— Obrigado por vir, Sr Telles. – Hotch acompanhou o homem. – Vou mostrar a sala de Penelope, você pode trabalhar com ela.

— Ela é a analista técnica que você me falou? – Norman Telles estava interessado. – Acho que vou me dar bem com ela, hã?

— Você vai sim. – Hotch riu. – Aqui. Ei Garcia.

Penelope se virou para os dois homens no recinto. Seu vestido xadrez a deixava ainda mais linda e seu cabelo estava em uma trança ao redor de sua cabeça.

— Norman Telles. Penelope Garcia. – Hotch fez as apresentações. – Penelope Garcia, esse é Norman Telles, irmão de Jéssica, nossa vítima 1.

Norman se sentiu atraído pela garota a sua frente. Ele adorava mulheres curvilíneas e a mulher a sua frente superou todas elas. Ele ficou nervoso e ansioso.

— Prazer. – Ele estendeu a mão. – Me chame de Norman.

— Penelope Garcia. – Ela sorriu. – Me chame de Garcia.

— Vou deixar você trabalharem. – Hotch viu uma paixão crescendo. – Boa sorte.

Morgan atirou outra caneta no lixo. A quinta em duas semanas. E ele ainda tinha relatórios para assinar. Ele sabia a quem recorrer. Levantando da mesa, ele se dirigiu ao escritório de Penelope.

Batendo suavemente, ele escutou risadas vindas dela. Ele escutou uma voz de homem e sua raiva subiu. Penelope tinha companhia. E ela parecia feliz.

— Desculpe interromper. – Derek fingiu. – Garcia, eu preciso de uma caneta nova.

— Claro Morgan. – Ela oferece a caneta. – Traga de volta quando acabar.

Foi como uma bofetada na cara. Penelope parecia estar se divertindo com o homem.

Ele sentiu ciúmes dela de novo. Ele prometera que não seria assim dessa vez, mas Deus, ela o estava afetando.

Ele viu Norman saindo depois de um dia inteiro com sua menina. SUA. Não desse homem quase desconhecido.

— Ei Baby Girl! – Derek chegou ao lado dela. – Você se divertiu hoje?

— Sim. – Ela estava farta do jeito de Derek. – Ele é interessante. Foi bom me sentir útil.

— Você quer sair comigo? – Ele arriscou. – Comer algo delicioso.

— Norman me convidou para jantar. – Ela respondeu. – Fique para outro dia.

Derek balançou a cabeça, triste com isso. Era uma repetição perfeita.

— Penelope! – Ele a alcançou no elevador. – Eu acho que você não deveria se encontrar com Norman de novo.

— Eu não estou envolvida com ele, agente Morgan. – Ela parecia chateada. – Eu só quero alguém que me compreenda.

— Como Kevin? – Derek sabia que era um golpe baixo. – Ele te largou porque não te compreendia, mas mesmo assim você ficou com ele.

A mão levantou e balançou em direção a Derek. Penelope só percebeu quando era tarde. Um tapa em volume alto foi ouvido e Spencer e Hotch viram a cena.

— Nunca mais fale comigo! – Ela saiu do elevador. – Eu te odeio Derek!

Ele ficou em descrença, com a mão apalpando a bochecha ferida. Spencer ofereceu gelo, mas era como se Derek estivesse cego.

Penelope chegou até seu carro e desmoronou. Lágrimas saiam e queria se esconder em um lugar. Ela merecia alguém e parecia que Derek nunca a deixaria ser feliz.

Pegando o celular, discou o número de Norman e desmarcou o jantar. Ela precisava ficar sozinha e pensar. Um único torpedo para Derek avisando sobre os dois dias que ela precisaria de folga e ela desligou o aparelho.

Ela dirigiu até Miami. Era uma viagem longa e ela estaria cansada quando chegasse, mas ela precisava pensar.

Chegando a praia, largou os saltos e deitou na areia, sozinha, perdida em seus próprios pensamentos. Ela nem notou que havia uma cena de crime alguns metros depois. Ela só queria ficar sozinha.

Derek ligava sem parar para Penelope, mas sempre que ligava dava desligado ou fora de área. Ele tinha a mensagem dela sobre precisar de alguns dias de folga e ele sabia que ela já estava a caminho de deus sabe lá onde.

Ele pensou em todos os lugares especiais para Penelope e lembrou da vontade que ela tinha de ir a Miami. Ele não era nenhum gênio, mas sabia que ela estaria por lá. Ele pegou um avião até Miami.

Rossi se ofereceu para vir junto caso ele estragasse tudo. Os dois homens estavam a caminho de Miami. Era de manhã quando ela chegou, então Garcia ficou por lá mesmo, sem se importar com proteção.

Um homem morto foi colocado na maca e ela fechou os olhos. Havia gente demais e pareciam ser de algum setor de perícia.

Rossi descobriu sobre o gps que Penelope instalou e com um pouco de pressão sobre Kevin, ele teve o resultado. Derek saiu do carro ainda quando Rossi não havia parado.

Ela estava lá, sozinha, na praia chorando. Derek sentiu seu peito doer ao ver o estado dela. Ele seria assombrado pela imagem dela.

E talvez ele realmente merecesse no final das contas.

Indo em direção a Garcia, ela olhou para ele e ele se sentou ao seu lado, sem nenhuma palavra. Ela queria gritar com ele, mas descobriu que mesmo que eles brigassem, ela sempre seria dele.

— Me desculpe. – Ele sussurrou apenas para ela. – Eu fui um idiota e um covarde.

— Eu sinto muito também, Derek. – Ela abaixou a cabeça. – Norman disse que não queria sair comigo de verdade. Que era algo momentâneo.

— Idiota. – Derek a puxou em seus braços. – Por que veio aqui sozinha?

— Eu precisava pensar. – Ela respirou. – Acho que isso me fez perceber que eu estava errada.

— Não, você não estava errada. – Ele beijou a testa dela. – Eu estava errado. Errado em fazer você se sentir inferior quando você é superior que eu até.

— Para onde vamos? – Ela perguntou inocente. – A partir de agora.

— Primeiro, vamos tirar você desse sol. – Ele a puxou para cima. – E colocarmos algo nessas queimaduras. Depois, vou fazer Rossi pagar um jantar para nós dois, enquanto ele curte seu pequeno vinho e vamos para casa.

— Você vai mandar Rossi com o carro? – Ela se sentiu livre para flertar. – Oh, você é travesso, Hot Stuff.

— E você é muito mais, Baby Girl. – Derek flertou de volta. – Eu quero te levar em todos os encontros que eu puder.

— E você vai me fazer uma mulher feliz, é? – Ela abraçou Derek. – E se eu recusar?

— Vou te algemar até você mudar de idéia. – Era uma brincadeira. – E então vamos ver se você vai resistir a mim muito tempo.

Rossi observava a troca do casal do carro. Ele reservou uma mesa em um restaurante na cidade e depois um quarto de hotel para Derek e Penelope.

Ele saiu e olhou para os dois agentes. Ele sorriu ao ver que eles finalmente se encontraram.

Depois de jantar, Derek levou Penelope até o quarto e a fez se deitar. Ela estava cansada e com queimaduras, mas ele sabia que agora não era hora de fazer coisas adultas. Era hora de deixar sua menina relaxar.

Pegando o óleo aquecido, ele a fez se deitar de costas e tirou a blusa dela. Em algum momento a exaustão tomou conta dela e ela adormeceu assim mesmo.

Ele a virou e a cobriu com um cobertor rosa que ele comprou a parte. Era rosa claro e ele sabia que ela o amaria.

Ele enviou uma mensagem a Rossi para ajudar a amansar Strauss com eles. Ele só poderia agradecer ao agente isso. O puxão levado foi bem-vindo.

Ver Penelope dormir era seu vício novo. Derek faria isso por horas a fio se deixasse.

Amanhã marcaria um novo começo de suas vidas. Um com sua pequena garota. E ele queria muito o momento que ela teria seus filhos. Eles seriam perfeitos.

Quanto a Norman, ele poderia ir para o inferno. Ele estava convencido que Hotch apenas o chamou para ajudar a ver que Penelope deveria ter sido sempre dele que qualquer forma.

Apagando a luz do abajur, ele se enrolou nela e sentiu seu corpo reagindo a proximidade dela quando ela se enroscou nele de volta. E ele estava louco para o dia em que eles fariam amor pela primeira vez.