A equipe decidiu se reunir na casa de Rossi para comemorar o dia dos namorados. Afinal, apesar de ser 20 de fevereiro, a equipe esteve em um caso até a noite anterior.

Penelope não estava no clima. Ela estava sozinha de novo este ano, mas resolveu ir de qualquer forma.

Havia outro solteiro e não era Spencer. Luke Alvez se livrou da mulher que dizia ser sua namorada porque ele descobriu o caso dela com um residente do hospital. Ele ficou magoado, mas não contou a ninguém.

Ele resolveu ir porque a mulher que ele amava estaria lá. Penelope parecia não ter vontade para sair e procurar alguém e ele sabia o motivo. Homens bonitos não se interessavam por mulheres como ela.

Luke discordava dessa afirmação porque ela era a mulher mais maravilhosa que ele já havia conhecido. Ela lutou contra o crime em um salto agulha e vestidos coloridos. Isso para ele o deixava louco.

Levando uma caixa de bombons de morango e Run, um lindo buque de rosas vermelhas e um caro colar de diamantes, ele sabia que Penelope gostava de coisas simples.

Mas ele daria a ela porque quando viu o colar, ele a imaginou vestindo a joia em seu casamento. Com ele.

— Você está atrasado. – Rossi brincou ao atender a porta com Krystall. – Talvez você possa fazer Kitten se animar.

— Algum problema, Dave? – Luke começou a procurar Penelope pela sala. – O que está havendo?

— Ela recebeu uma ordem de despejo. – Dave fechou a porta. – O prédio dela foi condenado e ela precisa de um lugar melhor. Eu a obriguei a vir morar comigo até que encontremos um lugar melhor.

Luke sorriu. Essa era uma oportunidade para fazer Penelope namorar com ele e para que ela viesse viver junto. Mesmo que ela dissesse não, ele a queria morando com ele.

Ela era diferente de todas que ele já conhecera e valia cada segundo que pudesse ter com ela.

Penelope estava no balanço, não se importando que fosse noite. Ela não estava com clima para festa. Ela tinha duas semanas para desocupar o apartamento e achar um lugar novo.

Cheio de coragem Luke se aproximou dela. Ele se sentou no balanço desocupado e ficou com os presentes.

— É uma noite linda, não acha? – Luke começou a puxar a conversa. – Quero dizer, cheia de estrelas e uma lua.

— É uma noite boa. – Penelope concordou. – Você está sozinho ou trouxe alguém?

— Eu vim sozinho. – Luke concordou. – Eu terminei com Lisa. Ela estava me traindo.

— Acontece as vezes. – Pen suspirou. – Eu já fui algumas vezes e sempre dói.

— Para você. – Ele passou as rosas. – Não são rosas que eu daria a Lisa. Eu comprei pensando em como elas ficariam lindas em sua casa.

— Talvez quando eu encontrar uma casa. – Penelope segurou as rosas. – Elas são lindas, Luke. Obrigada.

— Eu fico feliz que tenho gostado. – Luke passou uma embalagem de bombom. – Para você.

— Obrigada Luke. – Penelope deu seu primeiro sorriso verdadeiro. – Eles são bem bons.

Luke soltou uma gargalhada nervosa. Quase como se estivesse esperando por algo diferente.

— Rossi disse que seu prédio foi condenado. – Luke falou. – Talvez você pode querer vir morar comigo, desde que eu me mudei para um apartamento melhor agora.

— Não posso me intrometer na sua vida, Luke. – Penelope suspirou. – Por mais que eu te ame.

— Eu entendo. – Luke suspirou e levantou do balanço. – Eu vou levar seus presentes para dentro.

A noite de estrelas e lua virou rapidamente para uma noite com nuvens carregadas e a chuva começou.

Penelope sentia a agua fria escorrendo pelo corpo dela e ela deixou que suas lágrimas se misturassem com a chuva.

Luke estava saindo da festa e indo em direção ao carro quando decidiu que iria deixar de ser um homem trouxa. A chuva batia nele, mas ele pouco ligou.

Ele se virou para o portão e lá estava Penelope na porta, olhando para ele com tanto amor. Dando dois passos, ambos se encontraram e seus olhos se seguraram.

— Isso tudo vai ficar estranho. – Luke confessou.

— Mas parece certo demais. – Penelope terminou a frase.

Em seguida, Luke a pegou e ali mesmo na chuva a beijou intensamente nos lábios. Penelope estava perdida demais nesse momento para ligar se ela ficaria doente depois.

— Eu te amo. – Penelope confessou. – De maneiras que nunca amei alguém.

— Eu também te amo, Penelope. – Luke começou outro beijo, cortando qualquer conversa.

De dentro da casa, Rossi olhava para a janela e para os dois se beijando na chuva. O que para alguns parecia um clichê, para ele era a única maneira de amar.

Se Penelope e Luke fossem sinceros com o outro, eles se amavam há quase quatro anos e finalmente se renderam a paixão.

— Acho que vamos precisar de toalhas. – Krystall comentou com um sorriso. – Sabe, quando a conheci tive um carinho maravilhoso por ela. Como uma filha.

- Eu também. – Dave sorriu. – Alguém deveria pegar uma toalha para os dois.

— Deixe-os se beijar, Dave. – Emily veio a janela. – Afinal foi preciso uma chuva para unir os dois.

— Oh droga de chuva. – JJ passou em frente à janela. – Arruinou de nos deixar prender os dois no armário.

— Eu me sinto como o diretor de uma escola. – Rossi saiu em busca de uma toalha.

— Vocês dois! – Emily gritou para Luke e Pen. – Embora todos estejamos felizes por vocês deixarem de ser preguiçosos, está chovendo e vocês obviamente estão molhados.

— Sim, haverá muito tempo para beijos. – JJ riu. – Mas há outras coisas e elas só podem ser feitas em um quarto.

— E talvez no jatinho. – Luke devolveu a todos, vendo as bochechas de Penelope ficarem coradas. – Você fica tão bem ensopa.

— Eu vou pagar isso de volta mais tarde Luke. – Penelope riu e foi em direção a casa.

Luke parou e no segundo seguinte começou a rir tanto que até sua cabeça doeu.

— Eu tenho um robe para você, Penelope. – Krystall deu a roupa. – É oportuno porque eu comprei pensando em você.

— Você não precisa. – Os olhos de Penelope se abriram. – Krystall, é completamente maravilhoso.

— Considere isso por ajudar minha filha a se livrar daquele homem. – Ela abraçou Penelope. – Ela está com um homem maravilhoso porque você e Dave a salvaram de Wick.

— Eu sinto muito por fazer tudo escondido. – Penelope fechou o robe. – Mas Dave e eu sabemos coisas sobre o que os outros veem.

— É, e foi maravilhoso. – Krystall abraçou Penelope. – E você e Luke são perfeitos juntos. Espero que se casem logo.

Penelope sorriu. Dave deu um sorriso do lado de fora e Penelope sabia que tudo ficaria bem a partir de agora.

Luke colocou algumas roupas emprestadas de Dave e depois traria de volta. Ele recebeu a palestra que todos os futuros namorados de Penelope recebiam.

"Se você a machucar, eu te machuco pior." E ele estava grato. Todos se preocupavam com Penelope.

— Então, acha que sua casa está pronta para eu ir morar nela? – Penelope o viu engolindo em seco. – Ou você não pode lidar comigo?

— Não se você insistir em vestir só isso. – Luke a puxou. – Porque Chica, eu não vou nem sair da cama com você.

— Eu só tenho uma coisa a dizer. – Penelope o beijou. – Deixe queimar.

E Luke estava pronto para o incêndio que começou.