Eu preciso sair daqui, como aquele dragão poderia ter feito aquilo comigo? Primeiro ele me faz rever Yvoni, e ver o meu medo antigo rapidamente se transformar em culpa, eu nunca devia ter a deixado morrer, mas não havia nada que eu pudesse ter feito para salva-la naquela época, mas ela me consolou dizendo que já estava com os dias contados por causa de ela ter ingerido o cristal, tudo ao redor dela e ela mesmo já tinha sido castigo pela contaminação do cristal, p ela me desculpou e sumiu finalmente descansando em paz, eu não tinha entendido que aquilo era a minha primeira prova até estar de volta a sala das provas com Fáfnlr me olhando, ele parecia feliz por eu ter consigo passar pela primeira prova e antes que eu pudesse falar alguma coisa eu me senti sendo levada até a minha segunda prova, eu não estava preparada! Tinha acabado de ver Yvoni e de me despedir dela depois de todo esse tempo e aqui estava eu, na claridade branca que não parecia ter fim.

Quando finalmente consegui reconhecer onde eu estava levei um choque ao perceber a mente da Miiko, e antes que eu pudesse me perguntar o que a minha segunda tarefa estaria guardada naquela mente, uma voz nada bem vinda me veio aos ouvidos;

— Então, ThePharaoh, você sentiu a minha falta?

Era tive o desprazer de reconhecer a voz de Naytili, mas o que ela queria comigo agora? Eu me lembro claramente que Leiftan havia a matado, eu me lembro de ver o corpo dela caído bem ao lado do meu no templo Fenghuang, não havia dúvidas do que eu tinha que fazer ali, assim como tinha feito com a Yvoni eu teria que encontrar Naytili e enfrenta-la! Sem perder muito tempo eu comecei a andar pela aquela mente que já me era um pouco familiar, e me assustei ao constatar que eu já não estava na mente de Miiko e sim estava a andar por um dos caminhos da mente de Huang Hua e antes que eu pudesse aproveitar daquela atmosfera calma no meu próximo passo eu já estava na mente de Naytili, o que esta estava fazendo comigo desta vez? Sem me deixar ser controlada pelo medo eu continuei a andar a cada passo revisando pela três mentes, em uma seqüência; Primeiro era a mente de Miiko, depois eu ia para a mente de Huang Hua e por fim eu acabava na mente de Naytili e a cada passo o ciclo se reiniciava.

Na segunda vez que eu passei pela mente de Miiko eu comecei a sentir a aura sombria de Naytili, que estava quase palpável, era assustador, ignorando o sentimento de medo que tentava me dominar eu continuei andando em direção a mente de Huang Hua, quando uma corrente de vento se passou por mim, eu saquei a minha arma imediatamente, mas não tinha ninguém ali comigo, antes que eu senso de desespero se desperta em mim eu me enchi de confiança ao lembrar que dependendo de Naytili nunca é demais ter segurança, com minha arma em mão eu continuei andando aquela trilha sem fim, onde estava aquela bruxa? Aquele lugar estava me dando arrepios, eu precisava sair de la logo, mas por mais que eu pudesse me lembrar da ultima vez que estava a andar na mente de Miiko, Huang Hua e Naytili, tudo estava diferente, era como se as mentes tivessem sido costuradas no formato de uma teia de aranha e eu tivesse bem no centro dela andando em círculos, quando eu podia sentir minha vontade se esvaindo eu a encontrei, após o que me pareceu horas de caminhada finalmente encontrei a Naytili, bem no meio de uma ponte na mente de Huang Hua, obviamente ela estava acompanhada de seus três mascotes, sem pensar duas vezes pronunciei seus nomes para liberálos e ter uma chance de combatê-la.

— Alastor, Dagon, Moloch.

Estranhamente, suas correntes não se quebraram, então tentei chama-los novamente desta vez com mais convicção.

— Alastor! Dagon! Moloch!!!

Nada tinha acontecido, o que estava acontecendo? Eu me lembro de ter visto os seus nomes da mente de Naytili, lembro de mim, Huang e Miiko, lembro de dizermos esse nomes e eles tinham se libertado. Eu senti o pânico voltar até mim e eu ouvi Naytili rindo a zombar de mim.

— Você realmente achou que seria fácil, bobinha? Aprendi muito desde nosso último encontro... E principalmente encontrei um aliado de peso.

— Um aliado?

Com um estalar de dedos, ela ordenou que seus mascotes me cercassem. Recuei, sabendo perfeitamente que não teria chances contra essas três criaturas, sabia que se não fosse rápida o suficiente aquilo não ia acabar bem ... mesmo sem nenhuma esperança de funcionar, repetia automaticamente os nomes dos três daemon’s.

— Alastor! Dagon! Moloch!! Se libertem!

— Eu já disse, tudo mudou.. Não estou mais só.

Ela me desafiou com o olhar, e abriu um sorriso perverso. Lutando contra o pânico que ameaça me voltar a me dominar, percebi um detalhe muito significativo em um dos seus mascotes, ele era caolho, não, não podia ser, com os meus lábios temendo eu pronunciei o nome que me veio em mente, sem nenhuma convicção.

— Nevra...

As correntes que envolviam o blackdog caolho se soltaram e eu o vi desaparecer em uma pequena nuvem de fumaça preta, meu coração começou a bater rapidamente e eu tive que parar e conseguir controlar a minha respiração, Naytili parecia se divertir com a minha reação.

— Que bom, parece que agora você entende...

— O que eu entendo?

O que Naytili estava tentando me dizer? Ela nunca quis me ajudar, com certeza deve ser uma armadilha, eu não devia confiar nela.

— Vamos continue e talvez possamos conversar sobre isso.

Não confie nela, não confie nela, eu não tinha tempo para pensar em mais nada, era a vez de libertar os outros.

— Ezarel...

O segundo blackdog se libertou de suas correntes antes de também desaparecer igual o seu irmão caolho, eu senti a dor no meu peito piorar, minhas entranhas se embrulhavam dentro de mim, a sensação era insuportável, mas eu não tinha direito de sentir assim, ainda faltava mais um, eu precisava ir até o fim.

— Valkyon...

As correntes do fenrisulfr se soltaram, eu esperava que ele fosse embora igual os seus companheiros, mas ele não o fez, ele se aproximou de mim e se transformou em milhares de draflayel’s que começaram a voar ao meu redor, como se isso já não fosse o suficiente quando eu olhei para Naytili novamente ela bradava longas asas que pareciam como asas de um daemon, ela riu quando viu a minha expressão.

— Vamos ThePharaoh, fale, fale esse nome que sua alma quer que você fale.

Mas eu não entendia o que ela queria dizer o que eu tenho que falar sobre um daemon? Claro que se passava um nome na minha cabeça, mas eu não tinha vontade, eu não queria ter que falar esse nome, eu não tinha nenhuma vontade de falar o nome que passava pela minha cabeça nesse momento, mas eu precisava sair daqui! E se ... eu precisa-se, falar...

— L-Leiftan

O rosto de Naytili perdeu o seu familiar sorriso sádico e tomou uma expressão de medo que eu nunca havia visto.

— Então .. isso, até que enfim, você finalmente entendeu, já tinha passado da hora, agora eu posso finalmente terminar a minha missão aqui.

Antes que eu pudesse entender o que estava aconteceu, Naytili se transformou em uma massa escura e quando eu pensei que ela ia simplesmente desaparecer igual aos seus mascotes, ela avançou em minha direção, bem na hora que os draflayel’s entreviram para me salvar. E então eu vi como se fosse um sonho, eles se enfrentaram por um longos minutos, girando sem parar ao meu redor como um furação bicolor, meus olhos arderam com o brilho que saia deles, eu fechei os olhos desejando acordar desse pesadelo.

Quando eu abri meus olhos novamente eu havia voltado para a sala das portas, voltado para perto de Fáfnir, e com uma nota de pânico eu percebi que nos não havimos saído do lugar, tudo tinha acontecido na minha cabeça?

— O que aconteceu?

— Então, o que você achou dessa prova?

Eu não tive tempo para pensar em o que eu deveria responder, pois eu senti todo o meu autocontrole indo embora e eu me senti caindo no chão a chorar e soluçar, Fáfnir não fez nada para me impedir de desabar, me pergunto o que ele achava daquela cena, será que a ultima escolhida do oráculo era tão fraca quanto eu? Não, eu tinha como eu ser a errada aqui.

— Aquilo não era uma prova! Era uma tortura! Você estava me torturando!

Fáfnir não parecia afetado com a minha pseudo birra, era como aqueles adultos que já sabiam o que fazer, eu me sentia uma criança fazendo birra para conseguir algo que eu queria, eu só queria as minhas memórias e eu não consigo agüentar nem uma prova?

— Eu já lhe disse que nós não temos nenhum tipo de influencia em suas provas. Apenas o seu coração e sua mente podem lhe explicar sobre o que você sente e vê.

— Mas então, porque eu estou me mostrando esses horrores?

Eu não conseguia entender, havia uma parte de mim que queria que eu passe por tudo isso novamente? Na época de Yvoni eu era nova demais nesse mundo chamado Eldarya, já com Naytili, eu era fraca demais e apenas era a famosa escolhida do oráculo, afinal por que isso era tão importante assim?.

— Nosso único objetivo é encontrar e parar o daemon.

Daemon, sim exatamente, eu já tinha escutado essa palavra sendo pronunciada antes, mas dessa vez essa palavra soou dentro de mim de maneira que eu não sabia estranha, estava em meu coração e a sensação de tristeza estava misturada a um sentimento de horror, mas eu não conseguia entender o porquê de me sentir tão abalada. Eu tentei me acalmar e entender o que estava acontecendo, mas Fáfnir não tinha tempo a perder e eu tive que continuar com a terceira prova.

— A última prova se encontra atrás dessa porta.

Sem saber o que iria acontecer eu abri a porta e entrei, e entranhei quando Fáfnir entrou comigo, nas ultimas duas provas eu estava sozinha, porque, porque ele estava ali? O que estaria me esperando atrás daquela porta? Quando eu entrei na sala eu juro que senti o meu coração parar, em uma balança no fim do salão estavam Mestre Kappa e Patriarca Ethel, ambos pareciam ter correntes armadas em seus pescoços e eles pareciam estar dormindo, eu percebi que havia dado dois passos em direção ao lado da balança que estava Patriarca Ethel, eu pensei ter visto o olhar de Fáfnir passar por eles e parar em mim.

— O que significa essa prova? O que são essas correntes ligadas a eles?

Fáfnir pareceu ter me ignorado e simplesmente voou parando de frente a mim, tampando a balança com suas grandes asas.

— Chegou ao meu conhecido que a sua decisão de ter ido a Balvenia ocasionou a morte de outra pessoa.

— Não eu, quando eu cheguei ao QG Miiko me informou que ..

Antes que eu possa terminar a frase o Mestre Kappa que estava até então na balança sendo escondido pelas grandes asas de Fáfnir veio ao meu encontro.

— Faz tempo ThePharaoh

Eu me senti congelar, Miiko havia me dito que Mestre Kappa havia morrido após os infectados terem indo até as terras de jade, mas ali estava ele tão claramente vivo na minha frente.

— Eu, eu sinto muito!

— Porque esta falando isso ThePharaoh? Não é sua culpa do que aconteceu

E com isso o Mestre Kappa retornou para o seu lugar na balança, e eu fiquei ali tentando segurar minhas lagrimas, como não era a minha culpa?! O que diabos significavam aqueles testes? Porque eu estou falando com alguém que me disseram que havia morrido? Eu olhei para Fáfnir com o olhar cheio de questões. Eu não esperava que ele ia dizer o que ele disse, como assim eu poderia matar o Patriarca Ethel para trazer o Mestre Kappa de volta a vida? E ele ainda disse quantos mais eu teria consigo matar se tivessem me deixado, aquilo já era muito pra mim!

— Você, você é um monstro!.

Eu implorei para poder sair, implorei para que ele me deixa-se respirar e a única coisa que ele fez foi com um bater de asas ele desapareceu, eu peguei essa deixa e sai correndo até o olho do dragão, varias perguntas invadiam minha cabeça, será que eu tinha falhado como desafio? Eu havia fugido então eu tinha perdido a minha ultima chance de lembrar das coisas? Eu me vi tendo uma dor de cabeça horrível a um ponto que me fez gritar de dor, então eu senti Fáfnir colocar a pata dele docemente na minha cabeça e tudo ficou branco.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.