Se alguém dissesse a Luke que levar Garcia junto na perseguição era uma coisa errada, ele teria concordado. Mesmo as habilidades de direção dele foram em vão.

— Garcia. – Ele se virou para a técnica. – Largue o computador! Agora.

— O que? – Ela virou e viu o que estava para acontecer.

Luke e Pen gritaram no interior do SUV quando um caminhão os atingiu em cheio e ambos voaram pela ponte. O carro deu três piruetas no ar e caiu com um impacto horrível.

Peças retorcidas e muita gente se juntaram para ver o acidente. Eles correram até o lugar do acidente. Penelope e Luke caíram no concreto embaixo da pista. Alguns filmavam como se fosse um grande show.

Luke sentiu dor de cabeça quando a consciência voltou e olhou para Penelope. Ele precisava sair e tirar Garcia também.

Desafivelando o cinto, ele se mexeu, não se importando com a dor que sentia. Ele precisava que ela estivesse viva. Ele queria ter uma chance.

— Pen. – Luke mal sentia um pulso. – Por favor, acorde. Você precisa acordar.

— Senhor? – Alguém apareceu. – Vamos tirar vocês daqui.

— Isso vai explodir. – Luke sentiu o peso das palavras. – Tire-a daqui agora.

Ele viu um grupo se aproximar e quebrar a janela de Penelope. Luke saiu pelo outro lado, parecendo manco e machucado, mas ele correu direto para ela e a puxou assim que a porta foi aberta.

Ele a arrastou com as credenciais de ambos segundos antes de tudo voar pelo ar. A deitando no chão, ele viu o que estava tendo maior impacto. Ela tinha um pedaço de metal em seu corpo.

Nem um minuto depois o carro explodiu. Luke se jogou em cima de Penelope tentando impedir que ela recebesse algo. Seu rosto estava cortado e seus braços e pernas pareciam roxos, mas incrivelmente intactos. Por algum motivo, ela conseguiu proteger os membros.

Rossi e Walker correram para a cena do acidente e Rossi parecia muito nervoso ao ver Garcia sendo atendida e levada para a ambulância. Walker assumiu por ele. Stephen olhou para a amiga sendo atendida e estabilizada.

— Agente Stephen Walker. – Ele tirou as suas credenciais. – Essa garota é minha colega e amiga.

— Nós precisamos ir para o hospital. – O socorrista disse. – Se quiser vir conosco tem que ser agora.

Ele entrou na ambulância. Penelope foi ligada a um suporte de oxigênio e também a um monitor cardíaco.

Walker pegou a mão dela na sua. Eles podiam não ser amigos tão próximos, mas a jovem parecia muito com sua irmã agora e com tudo o que estava acontecendo com Reid na cadeia, seria um choque para a equipe e para Spencer.

Eles os viu interagindo algumas vezes e a dinâmica deles era de irmãos. Penelope tinha uma certa mágica que envolvia todos da equipe. Luke parecia apaixonado por ela. Tudo o que ele sabia sobre romance com sua mulher, Luke exalava com Garcia.

E agora isso. Pelo o que ele sabia, JJ e Tara conseguiram salvar a última vítima e prender o assassino e todos se encontrariam no hospital.

Felizmente a sorte estava com eles e ela não codificou durante o transporte. Ele não saberia como ficaria se a visse desse jeito.

As portas foram abertas logo que eles chegaram ao hospital. Enfermeiras puxaram Garcia longe de Stephen que sentiu a separação.

— Mulher, 40 anos. – A enfermeira começou. – Sofreu um acidente grave, metal alojado na cavidade abdominal. Perda de sangue excessiva.

— Para a sala de operação. – A cirurgiã pediu. – Alguém mais?

— Ele está sendo trazido pelos amigos. – A enfermeira informou. – Ele não quis uma ambulância. Agente Luke Alvez.

— Mande-o para fazer exames assim que chegar. – Ela olhou para Penelope sendo atendida. – Eu preciso ir.

Entrando no consultório, ela abriu o colete a prova de balas de Penelope. Cortando o vestido que ela vestia, chegou a fonte do problema.

— Mãe de cristo. – Ela gritou quando mais sangue escorreu. – Precisamos de um aspirador agora.

— O que aconteceu? – A assistente estava chocada. – Como foi que isso entrou tanto?

— Eu não tenho certeza. – A mulher puxou um pedaço de aço. – Aspiração.

— Doutora. – Eles estavam em uma contagem. – Ela está Fibrilando.

— Injete agora. – A doutora olhou para a jovem. – Não morra, por favor.

Não vou deixar você morrer, senhorita Garcia.

Haviam se passado duas horas desde que Penelope foi levada para cirurgia. Luke fez todos os exames e com sorte, só teve um braço quebrado, apesar de tudo. Foi uma sorte que ele queria dar a Penelope.

A médica voltou, cansada e com uma expressão sombria. Ela se sentou e respirou.

— Nós a trouxemos de volta. – Ela levantou a mão, impedindo os outros. – Apesar disso, ela está em coma médico.

Ela não queria responder perguntas no momento. Nada poderia ser feito, a não ser torcer por uma melhora.

Luke caminhou pelos corredores e chegou ao quarto de Penelope. Stephen estava com ela. O agente tinha uma relação de carinho com Pen e ele se sentiu um pouco possessivo.

Olhando para Luke, Stephen sorriu e o chamou para dentro.

— Fique com ela. – Ele trocou com Luke. – Eu preciso falar com Emily.

Quando Walker saiu do quarto, ele se apoiou em uma das paredes. Ele não sabia como a equipe ficaria se Penelope não ficasse melhor.

— Stephen. – Emily atendeu ao telefone. – Como ela está?

— Agora parece estar melhor. – Walker respirou. – Tem algum meio de falar com a juíza e liberar Spencer para ver Pen? Eu acho que ele ficaria bem.

— Eu falarei com ela. – Emily suspirou. – Quando eu dei a notícia a ele, Reid ficou nervoso.

— Estamos no hospital em Bradenton. – Walker disse. – Diga a ela que ele vai ficar muito agitado se ele não a vir.

— Eu vou. – Emily suspirou. – Estaremos assim que puder.

Desligando, ela voltou para a audiência. Depois de meia hora, Prentiss conseguiu sair com a vitória.

Haviam pequenas rachaduras na investigação, e Rossi fez a transferência de dinheiro online.

Eram quase nove da noite quando Spencer cruzou a porta do hospital, em busca de Penelope. Ele não parou para falar com os amigos porque a necessidade de ver Penelope era maior.

Entrando no quarto dela, Spencer traçou sua bochecha cortada e sorriu. Ele estava aqui para ela outra vez.

Ele ficou com ela até que ela fosse liberada. Luke sorria para a cena linda a sua frente.

— Hora da condução, Pen. – Luke beijou seus lábios. – Eles sabem então podemos ser pássaros de amor.

— Obrigado, Luke. – Ela se segurou a ele. – Por ficar comigo.

— Eu te amo, Penelope. – Ele a sentou no SUV. – E você está presa a mim.

— Mais do que você sabe. – Ela riu. – Agora me diga que Roxy estará lá?

— Ela está com balões te esperando. – Luke respondeu. – E ansiosa.

Apesar da dificuldade de Pen voltar a andar, ela conseguiu voltar a andar, mas seus saltos foram diminuídos por uma questão de segurança.

Spencer foi exonerado da culpa depois que descobriram o envolvimento de Cat Adams no imbróglio.

Eles ainda estavam sob a mira de Mr. Scratch. Mas isso era coisa para outro dia.