David Rossi olhou mais uma vez para a parede de mais procurados e para o rosto de Everett Lynch. Atualmente a equipe a equipe estava em um caso muito pessoal.

Spencer havia sido encontrado amarrado em um porta malas na garagem e Penelope fora raptada pelo maníaco.

Se todos estavam a mil por hora, Luke Alvez estava há três mil por hora. O namorado de Garcia sentia-se cada vez mais preso a promessa de que Everett voltaria contra eles algum dia.

Mas ele raptou a única pessoa que eles não haviam previsto, mas que era uma grande possibilidade.

Penelope atualmente estava com um dos capangas de Everett, amarrada e amordaçada indo em direção a uma casa muito isolada, digna de seus piores pesadelos.

— Vamos comprar uma fazenda? – Penelope se lembrou da ideia sem nexo de seu ex. – Ovelhas, ar fresco...

— E é um lugar perfeito para um maluco psicótico te torturar. – Ela havia argumentado de volta.

E agora, ela quase achou que Everett era irmão de Kevin, visto que ela havia conhecido apenas o pai de Kevin anos antes.

— Você vai gostar desse lugar, Penelope. – Everett riu. – Eu tornei sua estadia aqui proveitosa.

— O que quer dizer? – Ela falou depois de a mordaça ser retirada. – Você pode me torturar o quanto quiser. Eu não vou ajudar você.

— Eu não vou te torturar. – Ele pegou uma agulha de uma maleta. – Eu vou extrair algumas lembranças.

— Por que está fazendo isso? – Penelope estava preocupada. – O que foi que eu te fiz?

— Eu sei que a ideia de descobrir coisas enterradas é difícil, mas eu as quero. – Ele acariciou os cabelos de Pen. – Tão macios quanto os de minha mãe.

— Solte-me. – Ela sentiu o sangue quando ele a agrediu. – Me bate, me jogue no chão. Eu não te direi absolutamente nada.

— Isso é o que vamos ver. – Ele pegou o braço dela e enfiou a agulha. – Bons sonhos por agora, Penelope.

Garcia sentiu seus músculos desconectarem e então fechou os olhos. Ela não queria reviver lembranças enterradas. Ela queria Luke e sua equipe e esperava que Reid estivesse bem.

Reid se sentou com um pacote de gelo na cabeça, sentindo um tambor batendo. Isso foi muito pior que o dia em que ele e Pen foram sequestrados pelo culto assassino.

— Está tudo pronto? – Everett perguntou quando voltou.

— Sim. – O capanga olhou despreocupado para ele. – Só estamos esperando que a bela adormecida acorde.

— Ela já não deveria estar acordada? – Everett perguntou. – Diga foi há quase quatro horas.

— A ação do sedativo era de 3 a 4 horas. – Ele viu Penelope começar a se mover. – Hora da verdade.

Uma mulher vestida com um vestido preto e saltos entrou e se sentou na frente da maca onde Pen estava amarrada.

— Penelope, meu nome é Dra Grace Salt. – Grace se apresentou. – Eu fui chamada para revelar suas memorias enterradas.

— Eu não quero voltar. – Penelope tentou se afastar. – Eu não quero.

— Eu sinto muito. – Grace injetou um liquido na IV de Pen. – Vou colocar você em um estado de sono desperto. Você estará acordada ao mesmo tempo que você estará dormindo e lembrando.

Everett se sentou, esperando descobrir muitas coisas sobre Garcia. Incluindo a relação não dita com Rossi.

— Vamos voltar para seus dois anos. – Grace abriu a ficha de Penelope. – Para o dia em que seu pai verdadeiro foi embora.

— Eu não quero relembrar. – Penelope praticamente gemeu. – Não quero....

— Tudo bem. – Grace se aproximou. – Onde você está agora?

— No armário de casa. – Penelope estava completamente a mercê dessa mulher.

— O que está acontecendo? - Grace pressionou e Everett se aproximou.

— Rossi e minha mãe estão brigando. – Penelope falou calmamente. – Ele acabou de deixar a casa com uma mala.

Naquele instante, Penelope começou a entrar em convulsão. Grace pegou a injeção contra aquilo, mas Everett a impediu.

— Se eu não der isso ela morre. – Grace resolveu arriscar. – Você não pode descobrir nada se ela morrer.

Liberando o aperto da mão de Grace, Everett viu a injeção ser administrada e Penelope retornar ao modo relaxado de novo. Ele, no entanto, já tinha algo contra Rossi.

Luke sabia que Rossi não estava lidando bem com isso, tanto que ele o viu sair da agência. Ele respeitou o agente, mas resolveu seguir o homem mesmo assim.

Rossi recebeu uma ligação de resgate de Everett e sabia que o bandido sabia sobre a ligação dele com Penelope.

Ele também sabia que Luke o seguira e estava agradecido por isso.

Chegando ao beco marcado como ponto de encontro, viu o porta malas fechado do carro e deduziu que Pen estava naquele lugar pequeno.

— Onde ela está, Everett? – Rossi olhou para o homem. – Onde está Penelope Garcia?

— Você não quer dizer Penelope Rossi? – Everett jogou na cara de Rossi. – Qual é? Eu sei sobre seu relacionamento com ela.

— Deixe-a de fora disso. – Rossi mantinha a mão em sua arma. – Ela não sabe que eu sou o verdadeiro pai dela e eu quero que continue assim.

Everett o olhou e destrancou o porta malas. Penelope estava drogada o suficiente para não ficar em Pé sozinha.

— O que você fez com ela? – Dave olhou para o carro de Luke no fim da rua. – O que foi que você fez com ela?

— Eu a droguei. – Everett soltou o aperto em Penelope e ela caiu no chão, completamente sedada. – Vamos negociar?

— Vamos. – Dave retirou a arma. – Eis meu acordo.

Dando três tiros, ele observou o vilão cair morto, em cima de Penelope. Luke se apressou em ajudar e eles combinaram uma versão para os fatos. Jogando uma arma perto do corpo do vilão, Dave pegou Pen com a ajuda de Luke e a levaram para o hospital.

Logicamente, os dois agentes levaram uma suspensão de Emily e Luke não ficou nenhum pouco incomodado.

Everett foi declarado morto no local. Penelope foi levada para casa de Dave onde toda a história do que aconteceu com ela foi revelada, mas nenhum deles tocou no assunto de paternidade.

E nem precisavam na verdade. A relação entre os dois apenas ganhou uma parte de família, o que para depois durante a recuperação de Penelope foi fundamental.

Ela e Luke tiraram um mês de folga no Havaí, se recuperando de todos os traumas. A praia parecia boa demais para eles, que ficaram o tempo todo no hotel, desfrutando da piscina.

Rossi e todo o resto da equipe voou para a ilha e deu ao casal um casamento surpresa. Dave acompanhou Penelope até o altar improvisado na praia, que contou com os olhos curiosos da equipe Five 0.

Eles mal sabiam que em breve, trabalhariam com aquele time de agentes.