Jonas Augustus sempre foi um babaca!

Sim! Um grande babaca desde nascença!

Nascido em uma família suja e asquerosa que aplicava golpes nos mais ingênuos, assim conseguido fortuna muito rápido. Seu pai era um membro da prefeitura que superfaturava contratos para benefício próprio. Sua mãe falsificava roupas e artigos de beleza para vende-los como marcas de grifes famosas a preços exorbitantes. Seu irmão era um gigolo que se achava o rei da noite, atraia moças novas e velhas usando seu charme brega, para depois bota-las para dormir e fugir com seu dinheiro e pertences... e sem serviços prestados!

E ele o caçula da família com o apoio do dinheiro sujo começava a montar seu próprio império do crime... que começava por sua escola. Pagou vários valentões para serem seus guarda-costas, enquanto oprimia a todos, professores e alunos a fazerem sua vontade. Ele acreditava que ao conquistar a escola seria seu primeiro passo para fundação de seu Grande Império do Mal! E assim ele e sua família se achavam os maiorais e nada, mais nada os poderia deter.

Felizmente eles foram detidos sim!

O pai de Jonas foi descoberto após seus contratos superfaturados vasarem nos noticiários! O prefeito, membros do alto poder aquisitivo da cidade e o povo foram para cima dele com tudo! O pegaram, arrancaram suas roupas, o penduraram de ponta a cabeça em um poste e o encheram de pauladas! Foi preso, destituído de seus bens e exilado para uma prisão fora da cidade.

Sua mãe foi descoberta após uma denúncia anônima de trabalho escravo e de falsificação dos mais variados artigos de moda e beleza. Foi preza, seu cabelo falso raspado, seus bens também foram confiscados e descobriram ainda que ela mentia sobre sua idade! Na verdade ela não trinta e cinco anos como afirmava de pé junto, mais sim cinquenta e quatro! Era tanta plástica e maquiagem que escondia tudo! E ela era feia... muito feia!!! Os fotógrafos desmaiaram ao tirar as foros, pessoas passaram mal, crianças tiveram pesadelos por dias com a Bruxa Augustus!!!

Seu irmão mais velho foi pego por uma trama de suas antigas clientes que se juntaram e o pegaram. Foi preso em uma prisão de quinta onde finalmente se tornou um gigolo de verdade! Contra sua vontade é claro....

E ele... o Augustus mais novo foi deposto de sua autoridade da escola por um grupo rebelde liderado por um garoto de cabelos acinzentados que o massacrou de todas as formas possíveis e impossíveis. Foi expulso da escola, perdeu todo seu dinheiro e sem sua família para lhe ajudar se viu obrigado a dar início sozinho a seu plano de começar seu império do crime. Porém não tinha dinheiro para comprar armas de fogo, ou brancas e nem para contratar capangadas descentes. Então sua única opção foi recorrer a antigos puxa-sacos da escola e usar as vassouras como armas de guerra. As brandido com violência, ele e seu bando aterrorizavam a vizinhança e quando viram três moleques tentando vender doces em sua rua, viu ali a oportunidade de usa-los como exemplo. Tudo estava perfeito, até um velho e tenebroso garoto de cabelos acinzentados reaparecer.

— Ash... Blasiken...?! – O Augustus gagueja ao ver seu antigo desafeto que sorria para ele e seu bando.

— Jonas Augustus! Há quanto tempo!!! – Brada Ash abrindo os braços!

— KKKKKAAAAAAYYYYYYYY!!! – Na mesma hora o Augustus grita se pondo atrás dos comparsas.

— Capitão?!

— FIQUE LONGE DE MIMMMMMMM!!!! – Berra o ex-valente capitão da ordem dos Cavaleiros das Vassouras em pânico.

Os subordinados, digo, babacas não entenderam.

— O que está havendo? – Pergunta um arruaceiro.

— O capitão está gritando e tremendo como um esclerosado só de ver aquele sujeito?

Ash acena sorrindo.

— Ei, esperem um pouco! – Outro arruaceiro se manifesta. – Cabelos acinzentados, olhos também acinzentados, olhar de sonso e sorriso cínico... seria possível? – Um dos moleques arregala os olhos! – E o demônio da antiga Guerra das Vassouras!!!

— OOOHHHHHH!!! O DEMÔNIO!!!!

— Com é que é? – Ash questionou piscando.

— É ele sim! As características batem certinhas com as que o capitão nos contou!

— OOOOHHHHHH!!! – Exclamam a trupe encarando Ash que cruzou os braços.

— Ô Mino! O que esses pela-sacos tão falando? – Questiona o menino alto para seu amiguinho do outro lado do bando.

— Olha mestrinho, pelo que eu vejo o senhor está lembrando a eles um antigo inimigo da Real Ordem dos Cavaleiros das Vassouras!

O menino pisca confuso.

— Real Ordem dos Cavaleiros das Vassouras?!

— Foram eles que me disseram isso. – Responde o pequenino apontando para o trio de crianças atrás de si. – Parece que o idiota do Jonas montou um novo grupo de desordeiros para dar início a seu patético e já batido plano de criar seu próprio Império do Mal!

— Ohhhh, agora isso faz sentindo! – Exclama o Blasiken coçando o queixo. – Mais... enquanto as vassouras?

— Fácil! – Responde Mino pulando. – Como ele não contava mais com o dinheiro sujo de sua família, ele teve que improvisar com as vassouras... uma ideia bem idiota na minha opinião!

— Não é idiota! – Brada um idiota do grupo. – Nossa ordem é mais antiga e sagrada do que pensa companheiro do demônio!

Todos se calam após a fala de um dos membros da tal ordem. O único barulho ouvido foi o range dos pescoços de Ash e Mino que entortaram para o lado ao ouvirem aquilo.

— Antiga?

— Sagrada?

Murmuram a dupla com os olhos pequenos.

— EXATAMENTE!!! – Berra o idiota ao lado de Jonas. – No passado, nos primórdios de Freedom City, nossos antepassados não possuíam dinheiro nem material para a criação de armas descentes para se protegerem do mundo exterior.

— Antepassados?

— A cidade não só tem trinta aninhos?

Questionam novamente a dupla que pareceu nem serem ouvidos pelo idiota que continuou seu discurso.

— Nem todos despertaram o poder das dobras, por isso não podiam lutar nas linhas de frente.

— Obvio! – Gesticula Ash.

— Porém, haviam pessoas que queriam proteger sua cidade natal, mesmo correndo o risco de morrem!

— Gente corajosa essa! – Exclama Mino.

— Tão mais pra malucos mesmo! – Responde Ash.

— Tiveram que se virar com o que tinham! – Continua o idiota. – Palha, madeira, borracha... entre outros utensílios domésticos!

— Até pinicos? – Pergunta Mino.

— TUDO! – Esbraveja o narrador. – Então do esforço conjunto e das peças generosamente cedidas, surgiu o instrumento que levaria os simples aldeões para o nível de luta dos dobradores... a Vassoura!!!

Outro silencio mortal se seguiu após o cântico da criação da lendária arma! A mente de Ash tentava entender, ou não, como uma história tão mirabolante, ou esquisita saiu da boca de um bando de idiotas! Ele pensou e pensou, mais nada havia preparado sua afiada mente contra aquele ataque cruel e psicótico a sua sanidade.

Portanto só conseguiu gritar a primeira e única coisa sã que conseguia pensar:

— AH, MEU DEUS! – Coloca ambas as mãos sobre a cabeça. – QUE VIAGEM!!!

— Eu que o diga mestrinho! – Exclama o pequenino saltando. – Minha mente está dando nó só de tentar entender essa história mirabolante!!!

— Vocês estão tentando entender? – Pergunta o garoto de nome Rudy. – Por que eu já deixei de entender logo na primeira frase!

— Eu também! – Responde o pequeno Tim.

— Na minha humilde opinião... eles não tiveram uma boa infância! – Afirma Scott com convicção, sendo seguindo por meneares de cabeças de Rudy, Tim e Minokichi que exclamou:

— Vejam! Ainda não acabou!

— Serio?! – Exclama Ash já ficando bolado.

— Então começou o treinamento para o uso da nova arma! Devido a sua peculiaridade, ela foi disfarçada como um simples instrumento doméstico.

— Que conveniente! – Debocha o Blasiken.

— Então chegou o dia... o dia prometido! Que as forças estrangeiras lideradas pelo demônio das cinzas, lançaram seu ataque contra nossa pobre cidade! Os cavaleiros sabiam que precisariam lutar por sua pátria, então se colocando diante do exército inimigo, ergueram suas vassouras para o céu que “reluziram”, como se o próprio céu os estivessem abençoando! Sentindo-se mais fortes do que nunca, os valentes cavaleiros se lançaram para a batalha de suas vidas. Foi uma batalha épica, muitos morrem, muitos fugiram e quase ninguém restou para contar a história! Mais os poucos que sobreviveram cantam com jubilo e gloria a façanha de seus irmãos caídos, de seu sacrifico e sua honra em proteger sua cidade natal! Aquele dia foi marcado e cantado até hoje, como a maior batalha que Freedom City 3 já teve... A Guerra das Vassouras!!!

— UHAAA, VASSOURAS!!! – Bradam todos os cavaleiros-idiotas erguendo suas lendárias armas para o alto, se sentindo as pessoas mais afortunadas e valiosas do planeta!

Só que...

— Mais... essa... é... a história... mais louca, imbecil e horrenda que eu já ouvi em toda A MINHA VIDA!!! – Brada o jovem Blaksien a plenos pulmões! – E olhem que já ouvi história horrendas antes! Mas essa... tirou a medalha de ouro!!!

— Concordo plenamente mestrinho! – Diz o pequeno Mino. – Existe tantos fatos sem nexo que fica difícil de não categorizar essa história como uma fanfic tosca!

— Verdade! – Concorda o pequeno Tim.

— Na minha humilde opinião... eles só estão usando uma história “bonita”, para justificar seus atos ilícitos e contra a lei... é só minha opinião é claro. – Comenta Scott que faz os cavaleiros se calarem.

— Eu não poderia ter dito melhor moleque! – Responde Ash cruzado os braços.

— Pois é, então se vocês são tão “lendários” e “honrados”, porque estão incomodando gente inocente? – Questiona Minokichi.

E os valentes e idiotas cavaleiros tinham a resposta!

— Para levantar fundos para nossa causa patriótica!!!

— Causa patriótica? – Questiona o trio de crianças de olhos arregalados.

— Isso mesmo! – Grita outro idiota. – Para recriar nossa sagrada ordem a seu antigo esplendor, precisamos de dinheiro! E nada mais justo do que fazermos o povo nos retribuir pelos anos de paz que criamos, para que no fim possamos...

O soldado idiota não terminou sua frase já que seu queixo belo e heroico foi acertado com tanta força que o lançou a metros de distância, se chocando contra a parede bem ao lado de onde o trio estava encurralado. Seu heroico e patético corpo escorrega sobre a parede caindo desacordado numa poça de esgoto. Os cavaleiros olhavam espantados seu companheiro desacordado.

O que havia acontecido com ele? Como foi para naquela parede em questão de segundos e acima de tudo quem teria a audácia de interromper seu belo e motivacional discurso?

A resposta para esse enigma foi...

— CHEGAAAAA!!!

Um grito como o de uma ferra faz o sangue de todos os idiotas do bando gelarem. Viraram-se lentamente na direção contraia encarando o garoto de cabelos cinza com o punho direito erguido por onde saia uma fumacinha. Sua cabeça estava baixa, seus cabelos balançavam mesmo sem a presença de vento e alguns deles ainda puderam ver algo translucido envolta de seu corpo.

Foi então que...aconteceu!

— JÁ BASTA DESSA MERDAAAAAAA!!!

O jovem grita para os céus fazendo sua ira ser expelida forçando os lendários e estúpidos cavaleiros a recuarem.

— MINHA MENTE NÃO AGUENTA MAIS SER BOMBARDEADA POR ESSAS PORCARIAS DE LENDAS, CONTOS, CÂNTICOS E SEI-LÁ-MAIS-O-QUE DE VOCÊS!

Explode o jovem Blasiken em fúria, fazendo os lendários e idiotas cavaleiros a recuarem ainda mais!

— Eu só segui vocês porque estava curioso e queria passar o tempo! Mas agora eu mudei de ideia!

Ergue ambos os punhos diante do rosto os estalando.

— Eu... vou... acabar... com... todos... VOCÊS!!!!

Brada o jovem de cabelos acinzentados com seus olhos reluzindo a maldade pura.

— Essas lindas e belas vassouras que vocês carregam com tanta veneração e admiração serão gentilmente tomadas de vocês e enfiadas diretamente.... NOS SEUS RABOS!!! MUAHAHAHAHAHAHAH!!!!!

O Demônio cantou, os cavaleiros sentiram seus pequenos orifícios anais se fecharem simultaneamente, suas coragens se exaurirem e suas lendárias armas a pesarem. Será que foi assim que seus antepassados se sentiram diante do famigerado demônio?

— Então... é isso? – Entoa o cavaleiro ao lado de seu capitão caído.

— O dia prometido chegou! – Entoa outro sentido as lágrimas escorrem.

— O dia em que finalmente enfrentaríamos o temível demônio das cinzas... chegou! – Brada outro imbecil.

— O dia em que vingaríamos nossos antepassados as custas de nossas próprias vidas... e que sabem até de nossos ânus!

O grupo engole seco.

— Só de pensar nisso... eu sinto uma dor excruciante! – Grita um cavaleiro.

— Mais somos vinte e ele é um só! Estamos em vantagem!

O grupo sente um novo fogo sobre eles que é logo apagado ao verem o garoto a frente deles dar um passo adiante e o chão a seus pés afundar.

O grupo engole seco, três vezes.

— Eu ouvi dizer... que esse demônio lutou contra um ainda maior e venceu!

O grupo engole seco, sete vezes.

— Também ouvi dizer por ai que ele consegue usar trocentas espadas e as pode manejar com a força do pensamento!

O grupo engole seco, vinte vezes!

— Nós vamos morrer! – Entoa um cavaleiro que se tremia todo.

— Vamos! – Responde o cavaleiro ao lado de seu capitão encolhido em posição fetal. – Mas que seja com honra! – Ergue sua vassoura para os céus! – Pela Real Ordem dos Cavaleiros das Vassouras!!! – E avança contra o inimigo que sorri desdenhando.

— Hora de me divertir! – Zoa o jovem de cabelos acinzentados esquivando do primeiro golpe que veio na vertical. O golpe foi tão lento e tão fácil de prever que Ash deixou o pé direito próximo de onde o cabo da vassoura bateu e com um simples levantar do pé, faz com que o objeto sagrado volta-se com tudo acertando a cara do cavaleiro que recua tonto.

— Ohhhh!!! – Gemem o grupo.

— Aí, essa doeu! – Exclama o pequeno Tim encolhendo os ombros.

— Acredite meu filho... você não viu nada! – Diz Minokichi com um sorrisinho sacana na cara. – O show vai começar!

Mal Minokichi disse isso e o cavaleiro percebeu que sua vassoura havia sumido e quando se deu conta sentiu algo grosso sendo enfiado nele... e não era em um lugar bom. O cavaleiro olhou de relance para trás e pode perceber que havia ganhado... um rabo felpudo!

— Oh, não... – E assim ele cantou... – UUUUUUAAAAAAUUUUUUHHHHHHH!!!

Um cântico de dor e humilhação ecoou do fundo do ser do cavaleiro maculado que tentava se mexer e tirar a vassoura fincada em seu rabo. Mais qualquer movimento fazia o objeto entrar ainda mais em seu pequeno orifício, causando-lhe assim mais dor. Ele já não gritava mais como um valente cavaleiro, ou um machão que se sentia o máximo ao atormentar gente mais fraca, mais sim como um verme inútil que ele é. Logo, não conseguindo mais suportar a dor vai de cara ao chão desmaiando, restando apenas sua lendária e estúpida arma fincada em sua bunda que tremulava como símbolo de sua vergonha e estupidez.

O silencio completo se instaurou pelo beco após o tenente, ou seja-lá-qual era sua patente, cair perante ao Demônio das Cinzas que parou diante de todos batendo as palmas das mãos umas nas outras, para depois abrir os braços e dizer sorrindo:

— Quem é o próximo?

Uma onda de medo e desespero tomou conta de todo o grupo que gritou como galinhas em um galinheiro. Ergueram suas vassouras e partiram para cima do garoto que avançou tão rápido surpreendendo um deles o pisando na cara o derrubando. Dois cavaleiros tentaram acerta-lo pelos lados para apenas velo segurar suas vassouras com ambas às mãos. As puxas com força fazendo a dupla rodar ficando de costas para ele e em seguida serem “estocados”.

— UUUUUUUHHHHHHH!!!

Mais dois cavaleiros haviam sido alvejados! O imbecil que foi pisoteado sente um chute em seu corpo o forçando a virar de bruços para no fim também ter seu traseiro virgem maculado.

— AAAAHHHHHHH!!!!

Um quarto cavaleiro tenta atingir o demônio com uma estocada, porém o Blasiken segura à ponta da vassoura impedindo seu avanço, fazendo-o com que o idiota acertasse seu próprio estomago, o forçando a se ajoelhar. Sentiu um pé sobre suas costas e uma sombra o encobrir, fechou os olhos esperando a dor que viria lacerante, mas que não veio.

— Ah?

— Vou pegar emprestado!

Ele ouve alguém falar por trás, quando foi ver o que aconteceu sua testa foi acertada por uma peculiar e familiar vassoura de cerdas vermelhas. Desmaiou na hora e por isso não viu o inimigo tomar sua arma, a rodar pelo corpo como se fosse um bastão, criando linhas vermelhas no ar, deixando o restante do grupo ainda não maculado perplexos!

— Ele conhece o estilo Vassoura-Fu!!! – Brada um idiota em pânico!

— O Demônio assimilou nosso estilo só de nos ver usando!!! – Berra um retardado que tem sua boca atingida pela vassoura manuseada pelo adversário que deu um sobrepasso para trás deslizando o cabo por suas mãos acertando a testa de outra imbecil que vinha por trás.

“Isso me traz lembranças.”

Relembra o garoto ao girar o instrumento pelos dedos que para ele não era uma vassoura velha... mais sim seu antigo bastão de treinos ao qual nocauteava o dobro de adversários e muito mais bem preparados fisicamente. Para ele, aquele grupo de malucos eram...

— Insetos! – Brada o jovem que cravou o cabo da vassoura no chão, usou-a como impulso e subiu com os pés no ar acertando as caras de mais cinco idiotas. Ele praticamente andou sobre suas fuças que caíram como bonecos de pano.

Os outros ainda tentavam acerta-lo de todas as formas possíveis, porém sem sucesso algum. Um ingênuo ainda tentou retribuir o mesmo tratamento que ele deu a seus colegas, porém errou e acabou fincando sua vassoura na bunda de seu amigo.

— Tadinhos, tão se sentindo perdidinhos. – Ironiza Minokichi que assistia de camarote o massacre que seu mestre aplicava nos baderneiros ao lado do trio de crianças que observavam aquele espetáculo macabro, incrédulos.

— Nós... estamos mesmo vendo isso? – Questiona o pequeno Tim.

— Tim, fica quieto! – Exclama Rudy. – Eu tô assistindo uma aula de como lidar com valentões!!!

— Que na minha humilde opinião... nunca mais serão os mesmo... se é que me entendem? – Completa Scott arqueando as sobrancelhas e seus amigos tiveram que cobrir as bocas para suprimir os risos que queriam explodir de suas gargantas.

Nisso Ash terminava a “limpeza”. Restavam só mais três cavaleiros que resolveram atacar juntos tentando acertá-lo com a ponta de suas vassouras. O garoto sorriu, quando o trio pensou que o acertaria... ele sumiu!

— O QUÊ?!!

— CADÊ ELE?!

— VIROU NINJA!!!

Se perguntava o trio, porém a resposta veio rápido e ligeira... e do céu!

— Tô aqui!

— Ah?

O trio olha para alto e assistem boquiaberto o demônio praticamente flutuando no ar.

— ELE ESTÁ VOANDO!!!

Berrão o trio em coro.

— Não babacas, ele só pulou! – Ralha Mino. – Gente burra é dureza! – Constata o pequenino meneando a cabecinha enquanto assiste seu mestrinho voltar ao chão, pisando exatamente nas pontas cruzadas das vassouras que acertam seus queixos.

— AAAAUUUU!!! – Seguram seus queixos com força após o impacto e dando as costas para o demônio que sorriu e...

TUC, TUC, TUC.

Os últimos cavaleiros foram marcados com o estigma da vergonha e caíram por terra.

A Real Ordem dos Cavaleiros das Vassouras havia sido dizimada! E o responsável por tudo isso foi...

— A faxina... está completa! – Exclama Ash jogando a vassoura que usava na bunda ainda virgem de um cavaleiro para depois fazer uma reverencia para o trio de crianças que explodiram em alegria e em aplausos.

— Isso foi incrível!!! – Exclama Rudy socado o ar.

— O senhor é o máximo!!! – Berra o pequeno Tim aplaudindo.

— Na minha humilde opinião... o senhor nos ensinou muito bem como devemos lidar com os valentões! – Confessa Scott também batendo palmas.

— Que seria? – Pergunta o garoto de cabelos acinzentados com olhar malicioso que foi respondido prontamente por Rudy.

— Tapeei-os, depois os desarme e enfie suas armas favoritas nos seus RABOS!!! – E dá um peteleco em uma vassoura fazendo o cavaleiro vitimado gemer.

— Uhhhhhh.

— Na verdade consiste só mesmo em humilhar eles, a parte das armas fincadas no rabo foi por que sou meio sádico mesmo, hi, hi, hi!

— MEIO?! – Questiona Mino que recebe uma piscadela de seu mestre que logo sente algo pequeno envolver sua cintura.

— Obrigado!

— Hum? – Ash olha para baixo e percebe que o mais novo do grupo o estava abraçando.

— Obrigado por ter nos salvado... ninguém... ninguém nunca nos defendeu assim como o senhor fez!

O jovem Blasiken arregala os olhos.

— É verdade senhor. – Diz o menino de bandana vermelha. – As pessoas nos olham na rua e já pensão que somos bandidos, mesmo sem nos conhecerem direito!

— Mais na verdade estamos tentando sobreviver, sem ter que nos debandar para o lado sombrio da força... que na minha humilde opinião... não vale a pena! – Diz o garoto de toca na cabeça de forma humilde e intelectual. Pelo visto era o cérebro do grupo... e nerd também.

— Pois é... infelizmente essa cidade é um lixo! Comandada por um lixeiro totalmente desqualificado! – Responde Ash afagando os cabelos cobreados do pequeno Tim. – Só espero que a lição que vocês aprenderam hoje seja de valia.

— A lição de como esmurrar otarios? – Pergunta Rudy chutando a cara de um babaca.

— Isso também! Mais o que estou querendo dizer é... – Toca nos ombros dos meninos mais velhos e os encara bem fundo nos olhos. – Nunca desistam de lutar! Mesmo que a batalha pareça perdida, ela só estará quando vocês desistirem!

Os meninos arregalam os olhos em espanto e admiração. Aquela palavras entraram em seus ouvidos e reverberam até seus corações que esquentaram. Eram palavras de sabedoria, força e motivacionais que geralmente só gente mais velha diria, mais não! Esse estranho deveria ser só um pouco mais velho que eles, mas seus olhos mostravam ser de alguém com o dobro de sua idade.

— Moço... quem é você? – Pergunta o jovem Rudy com sua voz falhando.

— Eu? – Ele se separa de Tim e caminha um pouco a frente dando as costas para o grupo. – Sou apenas alguém tentando cumprir uma promessa... para alguém muito especial... – E ergue sua face para o céu já escuro onde os pequenos mais belos faixos da lua conseguiam atravessar as grossas nuvens. Seu peito esquentou assim como o pingente azul celeste que carregava consigo.

— Mestrinho... – Minokichi sentiu o peso na voz de seu jovem mestre. Um peso muito grande para alguém tão jovem.

“Ele não superou...”

Pensa o pequenino.

— Bom! Acho que tá na hora de ir! – Exclama o garoto se voltando para o trio e sorrindo. – Como está ficando tarde vou acompanhar vocês até onde se abrigam, tudo bem assim?

Logico que o trio sorriu empolgado.

— Mais é claro!!! – Exclama Rudy.

— Nossos amigos e amigas vão ficar felizes de saber que existe alguém ainda bom e justo nesta cidade fétida! – Diz Tim agitando os braços.

— Principalmente alguém que não tem medo de botar esses idiotas na linha... na minha humilde opinião é claro. – Reitera Scott com sabedoria.

— Sua opinião é muito sincera e verdadeira jovem padawan. – Diz Mino se lançando para as costas de seu mestre. – Mais sabe... eu sinto que está faltando alguma coisa.

Foi só ouvir isso que Ash arregalou os olhos, coçou o queixo e comentou:

— Agora que você falou... realmente está faltando alguma coisa.

— Ah? – O trio exclama encarando confusos o jovem.

Até que...

— Ah-há! Já sei!!! – Exclama o jovem batendo o punho direito na palma da mão esquerda em sinal de lembrança. – Ô JONASSSS!!!

O jovem entoa maleficamente o nome de sua última e mais importante vítima! Ele não poderia deixar o mentor de toda aquela trama sair incólume daquela confusão toda... poderia?

— Cadê vocêêêêê?

Ash se vira e não vê o Augustus no local onde estava deitado.

— Ora, ora, ora, usando a velha tática da posição fetal falsa... eu devia ter desconfiado! – Indaga o jovem rindo. – Mais como ele é um covarde, frouxo e ainda por cima lento, ele não deve ter indo muito longe, deve estar mais precisamente... ALI! – Exclama apontando para trás onde um garoto saia de fininho do beco portando uma vassoura entre os braços.

Como se sentisse uma cobra se enrocando em seu corpo, o Augustus sentiu seu corpo gelar e tremer, sua bexiga a esvaziar e sua bunda a tremer. Então usando sua última gota, ou não de dignidade se volta para seu desafeto que o encarava com seus olhos acinzentados em chamas. Iria morrer com toda a certeza, ou pior... acabar como seu lacaios jazidos no chão com suas vassouras cravadas em seus rabos.

— Então Jonas... o que você tem a dizer em sua defesa? – Questiona o Demônio com ironia enquanto os três meninos o encravam com seus rostos enfezados e serrando os punhos, já Minokichi apontava para um dos idiotas no chão, depois para ele e por fim juntava os punhos enquanto fazia um biquinho como se algo estivesse entrando nele.

Aquele gesto do pequenino dispensava interpretação! Então só havia uma última coisa que Jonas Augustus, da honrada casa Augustus poderia fazer naquele momento.

Que era...

— Eu só tenho uma coisa a dizer! – Exclama com toda a sua força, para depois quebra a vassoura que portava em seu joelho, jogar seus pedaços para os lados, aperta suas bolas com ambas as mãos, se agachar e... – KKKKKKKYYYYYAAAAAAA!!!!!! – E sair em disparada pelo beco gritando como uma menininha.

Os três meninos arregalaram as bocas e os olhos em choque e terror ao presenciar aquela fuga vergonhosa e abominável! Aquele era o mesmo valentão que os meteu medo à uma hora atrás?

— Eu tô me sentindo um idiota por ter tido medo de um babaca desses! – Rosna Rudy segurando a própria cabeça.

— Nem fala Rudy! Eu vou ter pesadelos só de lembrar dessa cena grotesca! – Choraminga Tim cobrindo os olhos.

— Na minha sincera e humilde opinião... ele merece ser punido! – Exclama Scott encarando Ash que sorri.

— Com toda a certeza camaradinha, com toda a certeza!!!

Declara o demônio puxando uma vassoura caída pelo pé, a joga para o ar pegando com a mão direita, abre a mão esquerda em “L” para mirar o alvo, se concentra e dispara a vassoura como se fosse um arpão!

O objeto voou, os olhos dos pequeninos brilharam, Mino se encolheu em seu saquinho voltando com uma memory box ativando o modo de gravação. Então, enquanto o franguinho corria gritando com as mãos nas bolas, seu pequeno orifício anal foi perfurado com tanta, mais tanta força que ele saltou tão alto, mais tão alto que caiu no canal onde a dupla de entregadores estavam antes de seguirem o grupo. Seu agudo gritinho de dor foi ouvido a quilômetros de distância, só sumindo quando seu corpinho pesado e fétido caiu na água e assim o capitão da Real Ordem dos Cavaleiros das Vassouras, conheceu seu fim... Tomara!

— Na mosca!!! – Brada o Blasiken socando o ar.

— UUHHHUUUUU!!!! – Exclama o trio pulando de alegria.

— E eu gravei tudinho!!! – Esbraveja Mino.

— BELEZAAAAAAA!!! – Gritam o quarteto jogando Minokichi para o alto.

E assim aquele dia agitado e estranho estava terminando... mas para as irmãs Arendelle e seus amigos, só estava começando...