. Aperta com força o objeto de madeira enquanto caminhava a passos lentos na direção do estranho.

— Isso... você fez a escolha certa meu jovem. – Diz o mago se aproximando também.

O mestre do gelo, porém não respondeu, estava ocupado demais encarando o objeto em suas mãos. Não sabia o porquê mais toda a vez que olhava para aquela caixa sentia algo... familiar.

“O que é isso que eu sinto?”

Quando achou a caixa presa no gelo pensou ser algum objeto derivado de um naufrágio, já havia encontrado outros, mais não um tão intacto como aquele. A curiosidade falou mais alto e resolveu tentar pega-lo o que lhe custou muito trabalho, pois o gelo que prendia a tal caixa era grosso e muito resistente. Usou todas as suas ferramentas e forças, pensou em desistir várias vezes, mas sempre que olhava para ela... suas forças voltavam e quando o Sol já estava se pondo ele conseguiu. A primeira coisa que percebeu era que a tal caixa não estava congelada, nem se quer gelada ou molhada. Um bolsão de ar havia se formado a sua volta como se houvesse algo a sua volta a protegendo e quando pôs as mãos sobre ela sentiu seu peito esquentar. Era uma sensação boa e de acolhimento, algo que ele só sentia perto de sua família adotiva, Sven e de sua amada.

“O que é você?”

Pensou enquanto admirava o objeto. A pois no chão e em seguida tentou abri-la, mas sem sucesso. Tentou de tudo, mais nada dela abrir, estava cansado e a noite já estava chegando, teria que ir embora, foi ai que outra dúvida surgiu em sua mente. O objeto com certeza não era normal, provavelmente havia algo nele o impedindo de abri-la, alguma tranca secreta, algum orifício escondido por onde uma ferramenta pudesse ser inserida e destranca-la ou quem sabe até algo...

“Magico...”

Objetos trancados por magia eram raros segundo vovô Pabbie comentava. Eram usados por magos para guardar itens valiosos, receitas secretas e até mesmo criaturas.

Pensar nessa última opção fez o jovem se tremer, deveria levar então a caixa sem demora para seu vovô averiguá-la, no entanto era só uma suposição, não podia afirmar com convicção que o objeto era magico. Se fosse, sua família com certeza saberia o que fazer, mas e se não fosse, os estaria incomodando por nada...

Uma dúvida se formou na mente do jovem, ir ou não ir ver sua família naquele momento. Foi então que ouviu Sven relinchando, estava com fome e cansado assim como ele e ainda não tinha visto Anna naquele dia... foi então que decidiu seguir os pedido de seu corpo e o calor de seu coração e decidiu voltar para o reino, quem sabe sua namorada tivesse uma ideia do que fazer com o objeto.

Como ele se arrependia amargamente de ter tomado essa decisão...

“Eu deveria ter levado essa caixa logo que a encontrei para o vovô Pabbie!”

Aperta com força o objeto se resignando.

“Pode ter algo aqui que possa fazer mal a inúmeras pessoas!”

O pensamento de que dentro da caixa possa haver algo perigoso inundou sua mente e coração fazendo suas mãos tremerem.

“Se algo de ruim acontecer... vai ser minha culpa!!!”

Imaginou o reino sendo devastado por fogo, pessoas se ferindo, ou morrendo, o castelo desmoronando e Anna sendo...

“Não! Eu não posso deixar isso acontecer! Não vou deixar!!!”

Declara o jovem puxando o objeto para si a poucos centímetros dos dedos do mistério que bradou:

— O que está fazendo?!

E Kristoff respondeu em fúria:

— Protegendo o quer que esteja aqui dentro de você, OU DE QUALQUER UM!!!

Nisso o jovem elevou sua mão esquerda esmagando algo. Na mesma hora um pó roxo cai sobre a superfície da caixa que brilha na mesa cor. O estranho arregalou os olhos em pânico, podia estar sendo executado de uma maneira diferente do que ele conhecia, mais o sentimento era o mesmo.

Era uma...

— Magia de selamento!!!

— É isso aí! – Exclama o jovem. – Pelas leis da natureza e da força da mãe terra eu ordeno!!!

O misterioso serrou os olhos, afundou os pés no solo e se lançou contra o jovem, não podia deixa-lo prosseguir com aquilo... mas já era tarde.

Naer!

Uma luz purpura irradiou da caixa, jogando para longe os dois homens. Kristoff rolou pelo chão, enquanto o misterioso deslizou pelo solo cravando suas garras e afundando os pés, assim parando. Ergueu a cabeça presenciando o objeto de sua busca envolvido pela energia purpura que havia assumido a forma de um enorme ser. Seu corpo era forte e protuberante como uma montanha de pedra. O gigante abaixou seu olhar para a caixa que flutuava a sua frente, direcionou suas enormes mãos sobre o objeto e começou a fechá-las a sua volta, no entanto sentiu uma força o impedindo. Ergueu sua face para a frente vendo uma pessoa erguendo um cajado e liberando uma energia vermelha recitando palavras desconhecidas para ele.

O gigante rosnou aumentado a força sobre seus dedos, assim como o misterioso que intensificava suas forças. Sua Aura rubra emergiu para fora do corpo, era forte e maciça rivalizando com a do espírito invocado que começava a sentir suas forças diminuírem, afinal foi invocado de forma rápida e sem ajuda de um mago para lhe dar forças não duraria muito tempo. Por sua vez o misterioso tinha forças de sobra para gastar, seus incontáveis anos de treinamento lhe haviam preparado para todo o tipo de situação adversa, até mesmo lutar contra um Espírito Guardião!

“Perdão espírito sagrado, espero que me perdoe algum dia...”

O misterioso elevou ainda mais sua Aura.

“Mais no momento... preciso desta caixa!!!”

Declara o mago entoando suas últimas palavras fazendo com que as mãos do enorme espírito fossem totalmente abertas. Ele havia conseguido, só precisava se aproximar e pegar a caixa... isso se um vulto não tivesse pulado sobre ele encobrindo sua visão.

— MAIS O QUÊ?!

O mago sente sua cintura ser agarrada, seus pés serem tirados do chão e seu corpo ser empurrado para traz. Olhou rápido e viu o mesmo jovem que invocou o espírito lhe afastando da caixa.

Tinha que admitir... ele era persistente, mais não tanto quanto ele!

— JÁ CHEGA!!!

Bradou o mago jogando seu cajado para o mais próximo do espírito cravando-se no solo. Fechou os dois punhos e os desceu acertando as costas de Kristoff que arqueou sem ar, porém ele mal teve tempo de gritar pois logo em seguida sentiu seu peito ser atingindo por uma joelha desferida pelo misterioso o fazendo se afastar.

— GUAAAAHHH!!! – Seu enorme corpo arqueou em pura dor, já havia se metido em várias brigas no passado e estava acostumado a tomar alguns golpes e ficar de boa, voltando logo para a briga... mas aqueles dois meros golpes doeram muito mais do que ele poderia imaginar e quase o apagaram.

“O que é esse cara?!”

Brada em sua mente erguendo o roto somente para ver que o misterioso havia removido sua capa. Estalou o pescoço e os dedos nas palmas das mãos como os lutadores costumam fazer antes de uma luta.

— Eu tentei ser gentil com você garoto, jurou que tentei! – Diz o homem se aproximando serrando os punhos. – Mais se não vai me entregar a caixa por bem... – Desapareceu em pleno ar, aparecendo logo em seguida à frente do rapaz que arregala os olhos em pânico. – ... então ira pôr mal!

E aplica um potente cruzado de direita na face do jovem mestre do gelo que sentiu seu mundo rodar... literalmente!

“Mais que mer...?!”

O soco do mascarado foi tão forte que fez o grande corpo de Kristoff rodar no ar. Em seguida o misterioso afundou seu pé esquerdo no chão, abriu a palma da mão direita a preenchendo com sua Aura, respirou fundo e desferiu o próximo golpe no tórax do rapaz o lançado longe!

— AAAAAHHHHHH!!!!

Seu corpo se choca com uma arvore a quebrando no processor, mas não parou. Seu corpo rolou ainda por alguns metros levantando grama e terra por onde passava, só parou quando sentiu sua nunca ser segurada com força por uma conhecida mão com garras que sem misericórdia afundou sua cabeça no solo levantando mais terra.

E ele não se mexeu mais... havia enfim apagado.

— Lamento, mas você não me deixou outra escolha. – Diz o misterioso se levantando e caminhando de volta para onde deixou seu cajado que continuava sozinho a liberar energia contra Espirito Guardião. – Vamos acabar logo com isso. – Declara o misterioso se dirigindo para onde ocorria a outra contenda.

Porém...

— Hum?

O mago sente seu calcanhar esquerdo se segurado.

— Impossível... – Direcionou seus olhos para o local e percebeu a mão do jovem sobre seu calcanhar. – Ainda mantem a consciência!

Ele não conseguiu esconder sua surpresa, outros já teriam desmaiado logo no primeiro golpe, mais ele o forçou a dar cinco!

— Que força de vontade admirável... porém inútil. – Com simples movimento com o pé soltou-se da mão do jovem. – O que espera me prendendo aqui? Nada do que você faça me deterá de obter a caixa!

Era o que o mago acreditava... entretanto superando todas a suas expectativas o jovem ainda no chão ergueu sua cabeça o fitando. Aquele brilho de poucos minutos atrás havia retornado a seus olhos... um brilho de coragem e superação mostrando que ele não desistira tão fácil.

— Naer...

Entoou o jovem e o gigante purpura obedeceu fechando os dedos.

— O que... não! – O mago percebeu o movimento do espirito.

Naer...

Entoou novamente o jovem com mais força.

— Pare! – Brada o mago levantando o jovem com extrema facilidade e o segurando pelo clarinho. – Ordene que ele pare!

Mais Kristoff não obedeceu, ao contrário gritou ainda mais forte!

NAER!!!

A energia emitida pelo cajado não conseguia mais conter a força do gigante que agora estava mais forte, a força de vontade do jovem mestre do gelo foi captada e aceita pelo espírito que fechava totalmente as mãos sobre a caixa. O mago ao ver que não conseguiria parar o jovem o largou no chão e correu para tentar parar o espírito, mas já era tarde... o Espirito Guardião fechou as mãos por completo envolta da caixa completando assim o ritual. Uma explosão de luzes purpuras evolveu toda aquela parte da estrada forçando o misterioso a cobrir sua face ao mesmo tempo em que desfazia sua neblina. Quando ele percebeu que a luz havia sessado, abaixou a mão conseguindo finalmente ver o que havia acontecido. No lugar onde o espirito estava, restou apenas uma pequena cratera, em seu fundo a caixa que agora tinha uma coloração purpura.

Só de olhar para ela o mago sabia que estava devidamente selada. Um selo desconhecido por ele e que evidentemente não saberia como quebra-lo... pelo menos não sem danificar seu interior.

— Droga! – Ralha o mago recolhendo a caixa. – Isso irá atrasar meus planos! – Confessa olhando em seguida para onde o rapaz estava caído. – Ele realmente conseguiu me impedir.

O mago se levanta, recolhe seu cajado e caminha até onde o rapaz estava desfalecido.

— Você foi corajoso. – Declara. – Mesmo a situação estando totalmente contra você, lutou de todas as formas para me impedir de obter a caixa... isso foi muito nobre... porém tolo.

Entoa o mago que ergue seu cajado para o alto, seu aro dourado reluziu como o Sol e de seu brilho fachos de luz se propagam cobrindo o corpo do jovem, em poucos segundos todos os ferimentos desparecem do seu corpo como se nunca tivessem existido.

— Considere isso um prêmio de consolação. – Diz o mago abaixando seu cajado, da às costas para o jovem, suspira e fecha os olhos. – Grifon, tivemos um pequeno contratempo, conseguiu pegar a menina?

Questiona o mago que logo obtém a resposta vindo do fundo de sua mente.

“Consegui sim mestre... só têm um probleminha.”

— Qual? – Pergunta o mago confuso, afinal deu uma missão simples para seu familiar, não deveria haver problemas.

Só que...

“A captura da menina foi fácil! O problema é que a irmã dela tá vindo atrás de mim com sangue nos olhos e disparando rajadas de gelo igual uma louca!!!”

— Rajadas de gelo?! – O mago se alarmou.

“Gelo puro, límpido e cristalino mestre!”

Detalha o pássaro.

“Nunca vi nada igual, não imaginava que existissem dobrados nesta parte do mundo! Muito menos de gelo!!”

— Nem eu... – Sibila o mestre do pássaro. – ... esta terra realmente esconde surpresas admiráveis!

“Ô Mestre dá pra guardar o ar de surpresas pra depois e me dar uma ajuda aqui!!!”

Berra o pássaro que pelo visto desviou de outra rajada.

“O negócio tá ficando feio aqui!”

— Acalme-se! Já me precavi quanto a um possível contratempo na sua missão.

“Serio?”

— Exatamente! Antes de sair em busca da caixa, mandei os membros do Clã Satomi ficarem à espreita para lhe ajudar caso alguma coisa desse errado... o que pelo visto aconteceu. – Responde rapidamente o mestre do pássaro.

“O Clã Satomi?!”

— Sim! Eles são os mais capazes e preparados para tal missão! – Responde o mago com satisfação.

Já o familiar...

“Mestre sem ofensas, mas... O SENHOR FICOU MALUCO!!!”

O mago suspira pesadamente.

— Você tem que parar com essa implicância com eles. Somos todos um grupo e devemos trabalhar em equipe, lembra?!

“Eu sei disso, mas tinha que ser justo eles!”

Replica o familiar.

“Eles são chatos, implicantes, gostam de me fazer de bobo e ainda por cima são... BURROS, BURROS, BURROS !!!”

Berra o pássaro fazendo o mago cutucar o ouvido direito. Grifon eram um ótimo servo, mas adorava reclamar... de tudo!

“Não podia ter mandando o Capela, não? Ele é muito mais útil e confiável... e não fica me irritando!”

Completa o pássaro esperançoso.

— Você está dizendo isso só por que sabe que ele não pode falar, né?

E o familiar sincero responde:

“Logico!”

O mago passa a mão sobre a face visivelmente irritado.

— Tudo bem, tudo bem, estou mandando o Capela também para dar apoio! Feliz agora?!

Um grito de alegria e euforia cobriu a mente do mago que meneou a cabeça em negação.

“Chefinho o senhor é demais!!!”

— Poupe-me dessa bajulação! – Brada o mago fazendo o familiar se calar. – A muito em jogo e não podemos nos dar ao luxo de falhar! Só certifiquem-se de trazer a menina em segurança até o ponto de encontro... fui claro?

“S-Sim, senhor!”

Responde o familiar com sua voz trêmula.

— Ótimo... que a Lua os proteja e os guie em segurança!

“Ao senhor também, mestre. Girfon partindo!”

Devolve o pássaro encerando a comunicação telepática com seu mestre que reabriu os olhos olhando ao redor. Sua neblina estava dissipando-se, logo os animais acordariam e as pessoas poderiam trafegar livremente pela estrada, porém não mais o veriam lá, pois assim como vento que passa e desaparece logo em seguida ele também o fez. Porém as marcas de sua passagem permaneceram lá, marcas que dificilmente seriam esquecidas pela terra e pelo jovem mestre do gelo.

Os ventos da mudança e do caos haviam chegado a Arendelle... e ninguém estava preparado para o que estava por vir...