Oneshots NCIS'S

Primeiro encontro


— Eu não faço idéia do que você está falando. – Christopher tentou se fazer de idiota. – Eu não vendi armamento militar para ninguém.

— Não se faça de louco. – Callen revirou os olhos e literalmente jogou os papeis que tinham achado na mesa. – Vai continuar com a farsa ou posso pedir meu almoço?

— Eu quero um acordo. – Chris olhou para os documentos.

Callen sorriu para aquelas palavras. Geralmente eram seguidas de “eu vou confessar de uma vez”.

Elisa McGee Smith era a promotora responsável por fazer os acordos entre os suspeitos e a NCIS. Ela geralmente lidava com Hetty, mas naquele dia em especial, a agente precisou viajar e ela se viu frente a frente com o belo agente Callen.

— Senhorita Elisa. – Callen apertou a mão dela e imediatamente foi atraído para ela. – É bom conhecer você.

— Eu diria o mesmo, agente Callen. – Elisa o olhou de cima a baixo. – Então, posso ver o mais novo residente da prisão de Los Angeles?

— Venha comigo. – G a acompanhou, a deixando ir na frente, disposto a observar a vista que ela tinha por trás. – Gostosa.

— Desculpe? – Ela se virou e Callen precisou fingir que estava pensando alto. – Se ajudar, eu também te acho gostoso.

Sam deixou a barra de proteínas cair na mesa, tentando não cair na gargalhada que ameaçava sair. Deeks e Kensi sorriram para Callen e o viram desaparecer na sala de interrogatório.

— Vinte dólares que ele vai chamar ela para sair depois. – Deeks sabia que era errado, mas ele sabia que Callen adorava mulheres bonitas e não apenas de aparência.

— Isso é tão errado, senhor Deeks. – Hetty tirou cinquenta dólares da própria bolsa. – Cinquenta que ele a chama para sair e a leva para jantar.

— Eu nem vou dizer nada. – Sam se recostou na cadeira. – Mas eu tenho certeza que meu amigo não vai desperdiçar essa chance de ser feliz ou eu mesmo vou fazer ele tomar juízo.

Levou duas horas até que o acordo com Christopher fosse fechado e aprovado pela promotoria. Todo o tempo, Callen observava as mãos da jovem Elisa se movendo pelo teclado.

— Então, quantos anos você tem? - Callen decidiu tentar começar com o básico.

— Eu tenho 29. – Ela respondeu, feliz pelo belo agente querer saber coisas sobre ela. – Não sou casada, nem tenho namorado, mas estou procurando.

— Hmm. – Callen provavelmente nem chegou a ouvir porque o tempo todo estava pensando em coisas que ele nunca pensaria sobre alguma outra mulher do trabalho. – Oh, desculpe, eu só estava...

— Pensando se eu estou pensando nas mesmas coisas que você provavelmente está pensando? – Elisa completou como uma pergunta e sorriu quando ele corou. – Tudo bem. Quando eu te vi a primeira vez eu achei você um gato.

— Você quer sair comigo? – Callen arriscou percebendo o interesse mútuo. – Quem sabe comer alguma coisa no restaurante de frutos do mar?

— Eu amo frutos do mar. – Elisa deu um olhar fofo para ele. – Especialmente a japonesa.

— Quer comer sushi comigo? – Callen foi direto. – Eu conheço um lugar maravilhoso aqui em Los Angeles.

— Eu saio as 18:00. – Elisa voltou ao trabalho de redigir o acordo com Chris. – Eu vou te dar meu celular.

Callen sorriu para ela. Se ele pudesse gritar, ele gritaria de tanta felicidade que ele sentia naquele momento.

Voltando para a sede da NCIS, Callen se sentou à frente de Sam, sorrindo como se tivesse ganhado o prêmio Nobel. Todos viram como o agente parecia nas nuvens e se perguntaram o porquê.

— Eu consegui um encontro. – Callen disse. – Eu não pensei e a convidei. Sam, eu estou apaixonado por ela.

— Fico feliz por você, G. – Sam sorriu. – Então, onde os dois pombinhos vão?

— Vamos comer sushi depois do trabalho dela. – Callen sentia-se nas nuvens. – Fechei um caso e arrumei uma paixão no mesmo dia.

— Isso significa que eu ganhei, senhor Callen. – Hetty entregou algumas notas para G. – Eles apostaram que você chamaria ela para sair e eu acabei ganhando a aposta porque disse que você iria chamar ela para jantar.

— A Hetty deve conseguir ler mentes. – Deeks brincou. – Agora, o mais importante. Já sabe como cortejar uma garota?

— Sim. – Callen pegou um cartão de uma floricultura. – Ela gosta de rosas e vou comprar as mais bonitas.

Quando Elisa deixou o trabalho naquela noite, ela logo notou Callen parado ao lado do carro dele com um belo buque de rosas e uma caixa de chocolates. Ela pensou em quão quente aquele homem parecia e sabia que agora, ela tinha um namorado.

— Olá, gatinha. – Callen beijou a bochecha dela. – Para você.

— Oh, são lindas, G. – Elisa sorriu. – Então, podemos ir comer ou você tem outros planos?

— Eu vou te levar para comer. – Callen a olhou maliciosamente. – Mas eu tenho um lugar melhor que um restaurante para isso.

Abrindo a porta do carona, Callen a viu entrar e sorriu. Ele falou com Arkady sobre o lugar que ele havia mostrado para Callen três meses atrás. Com o dinheiro que Hetty lhe deu, Callen comprou sushi e outras coisas da culinária japonesa e arrumou uma mesa no telhado do prédio com a vista mais linda para a cidade.

Quando Elisa chegou ao lugar, ela perdeu o folego. Parecia um daqueles cenários de filme que ela gostava, com tochas a luz e pequenas lanternas de papel penduras. Havia uma mesa posta com uma bola de luz espectroscópica.

— É perfeito. – Elisa foi para puxar a cadeira, mas Callen a puxou para ela antes. – Que gentil.

Abrindo as pequenas caixinhas, os dois dividiram sushi, rolinhos primavera, Yang Zhou Chao Fan e camarão à moda de Xangai. Eles conversaram sobre um pouco de tudo e flertaram.

— Eu preciso dizer que eu adorei essa noite, G. – Elisa disse, olhando para as luzes de Los Angeles. – Fazia tempo que e não tinha um encontro tão prazeroso.

Callen assentiu e aproximou sua cabeça da de Elisa. Em um momento eles estavam estudando os olhos um do outro e no outro trocaram o primeiro beijo.

Uma onda de eletricidade passou pelos dois e Callen a puxou com cuidado para seus braços. Beijar Elisa era como tomar um sorvete de chocolate com morangos. E para Elisa, beijar Callen era como beber um milk shake de menta com chocolate.

— Eu estou apaixonado por você de um jeito que eu nunca estive antes. – Callen sorriu para Elisa. – Quer ser minha namorada?

— Quero sim. – Elisa sorriu para Callen e então o beijou de novo.

Aquela noite acabou em mais beijos. Os dias que se seguiram foram cheios de amor e caricias.

Callen levou Elisa para esquiar em Buenos Aires, fazer escalada e em lugares maravilhosos.

Ele sabia de uma coisa. Ele queria passar o resto de seus dias com ela. E faria qualquer coisa para isso acontecer.