— Então a vítima estava amarrada a cama? – Luke olhou para os lenços presos ainda a cama. – Talvez possamos achar algo no histórico online dela.

— Garcia. – Matt disse assim que a técnica atendeu. – Algo diferente no histórico da vítima diz ou dá a entender que ela goste de BDSM?

Luke trancou uma respiração. Garcia, a deusa tecnológica loira estava em seus sonhos mais pecaminosos nas últimas semanas. Ele não sabia o motivo, mas logo que ele terminou com Lisa, seus instintos apenas chutaram em direção a colega.

Ele começou a notar suas curvas, seus lábios e até seus peitos. Ele realmente precisava de algo para distrair ele. E logo.

— Claro. – A voz de Penelope preencheu o lugar. – Mensagens picantes para alguém. As três vítimas.

— Alguma coisa recorrente? – Matt viu Luke respirando pesado. – Algo picante demais?

— Sim. – Ela abriu uma passagem de uma das mensagens. - "Ele se alimenta da minha humilhação, implorando para eu implorar. Minha tigresa interna sussurra: Não deixe que ele se divirta. Liberte-se. Sinto-me me enrolar de excitação."

Aquilo foi a morte de Luke. Em um segundo ele começou a sonhar acordado.

Penelope estava deitada na cama, com um lingerie vermelho, o olhando de cima a baixo como se quisesse devorar Luke todo.

Pegando um dos lenços presos a cama, Luke se imaginou usando nela. Logo, ela estava amarrada e ele, completamente nu.

— Deus, Penelope. – Ele gemeu alto. – Seu corpo parece tão bom.

— Você é tão mau, agente Alvez. – Garcia sussurrou no ouvido dele. – Menino mau.

— Oh, bom deus. – Luke estava em cima dela, usando uma de suas cuecas. – Eu quero desembrulhar meu presente.

— O que você está esperando? – Praticamente gemido em seu ouvido. – Desamarre e me morda.

Luke começou a trabalhar nas cordas do sutiã, quando sentiu alguém o tocando nos ombros.

— Luke? – Uma voz o chamou. – Está me ouvindo?

— Matt? – Luke saiu de sua alucinação. – O que houve?

— Eu posso te perguntar a mesma coisa. – Matt tinha um sorriso insolente. – Você estava gemendo algumas palavras muito impertinentes.

Luke olhou para Matt, sem coragem de dizer algo. Ele olhou para a cama, ainda na cena de crime e fechou os olhos. Ele teve uma alucinação na cena de crime?

— Eu vou esperar lá embaixo. – Ele pegou seu telefone. – Meu deus, o que eu fiz?

Tentando esquecer a imagem de sua colega e paixão secreta, apenas com aquele lingerie do pecado, Luke desbloqueou o celular e viu a imagem sorridente da mesma mulher.

Eles estavam muito perto nos últimos meses. Ele tentou focar nos outros amigos, mas sempre voltava para ela. Penelope Garcia seria sua morte algum dia.

Matt voltou para o carro e ligou. Saindo da cena, eles ficaram em silencio. Não havia clima para conversar sobre algo que não seria sobre a pequena fantasia que ele teve.

— Então. – Matt quebrou o clima. – Você estava tendo fantasias?

— Eu... Bem... – Luke não conseguiu formar uma frase. – Estou tendo problemas com elas ultimamente.

— Deixe-me lhe dar alguns conselhos. – Matt parou o carro. – Seja o que for que você fizer, não a machuque. Penelope gosta de ver o bem em todos.

— Eu nunca a machucaria. – Luke parecia ofendido. – Eu a amo demais para fazer isso.

— Além do mais.... – Matt ligou o carro. – Ela trabalha com agentes federais que matariam qualquer um que ousasse tocar nela.

— Nem preciso saber disso. – Luke limpou uma sujeira invisível. – JJ só deu um tiro na cabeça de um.

— Outra coisa. – Matt ainda estava dando conselhos. – Conquiste-a com mimos. Eu sei que você deu a ela um gatinho anti estresse.

Luke sorriu com a lembrança. Ver Penelope sorrindo ao ver o simples gatinho de borracha, fez seu dia mais colorido. Ela até o chamou de Luke, ao invés de novato.

O caso durou mais quatro dias e o suspeito foi preso. Penelope parecia estar, por algum motivo evitando as chamadas dele. Ele tentou saber se ela sabia sobre a fantasia.

- Ei. – Ele estava esperando ela em sua porta. – Saindo?

— Muito provável. – Ela parecia desconfortável. – Posso fazer algo, agente Alvez?

— Simmons contou algo a você? – Ele resolveu ser direto. – Sobre.... Qualquer coisa?

— Talvez. – Penelope não o olhou nos olhos. – Provavelmente.

— Já chega. – Luke a puxou para uma sala vazia e escura. – Qual o problema?

— Além de você ter uma fantasia erótica comigo? – Penelope parecia curiosa. – Eu sei que os homens não atravessam bares cheios de fumaça por mim, então ter alguém tendo uma.... Fantasia erótica comigo é novo.

Luke sorriu. Ela parecia linda demais toda irritada e toda sem graça.

— O que foi? – Penelope torceu o nariz para Luke. – O que você está olhando?

— Como você parece linda. – Ele largou a mochila no chão. – A questão é. – Ele sussurrou no ouvido dela. – Você também está usando um conjunto vermelho?

— Luke. – Penelope sentiu-se consciente. – Estamos em uma sala na BAU. Nós não podemos fazer isso aqui.

Ele não disse nada. Pegando a mão dela, ele a levou para a SUV dele e direto para sua casa.

Toda a viagem, ambos debatiam o que isso significava. Uma mudança de relação entre os dois com certeza seria. Ela não poderia ser amiga de Luke se isso fosse algo do momento.

— Pare de pensar muito. – Luke pareceu ler a mente dela. – Não é coisa de momento. Eu quero a vida com você. Eu tenho sonhado com você por semanas agora.

— Sonhado comigo? – Penelope o olhou. – Como o que?

— Vamos chegar em casa primeiro. – Luke subiu uma mão pela perna dela. – E então, vamos realizar uma a uma dessas fantasias.

Ele abriu a porta para ela entrar. Mal deixado a bolsa no sofá, Luke a pegou em um beijo, que pareia ter demorado uma vida toda. Ela sentiu que não poderia mais negar seus sentimentos por ele.

O beijo hesitante se tornou um beijo cheio de emoção e ela pegou Luke e puxou outro beijo. Luke envolveu as mãos na cintura dela, apoiando tanto ela quanto ele. Era como se os beijos de cinema realmente pudessem acontecer, com garotas como ela.

Luke deslizou as mãos pelas costas dela, abrindo o zíper do vestido, ganhando gemido de sua deusa.

— Deus, Garcia. – Ele descobriu um lingerie fina nas costas dela. – Deixe-me adivinhar a cor dessa. Vermelha.

Ele ganhou um gemido dela quando tocou a pele das costas por baixo da renda vermelha.

Ele a desembrulhou feito um presente. Logo, o vestido estava no chão e ela estava toda coberta com a renda vermelha que ele fantasiou.

Luke a deitou na cama e eles começaram a fazer amor. Cada parte da renda vermelha, aos poucos indo ao chão.

Ele não sabia se duraria muito tempo, mas com certeza ele não a deixaria ir tão fácil. Porque agora que ele provou seu sabor, ele gostaria muito de continuar

— Isso foi.... Uau. – Penelope sorriu. – Gostaria de repetir algum dia.

— Podemos repetir quando quiser. – Luke prendeu as duas mãos dela. – Gostaria de ser minha namorada?

— Sério? – Ela ficou com o rosto cheio de amor. –É tudo o que eu mais desejo na vida.

Ele a beijou com ternura. Essa noite foi o cruzamento para os dois.

Ele a deixou dormir quando a exaustão a atingiu. E ele nunca havia visto coisa mais linda.

— Bons sonhos, minha dama. – Ele sussurrou para ela. – É a primeira de muitas noites.

E foi de verdade. Ele ficou noivo de Penelope logo que ela sugeriu a ele. E logo antes do dia do casamento eles descobriram que seriam pais.

E nada poderia ser mais bem-vindo que a menina que nasceu deles. Penelope até comprou um macaquinho do jeito que ela viu no site.